Manifesto da Opus Gay para o Dia do Orgulho Gay

Manifesto da Opus Gay para o Dia do Orgulho Gay

Portugal precisa de estar na Europa com os dois pés.

Chamamos por isso a atenção para as ultimas resoluções do Parlamento Europeu e das Directivas já em vigor, que são muito claras na defesa e no reconhecimento dos direitos das minorias sexuais.

Os problemas dos Direitos Humanos vão a par com os problemas de expansão da economia que condicionam a qualidade politica e social da Democracia.

Portugal precisa de integrar plenamente a modernidade e isso passa não só por um choque tecnológico, mas essencialmente por um choque cultural.

A data que agora comemoramos, o Dia do Orgulho Gay, aponta para a necessidade de todos na assunção da plena diversidade, sendo para isso necessário estabelecer o diálogo nos vários níveis da Sociedade, no Governo, no Poder Legislativo, no Poder Judicial, no Poder Local, na Opinião Pública, nas Associações Representativas da Sociedade Civil e nas Escolas, como a Opus Gay vem há muito vem referindo.

Entre nós, um dos problemas graves com que nos defrontamos é o da discriminação.

O Exmo. Sr. Presidente da República e o Governo dão sinais de estarem atentos ao fenómeno, mas simultaneamente, parecem discriminar a orientação sexual.

A primeira e grande luta que temos de travar é a luta contra os ódios e comportamentos discriminatórios, a luta contra a homofobia/lesbofobia e a transfobia sendo esta uma questão de género.

É fundamental e urgente legislar para prevenir totalmente a expressão destes comportamentos.

Relativamente aos Transexuais, reconhecemos que são o grupo mais desfavorecido por falta de visibilidade, sendo necessário produzir legislação que os enquadre.

Temos também de aceitar que na nossa sociedade existem novas formas de família que incluem os relacionamentos afectivos dos homossexuais, que precisam absolutamente de ser tratados em pé de igualdade com a heterossexualidade e que vão desde os casamentos civis ás uniões de facto alargadas e o direito á adopção.

Cada vez há mais cidadãs e cidadãos homossexuais que tem a seu cargo a educação de filhos sendo necessário acabar com o preconceito, de que a Homossexualidade pode ser factor prejudicial para a educação das crianças.

Eis as propostas que a Opus Gay apresenta a todos os Portugueses.

Lisboa 24 de Junho de 2006.

A Direcção da Opus Gay

António Serzedelo Válter Filipe

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