A revolução da língua: como bolcheviques viraram o russo de ponta-cabeça. Aleksandra Gúzeva. 2020

Eles não só mudaram a ordem política e derrubaram o tsar, mas também introduziram novas regras de ortografia e limaram uma porção de letras do alfabeto.

Antes mesmo da Revolução já existia a ideia de reformar a língua russa, mas a Academia Russa de Ciências demorou muito para dar o primeiro passo nesse sentido. Após a Revolução de 1917, o novo governo foi muito mais rápido: sua intenção era se livrar de tudo que era “velho”: o regime, a religião, a economia e as regras da escrita.

Em 1918, foi emitida uma resolução sobre novas regras de ortografia e todas as publicações impressas foram obrigadas a segui-las. A grafia pré-revolucionária foi destruída.

Para que reformar a língua?

A ortografia pré-revolucionária era bastante difícil, e os bolcheviques precisavam da reforma da língua, entre outras coisas, para facilitar o aprendizado. Afinal, uma de suas principais tarefas era a eliminação do analfabetismo.

Alguns anos antes da Revolução, só 40% da população russa sabia ler e escrever. Mas a nova classe dominante proclamada por Vladímir Lênin – ou seja, os proletários e camponeses – devia trabalhar ativamente em todas as esferas. Assim, o novo governo soviético ordenou que toda a população com idade entre 8 e 50 anos aprendesse a ler e escrever.

Um censo realizado em 1926 mostrou que, em poucos anos, subiu para 50% a porção alfabetizada da população em áreas rurais.

O alfabeto foi limado de algumas letras

Antes da Revolução, o alfabeto russo tinha 35 letras e não havia um conjunto fixo de regras de ortografia. O que havia era apenas uma escrita civil aprovada por Pedro, o Grande, que a estabeleceu buscando limitar o poder da Igreja. Para tanto, ele inventou um modo mais simples de usar as letras em decretos governamentais, em documentos seculares e nos primeiros jornais.

Os bolcheviques tiraram algumas letras do alfabeto e substituíram várias outras por formas simplificadas. Assim, logo após a Revolução, o alfabeto russo passou a ter 32 letras. Mais tarde, a letra “ё” foi aprovada como um caractere separado, então o número de letras aumentou para 33. E assim continuou desde então.

No decreto sobre a nova ortografia liam-se ordens de:

  1. Eliminar a letra “ѣ” (“iat”), substituindo-a por “е” (колѣно – колено, вѣра – вера, въ избѣ – в избе).
  2. Eliminar a letra “ѳ” (“fita”), substituindo-a por “ф” (Фома, Афанасий, фимиам, кафедра).
  3. Deixar de usar a letra “ъ” (“er”) no final das palavras e como parte de palavras complexas (въ избѣ – в избе, хлѣбъ – хлеб, контръ-адмиралъ – контр-адмирал). Essa regra era bastante complicada, pois era preciso memorizar as palavras que exigiam o “ъ” no final.

Mas a “limpeza” do alfabeto permitiu economizar até 4% de texto impresso. O linguista Lev Uspenski chegou a calcular que o “ъ” consumia 8,5 milhões de páginas desnecessárias ao ano.

No entanto, a letra “ъ” foi mantida no meio das palavras como um sinal de separação (o “sinal duro”) (съемка, разъяснить, адъютант). E a letra ainda é usada dessa maneira hoje – você pode aprender mais sobre ela aqui.

  1. Eliminar a letra “і” (conhecida como “и decimal”), substituindo-a por “и” (ученіе – учение, Россія – Россия, Іоаннъ – Иоанн). Esta regra causou alguma dificuldade, pois na escrita cursiva, a letra “и” se mistura com as letras “ш” ou “м”. Faça este teste para descobrir o que está escrito aqui e você entenderá!
  2. Reconhecer como desejável, mas não obrigatório o uso da letra “ё” (пёс, вёл, всё).

Curiosamente, o decreto não fazia menção a outra letra do alfabeto antigo, o “ѵ” (“ijitsa”). Ela raramente era usada: era difundida nos textos religiosos, mas gradualmente se transformou na letra “и”.

O que mais mudou?

Além do alfabeto, várias regras de ortografia também foram alteradas.

Por exemplo, prefixos que terminam em “з” (из, воз, раз, роз, низ, без, чрез, через) passaram a ser escritos de forma diferente, dependendo de qual letra os seguia: antes das vogais e consoantes sonoras, eles terminavam com “з”, mas antes das consoantes surdas, o “з” foi substituído por “с” (escreve-se, portanto, a partir de então: разбить, разораться, MAS расступиться)

Ao mesmo tempo, o prefixo “c” permaneceu inalterado, independentemente da letra que o seguia.

Também foram alteradas regras complexas para terminações em algumas declinações:

– No genitivo de adjetivos, particípios e pronomes, passou a ser necessário declinar como “ого” e “его”, ao invés dos anteriores “аго”, “яго” (добраго – доброго, ранняго – раннего).

– Nos casos nominativo e acusativo em adjetivos femininos e neutros, particípios e pronomes, as desinências “ыя” e “ія” foram substituídas por “ые”, “ие” (добрыя – добрые, синія – синие).

– O pronome plural “они” costumava ter uma forma feminina (“онѣ”) e uma forma masculina (“они”). A partir de então, apenas uma forma, o “они”, permaneceu. O mesmo aconteceu ao numeral “один” no feminino (Одне – одни, однехъ – одних e assim por diante).

– O pronome possessivo “ея” no genitivo singular transformou-se em “ее” (“её”).

Como a sociedade recebeu as mudanças?

Os emigrados partidários do exército branco que deixaram o país a depois da Revolução, recusaram-se a aceitar a nova ortografia: eles chegaram a acusar os bolcheviques de mutilar a língua russa. Até o período entre 1940 e 1950, as publicações de emigrantes russos no exterior eram impressas usando a grafia antiga. Os emigrantes de anos posteriores, porém, passaram a aplicar as novas regras e já haviam se acostumado a elas.

Outras pessoas que já eram alfabetizadas à época das reformas também tiveram dificuldades. Em correspondências pessoais, muitos continuaram a usar a grafia antiga, enquanto outros tiveram que aprender a nova com urgência. Foram principalmente os professores que tiveram que se apressar a descobrir a nova ortografia. 

Mas uma das maiores dificuldades esteve na necessidade de “traduzir” para o novo estilo toda a riqueza da literatura clássica russa dos séculos 18 e19. Devido às novas regras das terminações das palavras, por exemplo, algumas rimas de poesias foram afetadas.

Mas o colossal esforço também trouxe vantagens, mesmo a esses autores, já que as obras de muitos grandes escritores, que estavam espalhadas por várias revistas e coleções literárias, acabaram reunidas, “traduzidas” para a nova ortografia e publicadas em séries na época soviética.

Del “extractivismo económico” al “extractivismo epistémico” y al “extractivismo ontológico”: una forma destructiva de conocer, ser y estar en el mundo. Ramón Grosfoguel. 2016

Introducción

Este  artículo  intenta  establecer  un  diálogo  con  tres  intelectuales  activistas  de   las  Américas:  Alberto  Acosta,  Silvia  Rivera  Cusicanqui  y  Leanne  Betasamosake  Simpson.  La  idea  es  pensar  «junto  y  con»  intelectuales-activistas  que  han  producido un pensamiento crítico importante frente a diversas manifestaciones del «extractivismo». Pongo entre comillas el término, porque en este ensayo no  pretendo  abordar  ni  ofrecer  una  definición  acerca  del  «extractivismo». 

Estoy  consciente  de  definiciones  analíticamente  más  circunscritas  y  rigurosas  del  término.  Por  ejemplo,  la  definición  que  provee  Eduardo  Gudynas  contribuye  a  poner  límites  al  uso  indiscriminado  del  término  «extractivismo»:  «…el  extractivismo es aquí definido como un tipo de extracción de recursos naturales, en  gran  volumen  o  alta  intensidad,  y  que  están  orientados  esencialmente  a  ser  exportados como materias primas sin procesar, o con un procesamiento mínimo» (Gudynas, 2013: 4).

El  extractivismo  en  esta  definición  está  más  asociado  a  las  «economías  de  enclave», tal como Cardoso y Faletto (1969) las definieron en los años sesenta.

Una  consecuencia  de  la  definición  de  Gudynas  es  que  no  toda extracción  es  extractivista  y  no  todo  extractivismo  es  sinónimo  de  minería  o  agricultura,  lo  cual «no conlleva estar en contra de todo tipo de uso minero o agrícola, sino deuna forma específica de llevarlo adelante» (Gudynas, 2013), es decir, se trata de la extracción de materias primas y recursos naturales asociados a «los casos que están orientados y dependen de la globalización» (Gudynas, 2013).

El  autor  nos  propone  el  concepto  de  extrahección  dentro  de  los  procesos   extractivistas. La extrahección es cuando el proceso extractivista envuelve violación de derechos y violencia contra los seres humanos que habitan en las comunidades afectadas.  Se  «arranca»  los  recursos  naturales  imponiéndose  con  violencia,  quebrándose  el  marco  de  derechos,  y  violándose  los  derechos  humanos  y  de  la  naturaleza.  Por  supuesto  que,  dada  la  definición  analíticamente  más  restrictiva  que provee Gudynas, habría procesos de extrahección que no son extractivistas.

La definición de Gudynas y su propuesta de distinguir extracción, extractivismo y extrahección proveen un marco conceptual con el cual pensar las especificidades del «extractivismo» desde la experiencia latinoamericana.

Sin embargo, en este trabajo lo que intento hacer es ver cómo han usado el término otros  pensadores  y  pensadoras  activistas/intelectuales  críticos,  usando  conceptos  que me han parecido muy sugestivos para discutir y abrir un debate. Me refiero a los  conceptos de «extractivismo epistémico» y «extractivismo ontológico». No pretendo ofrecer definiciones finalizadas sobre estos términos.

Los pongo entre comillas para no presentar estos términos como conceptos ya elaborados y terminados, sino como parte de una investigación en proceso que busca abrir un debate. Estoy consciente del riesgo del uso del término «extractivismo» para hablar de apropiaciones epistémicas y ontológicas. No se pueden solapar los procesos «extractivistas económicos» con los procesos  de  apropiación  «extractivistas  epistémicos»  y  «extractivistas  ontológicos» como  si  fueran  equivalentes. 

Sin  embargo,  intuyo  que  hay  una  fuerte  relación  entre todos ellos. Quizás sería más adecuado ver el «extractivismo epistémico» y el «extractivismo ontológico» como las condiciones que hacen posible el «extractivismo económico».  Lo  que  todos  tienen  en  común  es  una  actitud  de  cosificación  y  destrucción  producida  en  nuestra  subjectividad  y  en  las  relaciones  de  poder  por  la civilización «capitalista/patriarcal occidentalocéntrica/cristianocéntrica moderna/colonial»  frente  al  mundo  de  la  vida  humana  y  no-humana. 

La  cosificación  es  el  proceso  de  transformar  los  conocimientos,  las  formas  de  existencia  humana,  las  formas de vida no-humana y lo que existe en nuestro entorno ecológico en «objetos»  por  instrumentalizar,  con  el  propósito  de  extraerlos  y  explotarlos  para  beneficio  propio sin importar las consecuencias destructivas que dicha actividad pueda tener sobre otros seres humanos y no-humanos.

«Extractivismo económico»

El   extractivismo   sigue   siendo   uno   de   los   procesos   de   explotación   más   problemáticos  hoy  día  no  solamente  en  América  Latina,  sino  también  en  el  mundo. En la división internacional del trabajo, el extractivismo es el mecanismo que vincula la explotación de recursos naturales y materias primas en la periferia, con todas sus consecuencias nefastas para la vida de los trabajadores mineros, sus comunidades y el medio ambiente, con proyectos científicos como el CERN en Suiza, los chips de las computadoras y los iphones.

 El «extractivismo económico» tiene consecuencias que no se remiten solamente a la pauperización económica de los trabajadores mineros, sino también a los procesos destructivos de la vida y la ecología planetarias.

A partir del colapso financiero de las bolsas de valores en el 2008 y del ascenso de  China  con  sus  necesidades  de  materias  primas  para  su  industrialización  occidentalo-céntrica  y  ecodestructiva  imitando  tecnologías  nordocéntricas,  los  precios de los metales se elevaron a niveles nunca antes vistos. Esto ha producido una  especulación  financiera  a  través  de  las  industrias  extractivistas  en  las  bolsas  de  valores  del  mundo  con  consecuencias  ecológicas  nefastas  a  nivel  planetario. 

Las consecuencias pasan no solamente por la destrucción ecológica, sino también por la violencia que usan para desplazar a seres humanos de sus territorios, cuya mayoría son sujetos racializados en las «zonas del no-ser» del sistema-mundo. Las víctimas de estos procesos en el mundo son  los  pueblos  clasificados  como  no-occidentales que en el caso de América Latina  son  fundamentalmente  poblaciones  indígenas  y  afros.  Dicha  violencia  ejercida  por  actores  armados,  tanto  públicos  como  privados  busca  limpiar  étnicamente los territorios para que las compañías mineras tomen posesión de la tierra y sus recursos, sobre todo cuando las comunidades no se venden por dinero y organizan resistencias a la destrucción extractivista.

Esta explotación extractivista no es nueva. Tiene una larga historia, a partir de la expansión colonial europea en 1492. Como muy bien lo explica el ecuatoriano Alberto Acosta:

El  extractivismo  es  una  modalidad  de  acumulación  que  comenzó  a  fraguarse masivamente hace 500 años. Con la conquista y la colonización de  América,  África  y  Asia  empezó  a  estructurarse  la  economía  mundial:  el sistema capitalista. Esta modalidad de acumulación extractivista estuvo determinada desde entonces por las demandas de los centros metropolitanos del  capitalismo  naciente.  Unas  regiones  fueron  especializadas  en  la  extracción y producción de materias primas, es decir, de bienes primarios, mientras que otras asumieron el papel de productoras de manufacturas. Las primeras exportan Naturaleza, las segundas la importan. (Acosta, 2012)

Como Europa era un gran mercado de productos provenientes de Asia hasta el siglo XIX, la plata y el oro que los europeos obtuvieron mediante las industrias extractivistas en las Américas terminaron en China y la India desde el siglo XVI hasta el siglo XVIII.

Este sistema capitalista mundial que comienza con la expansión colonial europea de  1492,  se  constituye  desde  el  comienzo  según  una  división  internacional  del  trabajo  en  centros  metropolitanos  y  países  periféricos,  donde  unos  exportan  materias primas y otros exportan productos manufactureros. Sin la conquista de África, Asia y América no habría capitalismo mundial. De manera que estamos hablando  de  un  sistema  que  es  capitalista  y  colonialista  desde  su  nacimiento

Sin colonialismo y dominación colonial, no hubiera mercado capitalista global.

El  colonialismo  es  constitutivo  del  capitalismo.  Uno  es  inherente  al  otro.  De  manera  que  no  habitamos  en  un  sistema  puramente  capitalista.  Habitamos  un  capitalismo  histórico  que  es  inherentemente  colonial  y,  por  tanto,  racial

Esto  último  está  implícito  en  el  texto  de  Alberto  Acosta.  Continuemos  con  su  definición de extractivismo:

Para  intentar  una  definición  comprensible  utilizaremos  el  término  de  extractivismo cuando nos referimos a aquellas actividades que remueven grandes volúmenes de recursos naturales que no son procesados (o que lo son limitadamente), sobre todo para la exportación. El extractivismo no  se  limita  a  los  minerales  o  al  petróleo.  Hay  también  extractivismo  agrario, forestal e inclusive pesquero.

En la práctica, el extractivismo, ha sido un mecanismo de saqueo y apropiación colonial y neocolonial. Este extractivismo,  que  ha  asumido  diversos  ropajes  a  lo  largo  del  tiempo,  se  ha  forjado  en  la  explotación  de  las  materias  primas  indispensables  para  el  desarrollo  industrial  y  el  bienestar  del  Norte  global.  Y  se  lo  ha  hecho sin importar la sustentabilidad de los proyectos extractivistas, así como  tampoco  el  agotamiento  de  los  recursos.  Lo  anterior,  sumado  a  que  la  mayor  parte  de  la  producción  de  las  empresas  extractivistas  no  es  para  consumo  en  el  mercado  interno,  sino  que  es  básicamente  para   exportación. (Acosta, 2012)

Aquí  vemos  cómo  el  extractivismo  significa  remover  volúmenes  de  recursos  naturales  que  no  son  procesados  (o  al  menos  procesados  limitadamente)  para  la  exportación, y es mucho más que simplemente extracción de minerales o petróleo.

El extractivismo se extiende a la agricultura, la pesca, y los bosques. El extractivismo es  un  saqueo  y  despojo  que  vemos  desarrollarse  desde  la  época  colonial  hasta  el  neocolonialismo neoliberal de nuestros días. Se trata del saqueo, despojo, robo, y apropiación de recursos del sur global (el sur del norte y el sur dentro del norte) para el  beneficio  de  unas  minorías  demográficas  del  planeta  consideradas  racialmente  superiores, que componen el norte global (el norte del sur y el norte dentro del sur) y que constituyen las elites capitalistas del sistema-mundo. Peor aún, el extractivismo es central a la destrucción de la vida en todas sus formas.

Aquí usamos «sur global» no como una geografía, sino como una posicionalidad en relaciones de poder y dominación de «occidente» sobre el mundo «no-occidental”.

El  extractivismo  sigue  al  pie  de  la  letra  el  concepto  occidentalocéntrico  de  «naturaleza».  El  problema  con  el  concepto  de  «naturaleza»  es  que  sigue  siendo  un concepto colonial, porque la palabra está inscrita en el proyecto civilizatorio de  la  modernidad.  Por  ejemplo,  en  otras  cosmogonías  la  palabra  «naturaleza»  no aparece, no existe, porque la llamada «naturaleza» no es objeto sino sujeto y forma parte de la vida en todas sus formas (humanas y no-humanas).

Entonces, la  noción  de  naturaleza  ya  es  de  suyo  euro-céntricaoccidentalo-céntrica,  y  antropocéntrica.  Es  un  concepto  muy  problemático  porque  implica  la  división  entre sujeto (humano) y objeto (naturaleza), donde el sujeto (humano) es el que tiene  vida,  y  todo  lo  demás  es  «naturaleza»  considerada  como  objetos  inertes. 

Por consiguiente, sus formas de vida son inferiores a la humana y están inscritas en la lógica instrumental de medios-fines de la racionalidad occidental donde la «naturaleza» se convierte en un medio para un fin. En resumen, en la cosmovisión dualista cartesiana occidentalo-céntrica, lo humano es concebido como exterior a la naturaleza y la naturaleza como un medio para un fin.

Cuando esa racionalidad es  aplicada  en  la  producción  de  tecnológica  como  ha  sido  el  caso  durante  los  últimos cinco siglos de modernidad, tienes la racionalidad de la destrucción de la  vida  porque  cualquier  tecnología  que  se  construya  a  partir  de  la  noción  de  «naturaleza»  entendida  de  esta  manera  dualista  occidental-céntrica  va  a  tener  inscrita dentro de sí-misma la racionalidad de la destrucción de la vida, ya que no tiene pensada la reproducción de la vida. Por tanto, es una noción problemática de la dominación ejercida por la colonialidad del poder, el saber y el ser.

Por el contrario, en las cosmovisiones «no-occidentales» de las epistemologías del sur (Sousa Santos, 2010) —que no participan de la visión dualista del mundo, sino que tienen dentro de sí la noción holística de diversidad dentro de la unicidad (por ejemplo, la «Pachamama» en los indígenas andinos, «Twaheed» en el Islam, «Ubundu» en África, etc.)— hay una visión completamente distinta.

En la visión holística no existe «naturaleza», sino el «cosmos» y todos estamos al interior del mismo  como  formas  de  vida  interdependientes  que  co-existen  entre  sí.  Esto  produce la racionalidad de que la vida humana no está fuera del sistema ecológico y  es  dependiente  de  las  otras  formas  de  vida.  La  vida  humana  es  concebida  al  interior  de  la  ecología  planetaria  y,  por  tanto,  si  destruyes  tu  eco-sistema  o  las  otras  formas  de  vida  a  tu  alrededor  te  destruyes  a  ti  mismo

De  manera  que  la  ecología  y  sus  diversas  formas  de  vida  y  existencia  no  son  un  medio  hacia  otro  fin sino un fin en sí mismo. Cualquier tecnología que se construye a partir de ese principio lleva dentro de sí la racionalidad de la reproducción de la vida.

Es importante señalar el cómo un principio cosmológico tan sencillo como éste tiene consecuencias enormes para la producción/reproducción de la vida (humana y no humana), para el cosmos y para la ecología planetaria.

La modernidad es un proyecto civilizatorio y, como dicen los(as) pensadores(as) críticos indígenas del planeta, constituye una civilización de muerte porque ha destruido más formas de vida (humana y no humana) que ninguna otra civilización en la historia de la humanidad

La  modernidad  es  una  civilización  «ecologicida»  al  punto  que  hoy  día no sabemos si la especie humana u otras especies sobrevivirán a la civilización occidental. La descolonización de la visión occidentalo-céntrica del cosmos hacia visiones más holísticas es fundamental para el futuro de la vida en el planeta.  El extractivismo es una de esas industrias destructoras de la vida que llevan dentro de sí la racionalidad destructiva de la civilización occidental.

Si  observamos  lo  que  ocurre  en  los  lugares  de  producción  extractivistas,  en  los  espacios  de  la  periferia  considerados  como  zonas  del  no-ser  planetario  por  considerárselos habitados por sujetos racialmente inferiores, por los condenados de la tierra  (Fanon, 1966), la materialidad de la dominación pasa por el despojo y la violencia (Sousa Santos, 2010).

En lugares de extracción de cobre, como Chile, o de extracción de oro, como Colombia, estas compañías extractivistas destruyen el equilibrio ecológico del lugar produciendo enfermedades a los habitantes de la zona  y  practican  formas  de  violencia  brutales  contra  los  trabajadores  o  pueblos  que  se  rebelan.  Mientras  tanto,  en  las  zonas  de  ser  donde  habitan  aquellos  que  son considerados racialmente superiores y, por tanto, los afortunados de la tierra, se  disfruta  de  los  objetos  finalizados  que  producen  muerte  en  los  lugares  de  extracción.

Los chips de cobre para las computadoras o iphones y los materiales de oro para las joyas y los conductores de información, son todos objetos cuyo disfrute  no  está  al  alcance  de  los  sujetos  humanos  que  producen  en  las  zonas  del no-ser mineras. En las zonas del ser el sistema administra los conflictos con mecanismos  de  regulación  y  emancipación,  mientras  que  los  conflictos  en  las  zonas  del  no  ser  se  deciden  mediante  mecanismos  de  violencia  y  desposesión[1].

Mientras  en  un  lado  se  produce  vida,  en  el  otro  lado  se  produce  muerte.  Las  formas de disfrute de la vida en un lado tienen como condición de posibilidad la  destrucción  de  la  vida  en  el  otro  lado.  Los  afortunados  de  la  tierra  viven  a  costa de los condenados de la tierra[2]. La muerte en un lado produce vida en el otro. Este sistema de injusticia global está en el centro de la discusión acerca del extractivismo. Como dice Acosta:

El  extractivismo  ha  sido  una  constante  en  la  vida  económica,  social  y  política  de  muchos  países  del  Sur  global.  Así,  con  diversos  grados  de  intensidad, todos los países de América Latina están atravesados por estas prácticas.  Esta  dependencia  de  las  metrópolis,  a  través  de  la  extracción  y  exportación  de  materias  primas,  se  mantiene  prácticamente  inalterada  hasta  la  actualidad….

Por  lo  tanto,  más  allá  de  algunas  diferenciaciones  más  o  menos  importantes,  la  modalidad  de  acumulación  extractivista  parece estar en la médula de la propuesta productiva tanto de los gobiernos neoliberales como de los gobiernos progresistas. (Acosta, 2012)

He  citado  extensamente  a  Alberto  Acosta,  porque  ha  sintetizado  de  manera  brillante  la  economía-política  del  extractivismo.  De  la  misma  forma  que  frente  al  racismo,  frente  al  extractivismo  no  hay  diferencias  entre  gobiernos  occidentalizados  de  izquierda  o  de  derecha.  La  explotación,  la  destrucción  y  la  violencia producidas por las transnacionales extractivistas reproducen las mismas prácticas sin importar el carácter del gobierno de turno. Y frente a sus víctimas, estos  gobiernos  también  se  comportan  en  algunos  casos  con  iguales  dosis  de  violencia.

Forma parte de la lógica occidentalocéntrica de izquierda o de derecha la ideología del desarrollismo, y frente a este fin todos los medios quedan justificados, incluida la destrucción y la violencia contra todas las formas de vida (humanas y  no-humanas)  como  resultado  del  extractivismo.  De  la  economía-política  del  extractivismo se ha escrito bastante.

Quizás haga falta más estudios acerca de cómo la izquierda occidentalizada —ver lo que han sido los gobiernos de izquierda en Bolivia, Venezuela y Ecuador— en su eurocentrismo epistemológico reproducen la  misma  visión  y  prácticas  desarrollistas  extractivistas  que  los  gobiernos  de  derecha, ya que comparten la misma visión eurocéntrica del universo.

Con esto no  niego  la  diferencia  cualitativa  que  representan  estos  gobiernos  de  izquierda  frente a las maquinarias neoliberales que existían en estos países en el pasado. El problema es que ser de izquierda no es garantía frente al tema de la destrucción de  la  vida  producida  por  las  lógicas  desarrollistas  occidentalocéntricas.  Pero  en  este ensayo lo que pretendo hacer es discutir otras dimensiones del extractivismo como el «extractivismo epistémico» y el «extractivismo ontológico» como formas destructivas de pensar, ser y estar en el mundo.

«Extractivismo epistémico»

El  «extractivismo  cognitivo»  es  un  concepto  lanzado  desde  principios  del  2013  por  Leanne  Betasamosake  Simpson,  intelectual  indígena  del  pueblo  Mississauga Nishnaabeg, en Canadá. Su pensamiento ha extendido el concepto de  «extractivismo  económico»  a  nuevas  zonas  de  las  prácticas  de  dominación  coloniales.   Comencemos   por   citar   lo   siguiente   acerca   de   lo   que   Lianne   Betasamosake Simpson[3] llama extractivismo cognitivo:

When there was a push to bring traditional knowledge into environmental thinking  after  Our  Common  Future,  [a  report  issued  by  the  United  Nations  World  Commission  on  Environment  and  Development]  in  the  late  1980s,  it  was  a  very  extractivist  approach:    ‘Let’s  take  whatever  teachings  you  might  have  that  would  help  us  right  out  of  your  context,  right away from your knowledge holders, right out of your language, and integrate them into this assimilatory mindset.’

It’s the idea that traditional knowledge  and  indigenous  peoples  have  some  sort  of  secret  of  how  to  live  on  the  land  in  a  non-exploitive  way  that  broader  society  needs  to  appropriate. But the extractivist mindset isn’t about having a conversation and  having  a  dialogue  and  bringing  in  indigenous  knowledge  on  the  terms  of  indigenous  peoples.  It  is  very  much  about  extracting  whatever  ideas  scientists  or  environmentalists  thought  were  good  and  assimilating  it…  put  it  onto  toilet  paper  and  sell  it  to  people.  There’s  an  intellectual  extraction, a cognitive extraction, as well as a physical one. The machine around  promoting  extractivism  is  huge  in  terms  of  TV,  movies,  and  popular culture (Klein, 2012).[4]

Aquí   vemos   cómo   Lianne   Betasamosake   Simpson   toma   el   concepto   de   «extractivismo» y lo extiende a nuevos territorios epistémicos para caracterizar una actitud frente al conocimiento. Ella usa aquí el ejemplo del proyecto de Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo, donde se apropian las ideas de los pueblos  indígenas  del  mundo  para  colonizarlas  asimilándolas  al  conocimiento  occidental. 

Al asimilar, es decir, al subsumir estos conocimientos de los pueblos al  conocimiento  occidental  se  les  quita  la  radicalidad  política  y  la  cosmogonía  crítica  «alternativa»,  para  mercadearlos  mejor  o  simplemente  extraerlos  de  una  matriz epistémica más radical para despolitizarlos.

El «extractivismo» intelectual, cognitivo  o  epistémico  trata  de  una  mentalidad  que  no  busca  el  diálogo  que  conlleva  la  conversación  horizontal,  de  igual  a  igual  entre  los  pueblos  ni  el  entender  los  conocimientos  indígenas  en  sus  propios  términos,  sino  que  busca  extraer  ideas  como  se  extraen  materias  primas  para  colonizarlas  por  medio  de  subsumirlas al interior de los parámetros de la cultura y la episteme occidental.

El «extractivismo epistémico» expolia ideas (sean científicas o ambientalistas) de las comunidades indígenas, sacándolas de los contextos en que fueron producidos para   despolitizarlas   y   resignificarlas   desde   lógicas   occidentalo-céntricas.  

El   objetivo del «extractivismo epistémico» es el saqueo de ideas para mercadearlas y transformarlas en capital económico o para apropiárselas dentro de la maquinaria académica  occidental  con  el  fin  de  ganar  capital  simbólico.  En  ambos  casos,  se  los  descontextualiza  para  quitarles  contenidos  radicales  y  despolitizarlos  con  el  propósito de hacerlos más mercadeables. En la «mentalidad extractivista» se busca la  apropiación  de  los  conocimientos  tradicionales  para  que  las  corporaciones  transnacionales  tramiten  patentes  privadas  o  para  que  los  académicos  de  las  universidades occidentalizadas simulen haber producido ideas «originales» como si  tuvieran  los  «copyrights» de  la  idea. 

En  este  pillaje  y  saqueo  epistemológico  son  cómplices  la  maquinaria  económica/académica/política/militar  imperial  de  Occidente  y  sus  gobiernos  títeres  del  tercer  mundo  dirigidos  por  las  elites  occidentalizadas.

Sigue Lianne Betasamosake Simpson:

In this kind of thinking, every part of our culture that is seemingly useful to  the  extractivist  mindset  gets  extracted.  The  canoe,  the  kayak,  any  technology that we had that was useful was extracted and assimilated into the culture of the settlers without regard for the people and the knowledge that created it. (Klein, 2012)[5]

La  crítica  de  Silvia  Rivera  Cusicanqui  a  conocidos  pensadores  de  la  red  modernidad/colonialidad

Aunque no usa estos términos, podemos encontrar en la obra de la boliviana Silvia Rivera Cusicanqui planteamientos similares acerca del «extractivismo epistémico» y ontológico del que habla Lianne Betasamosake Simpson. Veamos lo que dice Silvia Rivera Cusicanqui en una entrevista que le hizo Boaventura de Sousa Santos:

«En   este   tipo   de   pensamiento,   cada   parte   de  nuestra  cultura  que  pueda  parecer  útil  a  la  mentalidad  extractivista  se  extrae.  La  canoa,  el  kayak,  cualquier  tecnología  que  tuviéramos  que  fuera  útil  fue  extraída  y  asimilada  a  la  cultura  de  los  colonizadores  sin  consideración  del  pueblo  y  del  conocimiento  que  la  crearon».  (Klein,  2012 traducción de María Luisa Valencia).

La palabra legítima le pertenece a los de arriba, los de abajo dan insumos. Lo  mismo  que  en  todo  sistema  de  conocimiento,  nosotros  producimos  materia prima y nos devuelven producto elaborado. [6]

Para   el   «extractivismo   epistémico»,   la   teoría   que   se   apropian   aparece   «produciéndola» en su «originalidad» el Norte global, mientras que los pueblos del  Sur  global  se  limitan  a  producir  insumos,  experiencias  que  luego  son  apropiadas   en   el   norte   y   devueltas   como  teorías  elaboradas.  Aunque  no  usa el término, este señalamiento de Silvia Rivera Cusicanqui describe el proceso que  la  indígena  Lianne  Betasamosake  Simpson  nombra  como  extractivismo  cognitivo.

Es muy interesante ver cómo alguien vinculado al pueblo Aymara en Bolivia  apunta  hacia  cosas  muy  similares  dichas  por  otra  persona  vinculada  al  pueblo Mississauga Nishnaabeg en Canada.

Pero, como bien nos alerta Silvia Rivera Cusicanqui, podemos ver cómo formas de  «extractivismo  epistémico»  vuelven  a  colonizar  de  manera  perversa  los  conocimientos del Sur, pero esta vez a nombre de una supuesta «descolonización epistémica».

Ella dice refiriéndose a Walter Mignolo:

Los  Mignolo  y  compañía  han  construído  un  pequeño  imperio  dentro  del  imperio,  recuperando  estratégicamente  los  aportes  de  la  escuela  de  los  estudios  de  la  subalternidad  de  la  India  y  de  múltiples  vertientes  latinoamericanas   de   reflexión   crítica   sobre   la   colonización   y   la   descolonización… Al Dr. Mignolo se le dio en una época por alabarme, quizás poniendo en práctica un dicho del sur de Bolivia que dice «alábenlo al tonto que lo verán trabajar». Retomaba ideas mías sobre el colonialismo interno  y  sobre  la  epistemología  de  la  historia  oral,  y  las  regurgitaba  enredadas  en  un  discurso  de  la  alteridad  profundamente  despolitizado  (Rivera Cusicanqui, 2010, pp. 58 y 64).

Estas  apropiaciones  extractivistas  descontextualizadas  y  despolitizadas  del  conocimiento  del  Sur  por  parte  de  los  académicos  del  Norte  global  forman  parte  de  las  jerarquías  de  producción  de  conocimiento  epistémicamente  racistas,  donde  de  manera  perversa  se  borra  la  autoría  de  los  pensadores  y  pensadoras del Sur y se la reemplaza por pensadores del Norte. Refiriéndose a una experiencia con una revista académica anglosajona, donde la obligaban a  citar  a  Quijano  y  a  Mignolo  sobre  teorías  que  ella  misma  y  otros  autores  latinoamericanos  habían  producido  décadas  antes  que  ellos,  nos  dice  lo  siguiente Silvia Rivera Cusicanqui:

través  del  juego  del  quién  cita  a  quién,  se  estructuran  jerarquías  y  acabamos teniendo que comer, regurgitado, el pensamiento descolonizador que  las  poblaciones  e  intelectuales  indígenas  de  Bolivia,  Perú  y  Ecuador  habíamos producido independientemente. Y este proceso se inició en los años 1970 —el trabajo de Pablo González Casanovas, casi nunca citado, sobre  «el  colonialismo  interno»  se  publicó  en  1969—,  cuando  Mignolo  y  Quijano  estaban  todavía  militando  en  el  marxismo  positivista  y  en  la   visión lineal de la historia. (Rivera Cusicanqui, 2010: 66)

Esta  llamada  a  la  precaución  que  hace  Silvia  Rivera  Cusicanqui  acerca  de  cómo  conocimientos  producidos  en  América  Latina  se  reciclan  ahora  como  algo  original  de  unos  pocos  autores  reconocidos  en  las  academias  del  Norte  aun cuando sean de origen latinoamericano, nos recuerda que el «extractivismo epistémico»  puede  ocurrir  incluso  con  autores  que  hablan  a  nombre  de  la  descolonización epistemológica. La crítica de Silvia Rivera Cusicanqui a Walter Mignolo  y  Aníbal  Quijano  es  muy  parecida  a  lo  que  Lianne  Betasamosake  Simpson llama «extractivismo cognitivo».  Hay dos problemas para destacar en la crítica de Cusicanqui. Por un lado, el problema de fondo de la crítica a Aníbal Quijano es su racismo epistémico, que inferioriza los conocimientos indígenas, mestizos y afros, mientras al mismo tiempo toma ideas de ellos sin nunca citar a los intelectuales mestizos, indígenas o afros que las produjeron. Por otro lado, el problema de fondo que le reprocha ella a alguien como Mignolo es cómo se apropia de ideas de pensadores(as) que provienen de los pueblos en lucha sin ningún compromiso político con los movimientos sociales ni las luchas de los pueblos  indígenas  y  afros.  Produce  conocimientos  sin  ligar  su  escritura  y  su  actividad a la lucha por la liberación de los pueblos, sino para adquirir capital simbólico, capital económico y crédito académico en las academias del Norte global. En eso consiste la descontextualización y la despolitización que ejerce el «extractivismo epistémico» en su versión racista epistémica de Quijano y en su versión populista epistémica de Mignolo.[7]

Para reafirmar la crítica de Silvia Rivera Cusicanqui, me pareció muy curioso que en un artículo reciente Walter Mignolo hiciera referencia a algunos postulados teóricos    de    Lianne    Betasamosake    Simpson, pero sin mencionar nunca la crítica  radical  de  ella  al«extractivismo  epistémico»  y  ontológico  (Mignolo,  2014:  21-52).  Hubiera  sido  interesante  si  Mignolo  se  hubiera  tomado  en  serio  este  concepto  para  hacer  una  reflexión  autocrítica  al  respecto.  Sin  embargo,  ni  siquiera  menciona  el  concepto.  Toma  de  Betasamosake  Simpson  ciertos  elementos  despolitizándolos,  y  deja  de  lado  la  radicalidad  de  su  pensamiento  ignorando  los  aspectos  que  atañen  a  una  crítica  radical  de  la  epistemología  extractivista  colonial  que  usan  los  «Mignolos  y  compañías»[8].

Si  el  extractivismo  es  una  manera  de  pensar  y  producir  conocimientos,  entonces  el  problema  puede  reproducirse  muy  fácilmente  por  autores blancos y mestizos latinoamericanos con conocimientos producidos por pueblos  indígenas  y  afros  en  las  Américas.  El  mismo  Quijano  en  un  artículo  reciente sobre el buen vivir (Quijano, 2012) se apropia del pensamiento crítico que  han  producido  intelectuales  indígenas  en  la  zona  andina  acerca  de  este   concepto sin citar a ninguno. De hecho, de veinte referencias bibliográficas que se hacen en el artículo de Aníbal Quijano sobre el buen vivir, unas diecisiete son a él mismo, una referencia es a un historiador británico especialista en historia de la Antigüedad y dos más son a dos de sus discípulos mestizos. Ningún pensador(a) indígena es mencionado(a) o referenciado(a) en dicho artículo. Si hay un tema en el que los intelectuales indígenas andinos han hecho una gran contribución es precisamente en el tema del buen vivir. Nuevamente, se extrae un concepto que ha sido producido por el mundo indígena y elaborado por sus intelectuales sin reconocer a ninguno. Incluso un intelectual indígena-amazónico en el Perú tan reconocido como Javier Lajo, que ha escrito extensamente sobre el tema del buen vivir[9], no es siquiera mencionado en el artículo del intelectual mestizo peruano Aníbal  Quijano,  reproduciendo  las  prácticas  más  nefastas  del  «extractivismo  epistémico».

Nos dice Lianne Betasamosake Simpson que la alternativa a esta forma colonial de saqueo epistémico que produce el extractivismo cognitivo es la siguiente:

…a shift in mindset from seeing indigenous people as a resource to extract  to  seeing  us  as  intelligent,  articulate,  relevant,  living,  breathing  peoples  and nations. I think that requires individuals and communities and people to  develop  fair  and  meaningful  and  authentic  relationships  with  us…We have a lot of ideas about how to live gently within our territory in a  way where we have separate jurisdictions and separate nations but over a  shared territory. I think there’s a responsibility on the part of mainstream community and society to figure out a way of living more sustainably and  extracting themselves from extractivist thinking. And taking on their own

work  and  own  responsibility  to  figure  out  how  to  live  responsibly  and   be  accountable  to  the  next  seven  generations  of  people.  To  me,  that’s  a   shift  that  Canadian  society  needs  to  take  on,  that’s  their  responsibility.  Our responsibility is to continue to recover that knowledge, recover those  practices,  recover  the  stories  and  philosophies,  and  rebuild  our  nations   from the inside out. (Klein, 2012)[10]

Dejar de ver a los indígenas como un recurso por extraer, y comenzar a verlos como  actores  sociales  que  piensan  y  producen  conocimiento  válido  para  todos  es  un  primer paso hacia la descolonización epistémica que propone Lianne Betasamosake Simpson. Y añade como segundo paso la necesidad de vivir responsablemente y de extraerse  del  pensamiento  extractivista.  Vivir  responsablemente  se  recoge  en  esta  frase de ella: «The alternative to extractivism is deep reciprocity»[11]. La reciprocidad profunda  como  forma  de  ser  y  estar  en  el  mundo  es  la  alternativa  descolonial  que  propone.  La  reciprocidad  implica  una  profunda  revolución  en  las  formas  de  vida. Vivir bajo el principio de la reciprocidad implica el intercambio justo en las relaciones entre seres humanos y en las relaciones entre humanos y no-humanos. Si la ecología planetaria nos da agua, alimentos, aire, etc., para la vida, el principio de reciprocidad implica devolverle al cosmos la reproducción de lo que tomamos de  ella. Extraer sin devolver es el principio de destrucción de la vida. Extraer tomando cuidado de reproducir la vida y devolver lo que se extrae es un principio cosmológico completamente distinto. Esto implica una conciencia ecológica planetaria que no existe bajo las estructuras de dominación de la civilización occidental que hoy día es planetaria y la única existente luego de destruir a todas las otras por medio de  una expansión colonial y neo-colonial de más de 500 años. De ahí que para Lianne Betasamosake Simpson la descolonización epistémica no es suficiente, se requiere de un cambio radical en las formas de ser, vivir y estar en el mundo.

«Extractivismo ontológico»

El extractivismo es una forma de ser y estar en el mundo, es decir, es una forma de  existencia, es una ontología.

Dice Lianne Betasamosake Simpson:

 Extracting  is  taking.  Actually, extracting  is  stealing.  It  is  taking  without   consent,  without  thought,  care  or  even  knowledge  of  the  impacts  on  the other living things in that environment. That’s always been a part of colonialism and conquest. Colonialism has always extracted the indigenous —extraction  of  indigenous  knowledge,  indigenous  women,  indigenous  peoples…  Our  elders  have  been  warning  us  about  this  for  generations  now—  they  saw  the  unsustainability  of  settler  society  immediately.  Societies based on conquest cannot be sustained, so yes, I do think we’re getting closer to that breaking point for sure. We’re running out of time. We’re losing the opportunity to turn this thing around. We don’t have time for this massive slow transformation into something that’s sustainable and alternative.  I  do  feel  like  I’m  getting  pushed  up  against  the  wall.  Maybe  my ancestors felt that 200 years ago or 400 years ago. But I don’t think it matters.[12] (Klein, 2012)

El «extractivismo» es un robo, un saqueo, un pillaje. Es una forma de ser y estar en el mundo, donde se apropia de los demás sin consentimiento y sin pensar ni preocuparse  en  el  impacto  negativo  que  genera  en  la  vida  de  otros  seres  vivos  (humanos y no humanos). La lógica de la actitud del extractivista ontológico es:  «Mientras me beneficie a mí, no me importa las consecuencias sobre los otros seres vivos (humanos o no humanos)». Estas actitudes egocéntricas, estas formas de ser y estar en el mundo, egolátricas, son propias de las sociedades formadas a través de  una  larga  historia  de  imperialismo,  capitalismo,  colonialismo  y  patriarcado,  es decir, formadas mediante el saqueo de riquezas, trabajo y conocimientos a los demás pueblos considerados racialmente inferiores y a las mujeres para el beneficio de unos pocos pueblos considerados racialmente superiores u hombres machistas considerados  meritorios  de  privilegios  sobre  las  mujeres  porque  las  ven  como  recursos por explotar. Las sociedadesimperiales /coloniales/ capitalistas/patriarcales son insostenibles, porque viven de robar y destruir a los demás (humanos y no humanos).  Las  sociedades  basadas  en  la  conquista  de  humanos  y  no  humanos  destruyen las formas de reproducción de la vida. El egocentrismo es propio de la subjetividad asociada al colonialismo y al patriarcado, porque lo que importa es el  interés  egoísta  del  hombre  masculino  colonizador  aunque  el  mismo  conlleve  destrucción planetaria de humanos y no-humanos. El irracionalismo predomina, porque en el largo plazo se afectan los mismos colonizadores ya que el mito de que los seres humanos existen fuera del cosmos y de la ecología planetaria es falso.

Si destruyes el cosmos y la ecología del planeta, te destruyes a ti mismo. Los sabios de las comunidades ancestrales han estado alertando sobre las consecuencias de esta destrucción occidentalo-céntrica por siglos. Y Lianne Betasamosake Simpson nos anuncia que el tiempo se está agotando porque la destrucción planetaria va acelerándose y estamos perdiendo la oportunidad de mantener la vida planetaria para las futuras generaciones. Continúa diciendo Lianne Betasamosake Simpson:

Extraction  and  assimilation  go  together.  Colonialism  and  capitalism  are  based  on  extracting  and  assimilating.  My  land  is  seen  as  a  resource.  My   relatives  in  the  plant  and  animal  worlds  are  seen  as  resources.  My  culture  and  knowledge  is  a  resource.  My  body  is  a  resource  and  my  children  are   a  resource  because  they  are  the  potential  to  grow,  maintain,  and  uphold   the extraction-assimilation system. The act of extraction removes all of the  relationships that give whatever is being extracted meaning.[13] (Klein, 2012)

El  «extractivismo»  y  el  asimilacionismo  van  juntos.  En  la  visión  del  mundo   «extractivista»  todo  se  transforma  en  recurso  extraíble  para  vender  como   mercancía  por  una  ganancia  en  el  mercado  mundial.  Esto  incluye  desde  las  formas  de  vida  (humanas  y  no  humanas)  hasta  los  artefactos  culturales  y  los  conocimientos.  Todo  es  visto  como  instrumental  al  sostenimiento  de  la  vida   extractivista  y  asimilacionista.  Esta  forma  de  ser  despolitiza,  descontextualiza  y  despoja  los  sentidos  lingüísticos  y  culturales  ligados  a  los  artefactos  y  «objetos»  extraídos. De manera que además de extraer de otros para beneficiarse a sí mismo, adicionalmente  el  «extractivismo»  como  forma  de  ser  y  existir  extrae/elimina/sustrae los sentidos a las culturas indígenas para re-significar/asimilar todo dentro de las formas de ser, sentir y pensar occidentalocéntricas. Los artefactos y «objetos»   que  se  extraen  tienen  sentidos  dentro  de  contextos  culturales  específicos. 

Una  canoa, una planta, un tambor, todos tienen sentidos éticos, políticos y espirituales para  los  pueblos  con  tradiciones  ancestrales.  Pero  cuando  son  transferidos  a  occidente, la canoa se convierte en mercancía, la planta en sustancia alucinógena, y el tambor en ritmo sin espiritualidad. Al sacarse de estos contextos y situarlos en nuevos contextos, se pierden los sentidos y los significados indígenas pasando a ser asimilados a la matriz cultural eurocéntrica de la modernidad. 

Este principio de  asimilación es epistemicida porque termina destruyendo los saberes y las prácticas  ancestrales.  Lo  que  era  un  principio  sagrado  de  respeto  a  todas  las  formas  de  vida,  se  convierte  en  un  principio  secularizado  de  destrucción  de  la  vida.  Los  mismos  artefactos,  objetos  y  saberes  ancestrales  son  inscritos/asimilados  dentro  de  otros  contextos  que  le  otorgan  un  sentido  y  significado  muy  diferente.  Si  el  «ecologicidio»  destruye  la  vida,  el  «epistemicidio»  y  «existencialicidio»  consiste  en destruir los conocimientos y formas de vida asociadas a los artefactos, saberes y  «objetos»  extraídos  para  asimilarlos  a  la  cultura  y  formas  de  ser  y  existencia  capitalistas  occidentales.  Lo  que  es  distinto  pierde  especificidad  al  asimilarse  a  lo  mismo.  La  máquina  de  la  modernidad  transforma  todo  en  un  mundo  desencantado sin alma ni espíritu destruyendo formas de pensar y existir Otras  para privilegiar las formas de pensar y existir occidentales. El problema no es que una cultura no tenga derecho a tomar de otras culturas. El problema es cuando una  cultura  destruye  a  otra  y  en  el  proceso  se  apropia  de  sus  aportaciones  sin  dejar  ningún  rastro  en  la  memoria  acerca  de  los  pueblos  que  las  produjeron. 

Pasamos del mundo encantado con rituales y respeto hacia otras formas de vida y existencia a un mundo desencantado donde toda forma cultural humana distinta y  todo  lo  clasificado  como  no-humano  pierden  su  especificidad  como  sujetos  transformándolos en objetos sin vida subsumidos a la destrucción de la vida para los fines ego-céntricos del colonialismo occidental. De manera que es inherente al  capitalismo  extractivista  privilegiar  las  formas  de  vida  occidentales  y  destruir  todas  las  otras  formas  de  vida  cultural  y  biológicamente  distintas.  Estas  formas  de vida occidentales privilegiadas luego se imponen como las formas ontológicas humanas  únicas  posibles  ontologizando  como  animalescas  e  inferiores  otras  formas de existencia humana cultural y cosmológicamente distintas.

Lianne  Betasamosake  Simpson  termina  asociando  de  manera  imbricada  esta  forma  de  «vida  extractivista»  o  el  «extractivismo  ontológico»  a  la  economía-política desarrollista extractivista:

Indigenous communities, particularly in places where there is significant  pressure to develop natural resources, face tremendous imposed economic  poverty. Billions of dollars of natural resources have been extracted from  their  territories,  without  their  permission  and  without  compensation.  That’s  the  reality.  We  have  not  had  the  right  to  say  no  to  development,  because ultimately those communities are not seen as people, they are seen as resources.[14] (Klein, 2012)

Sin permiso ni consentimiento, se extraen recursos naturales dejando en pobreza masiva a los pueblos del mundo. Pero estos pueblos no tienen el derecho a una verdadera consulta democrática acerca del desarrollo, porque son vistos en última instancia como no-humanos, es decir, como recursos, objetos que no merecen ser consultados.  En la lógica extractivista, no solamente se destruyen genocidamente otros  seres  vivos  humanos  y  no-humanos,  se  empobrecen  los  pueblos,  se  les  extrae,  despoja,  apropia  y  destruye  epistemicidamente  sus  conocimientos,  sino  que al transformar todo en objeto y recurso se elimina la agencia política de los actores  cosificados  y  se  elimina  toda  lógica  democrática.  El  «extractivismo»  es  una forma de fascismo descarado que va desde el cristianízate o te mato del siglo XVI hasta el civilízate o te mato del siglo XIX, al desarróllate o te mato del siglo XX y al democratízate o te mato del siglo XXI (Grosfoguel, 2011b).

Todos estos proyectos  globales  coloniales  han  estado  asociados  al  «extractivízate  o  te  mato»   que ha sido una constante desde el siglo XVI.

De ahí que hoy día en América Latina y en el mundo neocolonizado los procesos  de «consulta previa» a las comunidades no-occidentales sean una broma de mal  gusto.  Las  transnacionales  van  comprando  con  dinero  a  algunos  líderes  de  los  pueblos, y aquellos que resisten se les asesina con la violencia de la limpieza étnica (genocidio) de los aparatos militares o paramilitares. Por ejemplo, en Colombia cuando una comunidad colabora con el proyecto de la multinacional extractivista porque se les ha comprado con dinero, entonces se procede a la «consulta previa» reconocida  por  la  ley.  Pero  cuando  la  comunidad  resiste,  entonces  aparecen  los  grupos paramilitares y se limpia étnicamente el territorio. Luego de las masacres, al no quedar seres humanos en la zona, entonces de manera cínica y perversa se declara nula la consulta previa, porque no habitan seres humanos en la zona. Esta lógica de violencia, muerte y descaro genocida se ha intensificado a nivel planetario con la subida de precios de los metales y minerales producida por la especulación financiera pos-crisis 2008, pero que desde 1492 está con nosotros. Lo podemos  ver en otras partes de las Américas y el mundo (Brasil, Sudáfrica, México, etc.). En este saqueo los académicos están implicados al robar conocimientos sin consulta  previa  ni  reconocimiento  a  sus  creadores.  El  robo  epistemicida  forma  parte  del   extractivismo  global  occidentalocéntrico  desde  la  expansión  colonial  europea  hace ya más de quinientos años.

(In)conclusión: ciencia moderna y «extractivismo epistémico»

Parte de lo ocurrido históricamente es que la cristiandad obscurantista, que duró desde  el  siglo  IV  con  Constantino,  hasta  el  siglo  XVII  del  mundo  moderno/colonial,  no  permitía  el  desarrollo  de  la  ciencia  ni  del  pensamiento  crítico. 

Todo  lo  que  cuestionara  los  dogmas  de  la  iglesia  era  visto  como  sospechoso  de  estar  asociado  a  las  fuerzas  del  demonio.  De  ahí  que  Europa  se  viera  obligada  a  «secularizarse»  del  poder  de  la  iglesia  para  poder  hacer  ciencia  y  a  tomar  la  ciencia  de  otras  civilizaciones  que  sí  habían  desarrollado  considerablemente  los  conocimientos científicos. La más importante fuente de influencia científica por su proximidad fue la civilización islámica.

La  ciencia  moderna  tiene  sus  orígenes  en  un  acto  masivo  de  «extractivismo  epistemológico». Una buena porción de los orígenes de las ciencias y filosofías europeas modernas la toman de los científicos y filósofos musulmanes. Pero con la  colonización  y  la  consiguiente  destrucción  de  las  otras  civilizaciones  y  sus  infraestructuras de producción de conocimiento, la ciencia quedó monopolizada en manos de hombres europeos dejando en decadencia epistémica a los otros pueblos.[15]

Como  consecuencia  de  la  construcción  racial  moderna  que  hace  del hombre europeo un ser racialmente superior a los demás, se construyeron narrativas acerca de la historia de la ciencia donde se borraron las aportaciones de las civilizaciones no-occidentales de los que bebió occidente para producir ciencia y filosofía generándose así el mito racial moderno de que la ciencia tiene sus  orígenes  en  hombres  occidentales.  De  ahí  que  celebremos  a  Copérnico  y  olvidemos a Ibn al-Shatir el científico de Damasco que trescientos años antes desarrolló los teoremas matemáticos precisos que el mismo Copérnico usara o a Al-Biruni el astrónomo musulmán persa que 600 años antes ya había concebido la  idea  de  que  la  tierra  le  da  la  vuelta  al  sol  y  gira  sobre  su  eje[16].

Lo  mismo  ocurrió  con  la  imprenta,  la  cual  se  le  atribuye  a  Gutenberg  cuando  ya  existía  900 años antes inventada por los chinos. Lo mismo ocurre con la filosofía griega que llega a Europa vía los filósofos al-andaluces Averroes y Maimónedes. Esta apropiación  de  conocimientos  y  borradura  de  la  memoria  histórica  acerca  de  los  orígenes  de  la  filosofía  y  la  ciencia  moderna  fue  constitutivo  al  proyecto moderno/ colonial  de  «extractivismo  epistémico»  desde  sus  primeros  días  a  finales del siglo XV hasta nuestros días. Es un proceso extractivista colonial que se va a repetir a lo largo de los siguientes cinco siglos en su versión eurocéntrica de derecha o de izquierda y, más recientemente, en la versión más perversa que se hace  nombre de lo «descolonial».

Bibliografía

Acosta, Alberto. 2012. Extractivismo y neoextractivismo: dos caras de la misma maldición. Eco 25/07/2012  http://www.ecoportal.net/Temas_Especiales/Mineria/Extractivismo_y_neoextractivismo_dos_caras_de_la_misma_maldicion

Cardoso, Fernando Henrique y Faletto, Enzo. 1969. Dependencia y desarrollo en América Latina.México: Siglo XXI.

Fanon, Frantz. 1966. Los condenados de la tierra. México: Fondo de Cultura Económica

Grosfoguel, Ramón. 2011a. La descolonización del conocimiento: diálogo crítico entre la visión descolonial de Frantz Fanon y la sociología descolonial de Boaventura de Sousa Santos,  en:  Formas-Otras:  Saber,  nombrar,  narrar,  hacer  (IV  Seminario  de  formación  de  jóvenes investigadores en Dinámicas Interculturales, Fundación CIDOB, Barcelona): 97-108,  Disponible  en  http://www.cidob.org/es/content/download/29942/356572/file/97108_Ramon+Grosfoguel.pdf

Grosfoguel,  Ramón.  2011b.  Decolonizing  Post-Colonial  Studies  and  Paradigms  of  Political-Economy:   Transmodernity,   Decolonial   Thinking   and   Global   Coloniality.   Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of the Luso-Hispanic World,1 (1): 1-37.   Disponible   en:   http://www.dialogoglobal.com/granada/documents/Grosfoguel-Decolonizing-Pol-Econ-and-Postcolonial.pdf

Grosfoguel, Ramón. 2013. Racismo/sexismo epistémico, universidades occidentalizadas y los cuatro genocidios/epistemicidios del siglo XVI. Tabula Rasa,19: 31-58. Disponible en: http://www.revistatabularasa.org/numero-19/02grosfoguel.pdf

Gudynas,  Eduardo.  2013.  Extracciones,  extractivismos  y  extrahecciones:  un  marco  conceptual sobre la apropiación de los recursos naturales. Obervatorio del Desarrollo,18:1-18.

Klein, Naomi. 2012. Dancing the World into Being: A Conversation with Idle-No-More’s Leanne Simpson. Yes Magazine (March 5). Disponible en  http://www.yesmagazine.org/peace-justice/dancing-the-world-into-being-a-conversation-with-idle-no-more-leanne-simpson

Lajo,   Javier.   2010.   Sumaq   Kaway-Ninchik   o   Nuestro   Vivir   Bien.   Revista   de   la   Integración,     5:  112-125.     Disponible     en:     http://www.comunidadandina.org/ Upload/20116619450revista_integracion5.pdf  Una  versión  abreviada  de  este  artículo  se    encuentra    en:    http://cultural.argenpress.info/2010/03/sumaq-kawsay-ninchik-o-nuestro-vivir.html

Mignolo,  Walter.  2014.  Further  Thoughts  on  (De)coloniality,  en:  Sabine  Broeck  and  Carsten Junker (eds.) Postcoloniality-Decoloniality-Black Critique: Joints and Fissures (pp. 21-52).Frankfurt: Campus Verlag.

Quijano, Aníbal. 2012. «Buen vivir»: entre el «desarrollo» y la des/colonialidad del poder, Revista Viento Sur, (122, mayo): 46-56. Disponible en: http://www.vientosur.info/IMG/pdf/VS122_A_Quijano_Bienvivir—.pdf

Rivera Cusicanqui, Silvia. 2010. Ch’ixinakak utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón Ediciones.

Saliba, George. 2007. Islamic Science and the Making of European Rennaissance. Boston, Massachussetts: MIT.

Sousa Santos, Boaventura de. 2010. Epistemologías del sur. México: Siglo XXI.


[1] Aquí estoy articulando la visión de Fanon (1966) con la de Sousa Santos (2010). Para una discusión más detallada de esta articulación, ver Grosfoguel (2011a).

[2] Es obvio que la noción de «condenados de la tierra» es de Fanon (1966). Añado la frase «afortunados de la  tierra»,  porque  aunque  Fanon  no  usa  este  término,  está  claramente  establecido  en  su  obra  que  no  hay  condenados sin afortunados en esta civilización destructiva de la vida que nombro como «sistema-mundo capitalista/patriarcal occidentalo-céntrico/cristiano-céntrico moderno/colonial» (Grosfoguel, 2011b)

[3] Todas  las  citas  de  la  intelectual  indígena  Lianne  Betasamosake  Simpson  en  este  artículo  se  refieren  a  la  siguiente entrevista dirigida por Naomi Klein, que salió publicada en la revista YES Magazine el 5 de marzo de 2013: “Dancing the World into Being: A Conversation with Idle-No-More’s Leanne Simpson” http://www.yesmagazine.org/peace-justice/dancing-the-world-into-being-a-conversation-with-idle-no-more-leanne-simpson

[4] «Cuando  hubo  una  iniciativa  para  incorporar  el  conocimiento  tradicional  en  el  pensamiento  ambiental  según Our  Common  Future  [informe  divulgado  por  la  Comisión  Mundial  de  las  Naciones  Unidas  para  el  Medio  Ambiente  y  el  Desarrollo]  a  finales  de  los  80,  el  enfoque  fue  muy  extractivista:  “Tomemos  cualquier enseñanza que ustedes puedan tener que nos sirva fuera de su contexto, lejos de sus sabedores, fuera  de  su  lengua,  e  integrémosla  a  esta  mentalidad  asimilacionista”.  Es  la  idea  de  que  el  conocimiento  tradicional y los pueblos indígenas tienen una especie de secreto de cómo vivir en la tierra de una manera no explotadora que la sociedad en general necesita apropiarse. Pero la actitud extractivista no tiene que ver con tener una conversación y un diálogo y en traer el conocimiento indígena en términos de los pueblos indígenas. Se trata en gran medida de extraer cualquier idea que científicos y ambientalistas pensaron que era buena y asimilarla… ponerla en papel higiénico y vendérsela a la gente. Existe una extracción intelectual, una  extracción  cognitiva,  además  de  una  extracción  física.  La  maquinaria  en  torno  a  la  promoción  del  extractivismo es inmensa en términos de la televisión, el cine y la cultura popular». (Klein, 2012

[5] En  la  «mentalidad  extractivista»  todo  objeto,  tecnología  o  idea  producida  por  las  culturas  indígenas  que  les  sea  útil  es  extraída  y  asimilada  a  las  cultura  de  los  colonizadores  sin  tomar  en  cuenta  a  los  pueblos  que  produjeron  dichos  conocimientos.    El    saqueo    se    hace    excluyendo  de  los  circuitos  de  capital  simbólico  y  económico  a  los  pueblos  productores de esos «objetos», tecnologías o conocimientos. De esa manera, se les extraen ideas, «objetos» y tecnologías para que otros se beneficien dejando a estos pueblos en la miseria absoluta. Además de ser pueblos expoliados de sus recursos y destruidos en su medio ambiente por el «extractivismo económico», son igualmente expoliados de sus conocimientos y tecnologías por el «extractivismo epistémico».

[6] Ver el minuto 27 con 27 segundos de  la entrevista «Conversa del Mundo, Silvia Rivera Cusicanqui y Boaventura de Sousa Santos», que constituye uno de  los  pilares  del  proyecto  ALICE,  dirigido  por  Boaventura  de  Sousa  Santos  en  la  Universidad  de    Coimbra,    en    https://www.youtube.com/watch?v=xjgHfSrLnpU

[7] Para  más  información  acerca  de  esta  crítica  a  Mignolo  y  Quijano,  ver  la  entrevista  a  Ramón  Grosfoguel  en  la  revista  mexicana  Metapolítica http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/Grosfoguel%20METAPOLITICA_831.pdf

[8] Soy  testigo  de  haber  escuchado  a  Mignolo  decir  en  foros  públicos  que  el  pensamiento  indígena  en  América  Latina  es  una  «mina».  Esa  analogía  que  asocia  el  pensamiento  indígena  con  una  «mina»  es   sintomático  de  la  actitud  y  pensamiento  extractivista  del  cual  habla  Lianne  Betasamosake  Simpson.  El  uso del pensamiento indígena como «mina epistémica» para beneficio propio y hacer una carrera exitosa en las academias del Norte es lo que Silvia Rivera Cusicanqui en el fondo le reprocha a Mignolo. Pero esto ocurre en el caso de Mignolo de manera más perversa que en otros casos porque su discurso extractivista colonial se hace a nombre de la «decolonización epistemológica».

[9]  Ver  el  excelente  artículo  Lajo  (2010).  Ver  también  su  artículo:  ¿Imaninantataq  Suma  Kausay?  en: https://sites.google.com/site/machaqmara/imaninantataqsumaqkausay.  Ver  también  esta  entrevista  a  Javier Lajo en enero de 2010: http://www.permahabitante.com.ar/javier_lajo.php  Ver más artículos de Javier Lajo en: http://www.herbogeminis.com/IMG/pdf/Escritos_Javier_Lajo.pdf  Ver artículos mas recientes en: http://hawansuyo.com/category/javier-lajo/

[10] «…un  cambio  de  la  mentalidad  de  considerar  al  pueblo  indígena  como  un  recurso  por  extraer  a  considerarnos  pueblos  y  naciones  inteligentes,  articulados,  relevantes,  vivos,  respirando.  Creo  que  eso  requiere  que  las  personas  y  las  comunidades  y  la  gente  desarrolle  relaciones  justas  y  significativas  y  auténticas  con  nosotros…  Tenemos  muchas  ideas  sobre  cómo  vivir  amablemente  en  nuestro  territorio  de  manera  que  tengamos  jurisdicciones  separadas  y  naciones  separadas,  en  un  territorio  compartido.  Creo  que  hay  una  responsabilidad  por  parte  de  la  comunidad  y  la  sociedad  dominantes  de  idear  una  manera de vivir de manera más sostenible y de sustraernos al pensamiento extractivista. Y hacerse cargo  de  su  propio  trabajo  y  de  su  responsabilidad  de  idear  una  manera  de  vivir  con  responsabilidad  y  de  responder a las próximas generaciones. Para mí, ese es un cambio que la sociedad canadiense debe asumir, es  su  responsabilidad.  Nuestra  responsabilidad  es  seguir  recuperando  ese  conocimiento,  recuperar  esas  prácticas,  recobrar  las  historias  y  las  filosofías,  y  reconstruir  nuestros  países  desde  dentro  hacia  fuera».  (Klein, 2012 traducción de María Luisa Valencia)

[11]  «La alternativa al extractivismo es la reciprocidad profunda» (traducción de María Luisa Valencia).

[12] «Extraer es tomar. En realidad, extraer es robar. Es tomar sin consentimiento, sin pensar, sin cuidar y siquiera sin conocer los impactos en los demás seres vivos de ese entorno. Esa ha sido siempre parte del colonialismo y la conquista. El colonialismo siempre ha extraído lo indígena —extracción de conocimiento indígena, de mujeres indígenas, de pueblos indígenas… Nuestros mayores nos han estado alertando de esto por generaciones ya; ellos enseguida vieron la insostenibilidad de la sociedad colonizadora. Las sociedades fundadas en la conquista no pueden sostenerse, así que sí, pienso que nos estamos acercando más a ese punto de quiebre sin lugar a dudas. Se nos acaba el tiempo. Perdemos la oportunidad de cambiar esto. No tenemos tiempo para esta lenta transformación masiva en algo que sea sostenible y alternativo. Siento como si me empujaran contra la pared. Quizás mis ancestros sintieron lo mismo hace 200, 400 años. Pero no creo que importe». (Klein, 2012 traducción de María Luisa Valencia)

[13] «Extracción  y  asimilación  van  de  la  mano.  El  colonialismo  y  el  capitalismo  están  cimentados  en  la   extracción  y  la  asimilación.  Mi  tierra  es  vista  como  un  recurso.  Mis  parientes  en  los  mundos  animal  y  vegetal son vistos como recursos. Mi cultura y mi conocimiento es un recurso. Mi cuerpo es un recurso y  mis  hijos  son  un  recurso,  porque  son  la  posibilidad  de  expandir,  mantener  y  sostener  el  sistema  de  extracción-asimilación. El acto de la extracción suprime todas las relaciones que den sentido a lo que sea que es esté extrayendo». (Klein, 2012 traducción de María Luisa Valencia)

[14] Las comunidades indígenas, en particular en lugares en los que hay una presión importante por desarrollar los recursos naturales, enfrentan  una enorme pobreza económica impuesta. Miles de millones de dólares en recursos naturales se han extraído de sus territorios, sin su autorización y sin compensación. Esa es la realidad. No hemos tenido el derecho de decirle no al desarrollo, porque a fin de cuentas a esas comunidades no se las considera personas, se las considera recursos. (Klein, 2012 traducción de María Luisa Valencia)

[15] Grosfoguel (2013).

[16] Sobre la deuda de Copérnico con los astrónomos islámicos, ver Saliba (2007)

El fluir del río de la lucha social y popular en El Salvador (junio a noviembre de 2019). Roberto Pineda. 15 de julio de 2021

Introducción

El enfrentamiento político-social en el gobierno Bukele[1] asume diversos rostros y escenarios: el principal es el enfrentamiento entre sectores de la oligarquía y de la burguesía emergente[2]  en sus dimensiones política, económica, social, mediática y cultural.

En esta pugna social, el gobierno estadounidense de Trump respaldó al régimen Bukele mientras que el gobierno de Biden[3] se ha decantado por posicionarse a favor de la restauración oligárquica,  y su accionar expresa también una de las principales vertientes internas de este enfrentamiento.

Pero también se encuentra, en un segundo plano, oculto pero vigente, el enfrentamiento de la burguesía emergente, representada por el gobierno autoritario y populista del presidente Bukele  y las debilitadas -pero continuas y significativas- luchas de las organizaciones populares y sociales, así como del debilitado FMLN[4].

La debilidad del movimiento social y popular le permite al poder emergente de Nuevas Ideas, ejecutar su proceso de entronización del nuevo régimen político, sin ningún tipo de oposición social y popular programática, sistemática y masiva. Es un momento de cansancio y confusión, la calle estuvo  fría en el periodo estudiado y lo sigue estando, y el régimen Bukele a dos años de gobierno, todavía goza de un impresionante respaldo popular[5].  

El conflicto principal transcurre en las veredas de las clases dominantes, y a nivel social y popular se resuelve fundamentalmente mediante peticiones  ante las autoridades más que movilizaciones, mediante la vía parlamentaria como forma de lucha principal, no solo en el plano político de los partidos sino también en el plano social de las organizaciones y redes.

Es un momento de claro adormecimiento de la movilización popular. Esto tiene que ve tanto con el rezago inducido del periodo anterior de diez años de dos gobiernos de izquierda,  como por la ya prolongada situación de debilidad y atomización existentes, a partir de los Acuerdos de Paz de 1992, que fue un modelo institucional orientado a garantizar que el sujeto político de izquierda desplazara y neutralizara al sujeto social.

No obstante esto, como nos enseña la experiencia histórica  de la derrota de 1932 y la victoria popular de mayo de 1944,  el nivel de conflictividad social, la lucha de clases,  aunque con bajo perfil, mantiene su ritmo y puede en determinado momento incrementarse y amenazar la estabilidad del régimen vigente, sin duda alguna. Y surgen los estallidos sociales. Y el presidente Bukele lo sabe y lo sabemos nosotros.  

A continuación, a partir de medios de prensa, en especial Colatino,  reseñamos las principales acciones de este  movimiento social -que se organiza por lo general en redes o mesas-  las cuales se reflejan en movilizaciones, conferencias de prensa, conmemoraciones, denuncias, conversatorios y peticiones ante el ejecutivo o legislativo. Asimismo registramos algunas acciones del movimiento popular, sindical, estudiantil y cooperativo.

La síntesis de este enfrentamiento es clave para conocer las posibilidades reales del reposicionamiento del movimiento social y popular, y cubre exclusivamente el primer semestre del gobierno de Bukele, de junio a noviembre de 2019. 

Lucha social y popular en El Salvador  en el primer semestre del gobierno Bukele (junio-noviembre 2019)                                                                    

En junio de 2019 se registran 10 acciones: 1 marcha ecológica (5 de junio) , 8 peticiones sobre medio ambiente, contra minería metálica, gestión de riesgo, contra impunidad,  y por los derechos de excombatientes, indígenas, desplazados internos y comunidad LGBTI, y 1 manifiesto  sobre derechos de la niñez.

En julio de 2019 se registran 35 acciones: 1 marcha estudiantil (30 de julio). 3 conmemoraciones: FAR-30, 27 aniversario de las Melidas y 10mo. aniversario del asesinato del ambientalista Marcelo Rivera en Cabañas. 3 foros: sobre seguridad, despenalización del aborto y migrantes. 10 denuncias: 2 sobre derechos laborales, 2 sobre derechos ambientales, sobre militarización de seguridad pública, bloqueo a Cuba, falta de agua, ley de servicio civil, desplazamientos forzados, y sesgos sexistas en administración de justicia. 17 peticiones ante GOES, CSJ, FGR y AL: 2 sobre derechos humanos,  2 sobre prohibición de plásticos, ley de agua, ley para empleadas domésticas, derechos de comunidad LGBTI, policías, empleados despedidos, indígenas, mujeres, jóvenes, y adultos mayores, adhesión a protocolo sobre tortura, tratado de aguas transfronterizas, ley de reconciliación, antejuicio a Procuradora Caballero, reactivación de programas de INJUVE, y regulación de precios de insumos agrícolas.

En agosto de 2019 se registran 48 acciones: 1 marcha de trabajadores de centros penales para exigir renuncia de Osiris Luna. 1 propuesta: la agenda política, social y económica del movimiento popular y sindical. 1 fundación: nace el Movimiento Patria Ciudadana. 3 foros: sobre elecciones, candidatos para PDDH y desplazamientos forzados. 9 denuncias: dos sobre violencia contra mujeres, tres sobre acuerdo MAG-Bayer, apropiación ilegal de tierras, contra ley de servicio civil, dengue y despidos en Ciudad Mujer.21 peticiones ante GOES, CSJ, FGR y AL: tres exigiendo renuncia de Procuradora Caballero; dos sobre pensiones, dos sobre desaparecidos, tres sobre reanudar programas de INJUVE, legalizar trabajo sexual, matrimonio igualitario, renuncia voluntaria del magisterio, defensores de derechos humanos, migrantes, deuda agraria, excombatientes, elecciones, sobre CICIES, medio ambiente, y ley de reconciliación. 1 estudio sobre niñez migrante. 6 campañas, sobre niñez, gestión de riesgos, tratado transfronterizo, matrimonio igualitario, elecciones UES y defensores de derechos humanos.

En septiembre de 2019 se registran 52 acciones: 2 marchas, una de redes ambientalistas y otra de sindicatos en contra de las AFPs. 1 propuesta: sobre presupuestode veteranos y excombatientes; 2 eventos: premiación de activista LGBTI y conmemoración de Guinda de Mayo; 18 denuncias: 3 sobre el estancamiento en el Legislativo de ley de justicia restaurativa;  2 sobre disolución de junta directiva de STISSS, ley de función pública,despidos a empleados de Presidencia;estrategias represivas del GOES, falta de pagos de pensiones a veteranos y excombatientes, desabastecimiento de medicinas, agresiones contra defensores de derechos humanos, limitaciones a acceso a playas, retrocesos en derechos de comunidad LGBTI; desplazamiento internos masivos, violaciones a la libertad de prensa, integración selectiva de CST, incumplimiento de acuerdos para lisiados de guerra, antena telefónica en barrio San Esteban, urbanización de sitio arqueológico Tacuscalco, corrupción de exjunta directiva de STISSS y megaproyectos de desarrollo. 10 peticiones: 2 por una PDDH comprometida, 2 por legislación medioambiental, por soberanía alimentaria, reforma de junta directiva de IBV, incorporar Salud Sexual y Reproductiva en currícula escolar, reestructuración de deuda de los cafetaleros, creación de banco de datos genéticos, ley de lavado de activos, audiencia con Fiscal y despenalizar aborto. 4 evaluaciones: sobre primeros 100 días de gobierno Bukele. 7 campañas: derechos sexuales y reproductivos,fiscalizar el GOES, derechos de mujeres indígenas,abastecimiento de agua por ANDA, protección de periodistas, cambio climático y voto de salvadoreños en el exterior. 1 protesta: contra antena telefónica.

En octubre  de 2019 se registran 61 acciones: 1 marcha ambientalista; 5 campañas: lucha de mujeres rurales por la tierra,campesinos por soberanía alimentaria, salud sexual y reproductiva para niñas y adolescentes; a favor del Colatino y por una agricultura urbana. 4 estudios: de ASGOJU sobre gestión del GOES, de testimonios sobre masacre del río Sumpul, de mujeres ambientalistas, y sobre mujeres y mercado laboral.

6 actividades: sobre la masacre de El Mozote, el II Congreso del Movimiento Social, la Consulta Ciudadana sobre el Derecho al Agua en Suchitoto, protesta en apoyo a lucha del pueblo chileno, la celebración del 15 aniversario de la Colectiva Feminista para el Desarrollo Local y la Escuela para el Liderazgo Político de Niñas y Adolescentes.

18 solicitudes: dos exigiendo la elección del Procurador de Derechos Humanos, dos sobre gestión de riesgos, dos sobre ley de agroecología para enfrentar cambio climático, reconocimiento de derechos de trabajadoras sexuales, ley de identidad de personas trans, reapertura de programa oftalmológico de Misión Milagro en San Vicente, retirar antena telefónica de comunidad, prohibir permisos para proyectos extractivos, reconocimiento de afrodescendientes, mejores pensiones para lisiados de guerra, cumplir ley de minería metálica, abrir archivos del Ministerio de Defensa sobre conflicto armado, respeto a derechos laborales, reactivar comité de Resolución 1325 de ONU y reformar código electoral.

28 denuncias: cinco sobre reivindicaciones de veteranos y excombatientes;cinco sobre atrasos y vacíos en Ley de Reconciliación,tres sobre elección fraudulenta de decano de facultad de ciencias naturales de UES,dos sobre desalojo de habitantes de isla Tasajera, dos sobre reducción de programas sociales por nuevo gobierno, sobre papel injerencista de Ministro de Trabajo, a CEPA de habitantes de línea férrea, contra Alcalde por trabajadores municipales en huelga de Ciudad Delgado, ejecuciones extrajudiciales, retraso en discusión ley de aguas, elección fraudulenta de Procurador de Derechos Humanos, supuesto aumento salarial a agentes PNC, falta de agua en comunidades, falta de medicamentos para pacientes VIH y privatización de lugares públicos en Costa del Sol.

En noviembre  de 2019 se registran 77 acciones: 3 marchas: una de sindicatos en contra de AFPs, otra de excombatientes para exigir cumplimiento de ley de veteranos y la tercera de mujeres en el día contra la violencia a la mujer. 3 campañas: una para impulsar el Dialogo Ciudadano, para impulsar los derechos humanos y para lograr pensiones dignas para los trabajadores. 5 estudios: un curso sobre legislación laboral, un Informe Alternativo al EPU El Salvador, una Propuesta para incorporar tecnología en conteo de votos de próximas elecciones, una propuesta sobre Política de género y otro sobre migración salvadoreña.

10 actividades: cuatro sobre toma de embajada venezolana en apoyo a gobierno de Maduro;celebración del 15 aniversario de la Colectiva Feminista;lucha por el derecho al agua en Tacuba; Encuentro de Comunicaciones en UES; Quinto Festival Raíces 2019; participación de organización lenca en foro en Honduras; inauguran centro cultural en Planes de Renderos; realizan encuentro en Alemania de solidaridad con El Salvador; realizan encuentro regional sobre minería, y logran ampliar área protegida de Tacushcalco.  

16 solicitudes: tres a AL sobre desplazamiento forzado;para que se investiguen asesinatos contra personas LGBTI; sobre protección de derechos humanos, para que se apruebe ley de agua; para conocer el paradero de familiares desaparecidos durante el conflicto armado; investigar filtraciones en IAIP; dos para detener persecución de FGR hacia luchadores por el derecho al agua en Tacuba; para que se persiga violencia contra mujeres; para reducir circulación de armas de fuego; para nacionalizar sistema de pensiones; por una CICIES independiente, por los derechos de las bordadoras a domicilio, acciones para garantizar seguridad pública  y por cero tolerancia con violencia sexual contra niñez.

30 denuncias: cinco sobre retraso  y manipulación en ley de reconciliación; cuatro sobre fallo judicial que protege a magistrado Escalante; tres sobre graves retrocesos en salud pública; tres sobre críticas a propuesta de GOES para presupuesto 2020; dos sobre protesta por expulsión de diplomáticos venezolanos; sobre rechazo a  Ley de Servicio Público; condena a MINTRAB por obstaculizar labor sindical; cancelación de COP-25 en Chile; contaminación de agua de Lago de Ilopango; embarazos de niñas y adolescentes; exigen presupuesto para comprar condones, desabastecimiento de medicinas para pacientes VIH; ataques a periodistas, uso de agroquímicos en comunidades del Bajo Lempa; amenaza de vincular ONGs con blanqueo de dinero, falta de independencia de CICIES, despidos en Bienestar Magisterial y discriminación contra mujeres rurales.    

Valoraciones

Los dos primeros meses (junio-julio) del nuevo gobierno fueron para el movimiento social, hoy en su doble expresión de sociedad civil pro-oligárquica[6] y sociedad civil progresista[7], un periodo caracterizado por el desconcierto y la dispersión en planteamientos y acciones. En el caso del movimiento popular estuvo casi paralizado.

En agosto de 2019 se da un salto de calidad en el accionar popular al incorporar –desde el movimiento sindical y popular- la presentación el 13 de agosto, ante el nuevo gobierno del presidente Bukele, de un programa, de una plataforma reivindicativa, de una Agenda política, económica y social por parte de FEASIES, CONPHAS, FSS, FEDEAZUCAR y CSTS[8].

Este mismo mes reaparece también en la palestra pública, la principal coalición de movimientos sociales, la Alianza por la Gobernabilidad y la Justicia, ASGOGU, integrada inicialmente por la organización ambientalista UNES, Las Mélidas, AMR, AMSATI, PRODEPAZ, ARPAS, Oveja Negra, 5+, ACISAM, SITTOJ, APROCSAL, etc., surgida el 17 de agosto de 2015 para enfrentar entonces las maniobras de la oligarquía y defender los programas sociales del gobierno de Sánchez Ceren[9].

En septiembre de 2019 se mantiene la misma tendencia de un accionar disperso y que privilegia la denuncia y la gestión legislativa por encima de la protesta y la lucha de calle. No obstante esto, se realizaron dos marchas, una desde el movimiento social  ecologista  y otra desde los sindicatos que lograron visibilizar  ante la opinión pública estas dos banderas de lucha: cambio climático y pensiones. 

En octubre y noviembre de 2019 continua el mismo tono débil –casi susurro- de la movilización de calle  y la dispersión temática, que continúa priorizando la denuncia y la solicitud ante los entes estatales. Pero la realización del II Congreso de Movimientos Sociales en octubre, constituye un parteaguas, al constituirse un organismo de coordinación de la lucha popular y social.

En estos seis meses se han desarrollado nueve movilizaciones de calle: la de estudiantes el 30 de julio, la de trabajadores de los  penales en contra de Osiris Luna, la de excombatientes para el cumplimiento de la  Ley del Veterano,  de mujeres sobre violencia de género,  dos de los sindicatos sobre pensiones y tres del movimiento ambientalista, en junio, en septiembre y en octubre.

Parece ser que el movimiento ambientalista por su amplitud y la participación oficial de sectores de la Iglesia católica, se constituye en uno de los más activos, con fuerza movilizadora, en particular sobre la demanda de una ley de aguas. Le sigue el movimiento sindical y sus demandas sobre una pensión digna. Los otros sectores movilizados son los estudiantes universitarios, trabajadores de penales, excombatientes y organizaciones de mujeres.

No obstante esto, es muy poca movilización para la gravedad de la crisis socioeconómica, y puede estar condicionada también por los altos niveles de popularidad del presidente Bukele, que bloquean la movilización popular y social.  

Por otra parte, rescatamos como estratégico en términos de movimiento popular y social , la Agenda política, económica y social por parte de FEASIES, CONPHAS, FSS, FEDEAZUCAR y CSTS, presentada en agosto, así como el II Congreso del Movimiento Social realizado en octubre, de donde surge la Coordinadora Salvadoreña de Movimientos Populares, CSMP.

Anexo: Listado de Acciones del Movimiento Social y Popular

Junio 2019

Durante la primera quincena de junio de 2019 se perfilaron los rasgos principales del enfrentamiento social que caracterizará a este régimen. Por una parte, se tomaron medidas radicales en términos de supresión de cinco secretarias del Ejecutivo con sus respectivos despidos de trabajadores y por la otra, el movimiento social en sus diversos rostros (ambientalistas[10],  gestión de riesgo[11], contra la impunidad[12], contra la  minería metálica[13], etc.,)  iniciaron sus exigencias ante el nuevo gobierno.  

Este mismo movimiento social también se pronunció durante la segunda semana de junio en su rostro de defensa de derechos de la niñez[14]  excombatientes[15], movimiento indígena[16], desplazados internos[17]  y comunidad LGBTI[18].

Julio 2019

Durante la primera quincena de julio de 2019 el conflicto social siguió profundizándose. El gobierno Bukele hizo un llamado a los jóvenes a abandonar las pandillas[19] mientras el movimiento social se pronunció por sus reivindicaciones, entre estas actividades estuvo la celebración del primer aniversario del Frente Amplio de Resistencia 1932, FAR 32[20];  la exigencia de la Comunidad LGBTI[21] de continuidad de los programas en materia de Diversidad Sexual; y el Movimiento de los Trabajadores de la Policía, MTP[22]  pidió a Bukele  anular expedientes de procesos disciplinarios.

Asimismo los empleados despedidos[23] de las cinco secretarias suprimidas del Ejecutivo, presentaron una demanda de inconstitucionalidad ante la Corte Suprema de Justicia; el Movimiento Tacushcalco[24] exigió a las nuevas autoridades no permitir la impunidad en la destrucción de este sitio sagrado; CRIPDES[25] denunció la poca humedad en la estación lluviosa debido a la llegada “del polvo del Sahara”; COSEC[26] exige a gobierno aprobación de una Ley de Desarrollo y Protección Social; y CESTA[27] denunció la falta de interés del presidente en el medio ambiente.

También el Movimiento de Solidaridad con Cuba condena el bloqueo a la Isla; CONAPEJ[28] exigió debido proceso para nombrar autoridades de INJUVE; la Red de Solidaridad Operación y Misión Milagro[29] exigieron el regreso de la misión médica cubana; CEMUJER[30] exigió elección de nuevo titular de PDDH; 42 comunidades del norte de Soyapango denunciaron servicio deficiente de agua; el MOVIAC[31] pidió a la Asamblea Legislativa una ley que prohíba los plásticos de un solo uso;  las MELIDAS[32] presentó proyecto de ley para empleadas domésticas; y Pro-Busqueda[33] presentó proyecto de ley en pro de defensores de derechos humanos.

Mientras que Mujeres Transformando[34] espera no hayan retrocesos en derechos laborales; sindicalistas[35] preocupados por rumbo de Ministerio de Trabajo; AGEPYM[36] rechaza proyecto de Ley de Servicio Civil; Juntas de Agua de oriente y occidente del país solicitaron la exoneración del pago del IVA; Comisión de Trabajo en Derechos Humanos pro Memoria Histórica[37] piden adhesión de país a Protocolo contra la Tortura; REDCAT[38] solicita establecer un Tratado de Aguas Transfronterizas; CRISTOSAL[39] acusa a GOES y AL de no reconocer a víctimas de desplazamientos forzados;  y las Dignas[40] consideran que sesgos sexistas impide  a las mujeres acceder a la justicia.

Durante la segunda quincena de julio el movimiento popular y social se pronunció por una Ley de Reconciliación[41] que haga justicia a las víctimas; CESTA  asistió a  AL a solicitar la prohibición del plástico; realizan foro[42] sobre políticas públicas de seguridad; sindicato de PDDH[43] solicitó ante FGR antejuicio a Procuradora Caballero; ADES[44] conmemoró décimo aniversario del asesinato del ambientalista Marcelo Rivera; estudiantes de UES anunciaron actividades para conmemorar el 30 de julio; y FESPAD[45] denunció militarización de seguridad pública.

Asimismo la Agrupación Ciudadana para la Despenalización del Aborto[46] realizo un Conversatorios sobre las consecuencias para la mujer de la  penalización absoluta del aborto; la Red de Casas del Migrante[47] realizó conferencia de prensa sobre situación que atraviesan los migrantes; la Mesa de Juventud de CRIPDES[48] exigieron la reactivación de los programas de INJUVE; CONFRAS[49] presentó ante AL una propuesta de Ley Especial de Regulación de Precios para los Insumos Agrícolas; La Mesa contra la Impunidad en El Salvador[50] solicitó a presidente Bukele tome acciones a favor de víctimas del conflicto armado; estudiantes universitarios[51]  conmemoraran el 30 de julio; Melidas celebraron su 27 aniversario de fundación; y estudiantes de la UES marchan el 30 de julio para conmemorar masacre.

AGOSTO 2019

Durante la primera quincena de agosto el movimiento popular y social se pronunció por la Campaña Justicia Climática[52] de El Salvador; la organización World Vision El Salvador presentó un estudio[53] sobre niñez migrante; Mesa Permanente por la Justicia Laboral[54] exigió la renuncia de la Procuradora de Derechos Humanos Caballero; Colectiva Feminista[55] denunció agresiones contra mujeres periodistas; Orquídeas del Mar[56] presentó borrador de ley especial para reconocimiento de Trabajo Sexual;  ORMUSA[57] denunció hechos de violencia contra mujeres; Mesa por una Pensión Digna[58] exigió consulta nacional, CESTA[59] denunció apropiación ilegal de terrenos en lago de Coatepeque; Entre Amigos[60]  presentó demanda por matrimonio igualitario, ANDES 21 de Junio[61] solicitó a diputados superar veto presidencial; Beneficiarios del Programa Misión Milagro[62] exigieron reanudación de este programa; jóvenes de Plataforma Global[63] solicitaron que fondos de militarización se transformen en programas de empleos;  Plataforma Ciudadana Electoral[64] propuso ciudadanización de organismos electorales; movimiento sindical y popular[65] presentó agenda política, social  y económica; AGEPYM realizó concentración por aumento en pensiones en Asamblea Legislativa[66]; ANTA[67], CLOP y Vía Campesina rechazaron acuerdo entre Bayer Centroamérica y MAG; impulsan en asamblea legislativa[68] ley para proteger a defensores de derechos humanos; beneficiarios del INJUVE [69]solicitaron en AL continuidad de programa “Jóvenes con todo.”; despedidos[70] solicitaron interpelar a Procuradora Caballero; organizaciones de salvadoreños[71] pendientes de resolución sobre TPS; y organizaron[72] foro sobre próximas elecciones; 

Durante la segunda quincena de agosto el movimiento popular y social realizo las siguientes actividades: CNTS[73] se concentró en AL contra la Ley de Servicio Civil; CESTA[74] denunció acuerdo entre Bayer y MAG, Somos UES[75] propuso reelección de Roger Arias, organizaciones de mujeres[76] denunciaron  a ANEP, CONFRAS[77] denunció acuerdo entre Bayer y MAG, FESPAD[78] realizó conversatorio con candidatos a Procurador de Derechos Humanos, Foro Nacional de Salud[79] se pronunció sobre dengue, pusieron en libertad a Evelyn Hernández[80], FNS[81] presentó Campaña Niñas No Madres, Mujeres[82] impulsaron en sus comunidades gestión de riesgos, GOES despidió a decenas de empleadas[83] de Ciudad Mujer, Movimiento Social Agropecuario[84] expresó preocupación por Seguridad Alimenticia, Mesa Nacional frente a la Minería Metálica[85] en El Salvador propuso tratado transfronterizo, UNES[86] denunció presencia de arsénico en Barra de Santiago, organizaciones[87] se pronunciaron pro matrimonio igualitario.

Asimismo CONFRAS[88] exigió a AL definición sobre deuda agraria, SEPRODEHES[89]  exhortó a nombrar nuevo Procurador, originado en la diáspora nació en Santiago de María, Movimiento Patria Ciudadana[90], Veteranos y excombatientes[91] protestaron y exigieron destitución de director de IBV; marcharon para exigir[92] renuncia de director de centros penales Osiris Luna; FESPAD[93] lanzó campaña pro defensores de derechos humanos; ASGOJU[94] pidió al presidente Bukele claridad sobre CICIES; UNES[95] exigió de GOES responsabilidad en temas ambientales; organizaciones[96] presentaron propuesta de Ley de Reconciliación; CRISTOSAL[97]  realizó conversatorio sobre desplazamiento forzado; Probusqueda[98] exigió a GOES mayor compromiso sobre desaparecidos del conflicto armado y exigieron[99] al Estado búsqueda de desaparecidos.

SEPTIEMBRE 2019

Durante la primera quincena de septiembre el movimiento popular y social se manifestó alrededor de la denuncia de Veteranos de la Fuerza Armada[100] por falta de pago de sus pensiones; Mesa de Soberanía Alimentaria[101] pidió incluir componente de soberanía en Ley de Seguridad Alimentaria; el Foro Nacional de Salud[102] denunció desabastecimiento de medicinas; Mesa contra la Impunidad[103] en El Salvador denunció estancamiento de discusión en AL de Ley de Justicia Restaurativa para Víctimas del Conflicto; 13 organizaciones demandaron[104] una PDDH que acompañe al pueblo; Fundación Maquilishuat[105] realizó Festival de los Derechos Sexuales y Reproductivos de la Juventud; Movimiento Patria Ciudadana [106]llamó a fiscalizar el gobierno.

Asimismo organizaciones[107] exigieron legislación medioambiental;  Veteranos y excombatientes[108] solicitaron reformar junta directiva de IBV; sindicalistas[109] rechazaron Ley de la Función Pública;  mujeres indígenas[110] reivindicaron sus derechos ancestrales; trabajadores de la Presidencia[111] denunciaron despidos ante PDDH; Cristosal[112] criticó estrategia represiva de GOES; demandaron[113] Ley de Justicia Restaurativa; denunciaron[114] disolución de junta directiva del STISSS; la Mesa por Defender Derechos[115] denunció que los defensores de derecho son víctimas de prácticas violentas; consideraron[116] insuficientes acciones del presidente con respecto a víctimas del conflicto armado; sindicatos[117] evaluaron primeros cien días de presidente Bukele; y veteranos[118] evalúaron cien días de presidente Bukele.

También comunidades[119] de Lourdes protestaron para exigir retiro de antena telefónica; 56 comunidades[120] demandaron agua potable de ANDA; organizaciones humanitarias[121] demandaron audiencia a Fiscal General sobre conflicto armado; Mesa para Protección de Periodistas[122] exigieron garantías para su labor; comunidades[123] denunciaron limitación en acceso a playas; CONPHAS[124] evaluó primeros cien días de  presidente Bukele; comunidad LGTBI[125] denunció retrocesos; Las Melidas[126] propusieron incorporar salud sexual y reproductiva a currícula educativa; y proposieron[127] que salvadoreños en el exterior voten por medios electrónicos.

Durante la segunda quincena de septiembre el movimiento popular y social realizó las siguientes actividades: AGEPYM[128]convocó a marcha contra ley de pensiones; denunciaron[129] desplazamiento masivo en el país; realizaron[130] campaña: sin agua no hay futuro; Consorcio por la Transparencia exigió[131] respeto a la libertad de  prensa; activista[132] de comunidad LGBTI recibió premio; veteranos y excombatientes[133] presentaron propuesta de presupuesto 2020; FESPAD[134] denunció exclusión de sindicatos en Consejo Superior del Trabajo; lisiados de guerra[135] denunciaron incumplimientos del gobierno; cafetaleros[136] pidieron les reestructuren sus deuda; estudiantes de UES[137] exigieron declarar emergencia climática; organizaciones[138] rechazaron perfil de Procurador que busca AL; organizaciones de mujeres[139] evaluaron primeros cien días de GOES; conmemoraron[140] en Guarjila la Guinda de Mayo; pidieron[141] crear banco de datos genéticos; CONPHAS[142] denunció imposición en el STISSS del Ministro de Trabajo; comunidades de San Esteban[143] denunciaron instalación d antena de telefonía; exigieron[144] respetar sitio arqueológico de Tacuscalco; denunciaron[145] actos de corrupción cometidos por junta directiva de STISSS; organizaciones[146] solicitaron al Legislativo consultas sobre ley de lavado de activos; UNES[147] denunció megaproyectos; realizaron[148] marcha ambiental este 27 de septiembre; sindicatos marcharon[149] contra AFPs; pidieron[150] despenalizar aborto y Vía Campesina[151] se unió a Huelga Mundial contra el Cambio Climático. 

OCTUBRE 2019

Durante la primera quincena de  octubre el movimiento popular y social se manifestó con acciones de veteranos[152] que denunciaron en Asamblea Legislativa funcionamiento de IBV; exigieron[153] elección transparente de titular de PDDH; denunciaron[154] falta de consultas a víctimas en Ley de Reconciliación Nacional; sindicatos[155] rechazaron injerencia de Ministro de Trabajo en STISSS; ASGOJU[156] evaluó gestión de GOES; conmemoraron[157] tercer año de reapertura del caso El Mozote; veteranos[158] exigieron a GOES cumplimiento de ley; la Mesa Nacional de Comunidades[159] que habitan la Línea Férrea denunciaron a CEPA; trabajadoras sexuales[160] demandaron reconocimiento de sus derechos;  exigieron[161] aprobación de Ley de Identidad de Género para personas trans; trabajadores municipales[162] de Ciudad Delgado en paro de labores; denunciaron[163] que centro oftalmológico de San Vicente no atiende pacientes; denunciaron[164] boicot del GOES al Instituto de Veteranos; sobrevivientes[165] presentaron libro sobre masacre del Sumpul; veteranos[166] protestaron frente a Ministerio de Gobernación; denunciaron[167] ejecuciones extrajudiciales; ambientalistas[168] rechazaron retraso en discusión ley de aguas; organizaciones[169] criticaron impunidad en ley de reconciliación nacional; FESPAD[170] denunció desalojos forzados en Isla Tasajera; realizaron[171] segundo congreso del movimiento social; exigieron[172] retirar antena telefónica; rechazaron[173] proyecto de ley de reconciliación nacional; crearon[174] Coordinadora Salvadoreña de Movimientos Sociales; cuestionaron[175] proyecto de ley de reconciliación nacional; criticaron[176] retraso en elección de Procurador de Derechos Humanos; y demandaron[177] mayor inversión en gestión de riesgos.

Durante la primera quincena de  octubre el movimiento popular y social se manifestó  en que ambientalistas[178] exigieron a GOES no conceder permisos a proyectos extractivos; afrodescendientes[179] exigieron ser reconocidos; organizaciones populares[180] condenaron reducciones de programas sociales; lisiados de guerra[181] pidieron mejorar sus pensiones; mujeres rurales[182] demandaron permanencia de programas sociales; mujeres rurales[183] luchan por la tierra; demandaron[184] cumplimiento de ley de prohibición de minería metálica; estudiantes de UES[185] denunciaron elección fraudulenta de Decano; denunciaron[186] desalojo violento de estudiantes universitarios; rechazaron[187] elección de nuevo Procurador de Derechos Humanos; ambientalistas[188] propusieron agroecología ante cambio climático; denunciaron[189] desalojo de habitantes de isla Tasajera; docentes de UES[190] denunciaron actos vandálicos; veteranos[191] aplaudieron decisión del GOES de duplicar sus  pensiones; campesinos[192] luchan por la soberanía alimentaria; denunciaron[193] supuesto aumento policial del GOES para 2020; ambientalistas[194] marcharon por una ley agroecológica; organizaciones[195] exigieron apertura de archivos del conflicto armado; mujeres[196] lanzaron campaña pro derecho de jóvenes; mujeres ambientalistas[197] presentaron informe; realizaron[198] cena en respaldo a Colatino; realizaron[199] en Suchitoto consulta ciudadana sobre el agua; denunciaron[200] falta de agua en sus comunidades; señalaron[201] falta de políticas para gestión de riesgos; alertaron[202] sobre aprobación de ley que protege a criminales de guerra; capacitaron[203] a jóvenes en salud sexual y reproductiva; presentaron[204] documento sobre mujer y mercado laboral 2020; realizaron protesta[205] en apoyo a lucha del pueblo chileno; demandaron[206] respeto a derechos laborales; denuncian[207] falta de medicamentos para pacientes con VIH; propusieron[208] reforma a legislación electoral; denunciaron[209] privatización de áreas públicas en Costa del Sol; Colectiva Feminista para el Desarrollo Local[210] celebró 15 años de trabajo; feministas[211] pidieron reactivación de comité nacional de la resolución 1325 de la ONU; Plan Internacional[212] desarrolló escuela para liderazgo político para adolescentes; y promueven[213] agricultura urbana. 

NOVIEMBRE 2019

Durante la primera quincena de  noviembre el movimiento popular y social se manifestó mediante acto de celebración[214] de 15 años de la Colectiva Feminista; advirtieron[215] en tercer plantón que Legislativo no ha realizado debate sobre Ley de Reconciliación; sindicatos[216] marcharon en contra de AFPs; exigieron[217] investiguen asesinatos de personas LGBTI; veteranos[218] marcharon a favor de cumplimiento de ley; realizaron curso[219] sobre legislación ambiental interamericana; exigieron[220] del GOES protección de derechos humanos; sindicatos[221]rechazaron Ley de Servicio Público; profesionales[222] criticaron propuesta de presupuesto 2020; repudiaron[223] expulsión de diplomáticos venezolanos; denunciaron[224] que Ministerio de Trabajo obstaculizó labor sindical; organizaciones[225] presentaron informe alternativo al EPU-El Salvador; rechazaron[226] fallo judicial que protege a magistrado; anunciaron[227] defensa de embajada de Venezuela; propusieron[228] tecnología para contar votos en próximas elecciones; denunciaron[229] cancelación de COP-25;  realizaron[230] en UES Encuentro de Comunicación; protestaron por [231] ruptura de relaciones con gobierno de Maduro; organizaciones[232] denunciaron fallo judicial; realizarán[233] Quinto Festival raíces 2019; organizaciones[234] exigieron debate sobre ley de reconciliación; advirtieron[235] sobre contaminación de agua de lago de Ilopango; denunciaron[236] retroceso en salud pública; organizaciones[237] continuaron vigilancia de embajada de Venezuela; denunciaron[238] que tribunales niegan justicia las víctimas; denunciaron[239] embarazos de niñas y adolescentes; organización lenca[240]participó en foro en Honduras; inauguraron[241] centro cultural Cuicatcalli en Los Planes de Renderos; comunidades de Tacuba[242] luchan por el derecho al agua; pidieron[243] endurecer penas en casos de violencia sexual contra la niñez;  organizaciones[244] exigieron aprobar ley de aguas;  presentaron estudio[245] sobre migración salvadoreña; denunciaron[246] intento de aprobar por Legislativo amnistía disfrazada: solicitaron[247] reconocer gravedad del desplazamiento forzado; denunciaron[248] falta de presupuesto para comprar condones; veteranos[249] criticaron propuesta de presupuesto 2020; pacientes de VIH denunciaron[250] al ISSS por desabastecimiento de medicamentos; organizaciones[251] denunciaron desacato del Legislativo sobre ley de reconciliación; exigieron[252] legislación para víctimas del desplazamiento forzado; y denunciaron[253] cierre de establecimientos de salud.

Durante la segunda quincena de  noviembre el movimiento popular y social se orientó hacia la exigencia[254] de conocer paradero de familiares desaparecidos en el conflicto armado; informaron[255] sobre encuentro regional contra minería; denunciaron[256] ataques a periodistas; lanzaron[257] campaña por pensiones dignas; solicitaron[258] investigar filtraciones en IAIP; realizaron en Alemania Encuentro de Solidaridad con El Salvador[259]; exigieron[260] a Fiscal detener persecución contra defensores del derecho al agua; solicitaron[261] se persiga penalmente violencia contra mujeres; comunidades del Bajo Lempa [262] denunciaron uso de agroquímicos; FESPAD denunció[263] estigmatización de ONGs; FESPAD[264] solicitó reducir circulación de armas de fuego; pidieron[265] nacionalizar el sistema de pensiones; solicitaron[266] una CICIES independiente y transparente; pidieron[267] cero tolerancia  a la violencia sexual contra niñez y adolescencia; continuaron[268] toma popular de embajada venezolana; respaldaron[269] toma de embajada venezolana; líderes comunales realizaron[270] Dialogo Ciudadano; mujeres marcharon[271] para exigir cese de violencia; mujeres denunciaron[272] recortes a programas de atención a la mujer; lograron[273] ampliar área de protección de Tacushcalco; denunciaron[274] discriminación contra mujeres rurales; mujeres[275] criticaron propuesta de presupuesto 2020;desarrollaron[276] campaña pro derechos humanos; denunciaron[277] retrasos en caso de masacre El Mozote; presentaron[278] proyecto de ley para financiar atención a víctimas de desplazamiento; presentaron[279] política de género; pidieron[280] cese de persecución contra activistas por el derecho al agua en Tacuba; bordadoras a domicilio exigieron[281] sus derechos; denunciaron[282] falta de independencia de CICIES; denunciaron[283] despidos en Bienestar Magisterial; y exigieron[284] acciones reales en seguridad pública.  

Roberto Pineda, San Salvador, junio-julio de 2021


[1] Ver Pineda, Roberto. El desafío urgente de la izquierda en El Salvador. https://www.alainet.org/es/articulo/198013

[2] Ver Pineda, Roberto. Clases y alianzas sociales en el gobierno Bukele. https://www.alainet.org/es/articulo/212403

[3] Pineda, Roberto. Los EEUU frente al gobierno Bukele en el comienzo de su mandato. https://www.alainet.org/es/articulo/212754

[4] Pineda, Roberto. Actitud inicial del FMLN frente al gobierno Bukele. https://www.alainet.org/es/articulo/212697

[5] Ver encuestas LPG, UCA, UFG y UTEC. (LPGdatos: 86.5 de aprobación: https://www.laprensagrafica.com/lpgdatos/LPG-Datos–Bukele-con-86.5-de-aprobacion-20210531-0119.html. UCA El Salvador: mayoría aprueba gestión de Nayib Bukele: https://www.dw.com/es/uca-el-salvador-mayor%C3%ADa-aprueba-gesti%C3%B3n-de-nayib-bukele/a-57773641 Encuesta UFG: Gobierno mantiene calificación de 8.7 en sus dos años de presidencia  https://www.contrapunto.com.sv/encuesta-ufg-gobierno-mantiene-calificacion-de-8-7-en-dos-anos-de-gobierno/  y Encuesta UTEC coloca 8.8 de nota a gestión de Bukele: https://voces.org.sv/elsalvador/encuesta-utec-coloca-8-8-de-nota-a-gestion-de-bukele/)

[6] Organizaciones vinculadas a la ANEP y FUSADES o financiadas por la Embajada USA.

[7] Organizaciones vinculadas a la cooperación internacional de la Unión Europea o de agencias privadas.

[8] Ver https://ecumenico.org/agenda-politica-economica-y-social-del-movimiento-sindical-y-popular-por-la-justicia-social-san-salvador-13-de-agosto-de-2019

[9] https://ecumenico.org/organizaciones-sociales-conforman-alianza-por-la-gobernabilidad-y-justicia-colatino-joaquin-salazar-17-de-agosto-de-2015

[10] La Mesa por la Soberanía Alimentaria presentó un pliego de demandas medioambientales al nuevo gobierno que incluye la protección de la producción de alimentos estratégicos. El 5 de junio estas organizaciones realizaron la “Décimo Novena Caminata Ecológica” que llego  las puertas de Casa Presidencial, para entregar carta, en la que le piden al presidente revela su propuesta medioambiental. El lema de la marcha era: “Agua y territorio.” También La Unidad Ecológica Salvadoreña, UNES, calificó a Bukele como la principal amenaza al medio ambiente en ES.

[11] La Mesa Permanente de Gestión de Riesgo, MPGR, hicieron llamado a comprometerse en aplicar la Política Nacional de Protección Civil, Prevención d Riegos y Mitigación de Desastres.

[12] La Mesa contra la Impunidad que representa a organismos de derechos humanos y  colectivos de familiares de víctimas del conflicto armado hicieron llamado a AL a tomar en cuenta su propuesta de anteproyecto de Ley Especial para la Reparación Integral y Acceso a la Justicia paras Víctimas de Graves Violaciones a los Derechos Humanos.  Asimismo La Alianza Social contra la Impunidad y La Justicia, ASCOJU  (Leonel Herrera, ARPAS) hicieron un llamado al nuevo gobierno a implementar una reforma tributaria donde los ricos paguen más.

[13] La Mesa Nacional Frente a la Minería Metálica exigió al nuevo gobierno la urgente implementación de la Ley de Prohibición de la Minería Metálica.

[14] El 19 de junio se publica manifiesto de la Alianza por los Derechos de la Niñez/Adolescencia y Juventud         ( FESPAD, IMU, ORMUSA y Las Mélidas) , titulado Desafíos del Nuevo Gobierno en Materia de Derechos de la Niñez y Adolescencia, en el que realizan cinco recomendaciones. Ver Colatino, 19 de junio de 2019, Pag. 9

[15] El Comité Coordinador de Veteranos Militares de la Fuerza Armada, solicitaron al presidente Bukele el nombramiento del presidente del Instituto de Veteranos.

[16] El Movimiento por la Defensa de Tacushcalco protestó y se declaró en resistencia por la construcción de un complejo habitacional en el Centro Ceremonial de ese lugar, el cual es un lugar indígena sagrado e histórico, así como por el rescate del Río Ceniza. Que recibirá las aguas negras d esa urbanización llamada Acrópolis. 

[17] La Mesa de Sociedad Civil hizo un llamado al gobierno a combatir la crisis del desplazamiento forzado y la migración. Indicaron que 235,700 personas se han visto forzadas a desplazarse, la mayoría jóvenes debido principalmente a amenazas de pandillas.

[18] La Federación Salvadoreña LGBTI hizo un llamado al nuevo gobierno para aplicar justicia a los crímenes basados en el odio a la orientación sexual, identidad y expresión de género. Asimismo la Asociación de Mujeres por la Dignidad y la Vida ( Las Dignas) en el marco del Día Internacional del Orgullo LGBTI dieron a conocer un manifiesto, titulado: ”Lesbianas en resistencia y lucha por la libertad de decidir sobre nuestras vidas, cuerpos y afectos.”

[19] Dejen las pandillas, solo les queda la cárcel o la muerte” fue el mensaje que envió el presidente Bukele.

[20] EL FAR 32 surge de bases del FMLN y de consultas con movimientos populares, su principal dirigente es Luis Calderón. 

[21] William Hernández, de la organización Entre Amigos manifestó que exigen “el respeto a sus derechos y mayores oportunidades para construir una vida digna dentro de un Estado democrático.”  Ver Colatino 1 de julio de 2019, Pag. 6.

[22] Marvin Reyes, secretario general del MTP explicó que estos procesos disciplinarios vienen de 2015 y se originan en una acción de respaldo a miembros del exGRP. Por otra parte,  manifestó su respaldo al Plan de Control Territorial.

[23] Idalia Zuñiga, del Frente Social y Sindical Salvadoreño, FSS, se hizo presente para manifestar su solidaridad con estos empleados despedidos. Asimismo Francisco García, de la Concertación Popular por un País sin Hambre y Seguro, CONPHAS acompañó esta demanda.

[24] Salvador Recinos, de la Mesa por la Sustentabilidad de los Territorios de Sonsonate,  indicó que #desde 2018 se señalaron las anomalía de dicho proyecto urbanístico.” Ver Colatino, del 2 de julio de 2019. Pag. 7

[25] Bernardo Belloso, presidente de CRIPDES, explicó que “el país se ha convertido en un Estado vulnerable, por las sequias, inundaciones y los sismos.”

[26] Roxana Rodríguez, de ASMUJERES, integrante de la Coordinadora Social por la Economía del Cuidado, COSEC, denunció que“se han realizado despidos en el GOES sin ninguna evaluación previa o cumpliendo el debido proceso…y ha afectado a mujeres embarazadas o con licencia de maternidad.” Ver Colatino, 3 de julio de 2019

[27] Ricardo Navarro, presidente del Centro Salvadoreño de Tecnología Apropiada, CESTA denunció que Bukele en sus primeros treinta días “promueve un modelo económico, donde lo privado prevalece sobre lo público. Ver Colatino, 3 de julio de 2019.

[28] Néstor Ventura, consejero del  Consejo Nacional de la Persona Joven, CONAPEJ, indicó que deben de respetarse los procesos legales para el nombramiento de la dirección del Instituto de la Juventud, INJUVE.

[29] La misión médica cubana atendía a pacientes con problemas visuales de manera gratuita, en el Hospital Nacional de San Vicente. Alrededor de 900 personas quedaron pendientes de ser operadas.

[30] El Instituto de Estudios de la Mujer, CEMUJER, junto con la Agrupación Ciudadana para la Despenalización del Aborto, y COMCAVIS Trans, ante la finalización del mandato de la actual Procuradora, Raquel caballero, exigieron al órgano legislativo agilizar este proceso de selección y elección del nuevo titular de la PDDH. 

[31] Lindas Rubio, de CESTA  consideró “necesaria una ley que prohíba el uso del plástico y productos desechables de polietileno.”

[32] Azucena Ortiz, directora del Movimiento de Mujeres Melida Anaya Montes, las MELIDAS, explicó que “es en respuesta  la violación de los derechos laborales que sufren las trabajadoras del hogar.”La propuesta fue acompañada por ONU MUJERES.

[33] José Lazo, de Pro-Búsqueda explicó que piden la aprobación de una Ley de Protección Integral de las Personas Defensoras de Derechos Humanos.

[34] Montserrat Arevalo, de Mujeres Transformando, integrada por trabajadoras de maquila y bordadoras a domicilio, exigieron el respeto a sus derechos humanos y laborales.

[35] Rafael Méndez, secretario de la Coordinadora Sindical Salvadoreña, CSS  expresó que no ven con claridad el rumbo que el ministro Rolando castro le imprimirá al Ministerio de Trabajo.

[36] Mar Montes, presidente de la Asociación General de Empleados Públicos y Municipales, AGEPYM señaló que “esta ley únicamente vendría a invalidar beneficios de los empleados.”

[37] Miguel Montenegro, director de la Comisión de Derechos Humanos No Gubernamental (CDHES), sostuvo que el país “debe desde ya haber firmado su adhesión a este protocolo facultativo.”

[38] Edgardo Mira, de la red Centroamericana por la Defensa de las Aguas Transfronterizas, REDCAT, opinó que “esta acción presentada desde 2015 permitirá la conservación y rescate de las cuencas hidrográficas de  la región.”

[39] Celia Medrano, directora regional de CRISTOSAL opinó que “a un año de haber sido emitida la sentencia de la CSJ continúa sin reconocerse este problema.”

[40] América Romualdo, de la Asociación de Mujeres por la Dignidad y la Vida, Las Dignas, planteó que “en el país no se logra prevenir ni sancionar la violencia contra las mujeres de forma satisfactoria.”

[41] CEJIL, Tutela Legal “María Julia Hernández, Cristosal y Probusqueda se pronunciaron a un año de la sentencia de la CSJ que derogo la Ley de Amnistía.  Exigieron a  la AL una ley que responda  las exigencias de las víctimas.

[42] Diversas organizaciones, incluyendo a Cristosal y la Fundación para el Debido Proceso, realizaron el foro “Políticas Públicas de Seguridad para la garantía de los Derechos Humanos en El Salvador.”

[43] Carlos Solórzano, dirigente de SEPROHEDES informó que se hicieron presentes ante FGR para conocer los avances del antejuicio que se sigue contra Procuradora Raquel caballero,  quien ha sido ya sentenciada por el Tribunal de Ética Gubernamental.

[44] Alirio Hernández, de ADES recordó que “las cosas han cambiado un poco. Hace diez años los espacios para el movimiento social eran criminalizados…”

[45] Saúl Baños, director de FESPAD, denunció que el incremento de la participación del ejército en actividades de seguridad pública constituye una remilitarización de la seguridad y va en contra de la Constitución de la República.”

[46] Keyla Cáceres, de la ACDA, indicó que  la despenalización permitiría que “las adolescentes y niñas puedan decidir en ese momento.”

[47] Leonel Herrera, de ARPAS señaló que “el gobierno USA debería de asumir su responsabilidad ya aportar a una solución integral.”

[48] Leónidas Pérez, de la Mesa de Juventud de CRIPDES solicitó “que se retome la feria de juventudes denominada JUVENTOUR.”

[49] José Ángel Coto presidente de CONFRAS expuso que esto garantizaría  a los productores de granos básicos la estabilidad en los precios de los insumos agropecuarios.

[50] En una carta manifestaron su preocupación por las consecuencias que se derivarían de la supresión de secretarías que impulsaban procesos en beneficio de víctimas. Acompañaron también a la entrega de esta carta el Grupo Gestor para la Aprobación Integral para Víctimas del pasado Conflicto Armado y la Comisión de Trabajo pro Memoria Histórica.

[51] Fabio Aguilar, dirigente de la Asamblea Estudiantil de la UES llamó a participar en marcha de 30 de julio a la vez que opinó sobre la necesidad de “refundar la izquierda en el país.”

[52] Ernesto Beltrán, del colectivo ambientalista ACUA   dijo que “la agroecología es un modelo resiliente, incluyente y participativo para la adaptación de manera natural al cambio climático.”

[53] Laura del Valle, directora de World Vision El Salvador presentó el estudio titulado “Niñez migrante, un viaje sin retorno.”

[54] Ovidio Hernández, de la MPJL exigió que “lo ideal sería que Raquel caballero renunciara y no fuera reelegida para un nuevo periodo porque no ha cumplido su rol como Procuradora.”

[55] Morena Herrera, de la Colectiva Feminista expresó que “es posible con el acceso a la tecnología controlar el origen de las agresiones y amenazas contra algunas periodistas.”

[56] Zuleyma Molina, del Movimiento Orquídeas del Mar indico que “solo queremos que se reconozca el trabajo sexual, para que esto nos permita ser sujetos de derecho dentro de la sociedad.”

[57] Silvia Juárez, de ORMUSA demando del Estado no solo la protección de la vida, integridad física y psicológica sino también  garantías de acceso a pronta y cumplida justicia.

[58] Patricio Pineda, de la MPJ subrayo que sobre las pensiones debemos hacer una consulta nacional porque este es un tema de país.

[59] Ricardo Navarro, presidente del CESTA denuncio la apropiación ilegal de tierras públicas por parte de dueños de fincas aledañas, lo cual obstaculiza la vida de los lugareños que se dedican a la pesca artesanal.

[60] William Hernández, de Entre Amigos informó que la Sala de lo Constitucional admitió una demanda contra el Código de Familia ya que prohíbe el matrimonio civil entre personas del mismo sexo, lo que vulnera la Constitución de la Republica, sostienen.

[61] Israel Montano, secretario general de ANDES 21 de Junio explicó que es necesario superar el veto ´presidencial al decreto legislativo que permitía el retiro y la renuncia voluntaria del sector magisterial.

[62] Francisco Barillas, denunció que cierre de este programa de médicos cubanos en San Vicente, no le permite realizarse una operación para retirar una catarata.

[63] Ricardo salinas, de Plataforma Global critico el Plan de Control Territorial y solicito que estos recurso se utilicen en la creación de empleos para jóvenes.

[64] Ramón Villalta, de la Iniciativa Social por la Democracia, ISD explicó que presentaron un pliego de reformas tanto al Código Electoral como a Ley de Partidos Políticos orientadas a la ciudadanización de los organismos electorales.

[65] El Frente Social y Sindical Salvadoreño, la Concertación por un País sin Hambre y Seguro, la Federación de Asociaciones y Sindicatos Independientes, la Confederación Sindical de Trabajadores Salvadoreños y otras fuerzas populares, presentaron una agenda con propuestas de incremento al salario mínimo, Ley de Agua, nacionalización de la pensiones, respeto a la libertad sindical y combate a la evasión fiscal, entre otras medidas.

[66] Mario Montes, presidente de AGEPYM explicó que el  propósito fue exigir la modificación de la Ley del Sistema de Ahorro para Pensiones (SAP), reformada en 2017, para poder mejorar las condiciones de los jubilados.

[67] Carlos Rodríguez, dirigente de ANTA manifestó que “esta relación supone nuevamente la entrada de Monsanto con productos agroquímicos y transgénicos que dañan los suelos, contamina los ríos, reduce los mantos acuíferos, alteran el ecosistema y ponen en peligro la vida de las personas con enfermedades como cáncer, insuficiencia renal y el dengue, por mutaciones en los zancudos debido al uso desmedido de plaguicidas.”

[68] José Lazo, de Pro-búsqueda  indico que cabildean para que se apruebe propuesta presentada el 6 de septiembre pasado por organismos jurídicos, de memoria histórica ambientales y feministas para proteger a los defensores de derechos humanos.

[69] Andrea Hernández, a nombre de beneficiarios subrayó que “ha beneficiado a muchos en estado de vulnerabilidad; riesgo de violencia entre otros para que puedan educarse y capacitarse para la vida.”

[70] María Elías, a nombre de los desempleados dijo que exigen a  la Procuradora Caballero “que se pronuncie con respecto a las violaciones a nuestros derechos laborales.”

[71] Carlos Ardón, del Instituto de Políticas públicas para los Ángeles PIPIL, dijo que esperaban que la Corte de Pasadena, no se sometiera a la narrativa antiinmigrante de Trump y diera un voto favorable para los salvadoreños beneficiarios del TPS.

[72] Ricardo Córdoba, de FUNDAUNGO y del Asocio para el Monitoreo Electoral indicó que este foro “Tendencias recientes de reforma electoral en Latino América”  permitirá ampliar el horizonte sobre este tema.

[73] Roberto Gómez, de SITRAMHA y de la CNTS, explicó que este anteproyecto “atenta contra derechos laborales ya adquiridos.” Denunciaron que  está siendo financiado por la embajada de Estados Unidos, por medio de ANEP y FUSADES.

[74] Ricardo Navarro, de CESTA denuncio que esta decisión traerá impactos negativos al medio ambiente y a la salud de las personas por el uso de químicos y semillas transgénicos.

[75] Ronaldo Guevara, vocero de Somos UES, explico que la fórmula que llevan está integrada por Roger Arias como rector  lo es desde 2017 y como vicerrectores a Raúl Azcunaga académico y Juan Rosa Quintanilla administrativo

[76] Carmen Urquilla, de la Concertación para un Empleo Digno para las Mujeres , CEDM, explicaron que les preocupa la abstención del GOES y el voto en contra por parte de ANEP para aprobación de Convenio 190 en OIT, que busca erradicar la violencia y el caso en el mundo del trabajo. Luis Cardenal de la ANEP  justifica el voto de esta gremial, en un falso nacionalismo.

[77] José Coto, de la Confederación de federaciones de Cooperativas de la Reforma Agraria Salvadoreña, CONFRAS denuncio que la propuesta de ARENA de abrir nuevamente relaciones con la transnacional Bayer pone en riesgo las cooperativas y productores nacionales, quienes son proveedores de la semilla certificada que se usan para los paquetes agrícolas que distribuye el GOES.

[78] Saúl Baños, de FESPAD explico que la actividad se realizó con el propósito de conocer cuáles eran sus propuestas para fortalecer a la PDDH en su labor en la promoción y protección de derechos humanos.

[79] Margarita Posada, del FNS, lamento en entrevista que las estrategias que dieron buenos resultados para abordar ciertas enfermedades, no estén siendo implementadas por el gobierno entrante.

[80] Morena Herrera, feminista, opino sobre la liberación de Evelyn Hernández que el órgano judicial debería detener la criminalización de las mujeres pobres que sufren embarazos complicados. Hernández es parte de un grupo de 17 mujeres salvadoreñas encarceladas y acusadas de provocarse abortos.

[81] Gloria Cruz, del FNS explico que la campaña pretende generar conciencia acerca de los embarazos impuestos ademas evidenciaría los diversos tipos de violencia que enfrentan las jóvenes y niñas

[82] Morena de León, de la Mesa Permanente de Gestión de Riesgos explico que ante las recientes crisis hídricas, entre sequias e inundaciones, las mujeres desempeñan un papel estratégico en al protección de sus comunidades.

[83] Leily Martínez, trabajadora de Ciudad Mujer exigió que se les explicara la razón de esta decisión, ya que nosotras en ningún momento hemos dejado de laborar.

[84] Oscar Recinos, de MSA y de FECONASAN denuncio el posible acuerdo entre Bayer y MAG y lo califico de nocivo para la seguridad alimentaria de El Salvador.

[85] Rodolfo Calles, de la MNFM denuncio que al ejecutarse los proyectos mineros en la frontera de Guatemala tal cual están diseñados, contaminaran el Rio Lempa, que es el mayor afluente de agua en el país, por lo cual es importante negociar un tratado binacional.

[86] Mauricio Sermeño, presidente de UNES informó que en una investigación realizada por Dina Larios, de la  Universidad de Ohio, se determinó que los humedales de la Barra de Santiago poseen altos niveles de metales pesados como arsénico y cadmio.

[87] Herman Duarte, de Fundación Igualitos, presentaron una demanda ante CSJ para buscar la aprobación del matrimonio civil igualitario.

[88] José Coto, presidente de CONFRAS, acudió a AL para demandar una interpretación auténtica del decreto 348 que trata sobre la cancelación de la deuda agraria y agropecuaria.

[89] Carlos Solórzano, secretario general del Sindicato de Empleados de la PDDH, SEPROHEDES informo que están pendientes del nombramiento de un nuevo Procurador y que esperan que este sea una persona con capacidad y experiencia para dirigir la PDDH.

[90] Alex Nuñez, secretario general expreso en el acto de nacimiento, realizado en Santiago de María que “nació frente al vacío político, al desánimo de importantes sectores de la sociedad frente al fanatismo provocado por ese vacío, nos proclamamos como una opción que buscar generar solida esperanza.”

[91] José Palacios,  explicó que decidieron realizar acciones de protesta porque se está violentando la Ley de Veteranos. Además exigieron la destitución de Marcelo Cruz Cruz de la Comisión nacional Administradora de la Ley de Beneficios y Prestaciones Sociales para Veteranos y Excombatientes.

[92] Eduardo Bernal , vocero de los trabajadores  de las tiendas ubicadas al interior de los recintos carcelarios, denunció la incertidumbre con respecto a su futuro laboral y exigió se les aclare esta situación además de exigir la renuncia del actual director, Osiris Luna.

[93] Loyda Robles, de FESPAD explicó que desarrollan la campaña “Defendiendo Derechos Construimos Paz” por la defensa de los  derechos humanos de las personas defensoras, quienes no cuentan con un  marco jurídico que les garantice el libre ejercicio de abogar por sus demandas, individuales o colectivas. 

[94] Leonel Herrera, de la Alianza por la Gobernabilidad y la Justicia, ASGOJU y de ARPAS, manifestó que se necesita mayor claridad en la creación e implementación de una comisión que investigará posibles casos de corrupción que es conocida como CICIES.

[95] Luis González, de UNES expresó que “necesitamos funcionarios con compromiso, experiencia y voluntad para garantizar derechos en estos  tiempos de crisis, el llamado es a cuidar nuestras amazonías y gestionar nuestras crisis de manera responsable.”

[96] David Ortiz de FESPAD  indicó que esta propuesta persigue “presentar una metodología para construir una ley desde el sentir, la voy y lo que las víctimas y lo fundamental de esta propuesta es que es pública, proponemos una mesa técnica que permita dinamizar el proceso en la que participen organismos internacionales, organizaciones de derechos humanos y víctimas del conflicto y la Asamblea Legislativa.”

[97] Celia Medrano, directora de Cristosal informó que el Conversatorio titulado “Avances y desafíos en materia de desplazamiento forzado” pretende levantar este tema ante la opinión pública.

[98] Eduardo García, director de Probusqueda, denunció que “no hemos sido recibidos, ni siquiera se nos ha recibido la carta y esperamos que el presidente actual tenga la sensibilidad que han mostrado sus predecesores, par air caminando…en cuenta a la justicia, verdad y reparación a las víctimas.”

[99] Claudia Interiano, de la Fundación para la Justicia y el estado Democrático de Derecho exigió junto con otras organizaciones que “exista una colaboración a nivel transnacional, la búsqueda no puede quedarse solamente a nivel nacional, debe ser dentro y fuera de nuestras fronteras.”

[100] Ricardo Chacón, presidente del CCM denunció que el Ministro de Gobernación no reconoce a su actual directiva lo cual es una intromisión en sus asuntos internos.

[101] José Coto, de CONFRAS  y de la MSA planteo ante los diputados de la Asamblea Legislativa que no solo es necesario garantizar que los alimentos lleguen a la mesa sino que los mismos vengan de productores nacionales.

[102] Morena Murillo, del FNS denunció que en una muestra que realizaron en varias unidades de salud, estas solo contaban con un 35% de abastecimiento de medicinas lo cual es preocupante.

[103] David Morales vocero, denunció que los procesos de consulta elaborados por la AL no cumplen con los estándares de derechos humanos adecuados.

[104] Saúl baños de FESPASD indicó que las organizaciones no apoyan a ninguno de los 23 candidatos que se encuentran en el proceso de elección por parte de AL.

[105] Marta Elena Rauda, directora de FUMA explicó que la actividad se enmarca en el Día Internacional de la Juventud.

[106] Alex Núñez, del MPC, explico necesidad que las ciudadanos se conviertan en fiscalizadores del gobierno por medio de la organización social.

[107] Graciela Colunga, de Pro-Vida se pronunció por un modelo económico enfocado en el bienestar de la población, por medio de la aprobación de una Ley de Soberanía Alimentaria, de una Ley General de Aguas y de una Ley de Control de Plaguicidas y Agroquímicos.

[108] José Melara, excombatiente, exigió que se modifique la Junta Directiva del Instituto de Beneficios a Veteranos.

[109] Luis Ortega, del Sindicato de Trabajadores de la Asamblea Legislativa denunció  que “si esa ley se aprueba por lo menos van a despedir a 40, 000 trabajadores,

[110] Juliana Ama de Chile, de la Fundación Ama, indicó que como mujeres indígenas han sufrido una historia de discriminación e ignominia.

[111] Héctor Rodríguez, represente del Movimiento de Trabajadores Despedidos presentaron una carta en la PDDH proponiendo un diálogo con las autoridades.

[112] Celia Medrano, de Cristolsal, explicó que si el estado no es capaz de garantizar su presencia en esas comunidades donde se han producido los desplazamientos de personas por presiones de pandillas, las víctimas de desplazamiento no están convencidas de regresar.

[113] Juan José Dalton, de la Fundación Roque Dalton, expresó que “pedimos justicia para todos aquellos afectados durante el conflicto, por la guerrilla y el ejército, estamos pidiendo el cese de la impunidad.

[114] Roberto Méndez, directivo del STISSS denunció que el Ministerio de trabajo les había notificado la disolución de su junta directiva, lo que seguramente se trata de un proyecto gubernamental  para privatizar el ISSS.

[115] José Lazo, de Pro-búsqueda,  denunció que en el país continúan las practicas violentas y abusivas en contra de personas defensoras de derechos humanos.

[116] José Lazo, de Pro-búsqueda considero como insuficientes las acciones del Presidente Bukele con respecto a las víctimas del conflicto armado.

[117] Marvin Reyes, de la Coordinadora Nacional de Amplia Participación, CONAPAR y además del Movimiento de Trabajadores de la PNC indicó que “esta situación en seguridad nos deja a nosotros con una sabor agridulce…no se han mejorado en anda las condiciones de trabajo de los policías, lo que si les ha aumentado es su trabajo y su fatiga física y mental.”

[118] José Melara, veterano del FMLN señaló que “hemos tenido un gobierno de mentiras, que se quiere acreditar lo que y estaba en el presupuesto y que quiere borrar todo lo hecho por el gobierno anterior.”

[119] Carmen Quintanilla, habitante de la zona, informó que estas 22 comunidades  realizan esta protesta con el fin que  la SIGET y la OPAMSS sancionen a empresa telefónica que ha instalada ilegalmente antena en su lugar de residencia. 

[120] Comunidades organizadas en la Asociación de Consumidores de el Salvador, ENLACES, exigieron a ANDA proporcionar agua potable  para sus comunidades. Fueron apoyadas por el Centro para la Defensa del Consumidor, CDC. 

[121] David Ortiz, de FESPAD informó que junto con CRISTOSAL, Tutela Legal “Dra. María Julia Hernández”,  UES, CEMUJER, Concertación Monseñor Romero, ASDEHU y otras han solicitado audiencia al Fiscal para señalarle que luego de tres año de la derogatoria de la Ley de Amnistía, todavía no existe una nueva normativa al respecto.

[122] Angélica Cárcamo, presidente de la Asociación d Periodistas, APES consideró que “es preocupante que desde el mismo estado se estén generando acciones que avalan al periodismo a favor del gobierno.”

[123] El Movimiento Nacional en Defensa de la Tierra de El salvador, MOVITIERRA denunció que en el Boulevard Costa del Sol propietarios privados han cerrado siete accesos a las playas, lo cual es ilegal.

[124] Marielos de León, dirigente de la Concertación Popular por un País sin Hambre y Seguro, CONPHAS, reconoció avances en el tema de la seguridad pública pero denuncio el encarecimiento de los servicios de energía eléctrica y agua potable, además la vulneración de derechos laborales de trabajadores públicos y retrocesos en transparencia y acceso a la información.  Además, con su política exterior Bukele ha comprometido la soberanía y autodeterminación salvadoreña, ya que una relación con Estados Unidos “no debe ser nunca de sumisión y sometimiento.”

[125] William Hernández, presidente de la Asociación “Entre Amigos” dijo que “en el actual gobierno hubo retrocesos en cuanto a garantizar los derechos de la comunidad LGBTI. Desconocemos que pasará con la Dirección de Diversidad Sexual.”

[126] Delia Cornejo, de Las Melidas, denunció que se estima que las niñas y adolescentes de 10 a 19 años son las principales víctimas de agresión en su domicilio. En 2016 se reportaron 71 casos de violencia sexual mientras  que en 2017 fueron 136, aseguró.

[127] Ramón Villalta, de Iniciativa Social para la Democracia, ISD, explicó que “hemos presentado ante la AL dos iniciativas de ley para que los salvadoreños en el exterior puedan participar en las elecciones legislativas y municipales de 2021, dijo.

[128] Mario Montes, presidente de AGEPYM informó que hemos convocado a nuestros afiliados para realizar el próximo 27 de septiembre una Marcha Negra contra la Ley del Sistema de Ahorro para Pensiones, SAP, ya que se cumplen dos años de sus nefastas reformas, denunció. Asimismo condenaran el proyecto de Ley de la Función Pública, apoyado por la Embajada de Estados Unidos.

[129] Celia Medrano, de Cristosal, denunció que el  año 2018, 200, 000 personas cambiaron de domicilio por razones de violencia en su comunidades.

[130] Luis González, de la Unidad Ecológica salvadoreña, UNES y además de la Alianza Nacional contra la Privatización del Agua dijo que se sumaban  a las actividades que a nivel mundial se están realizando en el marco de la Huelga Mundial contra el Cambio Climático.

[131] En un pronunciamiento firmado por FUNDE, FUSADES, Centro de Estudios Jurídicos (CEJ), y la Fundación Democracia, Transparencia y Justicia (DTJ)  denuncian que el pasado 6 de septiembre se negó el ingreso a Casa Presidencial a Factum y El Faro, para la firma de la instalación de la CICIES.

[132] Blanca Rodríguez, presidente de Concavis Trans,  fue premiada por ACNUR por su trabajo en defensa de los derechos de la comunidad LGBTI salvadoreña.

[133] José Melara, de ANVEGE-FMLN, dijo que las dos grandes peticiones del presupuesto entregado al MH, son la pensión y la indemnización.

[134] En un pronunciamiento FESPAD denunció que no fueron tomados en cuenta la nómina presentada por confederaciones de larga trayectoria sindical en el país, lo que le resta representatividad.

[135] Miembro de la Asociación de Lisiados de Guerra de El salvador, ALGES, protestaron frente al Ministerio de Hacienda para exigir se les pague un deuda surgida tras el último aumento al salario mínimo de enero de 2017.

[136] Omar Flores, presidente de la Asociación Cafetalera de El Salvador, solicitó al GOES la reestructuración de la deuda de este sector dada la crisis que atraviesan. 

[137] Rafael Campos, de Resistencia Climática, expresó que se unen a la Huelga Mundial por el Clima y exigieron del GOES que se declare una emergencia climática por el deterioro del medio ambiente en el país.

[138] Diversas organizaciones de derecho humanos rechazaron las declaraciones vertidas por el presidente de la AL, Norman Quijano, en el sentido que buscan un Procurador que no meta presos a los involucrados en el conflicto. Insistieron organizaciones como Probusqueda y el Servicio Social Pasionista, en la necesidad que la AL elija a un Procurador con un claro compromiso con la defensa de los  derechos humanos y no con defender intereses  partidarios o de pequeños grupos.

[139] Margarita Posada, de la Resistencia Feminista indicó que el Ejecutivo muestra un claro desinterés por erradicar la violencia contra las mujeres, como lo evidencia con los despidos que ha realizado incluso de mujeres embarazadas.

[140] Sobrevivientes de la Guinda Mayo, en la cual el ejército masacró a centenares de pobladores  en el nororiente de Chalatenango, conmemoraron el acontecimiento y solicitaron la erección de un monumento para honrar la memoria de estas personas.

[141] Eduardo García, director de Probusqueda solicito al Legislativo que se apruebe una ley para crear el Banco de Datos Genéticos, ya que esto favorecería la investigación de la niñez desaparecida, y de los trámites de las víctimas del conflicto armado.

[142] Marielos de León de CONPHAS  denunció que el Ministro de Trabajo autorizo la inscripción de una junta directiva del STISSS y que se orienta hacia una futura  privatización del ISSS.

[143] Miguel Guzmán, representante de 22 comunidades solicitaron ante la AL que se emplace al alcalde de San Salvador por este acto que consideran ilegal.

[144] Salvador Recinos de UNES hicieron llamado a CSJ para que evite la construcción de un complejo habitacional en este lugar considerado como sitio arqueológico y que además ensuciaría el río Ceniza.

[145] Ricardo Monge hijo, nuevo secretario general de STISSS denunció que las anterior junta directiva cometió diversos actos de corrupción.

[146] Marta Elena Rauda, del Movimiento de ONGs par le Desarrollo Solidario de El Salvador, MODES, informó que junto con FESPAD han solicitado al Legislativo abrir proceso de consultas sobre Ley Especial para la Prevención, Control y Lavado de Activos. 

[147] Carolina Amaya, de UNES denunció que mega proyectos como la Presa Hidroeléctrica de El Chaparral y Ciudad Valle El Ángel, del cual la familia Dueñas está a la espera de los permisos ambientales, constituyen amenazas ya que agudizan los efectos del cambio climático volviendo mucho más vulnerable a El Salvador.

[148] Convocada por la Alianza Nacional contra la Privatización del Agua, en consonancia con la Huelga Mundial por el Cambio Climático, una masiva marcha denunció la crisis climática que atraviesa el país, informó Juan de la Cruz, del BPJ.

[149] Roswald Solórzano, del Sindicato de Trabajadores del Órgano Judicial, SITTOJ, informó que este viernes 27 de septiembre y desde diferentes lugares partieron marchas para protestar contra las AFP. Una de las marchas partió desde el Boulevard de Los Héroes y se dirigió hacia el Legislativo. Roberto Gómez Arias, secretario general de la Confederación Nacional de Trabajadores Salvadoreños, CNTS, también denuncio el proyecto de  la Ley del Servicio Público.  Otro contingente de trabajadores conducido por AGEPYM, se concentró en la Plaza Gerardo Barrios desde donde marcho también a la Asamblea Legislativa.

[150] La Red Nacional de Colectivas Feministas en El Salvador, con pañuelos verdes como símbolos de apoyo, se manifestaron por la legalización del aborto. Keyla Cáceres, de la red de Mujeres Jóvenes, llamó al estado salvadoreño a abrir el debate para la despenalización del aborto. En El Salvador se penalizó el aborto en todas sus formas desde 1998.

[151] Carlos Rodríguez, Coordinador de Vía Campesina exigió al GOES que incorpore al sector agropecuario en la producción y comercialización de semillas para el país en vez de entablar acuerdos con empresas transnacionales como Bayer.

[152] Jesús Quijano, representante de veteranos de la FAES indicó que “exigimos la derogatoria del decreto 408 que reformó la Ley Especial  de Beneficios y Prestaciones Sociales para Veteranos de Guerra.

[153] David Morales, de Cristosal,  denuncio el atraso del Legislativo para elegir nuevo Procurador de Derechos Humanos.

[154] Carolina Constanza, del Centro para la Promoción de Los Derechos Humanos “Madelaine Lagadec” denunció que el Legislativo no ha tomado en cuenta a las  víctimas en la elaboración de la Ley de Reconciliación Nacional.

[155] Armida Franco, secretaria general de STISSS, rechazó la injerencia del Ministro de Trabajo al entregar credenciales sindicales a personas que n fueron electas por los trabajadores.

[156] Leonel Herrera, de ASGOJU exigió al gobierno de Bukele que asuma una actitud “seria y coherente” frente a problemas estructurales como pobreza,  violencia, corrupción y deterioro medioambiental.

[157] Wilfredo Medrano, abogado acusador de Tutela Legal “Dra. María Julia Hernández” informó que este mes de octubre se realizarán algunas exhumaciones organizadas por el juez de la causa, en el proceso judicial contra 16 militares de alto rango del ejército salvadoreño. 

[158] Darío Sánchez, representante de los veteranos, denunció que los funcionarios del IBV  no tienen interés real en que esta institución funcione en beneficio de los veteranos y excombatientes.

[159] Representante de la Mesa Nacional de Comunidades denunciaron en el Legislativo que CEPA deja en la incertidumbre en cuanto al proceso de legalización de| los terrenos a 9 mil familias.

[160] Zuleyma Molina, del Movimiento Orquídeas del Mar, demando la aprobación de la Ley de Reconocimiento del Trabajo Sexual, así como el respeto a los derecho para las 44, 000 mujeres que se dedican al trabajo sexual, principalmente el acceso a atención médica.

[161] Mónica, representante de la Mes Permanente para Una Identidad de Género, explicó que con el apoyo de FESPAD presentaron esta propuesta pero que no ha tenido el interés de los partidos del  Legislativo.

[162] Misael Gómez, del Sindicato de Trabajadores y Empleados de la Alcaldía de Ciudad Delgado, denunció que no les han pagado el salario de septiembre y la patronal ha despedido a 76 trabajadores.

[163] Samuel Ramírez, de la Red de Solidaridad de la Operación y Misión Milagro denunció que no obstante el moderno equipo de cirugía, evaluación y tratamiento de problemas oculares en el Hospital Santa Gertrudis de san Vicente, este no está funcionando, afectando así a miles de personas.

[164] Milton Recinos, directivo propietario del IBV, denunció que la representación gubernamental en el IBV impone una agenda lesiva para los intereses de los beneficiarios.

[165] Felipe Tobar, de la Asociación de Sobrevivientes de la Masacre del Sumpul presentó el libro “memorias del Sumpul” con relatos testimoniales sobre esta masacre ocurrida el 14 de mayo de 1980 en Chalatenango.

[166] Un grupo de veteranos se manifestó frente al Ministerio de Gobernación en protesta por irregularidades existentes en la administración del IBV.

[167] Victoria Reyna, del Servicio Social Pasionista, SSP, presentó una investigación que le da seguimiento a 48 casos de asesinatos extrajudiciales, registrados por la PDDH, y que se mantienen en la impunidad.

[168] Luis Gonzales, de la Alianza Nacional contra la Privatización del Agua y de la UNES criticó que el Legislativo no asume su responsabilidad de discutir y aprobar una Ley de Agua  que sea democrática.

[169] José Lazo, de Probusqueda, denunció junto con organizaciones de derechos humanos y de familiares de víctimas,  que en el Legislativo  se pretende aprobar una ley de reconciliación nacional, pero con impunidad.

[170] En un comunicado público, FESPAD denuncia que 20 familias de la Isla Tasajera están siendo desalojados por una decisión judicial, que beneficia a propietarios privados.

[171] Margarita Posada, del Foro Nacional de Salud y de APROCSAL, informó que 179 organizaciones, redes y asociaciones participaron este viernes 11 y sábado 12 de octubre, del segundo congreso del movimiento social, que realizó un análisis de los contextos internacional, económico y político para poder definir estrategias del movimiento popular frente a los desafíos del país. Acordaron “formar la Coordinadora Salvadoreña de Movimientos Populares (CSMP), cuyo propósito fundamental es impulsar el desmontaje del modelo neoliberal y promover transformaciones estructurales que favorezcan a la población y conduzcan a la construcción de un país realmente democrático, justo, equitativo, incluyente, pacífico y sustentable.”

[172] Residentes del Barrio san Esteban exigieron a alcaldía capitalina el retiro de una  antena telefónica. “NO queremos antena de la muerte” sostuvieron. 

[173] Miguel Montenegro, de la Comisión de Derechos Humanos, CDH-NG, explicó que “las víctimas del conflicto armado no fueron tomados en cuenta en esta ley, que solo beneficia  a los victimarios de graves violaciones a los derechos humanos.”

[174] El objetivo de la CSMS es el de “impulsar estrategias en función de los derechos e intereses de la población” informaron.

[175] David Morales, de Cristosal, advirtió que se pretende en el Legislativo aprobar una ley que no ha sido consultada con las víctimas del conflicto armado.

[176] Miguel Montenegro, de la CDHES criticó que el Legislativo se demora en la elección del Procurador  ya que buscan un funcionario que sea funcional a sus intereses.

[177] Maydhee Recinos, de Mujeres Rurales y de la Mesa Permanente por la Gestión de Riesgo, MPGR, dijo que “queremos que se asigne un presupuesto acorde con la vulnerabilidad del país.”

[178] En un campo  pagado de la Mesa Nacional Frente a la Minería, luego de conocerse una reunión del GOES sostenida con la empresa privada se exige del gobierno: 1) No otorgar permisos ambientales a proyectos extractivos pues ponen en riesgo el agua, el medio ambiente, y la salud de las personas. 2)  Es urgente realizar los cierres técnicos de las minas abandonadas en Morazán, San Miguel y La Unión. 3) Demandamos del GOES se asigne un refuerzo presupuestario a sus ministerios e instituciones involucradas y 4)  A la población, a estar alerta y mantener articulado el movimiento de resistencia en defensa de los territorios, del derecho humano al agua, y al medio ambiente.

[179] Wendy Morales, de la organización Azul Originarios, explicó que “hemos sufrido de mucho racismo estructural dentro de los centros educativos, el ámbito político, social, cultural, hemos sido negados, invisibilidades, y siempre que algo se refiere a afrodescendiente es de modo negativo.”

[180] El Frente Social y Sindical Salvadoreño, FSS y la Concertación Popular por un País sin Hambre y , CONPHAS,  denunciaron de manera conjunta que el GOES este reduciendo el financiamiento a los programas sociales en su propuesta de presupuesto para el año 2020, así como los despidos masivos de empleados públicos  que se están realizando.

[181] Olga Serrano, directora de la Asociación de Lisiados de Guerra, ALGES, en nombre de sus agremiados pidió a los diputados el mejoramiento de las pensiones que reciben. 

[182] Maydhee Recinos, de la Alianza por la defensa de los Derechos de las Mujeres Rurales exigió “la continuidad de los programas, proyectos y políticas a favor de las mujeres  rurales,  indígenas y campesinas, además de que nuestras demandas sean visibilizadas  y priorizadas por el nuevo gobierno.”

[183] María González, presidente de la Asociación Agropecuaria Mujeres Produciendo en la Tierra, AMSATI, aclaró que “podemos acceder a la tierra si alguien la presta o la alquila, pero necesitamos tener control de ella; porque si somos dueñas podemos controlar lo que podemos hacer, decidir lo que podemos cultivar.”

[184] Rodolfo Calles, de CRIPDES, explicó que “a dos años que se aprobó la Ley de Prohibición de Minería Metálica, aún existe una deuda en su implementación.”

[185] Estudiantes de la facultad de Ciencias Naturales de la UES, organizados en el Movimiento de Estudiantes contra la Antidemocracia,  cerraron tres edificios en protesta por la reciente elección del Decano y Vicedecano, la cual consideraron como fraudulenta.

[186] Estudiantes de la facultad de Ciencias Naturales de la UES, denunciaron que fueron desalojados violentamente de los edificios que ocupaban y responsabilizaron por esta acción al Rector Roger Arias, y al Decano Mauricio Lovo.

[187] Jaime Ortega, del Movimiento Independiente de Ciudadanos no Partidarios rechazaron como fraudulento el proceso legislativo que terminó con la elección de Apolonio Tovar como nuevo Procurador de Derechos Humanos, por su “vinculo material con un partido político, el FMLN.”

[188] Adalberto Blanco, de FECORACEN, y de la Mesa de Soberanía Alimentaria informó que el Festival Raíces 2019 es “un espacio de encuentro entre la ciudad y el campo, ya que sus participantes trabajan en redes de pequeños agricultores y artesanos comprometidos con la Soberanía Alimentaria, en defensa del agua, tierra y semillas autóctonas.”

[189] Elmer Funes, habitante desalojado, expresó que “nos desalojaron por a fuerza, sin presentarnos ninguna orden judicial o documento que respaldara su acción.”

[190] El Colectivo de Académicos de la Facultad de Ciencias Naturales y Matemáticas de la UES denunció que un grupo de matones se mantuvieron en los alrededores de sus instalaciones, bajo las órdenes del decano Mauricio Lovo.

[191] Rafael Aguillón, representante de los veteranos de guerra de la Fuerza Armada dijo que tal decisión del GOES viene  a dignificar a su sector.

[192] María Ana Calles, de la Vía Campesina de El Salvador opinó en el Día Mundial de la Alimentación que “debemos luchar porque los alimentaos los produzcamos acá, y no vengan de afuera.”

[193] Marvin Reyes, dirigente del Movimiento de los Trabajadores de la Policía, denunció que “lo que se entregara nos se trata de un aumento, sino de un bono, por lo que no se incrementa el salario.”

[194] Ricardo Navarro, representante de CENTA y del Movimiento de Victimas, Afectados y Afectadas por el Cambio Climático y Corporaciones, MOVIAC informó que marcharon hacia la Asamblea Legislativa para exigir que se promulgue una ley que promueva la agroecología en el país, para poder así enfrentar el cambio climático.

[195] David Ortiz, de FESPAD, demandó del presidente Bukele en su carácter de Comandante General de la Fuerza Armada,  la apertura de los expedientes relacionados al conflicto armado salvadoreño.

[196] El Movimiento Salvadoreño de Mujeres, MSM, lanzo la campaña: “soy joven y conozco mis derechos” sobre la necesidad que este sector poblacional conozca sus derechos a la salud sexual y reproductiva.

[197] El Informe titulado “DesTierradas” fue presentado por Colectivo Ecologista Madre Selva, Pro Vida, ASPRODE y Alianza por la Solidaridad. Graciela Colunga de Provida, explicó que este informe recoge la lucha de las mujeres por la tierra, tanto de Guatemala como de El Salvador.

[198] Francisco Valencia, director de Colatino agradeció a las personas que asistieron a la cena solidaria y reiteró el compromiso de este periódico con las causas populares.

[199] Morena Herrera, del Colectivo Feminista para el Desarrollo Local explicó que esta iniciativa(Consulta Popular por el Derecho Humano al Agua)  fortalece la participación popular así como consolida el anhelo de contar al más breve plazo con una ley que garantice el derecho humano al agua.

[200] Habitantes de Cimas de San Bartolo II denuncian que ya van para dos meses sin contar con el vital líquido.

[201] Carlos Rodríguez, de la Fundación Dr. Guillermo Ungo, Fundaungo, explicó que es necesario que los gobiernos tomen los recursos que tienen disponibles para decidir qué acciones realizarán ante las amenazas en seguridad, salud, medio ambientales y otras.

[202] David Morales de Cristosal, alertó sobre posible aprobación en el Legislativo de una ley de reconciliación que tenga como centro la protección de criminales de guerra lo que sería una burla para las víctimas del conflicto armado.

[203] Magdalena Cortez, de la Fundación Maquilishuat, FUMA, explicó que se pretende prevenir los  embarazos en adolescentes con la campaña: El embarazo no es un juego, es como si el mundo se te viniera encima.”

[204] Carmen Urquilla, de ORMUSA indicó que esta investigación “El Salvador: el futuro del trabajo con la industria 4.0” les ha permitido comprender que el avance tecnológico puede significar para las mujeres salvadoreñas la pérdida de empleos y mayores niveles de desigualdad.

[205] Un grupo de salvadoreños se apostaron frente a la embajada de Chile para protestar contra la represión del gobierno de Piñera contra ese pueblo hermana. Serafina Rodríguez, expresó que el pueblo salvadoreño apoya las luchas del pueblo chileno por la democracia.

[206] Isabel Carrillo, de la Mesa Permanente por la Justicia Laboral, señaló que el GOES está realizando graves atentados contra las conquistas sociales de la clase trabajadores entre estos los despidos a partir del 2 de junio, y l participación del MINTRAB en la elección de representantes sindicales.

[207] Francisco Ortiz, de Fundasida denunció que los medicamentos se han dejado de suministrar en las diversas farmacias del iSSS poniendo e n riesgo la salud de cerca de 1,5000 derecho habientes.

[208] Luis Mari Rodríguez, de FUSADES y de la Plataforma Ciudadana Electoral, informó que  presentaron un segundo pliego de reformas ante el TSE, incluyendo multas a partidos políticos que violen la ley.

[209] Dora Guillen, del Movimiento en Defensa de la Tierra de El Salvador, MOVITIERRA, denunció que “los señores dueños de ranchos se han adueñado de los pasajes que existían  y nos bloquean el acceso  a las playas.”

[210] En un comunicado expresan que nacen en 2004 “como un espacia organizativo enfocado en el accionar político feminista para generar trasformaciones que contribuyan a mejorar la vida de las mujeres, las niñas y con las personas disidentes sexuales   y de género espacialmente, mujeres lesbianas y personas trans.”

[211] América Romualdo , de la Concertación Feminista Prudencia Ayala, CFPA, refirió que esta resolución de la ONU asegura el papel de las mujeres en la resolución de conflictos, en las negociaciones y acuerdos de paz. 

[212] Carmen Elena Alemán, directora de Plan Internacional explicó que con este proyecto se pretende “generar en niñas y adolescentes un espacio formativo para que las participantes desarrollen pensamiento crítico y sean capaces de identificar las desigualdades sociales de género para cambiarlas.”

[213] La Fundación Centro Bartolomé de las Casas impulsa un proyecto de agricultura urbana que capacita las comunidades en soberanía alimentaria y procesamiento de alimentos, combinado con la convivencia social  y la relación intergeneracional. 

[214] Morena Herrera, indicó que el 13 de diciembre de 20003, el equipo de 7 mujeres que implementaba el programa de Participación Política y desarrollo Local, presentó a la Asamblea de  Mujeres por la Dignidad y la Vida, una propuesta que luego sería conocida como la Colectiva Feminista.

[215] José Lazo, de Probusqueda advirtió que “este estado se olvidó de las víctimas, de la sentencia que mandata que la Asamblea Legislativa debe cumplir con la verdad, justicia, reparación y no repetición. Los diputados están cocinando una nueva amnistía, con la peligrosidad que las víctimas se mueran, estos diputados solo buscan sus privilegios e intereses…”

[216] Roswald Solórzano, del Sindicato de Trabajadores del Órgano Judicial, SITTOJ, denunció que “no puede ser posible que unos pocos millonarios estén llenándose los bolsillos a costa del sufrimiento, dolor, hambre y miseria de nuestro pueblo, demandamos que se nacionalice el sistema de pensiones.”

[217] Bianka Rodríguez, de la Federación d personas Gays, Bisexuales, Trans e Inter sexuales, FESLGBTI, manifestó su preocupación por el aumento de asesinatos de personas LGBTI, cometidos “con mucha crueldad.”

[218] Los veteranos y excombatientes marcharon desde la Plaza Salvador del Mundo hasta la Asamblea Legislativa para exigir el cumplimiento de la Ley de Beneficios y Prestaciones Sociales para este sector.

[219] La consultora Yanira Cortes, expresó que “existe una regresión, ya que se están cerrando los espacios que en épocas anteriores tenían una apertura de participación y esto es preocupante.”

[220] Saúl Baños, de FESPAD y del Colectivo de Organizaciones Sociales Observadoras del tercer ciclo de Examen Periódico Universal EPU señaló que “El Salvador incumplió dicho examen, debido a que cumplió pocas de las observaciones que le fueron hechas.”

[221] Sarai Molina, secretaria general del Movimiento de Unidad Sindical y Gremial. MUSYGES, indicó que “rechazamos la Ley del Servicio Público que vendrá  a darle muerte al sindicalismo en este sector.”

[222] El colectivo de Profesionales por la Transformación de El Salvador, PROES, denunció que la propuesta de presupuesto 2020 presentado por el Ejecutivo viene amañada.

[223] Representantes de la Red Salvadoreña de Solidaridad con Venezuela leyeron un comunicado frente a  la fachada de la aun embajada de Venezuela, en la que condenaron la expulsión de diplomáticos venezolanos ordenada por el presidente Bukele.

[224] Sarai Molina, de MUSYGES denunció que el Ministerio de Trabajo ha burocratizado al entrega de credenciales para dirigente sindicales, lo cual les afecta en la defensa de los intereses de los trabajadores agremiados.

[225] Xenia Marroquín, del Foro del Agua y del Foro Centroamérica Vulnerable, manifestó que “me siento complacida por las recomendaciones dadas al Estado salvadoreño desde múltiples organismos de la ONU así como por la presentación que realizaron del informe alternativo desde la sociedad civil salvadoreña.

[226] Centenares de personas se manifestaron en el Centro Judicial Isidro Menéndez, contra el fallo judicial que tipificó como una falta y no como delito la acusación contra le magistrado Jaime Escalante por tocar en sus partes íntimas a una niña de diez años.

[227] Representantes de diversas organizaciones constituyeron el Colectivo de Defensa de la Embajada de la República Bolivariana de Venezuela, el cual se hizo presente a este sede diplomática y afirmaron que no permitirán el ingreso de representantes del “títere Juan Guaido”.

[228] Ramón Villalta, de Iniciativa Social para la Democracia, ISD, propuso que debe de buscarse financiamiento internacional para garantizar que se use tecnología en las próximas elecciones.

[229] Carolina Amaya, de la UNES explicó que la cancelación de la COP-25 por el gobierno chileno, debido a la grave crisis social que atraviesa, afecta fuertemente porque atrasa el desarrollo de una agenda con medidas al servicio de la protección medioambiental.

[230] Daniela Brunet, directora de la Asociación  Equipo Maíz, nacida en abril de 1983, dedicada  la formación de liderazgos comunitarios, informó que realizan el Encuentro de Comunicación “Revelando Realidades.”

[231] Milton Recinos, representante del sector de veteranos de la CIRAC explicó que se concentraron en la entrada de la UES para manifestar su rechazo a la decisión  del presidente Bukele de romper relaciones con el gobierno de Maduro.

[232] Josselyn Pineda, de ASAPROSAR y de la Red para la Infancia y Adolescencia, RIA, expresó que exigían información sobre los argumentos utilizados por una instancia judicial para garantizarle la impunidad al magistrado Jaime Escalante. El lema de la conferencia de prensa que ofrecieron fue el de: tocar niñas es delito.

[233] Los integrantes de la Mesa por la Soberanía Alimentaria, constituida en 2013, anunciaron que el próximo 12 de octubre desarrollaran el V Festival 2019 con el lema: ante el cambio climático, Agroecología. Así como: Por nuestra Soberanía Alimentaria: Defendemos agua, tierra y semillas. Exigieron la aprobación de la Ley General de Aguas y de la Ley de Soberanía Alimentaria.

[234] Representantes de la Asociación Pro búsqueda manifestaron que miles de familias “han pasado sin justicia, verdad, reparación y medidas de no repetición, por más de treinta años.”

[235] Carolina Amaya, coordinadora de la UNES advirtió que el agua del lago Ilopango no es apta para consumo humano, ya que está contaminada con metales pesados. 

[236] Margarita Posada,  del Foro Nacional de Salud denunció que el GOES ha cerrado once Equipos Comunitarios de Salud Familiar, así como hay una reducción en el presupuesto de los hospitales.

[237] Diversas organizaciones del Comité Pro Defensa de la Embajada de la República Bolivariana de Venezuela informaron que continúan noche tras noche protegiendo el patrimonio y la soberanía del pueblo venezolano.

[238] Loyda Robles de la Alianza por los Derechos de la Niñez denunció que los tribunales salvadoreños se caracterizan por acondicionar las leyes y negar la justicia a las víctimas como sucede con el actual caso del magistrado Escalante.

[239] Morena Herrera, de la Colectiva Feminista denunció que “una situación dolorosa está viviendo una niña de doce años a causa de una violación perpetrada por un adulto mayor de 85 años. Está embarazada y a punto de dar a luz. Este es El Salvador” concluyó.

[240] Martín Gómez,  del Movimiento Independiente Indígena Lenca de la Paz, MILPA, participó en foro “Justicia Climática y Derechos Humanos y Adaptación “celebrado en Copan, Honduras, reivindicó el conocimiento ancestral para enfrentar el cambio climático. 

[241] Rafael Rodríguez, inauguró el Cuicatcalli, o Casa del Canto, que es un proyecto para recatar las tradiciones artísticas y culturales “de nuestros ancestros, nahuas, toltecas y pipiles”. Se contó con la participación de Juliana Ama., nieta del líder indígena del 32, Feliciano Ama.

[242] David Díaz, de la Asociación de Desarrollo Comunal “Bendición de Dios” explicó que llevaban 13 años de estar luchando, lo que ha incluido capturas,  encarcelamientos y la amenaza de pasar entre cinco u ocho años en prisión, luego de enfrentarse  a las autoridades municipales para no dejarse arrebatar el sistema de agua comunitario.

[243] Karla Rauda, representante del Movimiento Ciudadano Tocar Niñas si Es delito, manifestó en la concentración en el Monumento a la Constitución que exigen se endurezcan las leyes para castigar estos delitos así como condenaron la impunidad

[244] Luis González, de la UNES advirtió  que “ el tema del agua puede ser sujeta a privatización de hecho, tal vez no de derecho” mientras no exista una normativa al respecto.

[245] Danilo Pérez, del Centro para Defensoría del Consumidor junto con representantes de OXFAM dieron a conocer estudio sobre migración salvadoreña titulado “El Salvador: mosaico de la migración” que revela que un promedio de 300 salvadoreños emigran diariamente hacia los Estados Unidos.

[246] Oscar Pérez, de la Fundación Comunicándonos y de la  Mesa contra la Impunidad, recalcó que existe la posibilidad que ARENA, PDC y PCN unan sus votos para aprobar una Ley de Reconciliación que sería una amnistía disfrazada.

[247] David Ortiz de FESPAD y de la Mesa contra el Desplazamiento Forzado solicitaron a la CIDH que se pronuncie para que el Estado salvadoreño elabore tanto un diagnostico como una política para enfrentar esta situación.

[248] Haydee Laínez, del Sindicato de Trabajadores Sexuales “Las Guerreras”  denunció “la falta de presupuesto para la compra de condones por parte del Ministerio de Salud, lo que es preocupante para este sector que es tan vulnerable a ITS, discriminación y violencia y que además se incrementa por nuestro trabajo sexual,  que lo ejercen hombres y mujeres.”

[249] Santos Melara, represente de los excombatientes del FMLN indicó que la propuesta presupuestaria 2020 presentada por el GOES no responde  a las necesidades de este sector.

[250] Claudia Rosa, de Amanecer Positivo, denunció que existen falta de medicamentos para los “pacientes diagnosticados con esta dura enfermedad.”

[251] Eduardo García, de Probusqueda, enfatizo que los diputados han caido en desacato al no cumplir con los plazos de la sentencia de la Corte Suprema de Justicia, en relación a promulgar una  Ley de Reconciliación.

[252] Verónica Reyna, del Servicio Social Pasionista, SSP,  subrayó que “de enero a septiembre de este año hemos atendido a 140 casos, lo que totaliza 446 víctimas.”

[253] El Foro Nacional de Salud exigió el cese inmediato de los  cierres de los establecimientos de salud del Primer Nivel de Atención.

[254] Alexandra Aquino FIke compartió que “no tengo memoria de mi papa, ahora siendo madre de una niña de dos años, la misma edad que yo tenía cuando desaparecieron a  mi papá, veo cada día el amor que mi hija tiene para su padre.  Cada día que despierto, me pregunto adónde esta mi papá, es un trauma con le que vivo cada día.”

[255] Carolina Amaya, de UNES  informó que del 13 al 15 de noviembre celebraron el V Encuentro Regional de la Alianza Centroamericana Frente a al Minería, ACAFREMIN, en el que se comprometieron a impulsar la lucha por la defensa de los territorios y frente al agravamiento de la crisis ambiental.

[256] Carmen Rodríguez, de la Mesa de Protección a Periodistas denunció que a partir de la publicación de una investigación sobre agresiones sexuales en el periódico digital La Voz de la Diáspora se han recrudecido ataques contra mujeres periodistas de este medio.

[257] Mario Montes, presidente de AGEPYM anunció el inicio de la campaña del “listón negro” para simbolizar la lucha por pensiones dignas para los trabajadores que están por jubilarse.

[258] Saúl Baños, de FESPAD; junto con ARPAS exigieron en FGR se investigue la presenta filtración de datos personales de solicitantes de información del IAIP.

[259] El grupo de organizaciones solidarias con El Salvador, reunidas en Frankfurt, del 8 al 10 de noviembre, respecto al derecho humano al agua manifestaron que “la falta de una ley de agua con enfoque de derechos humanos, posibilita que el empresa privada se beneficie del agua sin mayor control o regulación del estado.” Firman la  declaración El Centro de información El Salvador, La Cortadora  y la red  INKOTA.

[260] Las organizaciones CARECEN-Los Angeles, CISPES y Pro-vida entregaron 117 cartas de ciudadanos estadounidense a la FGR para solicitar al Fiscal se detenga la persecución contra defensores del derecho al agua.

[261] La Colectiva de Mujeres Periodistas exigió que se castigue a jefes de prensa, a editores y periodistas que ejerzan violencia contra mujeres.

[262] Blanca Flores denunció que en el Bajo Lempa desde hace quince años han sido afectados en sus cultivos tradicionales y la pesca artesanal por la llegada del monocultivo de la caña de azúcar y los agro tóxicos que han puesto en riesgo la vida de 190 familias.

[263] En un campo pagado FESPAD denunció que se pretende estigmatizar a las organizaciones  sin fines de lucro, y en particular a las que defienden  derecho humanos al vincularlas con el blanqueo de dinero.

[264] FESPAD junto con la organización sueca de desarrollo IM pidieron al estado salvadoreño reducir la circulación de armas de fuego y así contribuir a una cultura de paz.

[265] Roswald Solórzano, representante del Movimiento NO +AFP demandó en la AL que se derogue en tus totalidad la Ley SAP que origina las AFP  como sistema privado de pensiones en el país.

[266] En un comunicado diversas organizaciones de la sociedad civil exigen al GOES se diseñe un modelo de lucha contra la impunidad que incluya la judicialización  de los casos.

[267] La Alianza por la Protección de la Niñez, APN , calificó como un retroceso para la justicia de género, el que se haya dado una resolución favorable al magistrado Escalante.

[268] Representantes de diversas organizaciones populares se mantienen firmes en la defensa de la embajada de la República Bolivariana de Venezuela.

[269] Representantes del MPR-12 se hicieron presentes para manifestar su apoyo a la toma de la embajada venezolana en apoyo al gobierno de Nicolás Maduro.

[270] La fundación Manuel Ungo, FUNDAUNGO  impulsa el desarrollo de dialogo de representantes de diversas comunidades del país para conocer sus ideas sobre el uso de espacios públicos.

[271] Diversas organizaciones de mujeres marcharon este 25 de noviembre para denunciar la ola de violencia, que incluye feminicidios que les afecta, como resultado de una sociedad patriarcal.

[272] Delia Cornejo de Las Melidas denunció durante marcha de mujeres que el GOES está cerrando distintos programas de atención a la mujer incluyendo Ciudad Mujer.

[273] Salvador Recinos, de UNES, califico como un importante logro calificaron  las organizaciones en defensa del sitio arqueológico de Tacushcalco, Sonsonate,  la decisión de ampliar el área protegida de 46 a 500 menznas de extansión, decisión tomada por el Ministerio de Cultura,

[274] Maydee Recinos, del IMU y de la Alianza por la Defensa de lso Derechos de las Mujeres Rurales, indicó que este sector esta siendo afectado por el actual gobierno al recortarle programas de ayuda.

[275] Delia Cornejo, de las Melidas y FDIM; criticó que en la propuesta de presupuesto presentada por el GOES se suprimen diversos programas de apoyo a las  mujeres.

[276] Eduardo García, de Pro-búsqueda informó que desarrollan una campaña denominada “Tu defiendes mis derechos, yo defiendo tu labor”  orientada lograr un verdadero estado de derecho con garantías democráticas.

[277] Wilfredo Medrano, acusador particular en el caso de El  Mozote denuncio que la defensa de los  generales mediante tretas jurídicas están retrasando el proceso con el objetivo quela Ley de reconciliación venga a favorecer la impunidad de sus defensores. 

[278] Celia Medrano, de Cristosal, presentó ante la AL un proyecto de ley para incrementar el impuesto a la venta de armas y de esta forma financiar programas para víctimas del desplazamiento interno.

[279] Brenny Herrera, de la Mesa Permanente para la Gestión de Riesgos, MPGR, presentó una Política de Género con el propósito de disminuir las desigualdades de género presentes en la sociedad salvadoreña.

[280] Morena Murillo, de la Alianza Nacional contra al Privatización del Agua manifestó que continua la campaña contra siete  jóvenes en Tacuba por su accionar en defensa del derecho al agua. 

[281] Gisela Beltran, del  Sindicato de Bordadoras a Domicilio entregaron en la AL una plataforma reivindicativa a diputadas del FMLN.

[282] Eduardo escobar de Acción Ciudadana, denunció que el GOES entregara 250,000  ala CICIES lo cual afectará en términos de su independencia.

[283] Pablo Abrego, del Sindicato de Trabajadores del Instituto de  Bienestar Magisterial, denunció que se han realizado más de 80 despidos de trabajadores en la institución.

[284] Bianca Rodríguez, de COMCAVIS-Trans denunció que las políticas de seguridad que implementa le GOES se basa en “un abordaje populista y meramente punitivo.”

El proceso de implosión del régimen. Oscar René Vargas. 13 de julio de 2021

La implosión social se produce por un proceso como el utilizado por las hormigas termitas que mediante su acción colectiva pueden llegar a carcomer la estructura de una casa hasta tornarla inhabitable o provocar su derrumbe.

1. Desde principios de 2020, hemos venido señalando que el escenario posible de salida de la dictadura sea por la implosión desde adentro. Las cinco crisis, al acelerar las contradicciones de la sociedad, reduce el lapso de los tiempos políticos y facilita el proceso de implosión social.

2. La política implementada del “poder o la muerte” ha tenido repercusiones negativas mermando el apoyo de su base social, de los “nuevos ricos”, de los funcionarios gubernamentales que no ven ninguna salida de la crisis con esa estrategia y que pone en peligro sus intereses personales. Razón por la cual, el tiempo político de la dictadura se acortó, finalizó su validez y su legitimidad por la incapacidad de enfrentar correctamente una salida a las cinco crisis que vive el país.

3. Estamos ante otro fallo masivo y colosal del régimen en su manejo de la nueva ola del coronavirus. La desgracia infligida por la combinación de las cinco crisis tendrá unas consecuencias tan drásticas como la revolución de 1979 o la rebelión de abril de 2018. La crisis sanitaria y la recesión están actuando como motores que aceleran el proceso de implosión del régimen en desarrollo. Ortega-Murillo han demostrado que son personas que padecen el síndrome de la ceguera.

4. La crisis sociopolítica de abril 2018 fue un evento que puso en máxima tensión todos los recursos y fuerzas del país. Esto quiere decir que la organización política, el desarrollo institucional, la coherencia ideológica, la fortaleza económica y el respaldo del pueblo al poder autoritario, que son factores vitales para su funcionamiento, entraron en crisis.

5. Descartada, por el momento, nuevas movilizaciones sociales similares a las realizadas a partir de abril 2018 para provocar la caída de la dictadura. Es entonces, la configuración política de lo venidero se está gestando a diario en las decisiones personales que se toman de cara a su propio futuro.

6. Su creciente fragilidad sociopolítica que se ha ido creando durante los últimos años, se ha exacerbado de modo brutal con la crisis sanitaria, el deterioro social (pobreza, desempleo, bajos salarios, desigualdad, precariedad alimentaria, hambre, pérdida de poder adquisitivo), la crisis política y la profundización de la recesión económica, todo lo cual estimula el cuestionamiento a la dictadura de parte de la gran mayoría de la población.

7. Se están desarrollando tendencias ineluctables hacia la implosión del régimen cuando su política errada no logra evitar que la curva del deterioro socioeconómico se haga exponencial. Cuando su incapacidad afecta los intereses de su base social o a los miembros de los diferentes círculos de poder, entonces comenzamos a conocer deserciones, voces disidentes y pequeñas fracturas en los pilares que lo sostienen, son manifestaciones del proceso de la implosión en desarrollo.

8. La implosión en las instituciones del régimen y del partido (desmoronamiento interno) avanza. Cada día el nivel de tensión no cesa de crecer y se hace más evidente y palpable que estamos en manos de un gobierno irresponsable, ineficiente, incapaz, sordo y ciego. Ortega sigue en el poder porque ha sabido golpear al movimiento social y triturar a personajes de la política nacional; lo cual le permite utilizar los resortes del Estado a su favor, no siempre con buenos resultados, muchos errores.

9. Estamos en un momento en el que sectores de la nomenclatura y del establishment ven amenazada su situación. También hay personas perjudicadas, daños colaterales y cabezas políticas y empresariales comienzan a rodar. En equis plazo no sé quién va a sobrevivir de la primera línea de la política, quién va a quedar herido grave, leve o con respiración asistida. El régimen quedará con suficientes heridas como para que no puedan cicatrizar de un día para otro.

10. Los poderes fácticos y la sociedad en general tienen que tener conciencia que el país no es igual, a pesar de la incertidumbre de las cinco crisis, hay una certeza: ha fracasado el modelo sociopolítico basado en el consenso público-privado encabezado por la dictadura. Para los poderes fácticos el panorama político luce complicado, pero cualquier escenario es mucho mejor con Ortega-Murillo fuera del poder.

11. Hay que tener claro que la implosión es un proceso en desarrollo. Lo que vengo sosteniendo es que el proceso de implosión es lo que va posibilitar el final del régimen. Se presentará un proceso de ablandamiento y quiebre en su base social, sumado a que no puede continuar su política clientelar para asegurar su base social a través de prebendas lo cual facilita el proceso de implosión desde adentro.

12. En un ambiente caótico, de calamidad sanitaria sin solución a la vista, de desastre económico y un proceso de implosión en desarrollo; todo indica que es casi imposible que Ortega-Murillo logre sobrevivir con su gobierno colapsado por mucho tiempo, aunque el tiempo para su caída es indeterminado. Para desviar la atención y prolongar su permanencia en el poder Ortega ha pasado a la contraofensiva reprimiendo a moros y cristianos.

13. La implosión no es igual al tsunami social de 2018, ni los actores, ni los tiempos políticos, ni las circunstancias, ni la correlación de fuerzas serán los mismos. El colapso del régimen no tiene fecha predeterminada, sin embargo, el proceso de implosión sigue su marcha. Estamos en la fase del tic-tac de una bomba de tiempo con efectos internos.

14. La magnitud y la profundidad del proceso de implosión del régimen es imperceptible y silencioso; es similar a la corrosión que producen los coleópteros, gorgojos o insectos domésticos, devoradores de madera y papel. La madera y lo sólido de una estructura se ahuecan por dentro por el accionar de las termitas, como está sucediendo en la actual implosión silenciosa del régimen.

15. Las termitas ejercen su acción sin signos visibles. Las termitas le dedican todo el tiempo del mundo al proceso de carcomerse la madera de las vigas. Las deserciones, los errores, la ineficiencia y las cinco crisis actúan de manera similar a las termitas o polillas carcomiendo y destruyendo los pilares de la dictadura que terminarán produciendo su implosión.

16. Las termitas lo que hacen en el largo plazo es mantener las apariencias externas, mientras socavan las estructuras que sostienen el edificio. Igualmente hay un proceso de debilitamiento estratégico estructural interno de la base social de la dictadura. La represión, las sanciones, las muertes por el coronavirus y la recesión económica están mermando, debilitando, agotando al régimen. El proceso de desgaste o agotamiento terminará implosionando a la dictadura.

En busca del origen de la crisis. Sidney Blanco. 11 de julio de 2021

La crisis institucional que vive nuestro país es el desenlace de la poca importancia que los gobiernos de ARENA y del FMLN (con sus aliados bisagra PCN, PDC, GANA y CD) dieron al fortalecimiento de las instituciones a partir de los Acuerdos de Paz. Estos actores estuvieron más interesados en impulsar funcionarios afines a sus ideas políticas, antes que apostarle al profesionalismo, a la independencia, a la honestidad y al buen servicio público. Por ejemplo, prefirieron nombrar fiscales que se ocuparan prioritariamente de la criminalidad común de bagatela, antes que perseguir los grandes crímenes cometidos desde el propio Estado, muchos con la coautoría de la empresa privada.

Estos partidos prefirieron nombrar magistrados para la Corte de Cuentas que se entretuvieran con pequeños reparos a concejos municipales o instituciones intrascendentes, antes que fiscalizar la depredación de los fondos públicos. Con frecuencia les interesó mucho más tener jueces en la Corte Suprema de Justicia dispuestos a recibir llamadas y a no incomodar al poder político, antes que potenciar auténticamente la independencia judicial. Dentro del Órgano Ejecutivo, salvo escasas excepciones, los presidentes se decantaron por nombrar ministros allegados al partido político, muchos inexpertos, y en algunos casos ineptos, para dirigir instituciones centrales encargadas de la salud, educación, seguridad y trabajo, lo que sentó las bases para el estancamiento y precariedades en dichas áreas.
Además, en esos gobiernos prevaleció el reparto de cargos públicos basado en cuotas políticas partidarias y la utilización de las instituciones para favorecer a sus financistas, afiliados, simpatizantes o correligionarios, independientemente de sus capacidades para impulsar el país al desarrollo, sin importarles demasiado el respeto de los derechos humanos, el mejoramiento de la seguridad pública, la protección y conservación del medio ambiente, ni en asegurarles a los ciudadanos las condiciones para una vida digna. Ese modo de proceder, destinado a favorecer al partido político, a sectores específicos, familias o allegados, ha provocado un daño generalizado al sistema y a la mayoría de la población.

Si los gobiernos de ARENA y del FMLN se hubiesen empeñado en educar a la población, en fomentar el trabajo y el respeto a los derechos de los trabajadores, en mejorar los sistemas de selección de jueces, en ofrecer dignas condiciones de salud y en garantizar la seguridad de los habitantes, la irrupción autoritaria del presidente Bukele habría sido frenada inmediatamente por el pueblo.

En estos tiempos sombríos es inevitable recordar el desprecio de los anteriores gobiernos al fortalecimiento de las instituciones democráticas y los aires de grandeza de muchos funcionarios mientras estuvieron en el poder. No podemos olvidar las malversaciones de los presupuestos cuando se desviaban recursos para finalidades diferentes a las aprobadas, en los interminables viajes de funcionarios llevándose más de 350 mil dólares en viáticos pagados con fondos públicos y en la vida suntuosa que disfrutaban los líderes de turno y que exhibían sin ningún pudor. Algunos funcionarios acumularon riquezas de forma ilícita y, en su momento, vaciaron las arcas del Estado para beneficios personales, mientras los pobres seguían soportando el abandono total.

Por todo lo anterior, la gran tarea que se esperaba del actual Gobierno, apoyado por la mayoría de los electores, era la persecución penal a los corruptos y la recuperación de los dineros mal habidos y la dureza de la ley para enjuiciar incansablemente a los violadores de derechos humanos. De igual forma, la ilusión cifrada por las mayorías es la de dar un salto de calidad en la educación y el mejoramiento de la salud. Además, también se esperaba que el Gobierno facilitara el acceso a la información de interés público y que se caracterizara por rendir cuentas claras a la sociedad. Se esperaba que eliminara, o al menos redujera sustancialmente, el delito de extorsión. Muchos soñamos con la utopía salvadoreña de tener el privilegio de transitar de manera segura por cualquier parte de nuestro país sin correr riesgos de atentados contra la vida, la integridad o el patrimonio.

Todavía esperamos que el Gobierno ejerza un férreo control de los precios del mercado y que ponga límites a la avaricia de muchos empresarios, banqueros y grandes comerciantes. Esperamos que el Gobierno combata con dureza el contrabando, la evasión de impuestos y los privilegios de los que gozan muchos empresarios, para cuya tarea no deben existir distinciones de colores ni de afinidades políticas. Esperamos que la Fuerza Armada paulatinamente se traslade a su destino natural que son los cuarteles, y no las calles. La sociedad espera el respeto de los valores esenciales de la democracia, la separación de poderes y la no intromisión de un órgano en las atribuciones y competencias del otro.

La diferencia que se esperaba con este Gobierno es que, al frente de cada ministerio o de instituciones autónomas, se nombraran personas técnicamente capaces, con experiencia, preparación académica óptima, que practicaran la austeridad y que actuaran conforme al buen juicio. Creíamos que con el nuevo gobierno se acabarían las viejas prácticas de nepotismo y el caos salarial dentro de la administración pública.

Sin embargo, el combate a la corrupción no puede ser ejecutado por las personas sospechosas de realizar actos similares, ni los violadores de derechos humanos pueden ser perseguidos por otros con idénticas características. Tampoco la rendición de cuentas y el acceso a la información será impulsada por quienes buscan mantener en secreto la función pública, ni los empresarios avaros van a ser perturbados por quienes se aprovechan de las influencias políticas. De la misma manera, los principios y valores democráticos no podrán ser defendidos por quienes los quebrantan cotidianamente.

Estamos a la mitad del quinquenio del presidente Bukele, y más allá de una novedosa y costosa publicidad, el pueblo salvadoreño no ha experimentado los cambios esperados ni tampoco se percibe que el país se dirija hacia destinos halagüeños. Más bien, vemos que la corrupción e impunidad de los funcionarios públicos siguen reinando en el país, que los violadores de derechos humanos siguen siendo intocables, que en la educación y la salud no se perciben avances reales, que hay una tendencia a anular el derecho de la sociedad al acceso a información pública y la rendición de cuentas es prácticamente inexistente; que las grandes, medianas y pequeñas empresas siguen siendo víctimas de extorsión; lo mismo que todo tipo de negocios formales e informales.

Por su parte, los profesionales, y hasta los vendedores ambulantes, son obligados a entregar dineros a las estructuras criminales para que les dejen trabajar y muchos territorios siguen en poder de tales estructuras criminales, quienes imponen reglas de convivencia al margen del Estado. Los precios de los productos asfixian a las mayorías pobres, la persecución de la evasión de impuestos solo de los adversarios políticos y críticos del Gobierno sigue siendo la dinámica tradicional. De igual forma, los militares han invadido las calles y ahora vemos su presencia en toda clase de actos masivos de la población civil y la cooptación de los Órganos Legislativo y Judicial por parte de la Presidencia de la República es evidente. Los nombramientos de funcionarios públicos basados en el mérito y la aptitud seguirán en la lista de espera. Mientras tanto, continúa la práctica, ahora acrecentada, en la que los altos salarios están reservados a personas que carecen de méritos y aptitudes para desempeñar los cargos en los que han sido designados. Hay ausencia total de una política real, técnica y creíble acerca de la protección del medio ambiente y no se resuelve la grave problemática relacionada con el derecho de acceso al agua que nos pertenece a todos sin distinción, de manera suficiente y en condiciones aceptables de saneamiento.

No extrañamos a los gobiernos de ARENA ni del FMLN, pero el actual gobierno de Bukele realmente se ha convertido en una amenaza grave al sistema, a las instituciones, a la seguridad física y jurídica de las personas. Este Gobierno también es una amenaza a las libertades, especialmente a la libertad de expresión, de prensa y a la libertad ambulatoria. El presidente parece estar dispuesto a no ver ni oír al sector crítico del pueblo, a quienes no ha contagiado con su fanatismo y su constante campaña ilusionista, a quienes no vemos que se produzcan los cambios reales esperados. El presidente soterró de un tajo los pequeños avances democráticos que a base de luchas se habían alcanzado.

Ante la ceguera y la sordera del presidente y sus cómplices, invitamos a las mayorías a reflexionar crítica y objetivamente sobre las amenazas que se visualizan en el camino, a exigir el cumplimiento de las promesas de dignificar la vida, de combatir la corrupción e impunidad, de ser transparentes en la gestión pública y de sepultar los vicios en su momento reclamados a los gobiernos de ARENA y del FMLN. De lo contrario, nada ha cambiado en nuestra debilitada democracia y debemos volver a empezar, una vez más.

Docente del Departamento de Ciencias Jurídicas de la UCA. Exmagistrado de la Sala de lo Constitucional de la Corte Suprema de Justicia. Artículo publicado en Proceso N.° 52.

¿Podremos sobrevivir a la crisis terminal del capitalismo? Entrevista con Edgardo Lander

Raphael Hoetmer: ¿En qué se distingue este escenario de crisis de las crisis anteriores?, ¿cuál es su particularidad?

Edgardo Lander: Hay un aspecto medular que es a su vez punto de partida para ver la diferencia entre esta crisis y las anteriores, que permite constatar que no se trata de una crisis cíclica más del capitalismo. Este patrón civilizatorio de acumulación, esta lógica capitalista de crecimiento sin fin en un planeta restringido, está llevando a sus límites la posibilidad de la vida en la Tierra.

Estamos en una nueva situación histórica en la que, o se detiene este patrón depredador —que está sistemáticamente socavando las condiciones que hacen posible la vida—, o nos enfrentamos a un colapso de estas condiciones y la imposibilidad de continuar la vida tal como la conocemos.

En términos inmediatos los conflictos por el acceso a los bienes comunes van a incrementar los procesos que ya están ocurriendo: guerra por el acceso a los bienes energéticos y las pugnas por la apropiación de tierras, migraciones ecológicas masivas, murallas y represión hacia los migrantes y tendencias hacia un apartheid global. Todos estos procesos apuntan en una dirección de violencia y conflicto cada vez más generalizado.

Además, estamos utilizando las condiciones que hacen posible vivir en el planeta con una extraordinaria y creciente desigualdad. Mientras unos se apropian de proporciones crecientes de los bienes comunes de la Tierra, una elevada proporción de la humanidad no sólo carece de acceso a condiciones básicas de vida como la alimentación o el agua potable, sino que es la está siendo más afectada por el cambio climático.

Estas dos cuestiones juntas (sobre-utilización de la capacidad de carga y creciente desigualdad en el acceso a los bienes comunes), constituyen una combinación explosiva. Esto no puede continuar por mucho tiempo sin resultados catastróficos y probablemente irreversibles. Por lo expuesto, creo que ésta es la crisis terminal del patrón civilizatorio industrialista de crecimiento sin fin cuya máxima expresión histórica ha sido el capitalismo.

Yo no podría calcular por cuántos años o décadas más durará esta situación; creo que es un asunto un poco más abierto, pero efectivamente estamos en un momento histórico en el que no está claro si podremos sobrevivir a esta combinación de colapso ecológico y violencia. Este futuro de catástrofes ambientales cada vez más generalizadas y de guerra permanente ya llegó.

durante las cuales representantes de algunos países, como los Estados Unidos, logran moderar sus contenidos. A pesar de ello el diagnóstico que realizan sobre la situación actual del planeta y las proyecciones de las tendencias en el corto y mediano plazo (próximas décadas) —si no se toman medidas radicales para revertir estos efectos— son extraordinariamente alarmantes.

Estos procesos de devastación de las condiciones de la vida se están acelerando en la actualidad. En lo que David Harvey ha denominado como proceso de acumulación por desposesión, en las décadas de globalización neoliberal ha venido operando un proceso sistemático de superación de los obstáculos tecnológicos, financieros, jurídicos y políticos a la extracción de lo que denominan «recursos» energéticos y minerales en zonas que hasta hace poco resultaban inaccesibles (grandes profundidades debajo del lecho del mar; a miles de metros de altura bajo los glaciares en la Cordillera Andina; en la Amazonía).

Esto constituye un asalto generalizado a territorios de pueblos y comunidades indígenas y campesinas en el Sur global, poniendo en riesgo sus culturas y vida. Es ésta la razón por la cual hoy las mayores expresiones de resistencia a la lógica expansiva del capitalismo ocurren en dichos territorios. No se trata, sin embargo, de conflictos que puedan ser entendidos como luchas parciales de estos pueblos. En estas confrontaciones está en juego si se logra, o no, detener el asalto final a los bienes comunes de la Tierra. Del resultado de éstas depende el futuro de la vida tal como la conocemos.

Por otro lado, es importante destacar que lo que está en juego no es sólo el calentamiento atmosférico, tal como esto ha sido definido en los debates camino al Protocolo de Kyoto y a las negociaciones de Copenhague y Cancún. No queda duda de que se trata de un asunto extraordinariamente importante y que en ello se juega el futuro de la vida. Pero este acotamiento, al reducir el debate sobre el patrón civilizatorio exclusivamente a la elevación de la temperatura atmosférica, abre el camino para considerar que es posible una solución tecnológica.

Dado que dicha elevación de temperatura es consecuencia de las emisiones de gases de efecto invernadero, de lo que se trataría es, en lo fundamental, de cambiar el patrón de producción y consumo de energía. Bajo esta idea, se afirma que es necesario darle incentivos adecuados a las empresas y corporaciones a fin de que pongan los recursos necesarios para la creación de las nuevas tecnologías requeridas.

Esto está sustentado en una fe ciega —y absolutamente infundada— en que con el mismo patrón tecnológico que nos ha conducido a esta crisis será posible encontrar las soluciones para salir de ésta. Se supone que si no se encuentran en este momento estas «soluciones» (technological fixes), las conseguiremos en el futuro y que para ello necesitamos crear condiciones para que «el mercado» reciba las señales requeridas y estas innovaciones seas rentables para las corporaciones.

Hemos llegado a esta situación límite precisamente como resultado de esta lógica productiva y tecnológica del crecimiento sin fin de la sociedad capitalista. Es profundamente irresponsable argumentar que esa misma tecnología y ese mismo mercado, guiados por la búsqueda de la maximización de la ganancia, van a tener capacidad de responder a la presente crisis.

RH: Llama la atención que en el debate público no exista una conciencia de la gravedad —incluso en el debate del cambio climático— sobre este asunto. Menos en Europa, donde se cree que «igual vamos a encontrar una solución»; ¿cómo ves esta respuesta? ¿Y de qué forma crees que las instituciones multilaterales, los gobiernos más poderosos del mundo y las grandes empresas están anticipando este nuevo escenario?

EL: Me parece que predomina la política del avestruz, es decir, la política que en lo fundamental ignora el problema a pesar de los informes del Panel Intergubernamental del Cambio Climático, entre muchos otros. Los diagnósticos sobre lo que está ocurriendo y lo que va seguir ocurriendo no sólo aparecen en algunos artículos científicos de alguna revista especializada; son crecientemente palpables día a día para proporciones crecientes de los habitantes del planeta.

El año 2010 ha sido particularmente catastrófico desde el punto de vista ambiental. Culminando el año, se estima que ha sido el más caluroso en milenios, mientras que el invierno europeo ha sido el más frío en décadas. La elevación de la temperatura produjo devastadores incendios de bosques en Rusia, y una sequía que condujo al gobierno a decidir suspender la exportación de trigo, siendo este país es el tercer exportador de trigo del mundo. El hecho de que Rusia deje de exportar trigo puede afectar significativamente al mercado mundial de productos alimentarios y producir una nueva elevación de precios.

Como resultado del calentamiento global se desprendió en Groenlandia un bloque de hielo cinco o seis veces más grande que la isla de Manhattan. Unas 20 millones de personas fueron afectadas severamente por las inundaciones en Pakistán. En Venezuela en un mismo año se han producido la sequía más severa de los últimos 40 años y las precipitaciones más abundantes de que se tenga registro. Se pasó así de una severa crisis eléctrica a inundaciones que han afectado a por lo menos 150 mil personas, destruyendo cultivos, viviendas e infraestructura a través del país.

Estos sucesos no son ni ciencia ficción ni acontecimientos que podrían pasar en el futuro. Son transformaciones profundas que están ocurriendo ante nuestros ojos, las vemos en la televisión, en los titulares de la prensa internacional. Y sin embargo, el asalto sistemático a la vida no da señales de frenarse. La expansión de las fronteras de acceso a bienes energéticos que ignora los riesgos llevó a lo que ha sido considerado como el desastre ambiental más grave ocurrido en la historia de los Estados Unidos: el derrame petrolero de la BP en el Golfo de México.

Los diagnósticos del Panel Intergubernamental del Cambio Climático tienen un sesgo de cautela conservadora. Luego de que los equipos científicos multinacionales y multi-disciplinarios sistematizan un estado del arte recogiendo los estudios publicados por todas las principales revistas y todos los principales institutos científicos que trabajan sobre temas relacionados en todo el mundo, estos diagnósticos pasan por el filtro político de negociaciones intergubernamentales…

¿Podremos sobrevivir a la crisis terminal del capitalismo?

RH: Y por lo tanto, personas como tú, Aníbal Quijano, entre otros, hablan de crisis civilizatoria, que nos hace pensar que esto tiene mucho que ver con el conocimiento y las teorías que se vienen produciendo en el planeta, ¿cuál es esta relación entre el conocimiento y la situación a la cual hemos llegado?

EL: Para responder a la pregunta podemos hacer una especie de arqueología de saberes sobre cómo se fueron dando pasos en la dirección y constitución de la ciencia moderna. Yo creo que este patrón, hoy hegemónico, de la cultura occidental, científica, tecnológica, tecnocrática, capitalista, colonial y moderna —con todas las caracterizaciones que se le pueda dar— es el resultado de un proceso histórico que viene de muy atrás, y que no forma parte en modo alguno de un desarrollo inexorable de las leyes de la historia, o de un guión inevitable del devenir humano.

No es simplemente una cultura «superior» o más «avanzada». Este patrón hegemónico es el resultado de decisiones humanas que se fueron tomando en contextos donde imperaban determinadas correlaciones de fuerzas, unos intereses económicos específicos, al interior de determinados imaginarios y patrones culturales. En diferentes coyunturas se fueron marginando, invisibilizando o cerrando otras opciones y direcciones históricas. El resultado de estas sucesivas exclusiones, de estas sucesivas amputaciones y empobrecimientos de la rica experiencia humana lo tenemos ante nuestros ojos.

Un imaginario fundante de la llamada cultura occidental aparece en el mito de creación del judeo-cristianismo. En el texto del Génesis, y las interpretaciones que han sido hegemónicas durante ya más de dos mil años, hay una clara división entre lo divino, la «naturaleza», y los seres humanos[1].

Este mito fundacional, en relación a la ubicación del ser humano en el conjunto de las redes de la vida, es muy diferente a los de la mayoría de las otras culturas y pueblos del planeta. Es muy importante profundizar en este aspecto porque es parte de los sentidos comunes que esta tradición judeo-cristiana, gracias a la larga historia colonial-imperial de los últimos siglos, se ha prácticamente universalizado. La ciencia moderna se ha montado sobre este mito que separa a lo divino, la «naturaleza» y los seres humanos.

La palabra objetivo nos es tan familiar que hemos perdido la capacidad de reconocer que, en realidad, está afirmando algo de una extraordinaria radicalidad. Un conocimiento objetivo quiere decir literalmente que es un conocimiento que no depende del sujeto, que hace abstracción del cuerpo, del sexo, del color de piel, de la experiencia histórica, de la memoria, del contexto geográfico, de toda especificidad cultural. Hace abstracción de todo y depende sólo de una razón independiente que —arrogantemente— cree ser universal.

Esta razón «universal» se ha transformado en razón instrumental que impone la prioridad absoluta del… control, el dominio y el progreso sobre todo otro valor humano. Esa pretensión postula un sujeto de conocimiento que convierte a todo lo demás en objeto, en exterioridad, y al hacerlo, lo convierte en cosa. No sólo construye como cosa a la llamada «naturaleza» sino al cuerpo mismo. Es éste el fundamento político/epistemológico de la construcción de la inferioridad de los otros, de los excluidos, sean mujeres, pobres, negros, no-europeos, sean los que hablan esas lenguas «raras» que no son las de la modernidad europea occidental. Esta razón —con sus construcciones de objetividad y universalidad— define a esos múltiples otros y otras como objetos.

Las negociaciones internacionales de cambio climático, en su agenda y en sus mecanismos de toma de decisiones, están controladas por agentes (gobiernos del Norte, transnacionales y comunidad científica) que comparten los supuestos básico del patrón civilizatorio que ha conducido a la crisis más severa que jamás ha conocido la humanidad. Están dispuestos a discutir todo menos esos supuestos. Las otras voces, las otras visiones de mundo son sistemáticamente excluidas. Es por ello que hay pocos motivos para ser optimistas en relación a estas negociaciones. Son las únicas existentes, las únicas en las cuales se podrían tomar decisiones capaces de alterar esta dinámica destructiva. Es esa la razón por la cual los movimientos sociales de todo el mundo (Justicia Climática Ahora, Vía Campesina, articulaciones de pueblos indígenas de todo el mundo, etc.) dedican tanta energía, tanto esfuerzo a intentar incidir sobre ellas. No es porque crean que se trate de procesos democráticos abiertos a la participación y las posturas de los otros. No sorprende, por lo tanto, que en Copenhague no se llegara a acuerdo alguno.

No sorprende que en Cancún hubiese mucha retórica, pero poco en términos de acuerdos concretos. No se establecieron compromisos obligantes de ningún tipo en relación a la reducción de gases de efecto invernadero, no se abordó el tema de los derechos de propiedad intelectual, condición sin la cual es poco lo que pueda esperarse de los llamados a la transferencia tecnológica. Incluso el único acuerdo que, a pesar de su poca eficacia, efectivamente compromete a los países industrializados del Norte geopolítico a reducir sus emisiones, el Protocolo de Kyoto, probablemente no será renovado con lo cual sólo estaría vigente hasta el año 2012.

No forman parte de estas negociaciones los debates propiamente civilizatorios. No se tomaron en cuenta en Cancún los resultados de la Conferencia Mundial de los Pueblos sobre el Cambio Climático y los Derechos de la Madre Tierra realizada en Cochabamba en abril del 2010. La defensa de éstos hecha por Pablo Solón a nombre de Bolivia terminó siendo una postura solitaria que no fue acompañada ni siquiera por los representantes de los países del ALBA que pocas semanas antes habían ratificado su acuerdo con la posición de Bolivia.

Obviamente, nada de esto debe sorprendernos. Cuando ponemos en cuestión las nociones hegemónicas de riqueza, cuando se cuestionan las ideas del desarrollo y el progreso, cuando hablamos de Sumak Kawsay y Suma Qamaña, se están cuestionando los fundamentos del actual patrón civilizatorio dominante.

No sólo los intereses económicos corporativos y la geopolítica global, sino igualmente los imaginarios y subjetividades instalados en una elevada proporción de la humanidad como consecuencia de cinco siglos de modernidad-colonial-capitalista. Dadas las relaciones de poder extraordinariamente desiguales hoy existentes, los sectores privilegiados del planeta no están dispuestos a alterar sus patrones de vida. Se trata de un esfuerzo inútil: por más que acumulen bienes materiales, sus hijos y nietos no los podrán disfrutar porque es poco probable que sobrevivan al colapso ecológico.

¿Podremos sobrevivir a la crisis terminal del capitalismo?

Este sigue siendo el sentido común de la ciencia moderna, la epistemología implícita de la práctica de la «ciencia normal», a pesar de las extraordinarias revoluciones epistemológicas que ya hace más de un siglo provocaron la teoría de la relatividad y el principio de incertidumbre de la mecánica cuántica. La práctica cotidiana de la ciencia no parece haberse enterado.

Cuando en las universidades del mundo entran estudiantes a escuelas de química, física o a las diferentes ramas de la ingeniería, de la tecnología, etc., llegan directamente a estudiar «la verdad». No hay una reflexión epistemológica de que están estudiando un conocimiento basado en unos supuestos históricos particulares, conocimiento guiado por unos valores y objetivos particulares: prever, controlar, someter, transformar, utilizar.

Esta ausencia total de conciencia epistemológica sobre el patrón de conocimiento que se está asumiendo hace posible que unos sentidos comunes particulares se consoliden y se establezcan como verdaderos, objetivos, universales y por lo tanto «científicos». Este mecanicismo (relaciones unívocas, un gen = un rasgo) está en la base de las extraordinariamente irresponsables manipulaciones de la ingeniería genética.

Todo esto (separación de razón y cuerpo, de razón y naturaleza; así como las nociones baconianas de la relación entre saber y poder, y la concepción de la «naturaleza» como exterioridad a ser dominada en función del bienestar material humano, de la naturaleza como muerta y radicalmente diferente a lo humano), no se refiere sólo a la historia de la ciencia —a su pasado—, tiene una contemporaneidad extraordinaria.

Lo anteriormente dicho se muestra, por ejemplo, en el debate sobre la evolución y el creacionismo en la derecha estadounidense. El rechazo radical a la teoría darwiniana de la evolución expresa la negación a aceptar algún tipo de continuidad y relación de parentesco entre el resto del llamado reino animal y los seres humanos. Estos hechos expresan que la concepción radicalmente antropocéntrica del ser humano como centro, razón de ser de la vida, es un sentido común que, no sólo está todavía presente, sino que opera como un potente recurso político conservador.

Estos supuestos, estas formas de conocer, han alimentado y han sido a su vez potenciados por la acumulación del capital. Esta lógica pretende no sólo que es posible el crecimiento sin límites en un planeta limitado, sino que exige que ese proceso no se detenga porque ello puede conducir al colapso. En este sentido el capitalismo es como una bicicleta que se tiene que seguir pedaleando sin detenerse en ningún momento. Estamos hoy en una situación de locura colectiva. A pesar de todas las advertencias, seguimos pedaleando sonámbulamente hacia el precipicio.

Igualmente creo que es fundamental lo que aparece con extraordinaria claridad en la obra de Bacon. Me detengo un momento para decir que hay que tener cuidado cuando le atribuimos excesiva influencia a un determinado autor. Cada autor opera en un contexto histórico/cultural particular en el que es posible afirmar unas cosas que en su época encuentran o no sentido. Cuando Enrique Dussel dice: primero viene el yo conquisto del colonizador ibérico y después el yo pienso de Descartes, está afirmando que el pensamiento corresponde a un momento histórico, a un lugar de enunciación particular.

Desde el poder creciente que da la conquista y la colonización se busca el dominio, el control global. Desde este particular lugar de enunciación se pretende hablar por (y sobre) el resto del planeta. Esto no es sólo un asunto epistemológico, es fundante, constitutivo, de las relaciones de poder del sistema mundo colonial moderno.

En ese sentido, la obra de Bacon es un lúcido mandato moderno. Su obra proclama una clara relación entre el saber y el poder. Afirma que el ser humano es impotente ante las fuerzas de la naturaleza, a menos que desarrolle un conocimiento de sus regularidades para someterla. Se formula así el para qué del saber de la ciencia moderna: el sometimiento de la «naturaleza» para lograr el bienestar material de los seres humanos.

Historiadoras feministas críticas de historia la ciencia, como Carolyn Merchant argumentan que la imagen de la tortura, utilizada por Bacon como vía para sacarle los secretos a la naturaleza, viene directamente de la persecución a las brujas y a las mujeres a quienes se torturaba para sacarles sus diabólicos secretos.

La concepción que está detrás es claramente una declaración de guerra de los hombres a la «naturaleza» (incluido el cuerpo femenino como lugar de la tentación). En su Nueva Atlántida hay una descripción de una utópica sociedad tecnocrática en cuyo centro –la casa de Salomón– sólo están los sabios capaces de organizar la vida colectiva sobre la base de la ciencia y la verdad. Aquí Bacon prefigura el pensamiento positivista y tecnocrático moderno.

Otra dimensión muy importante —como lo ha señalado la epistemología crítica feminista— es lo que puede ser caracterizado como la muerte de la naturaleza en la ciencia moderna. Esto es, el reemplazo de una metáfora organicista (vitalista) de la naturaleza, por una que la entiende como mecanismo compuesto por partes simples que, al ser desmontadas, descompuestas, separadas, pueden ser conocidas. Esta imagen es extraordinariamente potente. Conduce al desencantamiento de la naturaleza, al convertirla en una cosa, en un artefacto. Al entender la «naturaleza» como cosa, como un reloj que se puede desmontar (y volver a armar) para entender cómo funciona, se pierde toda noción de totalidad, de complejidad.

¿Podremos sobrevivir a la crisis terminal del capitalismo?

lidades mayores con las cuales cuenta la humanidad para resistir y detener esta máquina de destrucción llamada capitalismo.

Entonces, creo que el reto del pensamiento crítico y del trabajo por venir no es la elaboración auto-contenida y de diálogo entre intelectuales, sino precisamente el reconocer y participar de esta pluralidad de ámbitos de resistencia que opera en tantos lugares. Es posible contribuir a ello con aportes teóricos, con conceptos y categorías, pero fundamentalmente por la vía del reconocimiento del otro, y la potenciación del diálogo de esta pluralidad de saberes y creaciones políticas que están dándose más allá de que lo digan o no los intelectuales. Sólo asumiendo la crisis terminal de las pretensiones del monopolio epistemológico de la academia, de la ciencia, de la universidad, será posible contribuir a estos procesos.

RH: Uno de los proyectos de teoría crítica más interesantes en las últimas décadas ha sido el de la descolonialidad/modernidad. Hace un par de años Arturo Escobar planteó tres desafíos importantes a esta teoría: uno tenía que ver con los imaginarios económicos alternativos, otro con la relación humano/naturaleza y un tercero con el control del cuerpo, la sexualidad, los temas de género. En ese sentido ¿qué avances ves en el proyecto? ¿Este planteamiento ha ayudado a provocar una discusión con buenos resultados?

EL: Me parece que en las áreas del feminismo, el cuerpo y el género hay diálogos crecientes y enriquecedores. Por ejemplo, los aportes críticos feministas a lo no-presente o a lo no suficientemente elaborado en las propuestas o agenda teórico/política de la modernidad/colonialidad. Hay reflexiones importantes en las formulaciones críticas al desarrollo o a las implicaciones de la forma colonial-moderna de entender la «naturaleza». Hay enriquecimientos extraordinarios en los diálogos actuales con pueblos y comunidades indígenas y campesinas en el continente. No digo que esté resuelto, nunca podrá estarlo, pero creo que hay ricos debates en marcha.

Mucho más me preocupan las limitaciones existentes en el ámbito de alternativas en términos de la producción. Los proyectos políticos de Bolivia y Ecuador, que han incluido nociones como el buen vivir y los derechos de la naturaleza en sus constituciones o leyes, representan el potencial de rupturas decolonizadoras radicales.

Desde el punto de vista epistemológico, el pensar en la naturaleza como sujeto de derecho es para el pensamiento constitucional moderno simplemente una aberración, algo que carece de sentido. Se trataría de los derechos de un no-sujeto. Desde esas perspectivas resultan igualmente problemáticas la plurinacionalidad y pluriculturalidad. Sin embargo, estas nociones ya forman parte de los nuevos textos constitucionales.

Los retos, que han resultado extraordinariamente complejos, consisten hoy en convertir estos programas constitucionales (que a su vez están atravesados por tensiones y contradicciones), en procesos efectivos de cambio. Nuestras herramientas teóricas y conceptuales, y las subjetividades/intersubjetividades de amplios sectores de las poblaciones de estos países continúan en buena medida ancladas en la realidad colonial-liberal que se busca alterar.

RH: ¿En esa situación, cómo ves el papel de la teoría crítica de los investigadores y de los proyectos de conocimiento crítico? ¿Cuáles son los caminos y las tareas que tienen en este escenario?

EL: Una primera tarea fundamental es la desnaturalización de todo lo que las ideologías hegemónicas han convertido en «natural». Esto exige contextualizar e historizar los procesos que nos han llevado a la situación actual. Por ejemplo, la radicalización neoliberal que ha argumentado el fin de la historia y el TINA (There is no alternative) de la Thatcher.

Es indispensable cuestionar todo lo que contribuya a legitimar/sustentar los relatos dominantes de la historia universal, de la modernidad, del progreso, del desarrollo. Estos patrones forman parte potente y eficazmente de una construcción de hegemonía cultural y de sentidos comunes en sectores amplios de las sociedades contemporáneas. Esto exige desnaturalizar, relativizar, contextualizar, historizar los patrones de conocimiento que pretenden ser universales, pero que no son sino una opción histórica particular, en determinados tiempos y resultado de determinados intereses.

Otra dimensión absolutamente fundamental, y que tiene ver con lo anteriormente explicado, es que ante el reconocimiento actual de los límites de la lógica de la acumulación capitalista, han resurgido opciones/alternativas que habían sido negadas, aplastadas y silenciadas por el patrón hegemónico capitalista. Estas opciones están resistiendo/confrontando los patrones de conocimiento y los patrones productivos dominantes —en forma simultánea— desde muchos lugares: desde la crítica feminista, y ecofeminista, desde múltiples cuestionamientos al mecanicismo al interior de las propias comunidades científicas. Son cruciales en este sentido los aportes desde la economía ecológica y la crítica a la economía, ese dogmático patrón de conocimiento que ignora la materialidad de todo proceso de creación de riqueza, y suma como creación de riqueza, la devastación de esa base material.

Pero, más importante aún es que hay en el planeta —a pesar de 500 años del dominio creciente del sistema mundo colonial moderno— otras memorias, historias, comunidades, pueblos, sujetos, experiencias que miran la vida desde otros lugares. Estas otras opciones culturales o civilizatorias, presentes en todo el mundo, tienen particular vigor hoy en América Latina. Esto lo podemos reconocer con mucha nitidez en las luchas de los pueblos y comunidades indígenas y campesinas, en las diferentes formas organizativas, modalidades de enunciación, en las diversas formas de entender el buen vivir.

Sus resistencias frente al extractivismo; a la contaminación de las aguas o al desplazamiento de la gente de sus tierras por grandes represas, etc., son con frecuencia cuestionamientos y resistencias desde otros lugares, otras epistemes, otras formas de entender la relación de los humanos con el resto de las redes de la vida. Hay aquí significados que el pensamiento moderno es incapaz de entender, porque simplemente las veía (y sigue viendo) como animismo, como expresión de atraso y obstáculo al progreso. Estos «obstáculos» constituyen hoy las potencia

RH: ¿Y si pensamos en un escenario medianamente más optimista? Hemos visto las dificultades, profundidades y la multiplicidad de las crisis; así como las dificultades de los gobiernos progresistas de romper con este modelo, pero también hay un nuevo movimiento de los movimientos, un momento que exige otros tipos de estrategia, ¿dónde ves pistas que puedan llevarnos a una transformación más profunda?

EL: Las pistas las veo, fundamentalmente, en los lugares donde se combina la prefiguración, recuperación, revitalización —ya decía, las diferentes formas en que se pueden nombrar otras formas de vivir— simultáneamente con actividades de militancia de movilización y organización de freno a la lógica del productivismo y el extractivismo, fenómeno global, pero que opera en ámbitos locales y territoriales.

Hoy en América Latina, sin duda alguna, los conflictos territoriales contra el extractivismo y la expansión de la agroindustria, se han constituido en los principales lugares de la conflictividad político-social. Esto lo podemos ver, por ejemplo, en torno a la producción de soya.

La expansión de la frontera de la soya transgénica –que ya ocupa millones de hectáreas, incluida más de la mitad de las tierra agrícolas argentinas– tiene efectos severos en las condiciones de vida de las poblaciones afectadas: contaminación con glifosato, expropiación de tierras, desplazamiento de campesinos, sustitución de la producción de alimentos de autoconsumo por materia prima para la exportación, etc., etc. La resistencia no es desde un solo lugar. Por el contrario, a esta gran maquinaria de destrucción se le están metiendo múltiples trancas, una miríada de obstáculos. Una cuña por aquí, una por allá, una más allá. Estas múltiples resistencias locales, y de creciente articulación —en alianza con otros sectores de la sociedad— podrían efectivamente detener esta maquinaria.

Lamentablemente —regresando al pesimismo— es poco probable que todas estas reacciones de resistencia sean suficientemente eficaces en el tiempo limitado del cual disponemos. Aun cuando uno ve en la televisión lo que ocurrió en el Golfo de México, los bosques rusos en llamas y el desprendimiento glacial, la mayor parte de la población del planeta no ve esta situación como una amenaza vital a corto plazo.

Yo sospecho que va a llegar algún momento en que estos desastres ambientales llegarán a un punto en que ya no podrán seguir siendo ignorados. Ya no será posible que los gobiernos digan: «Vamos a reunirnos nuevamente dentro de uno dos años y veremos qué pasa». No veo qué vaya a ocurrir sin que antes se den devastaciones y sufrimientos en mayores escalas que las actuales.

Es extraordinario el control y la potencia de los medios de comunicación y la industria cultural en la producción de sentido común y de cultura, de la subjetividad, así como su capacidad de desviar la atención de los asuntos más críticos, más urgentes. Sin embargo, en la medida en que los efectos de estas transformaciones climáticas globales se hagan más y más visibles, más y más cotidianos, en que se hagan presentes en la vida de más y más gente, habrá mayores posibilidades de reconocimiento de los problemas, de acción y resistencia. Esperemos que para entonces ya no sea demasiado tarde…

En los actuales gobiernos de izquierda o «progresistas», más allá de las proclamas decolonizadoras, buena parte de las políticas públicas siguen montadas sobre las lógicas del Estado nacional y de la ciudadanía universal (homogénea), en las nociones de bienestar social correspondientes a la lógica de la modernidad colonial.

Esto no se puede abordar en forma maniquea simplemente como expresión de la traición de estos gobiernos. Además de la pesada inercia institucional de una maquinaria estatal que fue hecha precisamente para homogeneizar y colonizar a la sociedad, las demandas que las sociedades hacen a estos gobiernos sólo han cambiado parcialmente. Además de las demandas decolonizadoras y en defensa de la Madre Tierra, están igualmente sometidos a presiones de comunidades y movimientos sociales exigiendo carreteras, semillas, acceso a servicios de salud, educación.

Las pugnas entre desarrollismo extractivista por un lado, y las provenientes de las lógicas decolonizadoras por otro, no se manifiestan solamente en el Estado, atraviesan igualmente el conjunto de la sociedad, incluidos los sectores populares.

Las nociones del buen vivir representan una utopía de una parte de la sociedad. Otros (incluyendo —es importante reiterarlo— amplios sectores populares) no se sienten representados, contenidos en este proyecto de futuro. Las luchas decolonizadoras enfrentan así no sólo la oposición férrea de los grupos privilegiados de la sociedad (y sus aliados externos), sino igualmente el sentido común colonial de parte del campo popular.

Confrontamos así unos retos extraordinariamente complicados. Adicionalmente, dados los límites del planeta y la voracidad destructora del sistema mundo actual, no tenemos a nuestra disposición un tiempo infinito. Si son ciertas las tendencias a la destrucción, y los alarmantes diagnósticos sobre las crisis de la vida no son inventos, si éstos efectivamente caracterizan lo que está ocurriendo, no podemos darnos el lujo de dejar la resistencia a esta lógica depredadora para un futuro, por lo demás, incierto.

¿Cómo responder simultáneamente a las exigencias de la decolonización, de la igualdad, y a la vez ponerle freno a esta lógica suicida? ¿Cómo detener a muy corto plazo una maquinaria de destrucción —que es como un ferrocarril desbordado que tiene que ser detenido— y a la vez construir/recuperar tejidos sociales, sensibilidades e intersubjetividades de otras formas de vivir? ¿Cómo contribuir a prefigurar y fortalecer —en forma democrática— esas otras subjetividades, esas otras formas de producir, de vivir, de estar en la «naturaleza» en condiciones en que se nos agota el tiempo?

Si tuviésemos todo el tiempo del mundo podríamos optar por ir prefigurando un nuevo tejido social democrático compatible con la vida en los intersticios del orden capitalista, tal como ocurrió el largo proceso de transición de la sociedad feudal a la sociedad capitalista en Europa. El problema es que no contamos con el tiempo para ello. Si esa maquinaria desbocada no se detiene a corto plazo, simplemente no hay futuro.

(La entrevista fue realizada por Raphael Hoetmer en el marco del simposio internacional La Cuestión de la Des/Colonialidad y la Crisis Global, efectuado en la Universidad Ricardo Palma entre el 5 y 7 de agosto de 2010. Lander fue invitado al Encuentro de Saberes y Movimientos, pero no pudo asistir.)


[1] Esta no es, por supuesto, la única interpretación posible de los textos bíblicos. En las últimas décadas se han realizado notables aportes alternativos desde perspectivas teológicas críticas como las de Leonardo Boff y Frei Betto, que colocan a la vida como el fundamento de toda responsabilidad ética cuestionando en forma radical el dualismo humanos-resto de la vida.

Las ONG, y el nuevo Plan Cóndor para América Latina. Manuel Zelaya. 4 de julio de 2021

A partir de la década de los ochenta, con el advenimiento del modelo de explotación neoliberal, comenzaron a aparecer organizaciones que en teoría debían llenar un vacío que se producía naturalmente entre lo público y lo privado. Esas organizaciones no gubernamentales, que al principio aparecían como imparciales se fueron convirtiendo en esencia en agentes políticos auto proclamados como la sociedad civil, legitimando el impetuoso ascenso de la globalización y del mercado. Con la llegada de gobiernos de corte progresistas, vía elecciones en América Latina, caso Nicaragua triunfo electoral de mas del 70% de Daniel Ortega con la revolución sandinista, esas mismas organizaciones dirigieron su actividad al control estratégico y político de la sociedad, a, lo que, eufemísticamente, en los Estados Unidos, llaman “Cambio de Régimen”.

La estructura funcional desde la cima, sea Estados Unidos o Europa ubica a unas pocas y opulentas fundaciones a alimentar toda la maquinaria de ONG. Las más destacadas suministran más o menos el 80% de todos los fondos que manejan estas organizaciones en todo el mundo. La mayoría, de los casos las fundaciones matrices no tiene relación directa con los destinatarios que funcionan como operadores locales de los fondos. Para esa función existe una red constituida por agencias de cooperación internacional como la USAID, NDI, NED, el IRI y otra serie de organismos de gobiernos occidentales que financian acciones de intervención, sobre todo destinadas, presuntamente, a la “reducción de la pobreza”, el fortalecimiento de los “valores democráticos”, la gobernanza, los “derechos humanos”, transparencia, Justicia, y manejo de las finanzas públicas.

De la red mencionada de ONGs, se deslindan cientos de organismos que saturan la vida política de la sociedad, creando una especie de Estado paralelo, impulsado por grandes medios de comunicación y redes, que artificialmente se convierten en protagonistas que intentar socavar los avances de gobiernos progresistas, o evitar el ascenso al poder político de proyectos políticos de izquierda, que reivindican la participación de la sociedad y del Estado contra el engaño del mercado

Esta inmensa red de tentáculos de los poderes facticos se encargan de promover una agenda oculta y específica que define la orientación que se le quiere dar a la opinión pública. En Nicaragua promueven descaradamente las políticas que el hegemon requiere. Así, no es extraño que en Honduras abiertamente en el 2009, apoyaron activamente el golpe de Estado, siempre bajo el discurso anti comunista de defensa de la democracia.

Con grandes cantidades de recursos estas organizaciones se dedican a decirle al Estado que es lo que tiene que hacer hasta convertirse en agentes de deslegitimación de la política, y contra de los movimientos socialistas de liberación a pesar de que su funcionamiento es, en sentido estricto, de carácter político.

Su otra función, igualmente perversa, está dedicada a desestabilizar todo gobierno popular en Latino América que no acceden a someterse a los dictados o los intereses geoestratégicos de los halcones dé Washington. En esta tarea, alimentan redes de supuesto descontento que se dedican a la construcción de imagen negativa de líderes gastando importantes cantidades de recursos en su cometido.

Este sistema bien articulado del Smart Power desde primera década del siglo XXI se hicieron especialistas en promover y organizar “revoluciones de colores” que no son otra cosa que protestas populares controladas dirigidas a un cambio de régimen para imponer una administración dócil al servicio de los intereses de las trasnacionales. Significativa es la participación de la Fundación FORD y en forma específica de George Soros, que acumuló experiencia en los países del este europeo tras la caída del bloque soviético, y fue clave en las conocidas “primaveras árabes” que terminaron por fortalecer la existencia de grupos extremistas como el Estado Islámico en todo el oriente medio y el norte de África.

En América Latina, la actividad de estás organizaciones se produce desde México, dónde adversan al gobierno de la cuarta transformación, hasta la Argentina, dónde son parte del minucioso trabajo de descredito contra la administración peronista. Su ataque central de los últimos tiempos ha ido dirigido hacia los países del ALBA, fundamentalmente Nicaragua, Venezuela, Bolivia, Cuba

En estos países han llegado a organizar levantamientos violentos, que han costado la vida de muchas personas inocentes. El caso de Cuba es especial, pues las condiciones existentes del bloqueo no les permiten el flujo de recursos que si utilizan en los otros países mencionados. Por otra parte, Venezuela y Bolivia han ido eliminando el funcionamiento de estás ONG en sus territorios, que usualmente usan la fachada de organizaciones de carácter humanitario.

En Nicaragua, actualmente, agredida, se vive una situación similar a la previa los violentos disturbios que organizaron para el 2018, dirigidos por la oposición política que sin ninguna capacidad orgánica sirvió de entrada a muchos recursos externos destinados a crear la sensación de la inminente caída del gobierno democrático. Esta vez, el nuevo plan cóndor electoral de los EEUU ha sido anticipado, especialmente por la cantidad de recursos destinados a boicotear el proceso electoral de Nicaragua de noviembre próximo.

Sus esfuerzos en Nicaragua se dirigen a levantar el perfil político de la oposición, y su misión es evitar una nueva victoria popular, del sandinismo. Con este propósito inducen la agenda mediática, que por su naturaleza genuflexa les permite pasar de grandes defensores de los procesos electorales hoy a abanderados de la suspensión de una elección si el resultado de la misma no favorece sus intereses.

La Internacional Anti imperialista de los Pueblos repulsa la evidente agresión conservadora gestada desde Washington contra el pueblo de Nicaragua y se solidariza con la Revolución Sandinista, conducida por el Comandante Daniel Ortega.

Des/colonialidad del poder, crisis de la civilización occidental capitalista & movimientos antisistémicos. Agustín Lao Montes.2010

A contracorriente de las promesas de pronta recuperación que escuchamos cotidianamente de presidentes como García en Perú y Obama en los EE UU, las imágenes cotidianas y mass-mediáticas de millones de personas desempleadas, desterradas, familias sin hogar, hambrunas y epidemias masivas, violencias múltiples (de corte étnico-racial, religioso, sexual, doméstico, geopolítico) y guerras continuas, expresan una condición de malestar profundo que caracterizamos como crisis.

Los síntomas de crisis global se componen con huelgas generales en Francia, Grecia y Martinica, despidos masivos en Puerto Rico, 20 millones de desamparados en Afganistán y casi un país entero en la calle en Haití como productos combinados de desastres alegadamente naturales con intervención imperial.

Vivimos una situación de caos estructural en el sistema-mundo moderno/colonial capitalista que nos afecta seriamente a tod@s, y por eso es imperativo analizar dicha crisis sistémica, identificar sus dimensiones y entender sus dinámicas, pero también vislumbrar qué posibilidades de cambio ofrece para potenciar las posibilidades emancipatorias de esta coyuntura histórico-mundial.

Colonialidad del poder y modernidad capitalista

Para entender la crisis actual a profundidad es necesario un marco analítico claro, complejo y flexible, que nos permita ahondar en sus raíces de fondo, a la vez que nos facilite la posibilidad de indagar en sus matices y contradicciones. Aquí haremos un análisis breve de lo que denominamos crisis de la civilización occidental capitalista a partir de la analítica de la colonialidad del poder, perspectiva teórico-política cuyo autor inicial es el intelectual peruano Aníbal Quijano.

¿Qué entendemos por colonialidad del poder? Quijano la define como «un patrón de poder», es decir un entramado de relaciones que articula de manera compleja y desigual una multiplicidad de formas de dominación, explotación y conflicto en relación con la organización y apropiación de seis ámbitos fundamentales de la vida social: autoridad, comunicación, naturaleza, sexo, subjetividad y trabajo.

Dichos elementos están entrelazados a la vez que representan dimensiones particulares del espacio y proceso social. Otra estrategia de representación conceptual de la colonialidad del poder es como entrelace de cuatro regímenes modernos/coloniales de dominación, explotación y conflicto: capitalismo, racismo, imperialismo y patriarcado.

El patrón de poder moderno/colonial debe entenderse como un proceso histórico-mundial que nace junto con la modernidad capitalista y que caracteriza fundamentalmente el proceso de globalización que surge en el largo siglo XVI en el contexto de la conquista de las Américas, el comercio esclavista trans-Atlántico y la institucionalización del sistema de plantaciones, la emergencia de imperios europeos modernos, y eventualmente un orden geopolítico basado en un sistema de naciones-estado, y la emergencia de la ideología de Occidente como marco discursivo para darle sentido a las nuevas formas de dominación tanto religiosas y lingüísticas como culturales y epistémicas, lo cual implicó la emergencia de nuevos modos de identificación y de intersubjetividad.

Es en esta coyuntura histórico-mundial del largo siglo XVI cuando emerge el capitalismo centrado en el Atlántico, junto a las invenciones simultáneas de las Américas, África y Europa en cuanto categorías geohistóricas continentales y regionales. Asimismo se crean las formas de clasificación y estratificación racial, que conjugadas con las nuevos modos de explotación del trabajo subyugados a las dinámicas de acumulación de capital en el naciente mercado mundial, y con la redefinición del poder patriarcal, originan el patrón de colonialidad del poder que continúa primando mundialmente hasta hoy.

Denominamos las formas modernas de la dominación usando el sustantivo «colonialidad» para significar y acentuar no solo su origen colonial pero sobre todo la continuidad de estas jerarquías de poder y formas de desigualdad (económicas, geopolíticas, epistémicas, étnicas, sexuales, etc.) en el largo plazo de la historia de la modernidad capitalista.

Entendemos el poder no solo como dominación o como poder sobre, sino también como poder para y poder como capacidad e impulso vital humano, tomando la definición de Enrique Dussel de su filosofía política de la liberación.

Crisis recurrentes y crecientes del capitalismo histórico

Los procesos político-económicos del patrón del poder, que en este aspecto denominamos capitalismo histórico, han sido azotados por crisis globales al menos desde la primera globalización propiamente dicha en el siglo XIX. En el estricto sentido económico son crisis de rentabilidad del capital (o sea de ganancias), lo cual implica disminución en los niveles de inversión acompañados por crecimiento del capital financiero, destrucciones masivas de capital, desempleo masivo, marginalidad y hambre para las masas trabajadoras, los sectores populares y los campesinados. Pero estas crisis globales del capitalismo no son provocadas simplemente por las contradicciones económicas del capital; son también producto de conflictos políticos como competencias entre imperios por hegemonía y control como fueron los conflictos entre potencias occidentales que llamamos Primera y Segunda Guerra Mundial.

Estas coyunturas de crisis también han servido y sirven de marco histórico-mundial para la emergencia de movimientos antisistémicos que a su vez catalizan las crisis. Para entender la crisis actual es necesario destacar dos atributos generales de las crisis recurrentes del capitalismo histórico; por un lado, su carácter cíclico y por otro lado el que su magnitud y profundidad es cada vez mayor. Si partimos de mediados del siglo XIX podemos identificar crisis cíclicas desde la crisis de 1870, la depresión de la década de treinta, y la crisis presente que emergió en los setenta.

Pero además de ser recurrentes, dichas crisis son cada vez mayores tanto en su escala espacial y profundidad de efectos, como en las áreas de la vida social que afectan. A este carácter creciente de las crisis del capitalismo histórico lo caracterizamos como una «tendencia secular» a ser cada vez mayor y por ende a desafiar la capacidad del sistema-mundo moderno/colonial capitalista de recuperarse y reestructurarse.

A propósito de esto hay dos elementos conexos fundamentales para entender la crisis actual. La combinación de una nueva revolución tecnológica, que implica mayor productividad del trabajo y por ende menos necesidad de trabajo vivo, con menores ganancias en el capital productivo (lo que conlleva una búsqueda de menores costos), han implicado por un lado la conversión del capital financiero y de la especulación en fenómenos dominantes y estructurales, y por otro, desempleo estructural, precarización e informalización del trabajo, y resurgimiento de servidumbres y esclavitud para la sobre-explotación del trabajo.

A esto añadimos que la globalización plena del capital ha agotado la búsqueda de nuevos mercados como solución parcial, lo que ha tenido como consecuencia una ofensiva feroz de promover «acumulación por desposesión» de tierras y recursos naturales que explican las ofensivas de recolonización del nuevo capitalismo extractivista.

Raíces y temporalidad de la crisis reciente

Hay diferentes modos de entender y explicar la crisis presente. La narrativa dominante en los medios de comunicación masiva, los centros de poder político y económico, y en el mundo académico, es verla como una crisis financiera de corto plazo, y en cada país, que se puede solucionar relativamente rápido a partir de mega-inyecciones de fondos de parte del Estado con el fin de restablecer las condiciones de rentabilidad del capital y por ende la salud de la economía en general.

En contraste, los análisis marxistas y radicales de la crisis actual la entienden como un problema fundamental, de larga duración, y de carácter global, pero aun tendiendo a enfocarse en lo económico. Aun si solo se ve la crisis en su dimensión económica, su temporalidad es mucho mayor que la debacle financiera y de bienes raíces de los Estados Unidos en el 2008. Tampoco es así con crisis similares como las que ocurrieron en México en los ochenta, en Asia del Este en los noventa y Argentina en el 2001.

Caracterizamos su aspecto económico como una crisis de acumulación de capital a escala mundial que comenzó a principios de los setenta, cuyos síntomas más patentes fueron la subida de los precios del petróleo en 1973, el déficit fiscal del Estado imperial estadounidense a partir de la guerra de Viet-Nam, y la combinación sin precedentes de inflación y estancamiento que se llamó stagflation.

Ese momento marcó una tendencia que persiste con sus altas y bajas hasta hoy de disminución de la tasa de ganancias, desempleo estructural, reducción de salarios reales, empobrecimiento creciente y masificación de la marginalidad social. Los procesos de globalización que denominamos como neoliberalismo son en gran medida estrategias de reestructuración de las condiciones de rentabilidad del capital a través de la elaboración de un nuevo paradigma de desarrollo capitalista basado en una revitalización y redefinición de las doctrinas del liberalismo económico que imperaron a finales del siglo XIX, la era del imperialismo de libre comercio bajo hegemonía británica.

En realidad, el keynesianismo que imperó desde la crisis mundial anterior, cuyos referentes principales fueron la gran depresión de los años treinta y dos grandes guerras entre las potencias del centro capitalista, no fue norma sino excepción en el modus operandi del capitalismo histórico.

Es decir, el Estado interventor a favor del desarrollo económico (en America Latina el Estado desarrollista y populista), el Estado benefactor en aras de empleo pleno y consumo colectivo (sobre todo en los países del centro) fue producto tanto de estrategias para lidiar con la crisis económica, como de las luchas históricas de los ciudadanos y sobre todo de las clases subalternas demandando extensión del sufragio a través de derechos sociales y políticos.

Por ende, es también necesario entender las crisis en relación con las luchas y acciones colectivas que denominamos movimientos antisistémicos para significar olas de luchas que tienen no necesariamente la vocación sino efectos de desafiar y transformar el patrón de poder.

La ola de movimientos sociales, que comenzó a mediados de los cincuenta (tres de cuyos referentes clave fueron la Conferencia de Países No-Alineados en Bandung, Indonesia, el movimientos de liberación negra en los Estados Unidos y la revolución cubana) y que culminó hacia el final de los setenta, cuya cúspide fue 1968 (con la ofensiva de Tet en Viet-Nam, la huelga general en Francia y el escalamiento de los movimientos anti-guerra de estudiantes y minorías raciales y sexuales en los Estados Unidos), fueron detonantes fundamentales de lo que catalogamos como crisis sistémica.

La emergencia de la doctrina y las políticas neoliberales a finales de la década de los 70 (dos marcadores fueron las políticas económicas de los «Chicago Boys» en el Chile de la dictadura de Pinochet y la crisis fiscal de la ciudad de Nueva York), marcó una nueva era que contrarrestó parcialmente la crisis tanto económica como política: abriendo mercados, facilitando mayor explotación del trabajo, redefiniendo el rol del Estado, y articulando nuevos proyectos ideológicos imperiales para Occidente y el capital global.

Esto implicó la constitución de lo que Aníbal Quijano denomina bloque imperial global, para significar el accionar conjunto de instituciones del capital global como el Fondo Monetario Internacional y la Organización Mundial de Comercio con los Estados metropolitanos y las corporaciones transnacionales, que presidieron un proceso de intensificación de la globalización del capitalismo con vocación de colonizar, mercantilizar y privatizar todas las áreas de la vida incluyendo los espacios públicos, la producción intelectual, los recursos naturales básicos y la corporalidad humana.

Este modelo de globalización que buscó agresivamente desmantelar el gasto estatal en bienes sociales, aminorar el nivel de salarios, abrir mercados sin fronteras para inversiones y productos del gran capital, y crear ganancias para el capital a cualquier costo, confrontó desafíos múltiples y luchas plurales desde sus inicios que han venido madurando en varias direcciones.

El capitalismo neoliberal ha sido confrontado por movimientos y movilizaciones a través del mundo, desde rebeliones populares espontáneas como el Caracazo en 1989 y nuevas luchas armadas como el levantamiento zapatista de 1994 (que conscientemente coincidió con la firma del tratado de libre comercio de América del Norte-NAFTA), hasta movimientos sociales de desocupados (como los Piqueteros en Argentina), campesinos (como los Sin Tierra en Brasil) y de la nueva clase obrera (como Conserjes por la Justicia de Trabajadores Inmigrantes Latinos en Los Ángeles, California).

Nuestra interpretación de las crisis cíclicas de la modernidad capitalista, y de la que encaramos ahora, trasciende los instrumentos de análisis de la economía política. Como bien arguye Fernando Martínez Heredia, hay que superar el economicismo y «colocar la crítica revolucionaria en el plano de la totalidad del sistema». En este sentido postulamos una crisis multifacética y polivalente.

Crisis global del patrón de poder moderno/colonial capitalista

La manera más general y sintética con que podemos caracterizarla es como una crisis de la civilización occidental capitalista en su fase de globalización neoliberal. Es decir, más que una simple crisis económica, hay problemas en todas las aristas del patrón de poder. Por eso es una crisis de un modo de vida con sus formas de economía, política, ecología, ética, conocimiento y subjetividad.

Es una crisis de la modernidad capitalista que ha sido el patrón civilizacional dominante por más de 500 años. Aclaro rápidamente que no utilizo el concepto de civilización como una gran constelación cultural en el sentido de Toynbee, Elias o Huntington sino como el orden dominante de poder que configura una racionalidad económica, política, ética, estética y epistémica, en este sentido similar a como Braudel y Wallerstein entienden la civilización capitalista, a la vez que entiendo la noción de civilización occidental como ideología dominante y discurso hegemónico en la modernidad capitalista.

Buscando la raíz de la palabra crisis encontramos que procede del griego «krisis» que significa el momento crítico cuando se define el desenlace de una dolencia, a la vez que se relaciona con «krio» que denota decidir o juzgar y de ambos se deriva la noción de crítica. Por eso, hay un doble sentido en el concepto de crisis, por un lado una situación de dolencia grave y posibilidad de muerte, y por otro un momento de grandes posibilidades y promesas.

Cuando hablamos de crisis nos referimos a una situación insostenible, que requiere cambios sustantivos, y nuestro argumento es que no solo la economía y la política sino también las lógicas culturales, éticas, estéticas, epistémicas y ecológicas del sistema-mundo moderno capitalista sufren de esta condición.

Crisis ecológica y nueva política ecológica

Una de las dimensiones más críticas de la crisis civilizatoria actual es la ecológica. El llamado «cambio climático» es una especie de eufemismo para denominar la debacle ambiental causada por la acumulación en el tiempo de las injurias que el paradigma de desarrollo productivista y extractivista ha causado en la ecología planetaria.

La emisión indiscriminada de gases tóxicos alimentados por un modo de producción donde la naturaleza es vista como fuente de ganancia, la revitalización de la minería a costa de la erosión y mercantilización de recursos vitales como el agua junto con la amenaza a las formas de vida ancestrales de comunidades indígenas, afrodescendientes y campesinas, y la insistencia de los poderes occidentales (bajo el recalcitrante liderato de los Estados Unidos) de continuar con esa racionalidad económica que cada vez destruye más el ambiente y pone en peligro la vida misma del planeta, componen lo que definimos como una severa crisis ecológica.

Uno de los síntomas más notables es lo que comúnmente llamamos «calentamiento global», manifiesto en fenómenos como la reducción de las masas glaciales que podrían eventualmente causar tsunamis en varias partes del mundo, y en las enormes inundaciones alrededor del planeta que están ocasionando muertes y destrucción agrícola. En fin, la civilización capitalista occidental está destruyendo el planeta y hay un consenso global creciente de que hay que tomar medidas radicales al respecto como claramente lo demostraron las cumbres en Copenhagen y Cochabamba.

Aquí es importante subrayar el liderazgo de Evo Morales en la cumbre de Copenhagen y destacar que como primer presidente indígena de Bolivia revela el carácter protagónico de los movimientos indígenas en la conciencia ecológica que informa los nuevos paradigmas de emancipación.

Los esfuerzos del capital transnacional de obtener mayores ganancias a través de la agroindustria y la minería han implicado intentos de colonización de territorios relativamente fuera de su control tales como el Pacífico colombiano y las tierras ancestrales de comunidades indígenas en la región andina, para explotarlos con megaproyectos como el establecimiento de plantaciones de palma africana y la extracción de oro.

Estas iniciativas, promovidas por Estados como los de Colombia y Perú, son desafiadas por movimientos sociales de afrodescendientes, indígenas y campesinos que se oponen a la colonización de sus territorios ancestrales por el capital trasnacional a la vez que afirman su identidad étnico-racial y promueven una política ecológica que promueve formas de economía en armonía con el ambiente y basadas en modos comunitarios de autogobierno.

Esta conciencia ecológica es un componente clave en las nuevas culturas políticas de los movimientos antisistémicos en la época presente, una suerte de «nuevo sentido común contrahegemónico», como lo llama De Sousa Santos.

La cuestión ecológica se refiere directamente a la crisis alimentaria provocada por una conjunción de la nueva «revolución verde» con el grave desequilibrio ambiental y la hiper-inflación del capital financiero. En otras palabras, la mecanización de la producción agrícola, la agroindustria a gran escala, y el modelo extractivista y exportador, junto con las políticas neoliberales de libre mercado a favor de las corporaciones transnacionales del agrocomercio, han tenido como consecuencia el empobrecimiento, desplazamiento y destierro de las masas campesinas del mundo y la desnacionalización de la producción agrícola, lo que se agrava con la financiarización de la economía y los desastres ecológicos.

Esta dinámica apunta hacia la profundización del hambre, la desnutrición y la alimentación tóxica debido a la proliferación de semillas transgénicas y la agricultura química promovidas por el gran capital agrícola sobre todo de los Estados Unidos. Estas condiciones han nutrido el crecimiento de los movimientos campesinos como vemos claramente en la coalición mundial Vía Campesina y en grandes organizaciones como el Movimiento de los Sin Tierra en Brasil que enuncian un nuevo discurso de poder campesino, soberanía alimentaria y armonía ecológica que articula una nueva racionalidad no solo económica sino de vida colectiva para todo el planeta.

Crisis política: hegemonía imperial, legitimidad estatal, democracia liberal

La dimensión más estrictamente política la podemos definir como una triple crisis: de hegemonía del imperialismo, de legitimidad del Estado moderno, y de la democracia liberal representativa. Si analizamos lo político desde sus aspectos formales e institucionales podemos distinguir cuatro escalas: local-regional, nacional, regional-supranacional y global.

A escala mundial, la crisis se caracteriza por carencia de hegemonía combinada con pérdida creciente de la soberanía relativa de los estados-nación sobre todo en la periferia. Concordamos con GiovanniArrighi en que la historia de la modernidad capitalista se puede dividir en tres períodos de hegemonía: primero la holandesa en el siglo 17, luego la británica a mediados del siglo 19, y finalmente la estadounidense en el período posterior a la segunda gran guerra occidental (circa 1945).

La ola de movimientos antisistémicos de los sesenta y setenta marcó el principio del final de la hegemonía yanqui en el sistema-mundo moderno/colonial capitalista. Dicha crisis de hegemonía es a la vez causa y efecto de la crisis de legitimidad del Estado y de la crisis económica. En esta dinámica se conjuga la erosión de la democracia liberal representativa en el Estado-nación con la pérdida de hegemonía global del Estado imperial.

Aquí un ejemplo revelador es cómo el nuevo presidente Obama continuó la política antidemocrática de encarcelamiento sin juicio en Guantánamo y el Acta Patriótica, ahondando la guerra en Afganistán, y escalando la presencia militar en América Latina, a pesar de haber ascendido al cargo con una plataforma de cambios democráticos. Esta política imperial de mano dura es indicadora de la pérdida de hegemonía, como se demostró en la bienvenida a Cuba en la última conferencia de la Organización de Estados Americanos y el fuerte rechazo a las bases militares yanquis en Colombia en la última cumbre de UNASUR.

Desde otro ángulo de lo político, una de las características de la organización del poder político en la era de la globalización neoliberal es una combinación de mayor concentración del poder ejecutivo en detrimento de la participación ciudadana, junto con un giro participativo hacia el gobierno local. Esto ha implicado una serie de paradojas en la organización política entre las cuales podemos destacar el entrejuego de mayor participación local con menor incidencia pública en los escenarios nacionales.

Esta contradicción entre la socialización relativa del poder local y la centralización y privatización de la autoridad estatal se corresponde con la desnacionalización del poder a través del establecimiento de Estados neoliberales que tienden a servir de agentes globalizadores para las fracciones exportadoras y financieras de las burguesías criollas a la vez que responden y sirven a instituciones del capital global como las corporaciones transnacionales y el Fondo Monetario Internacional.

Una de las consecuencias de esta condición político-económica es que los Estados cada vez tienen menor voluntad y mayor dificultad en proveer bienes públicos como educación y salud, y de resolver problemas de desigualdad social como desempleo y hambre, situación que se agrava en las actuales condiciones de crisis. Este conjunto de factores también exacerba las tendencias autoritarias en los Estados modernos que crecientemente pierden la capacidad y voluntad de garantizar derechos civiles y políticos.

Otra de las paradojas de los Estados capitalistas en la era neoliberal y su crisis, tanto en los centros metropolitanos como en las semiperiferias y periferias, es la combinación de reconocimiento de derechos culturales y étnico-raciales con la pérdida de políticas sociales a favor de la redistribución de riqueza y poder, lo que se traduce en una disyunción de la política de reconocimiento cultural con la política de redistribución de riqueza y poder.

Crisis civilizatoria y racionalidades alternas

Las dimensiones políticas de la crisis civilizatoria se corresponden al deslinde de dos tipos de crisis que plantea el intelectual boliviano Luis Tapia; por un lado, el malestar en la estabilidad de las instituciones del poder dominante como el Estado y la economía; y por otro, en su desafío y cuestionamiento a partir de las practicas emancipatorias de muchos movimientos sociales y espacios subalternos contra las formas patriarcales de alimentación, de explotación, organización política, ecología y de producción de conocimientos que dominan la vida social de nuestra región y el mundo.

Lo político se corresponde con las dimensiones culturales y éticas de la crisis sistémica. En este registro se integran la crisis de valores, de proyectos de vida, de modos de producción y comunicación de conocimientos, y de formas de identidad y subjetividad imperantes en la civilización occidental capitalista.

Esto es en parte resultado del fracaso de los modelos de desarrollo socioeconómico, ecología y organización política de la modernidad capitalista como también de sus lógicas culturales hegemónicas con sus elementos éticos, estéticos, cognoscitivos e identitarios. En este sentido planteamos que la liberación de historias, memorias, conocimientos y modos de vida no-occidentales es un síntoma positivo de esta crisis.

Una de las peculiaridades y novedades de la crisis actual es su severidad en tanto crisis de las estructuras de conocimiento de carácter eurocéntrico-occidentalista. Su contraparte en la búsqueda de justicia epistémica se ha convertido en una de las características y reclamos principales de una nueva ola de movimientos antisistémicos que ya sea en su vocación, alcance, o efectos, insurgen como actores protagónicos en los procesos crecientes de des-colonialidad del poder y el saber produciendo una nueva episteme y racionalidad de vida.

Crisis multifacética, movimientos antisistémicos & des/colonialidad

Muchos también caracterizarían la condición presente como una crisis de alternativas. Ahora se suele hablar del posneoliberalismo, pero con frecuencia sin una memoria histórica de fondo y sin un horizonte utópico alternativo. Esto es así en gran medida porque también hemos tenido una crisis del socialismo actualmente existente y por ende de visión y confianza en los paradigmas familiares de emancipación, lo que puede implicar escepticismo en la viabilidad de futuros posibles.

Contrario a esta visión, entiendo que muchos partimos de una visión más optimista, no solo por el poder positivo de la esperanza que es algo importante a cultivar, sino porque reconocemos la gran importancia de la nueva ola de movimientos antisistémicos que hoy día demuestra no solo que «Un Mundo Mejor es Posible», como reza la consigna de los procesos del Foro Social, sino también porque en esta región se construyen alternativas diariamente desde los cambios en lo íntimo y en las relaciones de género y sexualidad, y las pequeñas trincheras de autogobierno comunitario, hasta los difíciles y contradictorios procesos de gobiernos de «izquierda».

La resolución de este momento crítico, de esta coyuntura histórico-mundial crucial, es impredecible. Hay al menos dos cosas que creo debemos tener claras para construir alternativas colectivas: la primera es que es una crisis raigal en todas las aristas del patrón de poder, lo que ofrece el potencial de construir un mundo radicalmente distinto; la segunda es que la crisis abre la posibilidad de potenciar plenamente nuestras capacidades como sujetos históricos. En este sentido la crisis representa un momento crítico de auto-creación de la sociedad y auto-afirmación de los sujetos con potencial de construir un nuevo contrato social.

En esta coyuntura de crisis y transformación no es suficiente hablar de movimientos sociales sino más aún de movimientos societales, acciones colectivas que tengan la capacidad de provocar cambios a nivel de la sociedad en su conjunto con vocación y/o potencial de llegar a ser de carácter antisistémico.

Para concluir voy a levantar algunas de las preguntas fundamentales que debatimos constantemente en espacios de construcción colectiva de conocimiento crítico y alternativas de vida, que varían desde asambleas comunales y caracolas hasta conferencias académicas. Estas preguntas y respuestas van conformando en el caminar una problemática común para «reinventar la emancipación» y crear juntos una nueva política de des-colonialidad y liberación. Aquí solo voy a traer cuatro:

1) ¿Qué significa y cómo construir formas justas, igualitarias, y plenamente democráticas del poder? ¿Cómo conjugar el poder constituyente con la institucionalidad política? Lo que Dussel representa usando el lenguaje de Spinoza como potentia y potestas. ¿Necesitamos refundar el Estado y/o crear nuevas formas de institucionalidad y comunidad política? ¿Qué significa y cómo se construye en términos concretos el buen gobierno y el mandar obedeciendo?

2) ¿Cómo traducir en proyec tos de país/región y en políticas concretas la nueva racionalidad de economía, ecología, convivencia y gobierno connotadas por principios ético-políticos anti-capitalistas/no-occidentalistas como Sumaq Kawsay (o «Buen Vivir» en quechua) y Unbutu en lenguaje surafricano? ¿Cómo construir economías y ecologías de armonía entre todos los entes existentes en vista del impulso neodesarrollista y poskeynesiano de los mismos gobiernos que declaran el socialismo del siglo XXI? ¿Cómo conjugar en práctica y teoría la política de lo posible con la utopía como horizonte de futuro?

3) ¿Qué estrategias de transformación radical se pueden perseguir a corto, mediano y largo plazo sin perder de vista las severas contradicciones que implican los procesos de des-colonialidad del poder? ¿Qué espacios de lucha y liberación son cerrados y cuáles posibilidades son abiertas por la crisis?

4) ¿Qué implicaciones tienen las transformaciones profundas que supone esta crisis raigal para los modos de producción, pedagogía y comunicación de conocimiento crítico?

Hoy día las luchas son clara y explícitamente múltiples, a la vez que los actores de cambio y sus reclamos plurales, lo que hace más complejo el desafío de articular bloques contrahegemónicos que puedan construir y mantener espacios sociales fundados en principios de igualdad, reciprocidad, libertad, paz, y vida; en contraste con las lógicas de desigualdad, competencia, opresión, violencia y muerte que imperan en la civilización occidental capitalista.

Para nosotros, como intelectuales comprometidos y como activistas de los movimiento sociales, debería ser imperativo producir conocimiento crítico con el fin de contribuir a combatir la cadenas de la colonialidad con hilos de solidaridad para construir «unidad compleja» a partir de las diferencias, como demandan las culturas políticas que insurgen en una nueva política de des-colonialidad y liberación en la región.

En su definición como momentos de malestar múltiple y profundo, las crisis son períodos de enormes riesgos y dificultades, pero como épocas insostenibles que demandan cambios fundamentales también pueden ser eras de grandes transformaciones con el potencial de producir un contrato social más justo e igualitario, coyunturas en las que podemos dar a luz futuros posibles, en las que estamos más aptos para crear fuertes suertes de liberación en aras del buen gobierno y el buen vivir.

Nuestro gran reto es construir ese nuevo pacto social dándole contenido concreto y positivo al buen gobierno y buen vivir desde nuestras múltiples trincheras de lucha y dimensiones de vida. En este sentido, un modo de recrear el quehacer crítico latinoamericano en el contexto del espectáculo de los bicentenarios es el vislumbrar y reinventar America Latina como un proyecto de descolonialidad del poder, desde cada sujeto, desde cada lugar, para tejer futuros de liberación para corazonar el mundo.

*Este texto se basa en las presentaciones de Agustín Lao-Montes en el Encuentro de Saberes y Movimientos: Entre las Crisis y los Otros Mundos Posibles, realizado en Lima entre el 26 y el 28 de mayo de 2010, y en el simposio internacional La Cuestión de la Des/colonialidad y la Crisis Global, efectuado en la Universidad Ricardo Palma entre el 5 y 7 de agosto de 2010.

Educación popular y pedagogías emancipadoras en América Latina. Fabian Cabaluz Ducasse

Les  damos  la  bienvenida  al  panel  de  Educación  Popular  y  Pedagogías  Críticas.  En  esta  oportunidad,  nos  acompañan  seis  panelistas  de  reconocida  trayectoria  que  vienen  practicando  y  pensando una educación distinta a la hegemónica.

Bruno Baronnet

Las  educaciones  populares  son  construcciones  sociales,  colectivas,  situadas  en  contextos  que  podemos  comparar  pero  que  no  debemos  generalizar.  Lo  que  escuché  hoy  me  gustó  mucho. 

Aprendí  muchas  cosas  para  reflexionar  cómo  podríamos  nombrar estos procesos para comprenderlos mejor. No se trata in fine de decir cómo debería ser esta educación (o estas educaciones)  sino  cómo  las  construyen,  deconstruyen  y  reconstruyen  los  sujetos, desde la subjetividad colectiva. Entonces, acerquémonos a contextos como las comunidades indígenas de México, donde me  pregunto por qué existen pocas experiencias de educación popular.

Ahora bien, si es que existen, ¿cómo se construyen? y ¿cuáles son los factores y los obstáculos al hecho de que no existan como tales? Lo que podemos comprobar es que fuera de los movimientos  sociales  no  hay  muchas  experiencias  de  educación  popular. 

Movimientos  sociales  en  un  sentido  amplio,  que  incluye  movimientos populares, indígenas, culturales y religiosos.

He trabajado en el estado de Chiapas, donde están los campesinos “autónomos” zapatistas, quienes han crecido de la mano con distintas fuerzas organizativas, como el movimiento religioso de la  teología  de  la  liberación.  Ahora  estoy  desarrollando  un  estudio con comunidades mayas protestantes, evangélicas, donde veo que  también  practican  una  orientación  que  parte  de  la  lengua,   la  identidad  y  la  tradición  popular. 

Una  orientación  crítica  que  parte de la cultura propia también, y que, en cierto sentido, es interesante porque cuestiona a quienes lxs dominan. Cuestiona la dominación blanca y la dominación patriarcal, hasta cierto punto.

Al menos libera la palabra. Y el trabajo de campo me acercó a las escuelas  llamadas  indígenas.  Sin  embargo,  cuando  uno  se  acerca  a  estas  comunidades  rurales  que  tienen  educadores  supuestamente bilingües, se da cuenta de que la educación popular no existe en sí. Mejor dicho, yo me doy cuenta de que los niños no juegan; o bien, cuando juegan, cantan, podríamos decir que lo hacen desde la colonialidad del juego, la colonialidad del canto, con juegos y cantos importados, que están adaptados y creados desde “los otros”.

Es decir, es una adaptación enajenante que finalmente impide toda forma de pedagogías emancipatorias.

¿Quién  determina  si  una  pedagogía  logra  o  alcanza  tener  crítica   emancipatoria?   ¿Qué   entendemos   con   emancipación?  

Emanciparnos de quién, de qué. Son preguntas que acompañan todo  el  tiempo  a  quienes  estamos  en  la  praxis,  en  un  ejercicio  de  reflexibilidad.  Si  tomamos  el  ejemplo  del  movimiento  zapatista  en  Chiapas,  pero  también  las  resonancias  del  movimiento  maya  en  otros  Estados  del  país,  entonces  observamos  que  hay  varias estrategias de educación popular. Están las estrategias del  movimiento en Chiapas, encabezado por el EZLN, que hace más de  20  años  rompió  con  las  instituciones  educativas  del  Estado. 

Y ha creado, desde sus propios municipios, escuelas que llaman “autónomas”, aunque sea una ilusión del lenguaje, porque lo que es autónomo no es tanto la escuela propiamente hablando, sino el  sistema  político  educativo,  a  través  de  un  sistema  de  asambleas (populares, campesinas, indígenas), de cargos, rendición de cuentas, remoción del cargo y rotación de los cargos; además de una  desprofesionalización  de  la  figura  del  docente.  Eso  me  recuerda mucho los debates que se dan entre educadores que leímos la obra de Paulo Freire.

Pensando en que el juego, el canto, el cuento representan herramientas que nos despiertan la conciencia, pero que también pueden someternos cuando no son apropiados. Entonces, ¿los zapatistas qué hicieron? Abandonaron el sistema oficial y crearon uno propio. Esa es una estrategia. Hay otras, como la del Municipio indígena de Cherán en Michoacán, como en muchos otros municipios. Cherán es famoso porque en 2011 se levantó contra los “malos” del crimen organizado y la seguridad  pública  del  Estado.  Ellos  no  rompieron  con  el  sistema  oficial de escuela y muchos de sus militantes son profesores, profesores inquietos. Entonces, combinaron prácticas de educación formal  y  educación  no  formal.  Y  encontraron  el  cimiento  desde  la educación popular. Ocurre tanto en las aulas como en las calles. Entonces, creo que esta educación popular es una educación callejera, que se hace desde las plazas, en defensa del territorio.

Durante mucho tiempo, y con esto termino, pensé que en México no había educación popular, ya que de hecho no está muy visible. No está visibilizada. Está reprimida, sin duda, por el Estado.

No existen posgrados en Educación Popular, como sí los hay en Colombia  o  en  Argentina.  No  existen  grandes  redes  nacionales  o  regionales  de  educadores  populares,  quienes  están  muy  divididos  en  el  sentido  de  que  están  muy  vulnerados.  Pero  sí  existe  la  educación  popular  y  es  visible  cuando  uno  se  acerca  a  los  procesos  organizativos  finos  que  suman  pequeñas  iniciativas. 

Pequeñas  iniciativas  que  tienen  que  ver  un  poco  con  este  lema  de  los  maestros  combativos  en  México  y  que  dice  lo  siguiente:  “Estudiar,  aprender,  para  al  pueblo  defender”.  Y  yo  creo  que  por  ahí  caminan  las  educaciones  populares  a  las  cuales  apelamos, hacia su construcción continua. Defender el pueblo. Hay un texto  de  Paulo  Freire  que  me  encanta,  donde  cuenta  que  en  un  pueblo  de  Brasil  le  dicen:  “no  necesitamos  que  ustedes,  los  pedagogos,  los  investigadores,  nos  vengan  a  decir  quiénes  somos.  Necesitamos aprender cómo poder defendernos del blanco, para entender por qué nos dominan, cómo nos explotan”[1]. Yo creo que por  ahí  está  la  respuesta  para  la  emancipación  en  la  educación  popular. Muchas gracias.

Fabian Cabaluz Ducasse

Vamos  a  continuar  entonces  con  la  presentación  de  Alfonso  Torres,   compañero   de   una   organización   popular   y   de   la   Universidad Pedagógica Nacional.

Alfonso Torres

Me reconozco en esa identidad de educador popular. Hoy reconocemos que existe esta matriz histórica de la educación popular, que incluso podemos remontarla a Don Simón Rodríguez en los  albores  de  la  independencia  hispanoamericana,  que  planteó la educación popular como una necesidad de la construcción de  una  democracia  en  la  medida  que  fuera  una  educación  que  iba a construir el pueblo como actor político. De ahí para acá, se han generado –de la mano de la lucha de los movimientos sociales– muchas propuestas educativas que –como decía Bruno– no asumen un nombre o se autodenominan de diferentes maneras, como:  educación  propia,  pedagogía  rebelde. 

Por  ejemplo,  Bruno  trajo un libro de lo que él ha trabajado de las pedagogías zapatistas; ellos hablan de pedagogías rebeldes, pero que también hoy oímos hablar de pedagogías decoloniales, de pedagogías feministas populares, de pedagogías comunitarias, etc. De pedagogías de educación propia hablan los compañeros indígenas de Colombia.

De  hecho,  tenemos  un  espectro  que  incluso  hace  que  aquí  en  Argentina,  desde  hace  varios  años,  en  el  Centro  Cultural  de   Cooperación,   se   realice   un   encuentro   sobre   Pedagogías   Emancipadoras.  La  categoría  “emancipador”  nos  cobija  a  lxs  educadorxs  populares  y  a  otrxs  que,  viniendo  de  trayectorias  diferentes, se identifican con unos rasgos comunes, que es lo que yo quiero visibilizar.

En mis escritos[2] reflexioné sobre algunos rasgos comunes de la educación popular, y creo que si los utilizamos de manera general nos pueden ayudar a definir qué es y qué no es una pedagogía crítica y emancipadora.

Porque en la actualidad, existen propuestas que parten de alguna inconformidad con el sistema escolar, pero que la alternativa es una educación en casa o virtual que traslada la lógica escolar a  otros  ámbitos.  También  las  élites  empresariales  cuestionan  la  educación en la escuela para proponer innovarla en función de sus expectativas productivistas, mercantilistas o de competitividad.  Así,  hay  muchas  propuestas  educativas  que  toman  distancia con la educación institucionalizada, pero no necesariamente para  plantear  propuestas  que  busquen  transformar  las  relaciones y estructuras sociales que la configuran, sino lo contrario.

Por otra parte, podríamos decir que nuestras pedagogías emancipadoras latinoamericanas tendrían en común, por lo menos cinco rasgos, sin desconocer sus singularidades, ni sus contextos de emergencia y realización.

Primero,  todos  de  alguna  manera  u  otra  critican  algunos  de  los  rasgos  de  exclusión,  opresión  o  discriminación  presentes  en  la  sociedad.  Incluso,  desde  su  antecedente  y  fuente  de  inspiración: la obra inicial de Paulo Freire. No olvidemos que él en un primer  momento  no  habló  de  educación  popular,  sino  de  pedagogía concientizadora, de pedagogía problematizadora, de pedagogía emancipadora, de pedagogía de la liberación.

Su lectura en ese momento estaba bajo unas categorías más o menos generales sobre la relación entre “oprimidos y opresores”; este nivel de abstracción  también  sirvió  para  que  cupieran  múltiples  formas  de opresión, lo que hace que sus planteamientos sigan vigentes, recreándose. Con los años 70, de la mano de las luchas populares que  atravesaron  el  continente  latinoamericano,  se  puso  énfasis  en las exclusiones sociales y las explotaciones económicas, en el carácter de clase de estas luchas, enfatizando las de los trabajadores y las de los campesinos.

La crítica se centró en las dominaciones de clase y en la educación como reproductora de dicha relación de dominación y de las ideologías dominantes.

Pero en la medida en que aparecen otros movimientos, como el de  las  mujeres  y  los  movimientos  feministas,  también  surgen  propuestas  pedagógicas  que  visibilizan  otras  opresiones  de  género, raciales, generacionales; asimismo, en las décadas recientes se hace visible esa admiración que había permanecido siempre de  lo  colonial.  Bueno,  previamente,  Fanon  había  hablado  de  la  colonización de la conciencia; hoy cobró mucha fuerza la idea de visibilizar. Y entonces se habla de pedagogías decolonizadas.

Yo lo  que  quiero  decir  es  que  el  primer  rasgo  de  estas  pedagogías   emancipadoras es que o son críticas o no son nada. No se trata de lo bonito de las técnicas activas y participativas, sino del cuestionamiento al capitalismo y a sus muchas de las formas de opresión que crea y recrea, como el patriarcado.

El segundo rasgo consiste en que estas pedagogías son emancipadoras en la medida que van de la mano con las luchas de losmovimientos sociales que buscan esas transformaciones. Es decir, no son propuestas educativas que surgen y sobreviven solamente en el campo educativo, pedagógico, en el mundo académico, sino que su lugar, su sentido y su razón de ser se encuentra en las  luchas  de  los  movimientos  sociales

En  ese  contexto,  lo  “popular” aparece como una categoría que englobaba al conjunto de luchas sociales en ese horizonte transformador, como sentido político emancipador de dichas luchas.

Esta mañana alguien decía algo muy cierto: que en la educación popular,  las  investigaciones  son  participativas,  metodología  que  en los años 80 y 90 tuvo poca acogida en el mundo académico y universitario porque no surgió ahí sino en el seno de las luchas campesinas, de las luchas populares de los años 70. En tiempos recientes, la Educación Popular renace junto con la reactivación de  las  luchas  sociales  de  las  últimas  décadas.  Es  decir,  aunque  tengan cada vez más presencia en ámbitos institucionales, no podemos pensar esas pedagogías emancipadoras por fuera de estos  movimientos y de esas clases sociales.

Claro, hoy hemos aprendido de otras luchas contemporáneas que, así como la dominación pasa por las subjetividades, por los cuerpos  individuales,  por  el  grupo  y  la  organización;  los  escenarios  de lucha también deben darse en estas escalas microsociales: en lo organizativo, lo local, lo cotidiano y en el plano nivel personal.

Por eso el contenido de las visiones de futuro, de los horizontes utópicos se amplían a la protección de la vida, a la justicia cognitiva, cultural, a la emancipación de los cuerpos, etc.

Ello nos conduce al tercer rasgo de las educaciones emancipadoras. De una manera u otra tienen en común que se asumen comoemancipadoras. Es decir, no solamente toman una distancia crítica con lo que hay, ni acompañan porque sí a las luchas y movimientos sociales. Son portadoras de sueños, esperanzas, visiones de futuro portadoras de otros sentidos de realidad, de lo que se ha  llamado  desde  el  Foro  Social  Mundial  como  “otros  mundos  posibles”.

También el contenido utópico de esta dimensión de las educaciones emancipadoras ha variado y seguirá haciéndolo, de acuerdo a los cambios de contextos políticos e ideológicos. Así, por ejemplo, Freire reivindicó la esperanza activa y el inédito viable en los setenta  y  los  ochenta,  y  se  lo  identificó  con  la  construcción  del  socialismo. En las últimas décadas algunos reivindican el sumak kawsay, el buen vivir o lo popular comunitario.

Es decir, no solamente tendrían como el rasgo de críticas y movimientistas, sino que tenemos también utópicas, en el sentido de que se identifican con otros modos de vida posibles.

Un cuarto rasgo es que estas propuestas pedagógicas emancipadoras  buscan,  de  alguna  manera,  transformar  a  los  sujetxs  que  participan  en  las  luchas  y  en  los  movimientos  de  resistencia  y  de alternativas al capitalismo, al colonialismo y al patriarcado. Y entonces, por eso, en cada momento entran en esas dimensiones que nos constituyen como sujetxs. Entre ellas, en este momento, la  conciencia.  La  idea  de  consciente  que  incluso  es  interesante  porque en las acepciones de Freire era una idea que podríamos llamar originada en el marxismo, y tenía que ver con la apropia-ción del mundo no solamente por vía de la razón analítica sino por todas las dimensiones que la sustituyen. Hoy hay una expansión de esa idea de consciencia a la idea de subjetividad que nos  permite  nombrar  otras  dimensiones  que  nos  hacen  sujetos.  No  solamente la consciencia sino también lo emocional, la voluntad, los imaginarios, lo simbólico y lo corporal.

El quinto rasgo es que estas propuestas pedagógicas emancipadoras  son  portadoras  de  formas  de  trabajo,  de  metodologías,  de  pedagogías nuevas. Esta preocupación por las prácticas pedagógicas transformadoras ha sido una característica de la educación popular  desde  sus  antecedentes  y  sus  inicios.  En  efecto,  Simón  Rodríguez practicó la educación popular en las sociedades americanas, y luego, de 1830 a 1851, escribió sobre ella; Paulo Freire en La  educación  como  práctica  de  la  libertad y  en  Pedagogía  del  oprimido, libros escritos en su exilio chileno, pues describe y conceptualiza su experiencia desde finales de la década de los 50 y comienzos de los 60 en Brasil.

Entonces quiero insistir en que la construcción de las propuestas pedagógicas  emancipadoras  no  se  da  solamente  desde  el  plano  discursivo y declarativo, sino también desde la creación de estrategias metodológicas concretas; en el caso del diálogo en Freire, de  la  tradición  de  la  construcción  colectiva  del  conocimiento  y  las  técnicas  participativas  en  las  décadas  de  los  70  y  80  y  del   diálogo  de  saberes  de  los  90  para  acá.  Y  entonces  en  estas  pedagogías  también  hay  una  producción  práctica  que  nos  advierte  que  es  posible  transformar  este  mundo  y  avanzar  hacia  esos  sentidos emancipadores, desde el acá y el ahora de las prácticas  educativas.

Esa herencia que viene de mi experiencia y reflexiones desde la Educación Popular, que también está en el campo más amplio de las pedagogías emancipadoras y críticas, era lo que quería compartir con ustedes en estos minutos.

Fabian Cabaluz Ducasse

Continuamos con la presentación de Estela Quintar, que vive en México y es argentina.

Estela Quintar

Gracias, Fabian. Encantada de estar en este espacio, tan convocante y esperanzado que siempre reúne gente, como decimos en IPECAL[3], con voluntad para hacer de sueños, realidades. Gracias al GT; gracias Fabian por tu presencia en la moderación de este conversatorio, gracias a quienes generosamente comparten esta mesa por aceptarme en ella. Es muy bonito compartir con intelectuales  del  campo  de  la  educación  popular  a  los  que  respeto  por  sus  trayectorias,  experiencias  y  escritos.  También  deseo  saludar  a  todos  y  a  todas  las  educadoras  y  educadores  populares  de  este  foro  que  se  asumen  en  esta  opción.  Conozco  a  algunxs  de  los  que  han  compartido  sus  palabras  y  reflexiones,  algunxs  de  ellxs,  con  un  trabajo  comunitario  importante,  sin  embargo  hay muchos más que no sé en dónde están tejiendo su práctica político-pedagógica.

Y, en este punto quisiera colocarme para hacer mi aporte. En este punto  que  considero  de  inflexión  para  estos  tiempos  que  transitamos.  ¿Quiénes  somos  educadores  y  educadoras  populares?  ¿Cuál es el ámbito de la educación popular?

En  el  marco  de  sentidos  que  se  vienen  construyendo  en  este   entreverarnos  con  nuestros  sentires  y  pensares,  me  atrevería  a decir que la educación popular no tiene un territorio definido. No hay  un  lugar  para  ser  educador  o  educadora  popular.  Entiendo  que asumirse como educador o educadora del pueblo y/o trabajador o trabajadora de la cultura es, en gran medida, hacerse cargo de los desafíos de época que siempre activan las exigencias propias de un proyecto de luchas emancipadoras; y esas luchas no tienen un lugar por antonomasia.

La lucha muta constantemente, se  vuelve  particular  y  específica  en  diferentes  coordenadas  espacio tiempo, articulada a la memoria y la historia de ese espacio tiempo así como a las dinámicas geopolíticas condicionadas por el orden dominante.

En este sentido, asumirse como educadora y educador popular en espacios  instituidos[4], como  pueden  ser  las  escuelas  y/o  las  universidades, por ejemplo, es por lo general de gran sobre exigencia para lxs trabajadores de la cultura que eligen caminar estos caminos.

Esto en tanto son instituciones cuyas epistemes están cada vez más organizadas y dinamizadas –en sus prácticas, relaciones y  representaciones–  por  unas  semánticas  subalternizantes  que  nos  atraviesan,  seducen[5] y  reducen  en  términos  econométricos;  y,    por    supuesto,    siempre    individuales.    Unas  semánticas entramadas en normas y pautas que condicionan formas de vivir en lo laboral y lo cotidiano[6].

Actualmente  –tiempos  de  precarización  y  de  muchos  sin  sentidos–  el  horizonte  institucional  son  las  “acreditaciones”,  las  exigencias de credencialización signadas por la “ideología de la calidad” que impone criterios para “ser de calidad”: todos tenemos que ser doctores o doctoras, tenemos que ser… tenemos que ser tantas cosas en ese “deber ser” que, ser allí educadora y educador  popular, hoy por hoy, es muy complejo. Muy complejo en niveles de autonomía, de manejo del temor, de negociación del “engaño” hacia lo posible, como bien decía Freire refiriéndose a los múltiples “engaños” que genera el propio cuerpo, tanto en su biología como en su psique, para vivir en las favelas y poder sobrevivir en estos espacios llenos de amenazas.

En este sentido asumo entonces que somos educadores populares todos aquellos que nos hacemos cargo –en donde estemos– de este compromiso ético político con un proyecto emancipatorio, lo que implica el ejercicio constante de ampliar conciencia –y conciencia histórica– y, desde esa conciencia, abrir campos de posibilidades subjetivas y colectivas así como de construcción, desde lo micrológico, de alternativas de futuros inéditos y viables.

Serían interesantes aquí dos preguntas: ¿emancipación de qué? y ¿qué condición es sustantiva para llevar esto a la práctica? Como sabemos, la pedagogía del orden dominante no pasa solo por la escuela instituida, sino por muchos espacios existenciales, materiales y simbólicos; y, más aun en estos tiempos, que como bien nos decía Hugo Zemelman “la lucha, hoy más que siempre, es por lo  simbólico”.  Y  esto  abarca  la  vida  misma  en  tiempos  de  bytes, big data y desborde de información en redes sociales y medios digitales. La investigación de mercado, por ejemplo, tiene clarísimo esto y, a veces, más que los ámbitos académicos.

En  investigación  de  mercado,  como  sabemos,  se  valorizan  de  manera  relevante  a  especialistas  en  Antropología,  Semántica,  Filosofía  y  desde  ya  Psicología;  y,  ¿por  qué?  Porque  es  fundamental para el mercado comprender el mundo simbólico de los sujetos  deseantes,  que  somos  nosotros. 

¿Qué  buscan?  Indagar  acerca  de  los  deseos  y  necesidades  –reales  o  creados–  no  cumplidos para generar productos que prometan estos “satisfactores desplazados” en caminos consumistas, o bien, instalar necesidades ficticias ancladas en necesidades reales.

En gran medida, este es y ha sido el enclave del orden dominante: cabalgar sobre problemas reales y sentidos de la población para manipularlas hacia unas políticas públicas de conveniencia a este orden, que articulen discursos, o “relatos”, como se dice ahora, con prácticas contradictorias. Es lo que llamo semántica oximorónica[7], semánticas riesgosas  en  manos  de  políticos  inescrupulosos  como  lo  vemos  actualmente en nuestros países.

En esta perspectiva, los educadorxs populares no podemos –más aun  con  la  gran  presencia  de  los  medios  de  comunicación  de  mass media

– separar los procesos de formación de los de investigación. Es la investigación de orden critico hermenéutico, claro, la que contribuye a comprender cómo el orden dominante se hace presente, cómo opera, historizadamente, en cada momento y en cada época; de no ser así, estaremos condenados a ser arrastrados,  con  convicciones  de  lucha  progresistas,  a  contribuir  a  la  configuración  de  las  apuestas  del  orden  dominante

La  investigación de cuño comprensivo apuesta por la ampliación de conciencia. Y, como ya se ha mencionado, de conciencia y conciencia histórica, lo que es fundamental tanto para hacer educación popular  como  para  generar  espacios  de  transformación  subjetiva  y comunitaria. Es este compromiso el que nos hace educadorxs populares en cualquier espacio.

Desde  ya,  es  más  sencillo  transmitir  información  teórica  y/o  ideológica con los valores que le asignemos a esta información.

Pero  ampliar  consciencia  es  otra  cuestión,  exige  otras  prácticas  didácticas y no me refiero a hacer talleres, actividades lúdicas o al trabajo grupal, claro está, porque a veces se confunden estas actividades con educación popular. Me refiero a la necesidad de repensar otras formas de relaciones, de vínculos y representaciones de sí y del otro; que, por lo tanto, tiene otras exigencias psicocognitivas, didácticas y metodológicas.

Una de estas condiciones sustantivas es saber problematizar, saber  hacer  preguntas  de  sentido  lo  que  implica  saber  escuchar;  una escucha de búsqueda en los sentidos y significados que hacen  posible  las  relaciones  de  ampliación  de  conciencia  –de  los  darse  y  dar  cuenta–  y  de  la  producción  de  conocimiento. 

Paulo  Freire,  en  conversación  con  Antonio  Faundez,  nos  dejó  un  texto maravilloso al respecto que se llama Por una pedagogía de la pregunta.  Saber  preguntar,  saber  observar,  saber  interpretar  el  presente.  Esto  el  orden  dominante  lo  hace  muy  bien:  tiene  investigadores  para  saber  y  comprender  qué  es  lo  que  sucede  en  el presente, qué desean los sujetos concretos, cómo abordar subjetividades, qué está aconteciendo, cómo “laten” las sociedades.

A veces, desde mi perspectiva, confundimos educadorxs populares con unas apuestas ideológicas de lo popular. Entiendo que estas son cuestiones distintas. Creo que el compromiso ético-político, el compromiso de enseñar desde la ampliación de conciencia, nos coloca en la exigencia metodológica de la lectura de la realidad, desde las exigencias de historizar el presente y esto, como vengo diciendo, es más complejo. Y son estas exigencias las que, a mi entender, nos hacen educadorxs populares, donde sea que estemos. Y lo digo en términos de una lucha constante contra la pedagogía del orden dominante.

La  pedagogía  del  orden,  desde  el  inicio  de  la  colonización  en  América  Latina  y  en  todos  los  países  que  sufren  avasallamientos como estos, hace del espacio educativo el territorio privilegiado para incidir en la cultura, y es allí, desde lo simbólico, que el orden dominante ha desplegado su gran estrategia y es allí donde tiene una enorme presencia.

En este análisis de estructura de dominación, el periodo que podríamos llamar “de lo siniestro” en América Latina se inicia, justamente, con una escuela: la Escuela de las Américas, en Panamá.

A partir de allí se inicia un proceso de formación de la locura y  la  crueldad  en  toda  América  Latina.  Los  mayores  dictadores  de  fines de los 60 y años 70 se formaron allí. Videla, Pinochet, Ríos Montt y toda su gente. Allí se instaló un proyecto formativo que configuró cambios relacionales profundos con una cultura de la violencia estructurada sobre la base de la noción existencial, material y simbólica de la eliminación del otro[8].

Desde ya, el proyecto de eliminación del otro es un proyecto de largo alcance, germen de los procesos colonizadores mismos. En nuestros  países  se  inicia  con  el  descubrimiento  de  América  y,  como  diría  Enrique  Dussel,  con  el  encubrimiento  del  otro[9],  sin  embargo,  Hernán  Cortés,  inoculado  desde  el  poder  de  dominación y subalternización, se actualiza constantemente, es decir, se  historiza. Y hoy el proyecto del orden como eliminación del otro  instala percepciones de temor, de competitividad del “enemigo”.

Tenemos miedo. El miedo, como terror de Estado y activo en un renovado proyecto de dominación que habilita nuevas formas de eliminación del otro. Primero a partir de las armas, luego con el miedo económico y el miedo simbólico. Y hoy el enemigo se instala como una construcción subjetiva y colectiva en la manipulación de la ley. Hoy sabemos que cualquiera puede estar y sentir ese tremendo sentimiento de impotencia y fragilidad encubierto en ley y procesos democráticos que fragmentan, dividen y agudizan el sentimiento amenazante del diferente, del que no piensa igual que yo o del nosotros sectorizado.

En algunas de las conversaciones que hemos venido sosteniendo en diferentes espacios académicos aquí en Buenos Aires –tanto en capital como en provincia– me he encontrado con compañeros que transitan o han transitado por las tensiones de sentirse “incorrecto” cuando opinan, por ejemplo, en cuestiones de género tan presentes en la agenda pública hoy.

No es fácil poner bajo sospecha metódica algunas afirmaciones generalizadas o que se salgan del discurso progresista establecido o mostrarse confundida  o  confundido  en  búsquedas  deliberativas,  porque  convengamos que también hay un “orden establecido progresista” y esto dista bastante de lo que llamamos postura crítica o ampliación de conciencia  como  conciencia  histórica.  Con  este  ejemplo,  quizás  un poco ríspido, como con otros acontecimientos de orden político, económico y/o cultural suelen excluirse más que incluirse las diferencias.

Creo que, hoy por hoy, los procesos de emancipación pasan por asumir  más  fuertemente  una  clara  capacidad  de  investigación  del presente, una capacidad de desencriptar síntomas sociales en la construcción de problemas que viabilicen respuestas con pertinencia y sentido histórico.

Una educadora o educador popular debería ser hermeneuta, una investigadora  o  investigador  que  asuma  la  responsabilidad  social de saber leer el presente, sus claves de época y la semántica que el orden dominante subrepticiamente instala; tendría que saber  decodificar  las  agendas  que  el  orden  dominante  impone  en América Latina. Estamos discutiendo casi las mismas agendas en toda la región, las mismas afirmaciones que nos hacen sentir “incluidos” en debates homogeneizantes. ¿Por qué? Por lo menos habría que sospechar.

La pregunta que hoy, y siempre, nos lleva a ser educadoras y educadores  populares  es  ¿por  qué  ocurre  lo  que  está  ocurriendo?  ¿Por qué está pasando lo que está pasando y en el momento en que  está  pasando?  Es  este  por  qué  lo  que  nos  hace  sujetos  deseantes activos. Y un educador o educadora popular tendría que asumirse como sujetx deseante y reconocer al otrx como sujeto deseante  en  su  diferencia.  No  como  enemigx  posible  y  amenazante porque piensa diferente. Si hay algo a lo que el orden dominante teme, todos lo sabemos, es a la diferencia. Nosotros deberíamos trabajar por instalar la diferencia como fuente de diálogo y de construcción.

El  educador  o  educadora  popular  es  quien  retoma  un  proyecto emancipatorio, como se viene planteando en este conversatorio, asumiéndose como investigadores/enseñantes críticos[10] hermenéuticos. ¿Para qué? Para generar procesos de ampliación de consciencia, en las especificidades históricas que nos toca transitar, valorizando los espacios micrológicos[11] donde se viven experiencias  concretas  con  sujetos  concretos  en  situaciones  concretas. 

Y,  desde  esa  ampliación  de  consciencia  de  sí,  podremos  provocar  una  ampliación  de  consciencia  en  comunidades  de  buen sentido, como diría Gramsci, construirse así en la potencia y la autonomía en donde estamos y con quienes estamos, yendo más allá de los activismos y las ideas que consideramos progresistas y apropiadas.

Esto es, a mi entender, hacer educación como práctica política y, como decíamos en algún momento desde la teología de la liberación, hacer una constante práctica del encuentro en las diferencias;  articular  las  diferencias  en  lo  que  nos  encuentra,  como  la  construcción  de  proyectos  comunes,  y  en  perspectiva  de  futuro  con memoria e historia, con capacidad de incidir con pertinencia histórica en nuestras realidades como opción ético-política.

Fabian Cabaluz Ducasse

Vamos a continuar con la presentación de Pablo Imen del Centro Cultural de la Cooperación.

Pablo Imen

Interesante el discurrir de las intervenciones, porque se van perfilando importantes coincidencias y también matices.

El título del panel es Educación Popular y Pedagogías Emancipadoras en América Latina, y yo pensé mi aporte sobre la base de una historia larga, que lleva más de cinco siglos, ligada a la lucha por la emancipación de América Latina y el Caribe. A la vez, asumiendo que muchos y muchas compartimos la idea de la Patria Grande,  agrego  que  tal  desafío  lo  asocio  también  a  la  construcción de un nuevo orden, superador del neoliberalismo y del capitalismo. 

Y  tal  proyecto  que  disputa  una  orientación  civilizatoria requiere también un proyecto político educativo y un modelo pedagógico.

Aquí hay varios nudos relevantes en relación con los ámbitos que tratan  las  cuestiones  de  lo  popular  y  lo  emancipatorio.  En  primer término, en lo referido al significado de educación popular, pues se trata de una categoría polisémica. Por caso, fue el título del  libro  que  reflejó  el  análisis  pedagógico  más  importante  de  Sarmiento, así como el nombre bajo el cual se agruparon experiencias  o  conceptualizaciones  diferentes  e  incluso  declaradas  enemigas de la perspectiva sarmientina. Es necesario precisar el alcance de esta definición.

María Teresa Sirvent aborda el tema con un grado importante de profundidad en su libro Educación de Adultos: investigación, participación,  desafíos  y contradicciones del  año  2005.  Allí  propone  cinco dimensiones de la Educación Popular. En primer lugar, la dimensión sociopolítica, que supone un acento en el problema de la desigualdad de nuestras sociedades, que se propone entenderlas causas de tal fenómeno y propicia su transformación.

En segundo  término,  la  dimensión  “popular”  que  remite  a  la  idea  de  un  sujeto  histórico  que  asume  el  desafío  histórico  de  construir  un  proyecto  colectivo  emancipatorio

La  tercera  dimensión  es  la  “cognitiva”  y  supone  un  proceso  de  producción,  distribución  y  apropiación  de  conocimientos  que  permite  “objetivar”  (o  leer  rigurosa  y  eficazmente)  la  realidad  cotidiana,  hacer  un  análisis  crítico de ella como requisito para su transformación.

En cuarto lugar, la fundamentación epistemológica que concibe al conocimiento  como  una  construcción  dialéctica  entre  teoría  y  práctica; y finalmente la dimensión metodológica: la educación popular parte de las situaciones problemáticas de los sujetos de la acción educativa y va avanzando en la amalgama del conocimiento colectivamente construido a través del juego dialéctico del sentido común y el conocimiento científico.

En nuestra perspectiva, la Educación Popular debe rebasar –aunque incluya– la dimensión de lo pequeño o su ubicación en espacios  periféricos.  Debe  alentarse  como  construcción  social  e  histórica  que  atraviese  las  instituciones  educativas  y  los  espacios  educativos comunitarios o sociales en general.

Hablo  desde  un  lugar  complejo  porque  soy  docente  en  la  universidad  pública,  que  es  una  institución  del  Estado,  y  al  mismo  tiempo soy parte de un movimiento social, el cooperativismo, que tiene  una  perspectiva  autónoma,  emancipadora.  Y  entre  otras  complejidades y desafíos enuncio que se trata del cooperativismo de crédito. Hablo de un gran banco cooperativo que intenta traducir  en  sus  relaciones,  sus  estructuras,  su  cultura,  sus  subjetividades  los  valores  y  principios  de  la  cooperación.  Esta  entidad  bancaria,  además  de  su  riquísima  vida  interior,  ha  sido  un actor muy relevante en la creación del Centro Cultural de la Cooperación  donde  han  transitado  poetas  y  científicos,  o  presidentes como Hugo Chávez Frías o Rafael Correa.

Nosotros como Centro Cultural de la Cooperación (CCC) definimos a la educación (como a la sociedad en su conjunto) como un territorio  de  disputa.  Porque  uno  puede  ver  que  hay  corrientes  que dicen que la educación es una práctica de reproducción del orden  en  el  sistema  educativo  formal  y  otras  versiones  liberales  dicen  que  con  la  educación  formal  (como  proclamó  en  1886  Amancio Alcorta), a través de la escuela pública forma ciudadanos, etc.

Y una tercera visión plantea, o planteamos, una perspectiva dialéctica interesada, vemos y vivimos a la educación como un territorio de disputa. Y cuando digo esto no lo digo como comentarista, sino que lo digo especialmente como parte de un colectivo a la vez combatiente y constructor en esa disputa por la educación.  Y  nosotros  como  CCC  somos  parte  del  Movimiento  Pedagógico  Latinoamericano,  que  es  un  movimiento  que  lanzó  la Internacional de la Educación, que tiene sindicatos de base en América Latina, cuyo representante o referente más importante es Hugo Yasky, que en el Primer Encuentro: Hacia un Movimiento Pedagógico  Latinoamericano  realizado  en  Colombia  en  2011[12] dijo  :  “En  esta  época  de  avance  del  proyecto  de  Patria  Grande,  nuestros  gobernantes  escuchan  mucho  a  los  economistas  heterodoxos pero siguen escuchando a los tecnócratas en educación y  es  tarea  del  movimiento  magisterial  construir  una  escuela  al  servicio de la Patria Grande en el Siglo XXI”.

Entonces, como resulta obvio a estas alturas, no hablo desde ningún  lugar  neutral.  Si,  por  tanto,  el  campo  educativo  es  un  lugar  de lucha, ¿quiénes son los que disputan? ¿Qué tradiciones? ¿Qué proyectos? Y yo digo, a los efectos de simplificar, porque hablar de  toda  práctica  humana  es  hablar  de  contradicciones,  complejidades, de tensión, que hay tres grandes proyectos o líneas que conviven conflictivamente.

Solo a los fines metodológicos, supondremos que tales proyectos son internamente consistentes o que sus  tensiones  y  contradicciones  no  obstaculizan  su  orientación,  su sentido y sus creaciones.

El primero que menciono es uno que todos los que estamos acá seguramente  aborrecemos,  que  es  el  proyecto  neoliberal.  Digo  esto porque hoy en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires se acaba de sancionar la creación de la Unicaba. No quiero dejar pasar eso,  que  es  parte  del  dispositivo  y  del  proyecto  neoliberal  para  reconfigurar la escuela pública en un sentido.

El pedagogo venezolano Luis Bonilla habla de proyecto neoliberal  como  el  proyecto  de  “apagón  cultural  pedagógico”. 

¿Cuáles  son  los  rasgos  de  este  proyecto?  Lo  digo  muy  rápidamente.  Primero es obstruir, impugnar o evitar todo debate acerca de lo pedagógico. Es decir, de no responder a las preguntas ¿Para qué?

¿Cómo  educarnos?  Es  que  tales  interrogantes  ya  han  sido  contestados. Se educa para la calidad educativa. Este término, “calidad educativa”, se lee, a su vez, en dos claves. Por un lado, se la define  como  los  resultados  de  los  operativos  estandarizados  de  evaluación. Por otro, como la capacidad de formar subjetividades acordes  a  los  mercados  laborales

En  ambos  casos,  hay  detrás  unos supuestos político-educativos (formar para el “rendimiento” y la “productividad” en sus diversas variantes) y unos supuestos pedagógicos (que asignan determinados fines y medios para la concreción de este modelo).

Segundo, el neoliberalismo plantea el papel central de la tecnología en un esquema pedagógico regulado “a distancia”. En el proyecto Secundaria del Futuro de CABA se puede ver que, a partir del  diagnóstico  de  la  crisis  de  la  secundaria,  se  propone  que  el  70% del tiempo escolar teórico se transite en la casa de las y los estudiantes, dependiendo del auxilio de un tutor. Entonces la tecnología aparece como dispositivo educador y con esto no quiero decir que estoy en contra de la computadora, sino contra el uso neoliberal de la computadora.

Y tercero, la descalificación del docente en la institución escolar y el sistema educativo. Es impugnado en su conjunto con un argumento que esgrimen los organismos financieros internacionales: lo que importa es que lxs educandxs aprendan, no interesa cuánto  ni  dónde  ni  cómo.  Se  advierte  entonces  que  un  conjunto  de  ideas, de dispositivos, de discursos y de políticas arremeten contra la educación pública y pugnan por su radical acomodamiento a la utopía reaccionaria del mercado, a su sustento tecnocrático.

Hay una segunda tradición que es la de la instrucción pública. Se trata  de  una  tradición  con  sus  claroscuros  y  que  presupuso  un  tipo de escuela democrática (según qué entendamos por democracia). Ese linaje existe y dentro de él se registran experiencias que tensan y rebasan sus límites.

Y hay una tercera perspectiva que se ha propuesto, incluso desde  antes  de  la  fundación  de  los  sistemas  educativos,  desplegar,  consolidar, reinventar una educación emancipadora. Si adscribimos a esta tercera corriente, entonces es preciso preguntarse ¿de dónde nace la pedagogía emancipadora?

La pedagogía emancipadora, para nosotros, es un proceso de siglos de esfuerzos y requiere asumir distintas tareas complementarias. Hay un trabajo muy importante que hacer, que es la recuperación de un acervo histórico de las pedagogías latinoamericanas y no latinoamericanas.

Pero no se trata solo de leer, sino de comprender, de traducir y de recrear. Porque al margen de leer a Simón Rodríguez, a José Martí, a Jesualdo Sosa, Leticia y Olga Cossettini, la escuela rural mexicana,  el  movimiento  pedagógico  colombiano,  Paulo  Freire,  etc., hay otra cuestión muy relevante acerca de cómo leer a esos autores y autoras y a esas experiencias. No se trata de buscar en Paulo Freire solo una receta para planificar una clase concreta, sino leer en su experiencia pistas, miradas.

Por cierto, sin descartar  herramientas  que  nos  resulten  útiles,  adecuadas  a  nuestros  contextos. Hay que recuperar ese acervo pedagógico. Hay un informe de Simón Rodríguez al Cabildo, de cuando tenía 22 años, donde él propone que los docentes de la escuela en Caracas se reúnan todos los meses a discutir su práctica. Y que a partir de la crítica y autocrítica, este debate quede asentado en un cuaderno firmado por todos, y dice, eso permitirá los avances de la educación. Fíjense qué interesante. Y yo pensaba, si hubiéramos estado sistematizando nuestra práctica desde 1793 hoy tendríamos más herramientas para discutir con Finocchiaro o con el FMI o el BM qué entendemos por calidad educativa.

Es, por tanto, muy importante recuperar críticamente los acervos pedagógicos que tenemos, y leerlos de manera irreverente, activa,  en  diálogo  con  las  prácticas.  Esas  experiencias  y  textos  han  sido invisibilizados, impugnados o negados dentro y fuera de la formación docente. En ocasiones, han sido distorsionados. En rigor, deben ser vivificados no dogmáticamente.

Hay una segunda fuente de creación de nuestra pedagogía emancipadora que son las escuelas y los y las docentes que existen. Y ahí  una  pregunta.  ¿Cómo  hacer  surgir  lo  nuevo  desde  lo  viejo? 

Esta pregunta se la hizo Simón Rodríguez hace dos siglos. La respuesta no está ni en un laboratorio ni en un libro luminoso: serán los docentes que hay y los que vengan los llamados a construir esa pedagogía emancipadora, dando la disputa escuela por escuela.

A  esos  efectos  hay  herramientas  y  metodologías,  pero  hay  que  dar  una  definición  política  de  lo  que  ya  se  dijo  acá.  La  dialéctica  entre  fines  y  medios  también  es  necesaria  para  pensar  la  educación popular. ¿Qué es el educador o la educadora popular? ¿Cuál  es  su  método? 

No  tenemos  chance  de  explayarnos  aquí,  pero digamos algo más con Jesualdo. Advertía en tiempos de debates sobre métodos, que estos no importan si sabemos a dónde queremos  ir:  nuestra  conciencia  sobre  el  rumbo,  el  sentido  y  la  práctica concreta irá enhebrando un arsenal metodológico y sus herramientas.

Es  preciso  volver  a  preguntarse,  una  vez  más,  qué  rasgos  debe  tener no solo el educador, sino también el proceso de trabajo docente. Los venezolanos tienen un método que se llama Invedecor.

Y  dicen  que  tal  método  lo  reinventaron  de  lo  aprendido  por  el movimiento pedagógico colombiano en los años ochenta. Esa palabra,  “Invedecor”,  se  conforma  a  partir  de  las  primeras  letras  de cuatro verbos. El primero es investigar. Un educador popular produce  conocimiento  a  partir  de  su  propia  práctica.  Esto  es  lo  que  proponía  Simón  Rodríguez. 

En  general,  los  que  habitamos  las universidades públicas expropiamos el saber producido en el aula, escribimos los libros y vamos a los congresos. No es que esto sea malo, pero es muy importante que los y las trabajadores de la educación construyan teoría y construyan método para hacer nacer esa nueva escuela.

El segundo verbo es educar porque, al educar, uno se reeduca en el proceso de asumirse como productor de conocimiento. El tercer verbo es comunicar, es decir, producir una comunicación acerca de esos hallazgos, que circulen. Y el cuarto es organizar.

Entonces, ellos dicen intentar la construcción de un movimiento pedagógico  para  avanzar  en  la  reconfiguración  del  trabajo  docente, en la reconfiguración de la dinámica institucional y en la reconfiguración de todo el sistema educativo, que es nuestro objeto. No un pedazo de la población, sino la sociedad en su conjunto. Es decir, es un esfuerzo de educación popular.

Esto  lo  estoy  retomando  porque  me  gusta  que  lo  pensemos  en  términos de desafío y disputa. Los paneles son muy buenos, pero que  si  después  esas  ideas  no  nos  sirven  para  disputar  y  construir  en  las  instituciones,  se  quedan  en  celebraciones.  Que  no  está mal, porque uno sale de acá contento y dice “¡Qué lindo! Me llené de energía vital”. Y, ¿qué hacer, luego, en nuestra faena cotidiana? Entonces, debería ser un llamado a continuar la lucha y la construcción.

Y  yo  quiero  traer  a  Freinet  para  cerrar.  Freinet  era  un  maestro  francés, militante comunista además, que desafiaba la educación tradicional dentro del sistema educativo formal. Decía que la escuela tenía que adaptarse al siglo XX. Freinet era un maestro brillante que usaba el cooperativismo como una herramienta pedagógica potente, y se preguntaba si era posible cambiar la escuela y  el  sistema  educativo  antes  de  la  Revolución.  Y  se  contestaba  que no, que primero venían los cambios sociales profundos fuera de la escuela.

Con esa fuerza transformadora, la institución educativa se vería impelida a cambiar. Es decir que para él no era posible construir una educación popular fuera de un proyecto político más amplio. Habría que trabajar entonces en el doble plano, el  de  la  política  y  el  de  la  pedagogía,  que,  a  su  vez  también  era  político.  Se  preguntaba  entonces  qué  debían  hacer  (o  si  tenían  algo que hacer) antes del advenimiento de la Revolución. Y contestaba que sí, por supuesto. El día que llegara la Revolución iba a existir una escuela. Pero, ¿qué escuela iba a existir? La escuela que le preparemos, decía Freinet.

Cierro con esta idea. América Latina, la Patria Grande, está en un momento un tantito oscuro.

Un tantito. Yo tengo una visión más esperanzada que la del compañero que dice que en México está todo parecido. A nosotros el triunfo de López Obrador nos puso muy contentos sabiendo todos sus límites. Nosotros somos creyentes fervientes en la construcción  de  la  Patria  Grande.  Entonces  la  pregunta  es  ¿qué  escuela va a tener, o qué educación va a tener, el día que la Patria Grande  irrumpa  definitivamente?  Y  la  respuesta  es  “la  escuela  que le preparemos”.

Fabian Cabaluz Ducasse

A continuación, Silvya de Alarcón.

Silvya de Alarcón

Un gusto estar acá con ustedes y compartir la experiencia de mi país. Yo quiero empezar diciendo que Bolivia es un país profundamente  racista.  Hay  una  frase  que  dice  que  Bolivia  es  la  patria de la injusticia social. Esta es un poco la historia de Bolivia.

Bolivia nació a la vida republicana con apenas el 3% de la población como ciudadana. Para mí ese es un dato muy duro. Lo digo porque me recuerda el punto de partida y ese punto de partida es el de una exclusión social brutal, con niveles de violencia muy altos en contra del mundo indígena. Justamente por eso, la educación en Bolivia ha sido un bien en disputa. Es decir, desde muy temprano  (Bolivia  es  independiente  desde  1825),  más  o  menos  alrededor de 1870, empiezan a plantearse los primeros elementos referentes a la lucha por la educación. Y particularmente en la época entre 1900 y 1950 habrá muchos procesos e intentos de avanzar  en  la  lectoescritura  y  demandas  explícitas  por  la  creación de escuelas para indígenas.

Por ejemplo, en 1945, durante el gobierno de Villarroel, por primera vez se da el Primer Congreso Multiétnico Indígena en la Ciudad de La Paz (previamente hubo dos  congresos  indígenas,  pero  únicamente  de  habla  quechua). 

Desde la derrota de Zárate Willca[13], quien se sublevó en 1899, por primera vez el mundo indígena pudo volver a pisar la plaza principal. Tenía prohibido entrar. Es decir, el poder boliviano fue muy despótico  con  el  mundo  indígena.  En  ese  congreso,  se  aprueba  una resolución que demanda al gobierno la creación de escuelas en el campo.

Pero también quiero aclarar que mundo indígena es a veces un concepto un poco abstracto. Cuando hablamos de mundo indígena hablamos en este caso de lo que significa el mundo de habla aymara-quechua. El mundo indígena en Oriente tiene otras características, otras formas. Sus procesos de resistencia han sido tal vez más de pensamiento que de lucha propiamente, después de la derrota de Apiaguaiki Tüpa[14] durante el periodo republicano.

Entonces, decía, esta disputa por la educación tuvo un momento  muy  importante  en  la  memoria  colectiva,  que  es  justamente  el  hecho  de  Warisata,  entre  1931  y  1937.  Escuché  hace  rato  la  interpretación de que Warisata había sido la continuación de la  política  mexicana  indígena.  Yo  me  opongo  a  esa  interpretación,  creo  que  no  tiene  nada  que  ver.  En  el  caso  de  Bolivia,  hay  un  esfuerzo  justamente  de  maestros  y  de  educadores  populares,  al  margen  y  en  contra  del  Estado  oligárquico,  que  en  los  años  20  y  30  empiezan  clandestinamente  a  alfabetizar  a  la  gente,  a  organizarla.  No  olvidemos  que  la  Bolivia  indígena  resiste  desde  por lo menos 1781, cuando se produjo el gran levantamiento de Túpac Katari, y desde entonces ha habido ciclos recurrentes de resistencia y de organización. Las más de las veces, clandestinos.

En ese marco es en el que aparece Warisata. Elizardo Pérez era un maestro que viene del Partido Comunista y se une a Avelino Siñani para justamente crear Warisata, la escuela-ayllu en el departamento  de  La  Paz.  Warisata  fue  la  experiencia  más  gloriosa, diría yo, de educación liberadora, de educación emancipadora en Bolivia. Lo dice Elizardo Pérez explícitamente: el objetivo de Warisata era la liberación del indio, por el indio y para el indio.

Entonces, podemos decir que, hasta 1952, la lucha por la educación es una constante en las demandas indígenas.

Posteriormente,  cuando  llega  la  Revolución  del  52,  viene  todo  un proceso de universalización de la educación desde el Estado.

Pero  en  este  caso  justamente  con  una  finalidad  completamente  contraria, porque el código de la educación boliviana de 1955 era educar para blanquear al mundo indígena. Dicho de otra manera, la educación desde 1952 buscó la construcción de la bolivianidad como  identidad  nacional. 

La  bolivianidad  tenía  seis  notas  fundamentales:  1)  capitalista,  2)  moderna  y  blanca,  culturalmente  hablando, 3) católica, 4) castellano hablante, 5) antiindígena (ser boliviano  es  no  ser  indio)  y  6)  antichilena.  Es  decir,  el  proceso  de inclusión del mundo indígena al Estado como ciudadano implicaba su negación étnica: ¿Quieres ser boliviano? ¡Deja de ser indio! 

La  educación  se  convirtió  entonces  en  el  gran  mecanismo  del  Estado  para  llevar  adelante  el  blanqueamiento  cultural,  la “modernización” productiva en términos capitalistas y la castellanización masiva.

En  los  años  70  comienza  un  nuevo  proceso  de  resistencias,  durante la vigencia del Pacto militar-campesino, que es justamente  el  movimiento  indianista,  katarista.  No  voy  a  entrar  ahorita  a  explicar  las  diferencias,  pero  empieza  ahí  un  proceso  de  reflexión, en este caso de decir ¿y por qué nosotros no? Este proceso ha tenido muchos momentos. El más importante quizás haya sido  la  creación,  superador  del  pacto  militar-campesino,  de  la  Confederación  Sindical  Única  de  Trabajadores  Campesinos  de  Bolivia (CSUTCB).

Yo diría que no hay movimiento social más importante que la Confederación Sindical Única. Piensen que en el momento en que se creó (1979) prácticamente la mitad de la población estaba, de alguna manera, agrupada en la Confederación.

La CSUTCB resistió a las dictaduras. Posteriormente, cuando el neoliberalismo  aniquiló  prácticamente  al  proletariado  minero,  cabeza del movimiento obrero, la CSUTCB planteó que un campesino indígena vaya a la cabeza de la Central Obrera Boliviana, pero el racismo también estaba presente en los obreros. Estaba presente en todos. Y eso impidió, por ejemplo, que el Secretario Ejecutivo de la COB fuera un campesino. Este hecho demuestra cuán  largo  es  el  camino  para  eliminar  al  racismo. 

Y  cuando  finalmente  llegamos  al  ciclo  del  2000,  ya  había  un  largo  proceso  de acumulación en el mundo indígena que también pasaba por un proceso de pauperización y una violencia brutal en contra de todo lo indígena campesino. Después tienen ustedes el ciclo que se abrió en el 2000 y que, bueno, condujo a que el Presidente Evo Morales esté hoy en la Presidencia[15] .

Quería mostrar esta perspectiva histórica –aunque estoy saltando un millón de datos– porque quiero dar una idea de la continuidad,  de  cómo  es  que  en  Bolivia  el  movimiento  indígena  ha  peleado  por  la  educación  a  lo  largo  de  toda  la  historia.  Y  cuando llega al gobierno Evo Morales se produjo un hecho muy importante: la aprobación de la nueva ley de educación. La nueva Ley  Avelino  Siñani-Elizardo  Pérez  planteó  un  elemento  valioso   a  mi  juicio:  la  descolonización. 

Porque  la  descolonización  es  un  tema  que  no  es  exclusivamente  educativo,  pero  es  fuertemente  educativo.  Implica  la  posibilidad,  por  primera  vez,  de  mirarnos  al  espejo  y  decirnos  quiénes  somos,  quiénes  queremos  ser   y  cómo  queremos  ser  entre  todos  juntos.  Entonces,  yo  creo  que  la idea de la descolonización ha calado fuertemente en la mentalidad boliviana. El presidente ilustró su confianza en el futuro con  esta  anécdota:  un  día  se  le  acercó  un  niñito  del  campo  y  le  preguntó: “¿Y tú qué quieres ser?”. Y el niño le contestó: “Cuando sea grande quiero ser presidente”.

Esa idea instalada en el imaginario  es  muy  expresiva  de  lo  que  significa  la  manera  en  que  el indígena ha reapropiado su dignidad, su fortaleza, su derecho a decidir en las políticas públicas. Siempre me gusta mencionar que el presidente tiene todos los días miércoles, a las 5 de la mañana, una reunión del Gabinete con sus ministros. Pero antes, a las 4 de la mañana, el presidente se reúne con la CONALCAM, la Coordinadora Nacional para el Cambio, integrada por las organizaciones y movimientos sociales más importantes en Bolivia. Es ahí donde comienza la toma de decisiones, con el mundo indígena, y luego el gabinete discute su instrumentación.

La  segunda  idea  que  creo  que  es  enormemente  importante  es  la  noción  de  comunidad.  Más  allá  de  cómo  se  quieran  disputar  los sentidos de la comunidad, qué entendemos por ella, creo que eso también ha quedado instalado en el ideario boliviano. Y creo que ambas cosas constituyen un poderoso punto nuevo de partida que hoy define la nueva educación en Bolivia. Es decir, si siendo pesimistas y en algún momento retorna la derecha a Bolivia, yo creo que la va a tener muy dura. Porque Bolivia sabe pelear.

Los movimientos sociales nos han enseñado a todos a pelear. Y eso, digo yo, es algo que es una garantía de que lo que venga por delante va a tener un grado de exigencia mucho más alto y también un proyecto de futuro, de colectividad mucho más claro para todos. Muchas gracias.

Fabian Cabaluz Ducasse

A continuación, la última presentación a cargo de Alessio Surian.

Alessio Surian

En general prefiero no hablar al micrófono para no olvidarme de que son las preguntas –en cualquier momento– las que nos permiten  dialogar.  Trabajo  en  la  universidad  pública,  en  Padua,  en  Italia. Y más o menos tengo la suerte de viajar varias veces por año a América Latina. Y desde mi posición en la universidad pública siempre estoy aprendiendo mucho. Empecé a aprender de Educación  Popular  a  mitad  de  los  años  80.  Y  mucho  en  Bolivia. 

Yo no sabía demasiado de Educación Popular hasta mi llegada al Centro de Investigación y Promoción del Campesinado (CIPCA) en  La  Paz  y  Cochabamba.  Y  allí  incorporé  esta  idea  de  que  las  preguntas son más importantes –tal vez– que las respuestas.

Sobre la Educación Popular todavía no tengo una definición, tengo más preguntas que respuestas. Pero me parece que los cinco ponentes  ya  han  construido  un  marco  en  el  que  me  reconozco  bastante. Mi postura hoy es la de una Educación Popular que respalde luchas y posea una visión que responda a problemas como el del racismo que mencionó Silvya.

Yo  vengo  de  Italia,  vengo  de  Europa  adónde  hoy  el  racismo  es  muy  explícito.  Por  muchos  años  Europa  ha  sido  muy  racista  y  mantiene su mentalidad colonizadora, aunque no reconoce ni lo uno ni la otra. Hoy la paradoja que vivimos es que, frente a tanta violencia racista, por lo menos tenemos la posibilidad de encarar  el  problema.  Entonces  un  grave  problema  es  cómo  construir  un  escenario  mejor,  pero  también  cómo  deconstruir,  cómo  desaprender algunas de las cosas que se han clavado en nuestra cabeza.

Y una cosa que yo, luego de volver de Bolivia, por ejemplo, no llegaba a reconocer en Padua era la dimensión indígena.

De  cierta  forma  me  surgió  la  pregunta  “¿Y  dónde  están  los  indígenas  en  Europa?”.  Vivo  en  una  ciudad  pequeña  con  mucho  campo  alrededor,  y  lo  que  más  se  acercaba  a  la  cultura  de  los  aymaras y quechuas que yo había conocido en Bolivia eran esoscampesinos que resistían a una agricultura industrial. Esa gente parecía ser muy loca.

Y yo quiero colocar aquí una categoría, solo una categoría: la del loco. Veo una dimensión importante en la educación popular en saber manejar la locura. Esos campesinos que equiparo a los indígenas de Bolivia son aquellos amigos que resistieron y resisten a la agricultura industrial, siempre con las semillas en sus bolsillos. Y mucha gente los miraba como si fueran locos.

¿Qué hacen esos? En los años en que la única revolución solo podía llevarse a cabo por los obreros desde las fábricas, esa gente se interesaba en semillas criollas. Bueno, esos campesinos, a veces a través de un mecanismo ambiguo y complejo que se llama Cooperación Internacional, han estado en contacto con compañeros de África, de  Asia  y  de  América  Latina.  Tengo  la  suerte  de  hablar  varios  idiomas. Y siempre me preguntaban: “¿Nos podría traducir?”, “Sí, cómo no. Con mucho gusto”.

Y traducía, por ejemplo, del francés al italiano o viceversa. Y en tres minutos ellos hablaban entre sí. Y yo no sabía de qué hablaban. Pero hablaban. Yo me quedaba mirándolos,  escuchándolos.  Entendiendo  menos  que  ellos.  Porque  ellos  entendían,  de  veras.  Y  luego  me  contaban.  Los  problemas  son  muchas  veces  los  mismos.  No  necesitaban  de  traductor.  No  es que yo estaba con pocas ganas de trabajar o de traducir. O que no entendía. Yo entendía, pero ellos entendían mejor y directo.

Eso me llamaba la atención y me hizo pensar en uno de los educadores populares que tenemos en Italia, uno de los más cercanos a Paulo Freire: Alberto Manzi. Él hizo algo muy interesante.

Se fue a la televisión, un poco por casualidad, a hacer una campaña  de  alfabetización  para  adultos.  Y  entendió  que  la  manera  de llegar a la palabra por medio de la tele era utilizar la imagen.

Y una imagen que tenía sentido a través de una historia. Bueno, esa misma persona, Alberto Manzi estudió como biólogo, se fue a Perú y Bolivia en el 1955 para investigar biología. Y se dio cuenta del nivel de violencia, del nivel de analfabetismo que tenían las regiones de Bolivia y Perú en las que estaba trabajando. Y cada año  convencía  a  Alitalia  para  que  le  otorgara  gratuitamente  un  boleto para volver a la selva a trabajar con personas que querían alfabetizarse.  Me  llama  la  atención  uno  de  los  tres  cuentos  que  escribió para hacerles entender a los demás qué estaba pasando en Bolivia y Perú. El cuento se llama exactamente “El loco”, y describe de la violencia ejercida por una compañía minera y respaldada por el ayuntamiento. En el cuento, la única forma de darle una vuelta a la situación es gestionar esas relaciones de lucha, en  contra de un poder brutal, por una locura.

Me llama la atención que cuando pensamos en Las Américas, se hace bastante difícil pensar en una América de aquí, Argentina, hasta Canadá. Pero cuando viajamos sobre todo en el mundo indígena  sí  que  vemos  continuidad.  Mucho  más  fuerte  de  lo  que  yo encontré en Italia. Y yo creo que esa continuidad pasa exactamente por esa habilidad de reconocer primero la ambigüedad de la sociedad en la que vivimos. Lo que tendríamos que aceptar pero no lo hacemos mientras buscamos otras formas de organizarnos. En espacios públicos, por ejemplo, en la universidad pública, una forma de poner esos límites en cuestión es preguntarles a los estudiantes por los lugares de producción de conocimientos:

“¿Por  qué  tengo  que  hacerlo  con  los  movimientos  sociales  con  quienes yo colaboro y no en la Universidad?” Y la respuesta de buena parte de los estudiantes es “Ah no, así nos están confundiendo”. Bueno, yo también estoy confundido. Ayúdenme. Este rol específico vinculado a los cuentos, que en inglés se llama trickster, existe en muchos lugares de América. En castellano le podemos decir “El loco”. Son personas que son a la vez sabios y locos.

Son personas que nos comunican las ambigüedades de nuestro entorno social. Y yo creo que esa dimensión siempre ha faltado bastante en nuestro proyecto de transformación.

Concibo a la educación popular como parte de ese sentido: el de un proyecto de transformación. En ese proyecto de transformación  creo  que  merecemos  pensarnos  como  facilitadores,  como  personas  que  no  tienen  un  poder  sino  una  posibilidad  de  apoyar procesos, que expresan una ambigüedad. Lo anterior es muy importante  para  volver  a  una  pedagogía  de  la  tierra. 

Y  me  llamó  mucho  la  atención,  en  el  Seminario  Virtual  de  CLACSO  de  Educación  Pública  y  Desigualdades,  la  posibilidad  de  colaborar  con Adriano Nogueira. Adriano nunca había trabajado en ese espacio virtual. Y llegó a esa tarea de juntar a 100 personas de varios  países  de  las  Américas  con  la  propuesta  de  pensar  “qué  es  educación  popular”  por  medio  de  preguntas.  No  empezó  brindando contenidos, solo preguntas. Y fue el mejor intercambio que hemos tenido.

Comenzó preguntando ese espacio virtual cómo se trabaja en. Sus preguntas permitieron compartir experiencias y reflexiones sobre la vida. Creo que si trabajamos hacia un proceso  de  transformación,  nos  ayudará  a  modificar  nuestro  pensamiento de la vida que además no solo incluye a los humanos.

Eso el neoliberalismo no lo puede pensar, ha dejado de pensarlo hace mucho tiempo. Esta imposibilidad yo creo que puede jugar de nuestro lado para a la vez transformarnos y transformar este sistema. La vida aprende. ¡Muchas gracias!

Fabian Cabaluz Ducasse

Muchas  gracias  a  todos  y  todas  las  panelistas.  Tenemos  unos  veinte  minutos  para  unas  cuatro,  cinco  preguntas.  Yo  diría  dos  rondas de preguntas, relativamente acotadas y lo suficientemente abiertas para el panel. Y después un minuto para cerrar.

—Buenas tardes. Soy parte de un colectivo argentino de educadores  que  hacen  investigación  desde  la  universidad.  Estuvimos  bastante  en  México,  hemos  participado  con  ellos,  y  mi  pregunta la hago pensando en aquellos maestros, que inevitablemente son  maestros,  que  hacen  educación  popular  (porque  hay  tanta  aula,  comunidad  en  el  medio,  comunidades  rurales).  Y  dejando  de lado la reforma educativa, que claramente no tiene nada que ver con pensar el contexto real del educando, para entender que ahí hay educación popular. Pero hay algo que me hace ruido a mí, y no solamente por ahí en México sino también en vistas a discutir nuestra formación docente en la Argentina, y es qué maestros estamos formando. Qué sucede con esas escuelas normales que, inevitablemente cuando tengamos la reforma, no están recuperando  las  experiencias  para  poder  incidir  en  políticas  públicas  reales.  Vos  dijiste,  son  muy  combativos  los  maestros.  En  Michoacán, la Coordinadora, etc. Pero, digo, hasta dónde las respuestas que tenemos no nos llevan a discutir la formación inicial de esos maestros. Entonces, un poco de la mano con poder desde ahí ver cómo llevar a los estudiantes al campo, y a la vez a niveles de concientización social. Un maestro que se anima a sistematizar y a entender qué significa tener una experiencia es contar lo que transforma. De hecho pasa. Entonces, bueno, ¿Cómo ves vos allá la formación inicial?

—Mi  nombre  es  Fernando  y  estaba  recordando  una  charla  que  tuve hace un tiempo con Frei Betto que planteaba que la educación pública podía ser educación pública popular, en tanto que en el capitalismo la educación tenía que pensarse desde las escuelas. Y hoy también se planteaba, en la charla anterior, una escuela pública transformadora. Si entendemos que la escuela pública hoy conviene al poder que esté en crisis, yo creo que es necesario  empezar  a  pensar  en  una  escuela  pública  que  instale  la  categoría de transformadora. Porque en Argentina no hubo nunca una  escuela  pública  realmente  transformadora.  O  hubo  sí  programas,  intentos,  planteos,  pero  no  sirvieron  para  impedir  que  hoy pase lo que está pasando. Eran políticas que no constituyeron realmente transformaciones profundas, a tal punto que hoy por ejemplo está pasando lo de los profesorados, entre otras cosas. Y también pienso que tenemos que hacer una autocrítica en tanto que los profesorados, que estamos defendiendo muy fuerte, de allí también están saliendo los compañeros y compañeras que están en las escuelas y que, justamente, no están pensando en  esta  transformación  que  estamos  acá  debatiendo.  Entonces,  estamos reproduciendo ciertas cuestiones que también estamos intentando cambiar.

Y, por ejemplo, Sarmiento es cierto que hablaba ya de educación popular. Yo soy muy crítico y creo que lo que logró no legitima un montón  de  cuestiones  que  también  hizo.  Entonces  también  me  parece que hay que pensar en una escuela pública transformadora y no una que siga reproduciendo… Y no lo digo como docente de bachilleratos populares o de universidad pública, sino como docente de una escuela de barrio desde hace 25 años, porque sabemos cómo se está construyendo desde ahí. Me parece interesante cerrar con el comentario de pensar en docentes-investigadores. La necesidad de poder investigar desde nuestras propias prácticas constantemente, justamente para poder desnaturalizar ciertas  relaciones  sociales  en  una  sociedad  capitalista  como  la  que estamos viviendo.

—Bueno, buenas tardes. Mi nombre es Ana. Soy de la Universidad Nacional de La Plata y quería hacer una pregunta para plantear a la mesa. ¿Cómo se imaginan, pensando en lo educativo como un campo de disputa, la transición hacia una educación pública, popular, antipatriarcal, descolonizadora [antimarxista]? Así vamos proyectando.

—Hola,  soy  Rosy  Zúñiga,  de  México.  Me  parece  que  es  cierto  que tenemos que tener una alta dosis de locura. Y también creo que hay que pensar cómo hacemos la revolución con estos nuevos  códigos.  Cómo  se  enfrenta  al  patriarcado,  cómo  pensamos  la escuela, cómo decidir y construir colectivamente para la vida.

Recuerdo  una  entrevista  que  tuvo  Paulo  Freire  con  Fernando  Martínez  Heredia  en  La  Habana,  en  el  84  o  85.  Y  él  decía  que  cuando se gana una revolución se tiene que deconstruir la escuela que existe. Porque la escuela que ha existido ha reproducido el sistema dominante del opresor. Entonces necesitamos reestructurar.  Creo  que  ahí  el  feminismo  tiene  muchísimo  que  aportar.  Entonces por ahí vendría el comentario.

—Mi  nombre  es  Juan  y  estaba  reflexionando,  en  base  a  lo  que  compartían, que en la educación existe una noción de lo popular. Y lo popular es una disputa. Pero quizás en otras ramas (yo, porejemplo, trabajo en salud) no existe esa noción de lo popular sino  que  seguimos  reproduciendo  una  dominación  muy  verticalista

Ya  sabemos  cómo  funciona  el  sistema  de  salud  en  nuestro  país  y en general en Latinoamérica. Y, sumándome a la pregunta que ya hicieron, pensaba en cómo construir solidaridades en diferentes campos de trabajo para hablar de la emancipación, siempre en clave popular. Entonces, salir de la salud y pensar lo popular desde un movimiento más amplio. Pienso en la gente que trabaja en educación, en salud, en derechos humanos, etc. Cómo hacer, cómo construir una organización mucho más popular con determinados  patrones  que  nos  permitan  construir  esa  versión  y  que sea una guía para todxs lxs que trabajamos desde el campo popular.

—Quiero hacer foco en lo que dijo la compañera, que la educación en este sistema genera que se reproduzca lo mismo, una y otra  vez.  También  un  poco  lo  que  dijo  el  compañero.  Yo  soy  de  una villa de Barrio Fátima. Mi pregunta es sobre qué buscamos, qué es la educación popular, qué es lo que se genera, quiénes somos los oprimidos. Cuando se construye la educación en general, ¿para quién, o cómo, o de qué manera? ¿Cómo generar contenidos?

Muchos pibes en los barrios no terminan ni la primaria ni la secundaria. ¿Por qué? Porque laburan. Dejan de estudiar para poder comer. Para salir a changuear. ¿Cuál es la sensibilidad que se les da a esos vecinos, a esos pibes y esas pibas que terminan abandonando?  Hoy  en  día  han  pasado  generaciones  y  generaciones,  gente  que  tiene  70  años  y  hoy  no  saben  leer  y  escribir. 

Pero tienen un conocimiento. No es que no lo tienen. Lo tienen. Lo han construido a ese conocimiento. ¿Qué valor se le da a ese conocimiento de esa mujer que ha trabajado toda su vida? Ellas tienen mucho para enseñar también.

—Bueno, retomando lo que hablaban del movimiento pedagógico, la pregunta sería: ¿Qué aportes les ha traído ustedes a la construcción pedagógica de años?

—Yo voy a decir algo de las últimas intervenciones, del compañero que viene del campo de la salud y la pregunta de la compañera de dónde están los oprimidos. Y yo creo que el campo de las pedagogías emancipadoras nos ha ayudado a ampliar la idea de lo educativo. El sistema moderno capitalista educativo se concentró en el sistema escolar y desde allí formó una parte de su proyecto de reproducción. Y ese también es un campo en el que hay que luchar. Pero a estas pedagogías emancipadoras también se las ha juzgado por fuera del campo escolar, en la medida que han reconocido que otros espacios y otras prácticas sociales también son educativas. Como es el caso de las luchas y los movimientos sociales. Pero también podemos decir, desde el punto de vista he-gemónico, que todo el campo de la cultura, de los medios, de los aspectos  aparentemente  no  educativos,  como  la  diversión  o  las 

nuevas tecnologías: ahí también hay un campo educativo en disputa. Una compañera de un Bachillerato Popular hoy comentaba cómo  además  del  trabajo  que  hacían  allí  generaron  un  espacio  de trabajo en salud, con unos promotores de salud. Entonces ahí hay un encuentro con el chico o la chica que no ha ido a la escuela.  En  nuestro  país,  por  ejemplo,  hay  Bibliotecas  Populares,  otro espacio de encuentro que se asume también como tarea de  la  educación  popular  y  encuentra  otro  nivel  de  reconocimiento. 

Un lugar donde se pueden poner en juego esos saberes que no son reconocidos en otro contexto, pero también sumarlos a otras experiencias o procesos organizativos o de lucha. Entonces, creo que  hay  una  idea  allí  de  que  lo  educativo  está  en  todas  partes,  pero también es un campo de disputa que puede ser reconfigurado desde los sentidos emancipadores. Y también me convoca la idea  de  habernos  puesto  un  escenario  más  amplio  todavía,  que  es el de la vida. Entonces, así como las luchas ecuatorianas y bolivianas  nos  han  puesto  en  el  presente  la  idea  de  que  los  derechos van más allá de los humanos y tienen que ver también, por ejemplo,  con  la  Pachamama,  yo  me  siento  muy  interpelado  de  pensar unas pedagogías emancipadoras, de la vida, más allá de lo humano,  o  reconociendo  que  lo  humano  es  solamente  una  parte.

Hoy, por ejemplo, muchos de los proyectos más depredadores, como las prácticas extractivistas, pasan directamente por esa razón  moderna-colonial-patriarcal  de  creer  que  los  humanos  podemos echarle mano a todo lo que hay en la naturaleza. Y lo que uno  encuentra  en  las  luchas  sociales,  especialmente  en  las  de  los pueblos territoriales, campesinos e indígenas, es que muchas de  sus  decisiones  pasan  no  solamente  por  lo  que  conversan  en  sus asambleas, sino que también le consultan al río, a la montaña, y de ahí salen unos consejos muy sabios de cómo construir la emancipación humana y de la vida.

—Bueno, yo voy a hacer una reflexión. La cuestión es que todxs nosotrxs  tenemos  esquemas  de  pensamiento  modernos  y  capitalistas y pensamos desde esas coordenadas. Entonces, el sistema  educativo,  y  fundamentalmente  las  universidades  (más  aun  los  posgrados)  generalmente  refuerzan  esos  esquemas  de  pensamiento que criticamos después discursivamente. En ese sentido marco la diferencia entre la crítica teórica y la crítica histórica. Es decir, no somos pensadores críticos porque leemos autores críticos. Lo somos porque tenemos la capacidad de tener la conciencia histórica activa. Y eso es un llamado de atención para todxs nosotrxs.

Por  ejemplo,  lo  que  dijo  la  compañera  me  pareció  fantástico. 

Porque  lo  que  queda  afuera  de  los  procesos  formativos,  por  lo  general, aun en la Educación Popular, es la experiencia. Y la experiencia es la vida. ¿Qué nos ocurre en la vida, qué nos preguntamos  mientras  estamos  viviendo?  ¿Por  qué  estamos  hablando  todxs? No lo estoy cuestionando, simplemente me pregunto por qué tenemos que hablar todxs.

Porque  esa  lógica,  que  es  propia  de  la  estructura  moderna,  mal  o  bien,  no  nos  incluye.  No  nos  permite  repensarnos.  Entonces,  ¿cómo y cuáles son nuestros esquemas de pensamiento? Los esquemas de pensamiento de quien piensa críticamente deberían ser la vida, la solidaridad, la comunitarización, y desde allí pensar metodologías de construcción.

Es decir, cómo pensamos metodologías  de  la  investigación  de  dignidad,  y  no  metodologías  de  la  investigación que tienen que ver más con el cumplimiento de algunos parámetros para no quedar afuera de algo. Entonces todxs nosotrxs a veces estamos más preocupados por ser incluidos en los esquemas de pensamiento subjetivos, modernos y capitalistas que en cuestionar esa estructura de pensamiento.

El texto de Bruno me recordó a una investigación que hemos hecho  con  otrxs  compañerxs  indígenas,  en  especial  con  Roberto  Arce, un gran intelectual oaxaqueño indígena que luchaba por el contenido de las universidades interculturales que, después del 94, se crearon por decreto. Y su lucha era legítima.

Y  sin  embargo  hoy  tenemos  mucha  gente  que  habla  la  lengua  originaria pero que su pensamiento ya es occidental. El problema es de pensamiento, no es de opciones, de síntomas ni de fenómenos. El problema es cómo pensamos esos fenómenos. Por eso, un buen educador o educadora social popular no puede dejar de ser crítica/o a la hora de interpretar la realidad. Yo soy argentina, pero hace 20 años que vivo en México y allí las escuelas dicen ser públicas, y yo lo cuestiono en este momento, porque tendríamos que pensar públicas para quiénes y qué enseñamos a pensar en ellas. No vaya a ser que estén privatizadas por lo que enseñan y por  una  lógica  de  razonamiento  que  vuelve  privado  lo  público

Entonces, yo creo que ahí hay un problema también. Con la enseñanza, no solamente con la pedagogía, sino con cómo enseñamos, qué  espacio  le  damos  a  la  experiencia.  Tenemos  que  entender  que hay un campo de disputa siempre. Y no olvidar la dimensión política de la propia práctica, pues puedo adherir a un bachillerato público o a una comunidad pero sigo pensando como un opresor. Ni qué hablar en salud. La violencia encubierta es dramática, como lo es en las escuelas. Como lo es en los espacios públicos donde  nos  pensamos  privatizadamente.  Entonces,  vuelvo  a  insistir, el problema no es tanto la opción ideológica-política, sino cómo pienso desde allí.

Esa fue la última pregunta. Y para cerrar no voy a resumir lo que hemos aprendido. Voy a decirles que me emocioné, que me siento muy en afinidad con las personas que han hablado, pero rechazo la banalidad del aprendizaje inmediato.

Creo que necesitamos diálogos para aprender y necesitamos volver,  no  a  militar,  pero  al  menos  a  profundizar  esos  diálogos.  No  banalizar el aprendizaje. Nos escribimos mañana, te cuento y te agradezco, con mucho gusto, lo que he aprendido aquí finalmente. Pero necesito tiempo, necesitamos reconocer ese tiempo, ese esfuerzo  para  analizar  qué  pasa  entre  nosotros.  Esto  es  lo  que  aprendimos.

Me  parece  que  concordamos  que  eso  que  hablamos  está  muy  vinculado con procesos de lucha. Y veo aquí a Alberto, que hoy no estaba por la mañana porque estaba luchando, y creo que eso es fundamental. Si pensamos en un espacio de Educación Popular tal  vez  tengamos  que  pensarlo  a  partir  de  las  luchas  que  podemos fortalecer y del cuerpo que le podamos poner a esas luchas.

Quiero decirle a CLACSO, al Foro Social Mundial, que la próxima vez hay que pensar la educación popular en relación con las luchas.

Yo  creo  en  el  saber  popular.  Creo  que  tenemos  una  dimensión  problemática que la compañera nos acaba de traer, teóricamente muy sencilla, que es la lucha en comunidad. Y esa dimensión es fundamental en lo popular. Tenemos que pensar alianzas.

Yo  vengo  del  campo  de  la  música  y  allí  veo  un  gran  peligro.  En  Europa se le llama músico-terapia comunitaria, entendiendo que hay una dimensión de salud, a una serie de cuestiones que siem-pre han sido consideradas música. Quiere decir que yo que voy con un papel que dice que soy músico-terapeuta lo puedo hacer, y  otrx  que  no  está  autorizado  a  hacerlo,  no.  Sobre  eso  tenemos  que dialogar. No podemos quitar de la comunidad todos esos tipos de conocimientos y de relaciones. Tenemos que volver a otra comunidad  educante,  a  otra  comunidad  sentipensante,  produciendo saberes. Eso es fundamental.

Una sola pequeña cosa sobre Freinet. Él en su escuela trabaja con ideas socialistas y comunistas hablándoles a los niñxs y a los profesorxs. Y esa escuela todavía está en Francia, sobre todo en una dimensión: la de la paz. Y la paz se construye, estamos hablando de más de 100 años, con el intercambio con el otrx. Produciendo colectivamente conocimientos e intercambiando con quien te escucha. Yo creo que hay que ir por ese camino de la coproducción y de la decisión colectiva, que son dos cosas que siempre mencionamos y analizamos, pero que no estamos haciendo realmente. Son simbolismos en nuestros discursos. Entonces ahí tenemos mucho que hacer, fortalecer, aprender. Gracias.

—Bueno,  yo  aprendí  una  cosa  hoy.  En  esta  mesa  hay  muchísimos  acuerdos  y  muchísimos  desacuerdos.  Y  a  lo  mejor  soy  antipático  rompiendo  la  armonía  general.  Pero: hay  desacuerdos. 

Desacuerdos  sobre  qué  es  la  educación  popular,  cuál  es  el  papel de la escuela pública, el papel del Estado, la relación con los movimientos sociales. Hay desacuerdos. Y eso es lo rico y lo desafiante de esta cosa tan diversa y heterogénea que se propone construir lo común. Entonces, planteo un desacuerdo y tengo la última palabra. Tengo que ser cuidadoso con eso. A mí me preocupa la labor teórica que hacemos de las generalizaciones. “Los

maestros somos”, “la escuela pública es”, “los movimientos sociales son”.

Es  un  ejercicio  de  conceptualización  imprescindible  y  lo  hacemos al tiempo que reconocemos la enorme heterogeneidad y diferencia.  Nosotros,  desde  el  movimiento  cooperativo,  visitamos  multitud  de  escuelas  públicas  y  vemos  los  esfuerzos  enormes  que  se  realizan  para  producir  prácticas  diferentes.  Estoy  trabajando con Neuquén que está haciendo ahora el diseño curricular de la Escuela Media desde las propias escuelas, en una disputa con el Estado provincial en el marco de este gobierno nacional.

¡Porque  Macri  no  se  despierta  a  las  4  de  la  mañana  como  Evo! 

Por  suerte.  Entonces,  para  contestar  las  preguntas  que  hicieron  les digo que hay infinidad de experiencias pedagógicas, algunas muy coherentes, otras incoherentes, otras semicoherentes. Y voy a hacer una estrategia también políticamente incorrecta, chavista. Hay un mapa de experiencias y un mapa de actores. La tarea del movimiento es identificar quiénes estamos trabajando en una dirección, articular ese esfuerzo, producir teoría, producir método, avanzar en la disputa de las escuelas, que es lo que ocurre en muchos de nuestros lugares. No hay tiempo para contar la experiencia venezolana, pero es muy interesante en ese sentido. Esa escuela del futuro está en construcción hace tiempo, y más allá de las críticas valiosas e indispensables, hay que poner manos a la obra. Gracias. 

Bibliografía

Basail    Rodríguez,    A.    (coord.)    (2019).    Academias    asediadas.    Convicciones  y  conveniencias  ante  la  precarización.  Buenos Aires-México:CLACSO/UNICACH/CESMECA.

Chul  Han,  B.  (2019).  “¿Por  qué  la  revolución ya  no  es  posible?”;  Disponible  en:  www.bloghemia.com/2019/11/por-que-la-revolucion-ya-no-es-posible.html

Dussel, E. (1994). 1492: El encubrimiento del otro: hacia el origen del mito de la modernidad. La Paz: UMSA.

Gentille,  B.  (2015).  “El  recuerdo  del  ‘mal’.  Historizar  la  memoria”. Revista El Ágora, 15 (2), 365-374. 

Quintar,  E.  (2019).  “La  universidad  latinoamericana.  Entre  el  sujeto  interpretado  y  las  coordenadas  de  lo  posible”. En  Basail  Rodríguez,  A.  (coord.)  Academias  asediadas.  Convicciones  y  conveniencias   ante   la   precarización.   Buenos   Aires-México:   CLACSO/UNICACH/CESMECA.

—.  (2018).  “Jóvenes  en  situaciones  de  vulnerabilidad  en  América Latina. Prácticas sociales desde la ética del mal”. En Gaete, M. (coord.) Pedagogía  en  contextos  de  encierro  en  América  Latina.  Experiencias,  posibilidades  y  resistencias.  Santiago  de  Chile:  Facultad de Filosofía y Humanidades, Universidad de Chile.

—. (2018). “Critica teórica vs. Critica histórica: las paradojas del decir y del pensar”. Archivos de Ciencias de la Educación, 12 (13), 1-10.

Torres, A. (2017). Educación popular. Trayectoria y actualidad. Bogotá: El Búho.


[1] Nota de lxs editores: Se refiere a Freire, Paulo y Asamblea CIMI-MT (1986).  “Un  diálogo  con  Paulo  Freire  sobre  Educación  Indígena”.  En  Amodio, Emanuele (comp.) Educación, escuelas y culturas indígenas de

América Latina.Tomo I. Quito: Abya-Yala, p. 144.

[2] Nota de lxs editores: Torres, Alfonso (2017).  Educación popular. Trayectoria y actualidad. Bogotá, El Búho

[3] Nota de lxs editores: www.ipecal.edu.mx

[4] Nota de lxs editores: la idea de espacios instituidos puede ampliarse  en Quintar, Estela (2019). “La universidad latinoamericana. Entre el sujeto interpretado y las coordenadas de lo posible”. En Basail Rodríguez, A.  (coord.)  Academias  asediadas.  Convicciones  y  conveniencias  ante  la  precarización. Buenos Aires-México: CLACSO/UNICACH/CESMECA.

[5] Nota de lxs editores: Se sigue la noción de seducción de Chul Han, Byung  (2019).  “¿Por  qué  la  revolución  no  es  posible?”;  Disponible  en:  www.bloghemia.com/2019/11/por-que-la-revolucion-ya-no-es-posi-ble.html

[6] Nota de lxs editores: Unas reflexiones interesantes al respecto podrán  encontrarse  en  Basail  Rodríguez, A.  (coord.)  (2019).  Academias asediadas.  Convicciones  y  conveniencias  ante  la  precarización.  Buenos Aires-México:CLACSO/UNICACH/CESMECA.

[7] Nota  de  lxs  editores:  De  lo  que  quiere  dar  cuenta  esta  categoría  como clave de época es de lo paradojal de los discursos y, por lo tanto, la imposible congruencia de esos discursos en la pragmática de la vida cotidiana  tanto  social  como  culturalmente.  Ver  Estela  Quintar  (2018).  “Jóvenes  en  situaciones  de  vulnerabilidad  en  América  Latina.  Prácticas sociales desde la ética del mal”. En Gaete, M. (coord.) Pedagogía en contextos  de  encierro  en  América  Latina.  Experiencias,  posibilidades  y 

resistencias.  Santiago  de  Chile:  Facultad  de  Filosofía  y  Humanidades,  Universidad de Chile.

[8] Nota de lxs editores: A este respecto, véase Gentille, Beatriz (2015). “El recuerdo del ‘mal’. Historizar la memoria”. Revista El Ágora, 15 (2), 365-374.

[9] Nota de lxs editores: Dussel, Enrique (1994). 1492: El encubrimiento del otro: hacia el origen del mito de la modernidad. La Paz: UMSA.

[10] Nota  de  lxs  editores:  Para  profundizar  en  esta  postura,  revisar  Quintar, Estela (2018). “Critica teórica vs. Critica histórica: las paradojas del  decir  y  del  pensar”.  Archivos  de  Ciencias  de  la  Educación,  12  (13),  1-10.

[11] Nota de lxs editores: Por micrológico se comprende decodificar el logos del espacio tiempo de las experiencias de vida cotidianas donde las dinámicas de las dinámicas subjetivas encriptan un cúmulo de información  desde  donde  construir  conocimiento  histórico,  nombrar  lo  no nombrado decodificando prácticas, relaciones, vínculos y representaciones que dan cuenta del inconsciente colectivo.

[12] Nota de lxs editores: este evento se desarrolló los días 5, 6 y 7 de diciembre de 2011 en Bogotá. La Declaración completa de este primer encuentro se encuentra disponible para su consulta en: https://ei-ie-al.org

[13] Nota de lxs editores: Líder indígena que se sublevó en 1898 y por el lapso de tres años enfrentó a la oligarquía del país, al mando de miles de indios aymara quechuas. En la memoria popular, Zárate representa  el  segundo  gran  levantamiento  indígena  y  la  demanda  de  un  país construido desde lo indígena. Zárate murió asesinado en 1902 y desde entonces hasta 1945, los indígenas tenían prohibido acceder a la Plaza

Murillo en la sede de gobierno como una forma de representar simbólicamente que les estaba denegado acceder al centro del poder político.

[14] Nota  de  lxs  editores:  Apiaguaiki  Tüpa  fue  el  último  gran  cacique  guaraní que lideró una sublevación en 1892, en defensa de las tierras indígenas ante el avance de colonizadores sobre ellas. Su derrota trajo

aparejada la masacre (estimada) de 3.000 guaraníes a manos del ejército. Considerando que, para la época, la población total de guaraníes no llegaba a cien mil personas, la masacre y posterior esclavización de los

vencidos significó prácticamente su aniquilación. Los otros pueblos del oriente, mucho más pequeños en población, fueron derrotados antes de la masacre guaraní

[15] Nota de lxs editores: el 10 de noviembre de 2019 tuvo lugar un golpe de Estado contra el gobierno legítimo de Evo Morales en el Estado Plurinacional  de  Bolivia  en  el  marco  del  avance  de  fuerzas  fascistas,  conservadoras,  racistas,  coloniales  y  fundamentalistas  religiosas  contrarias  al  proceso  de  cambio  que  se  venía  llevando  adelante  en  dicho  país

Un Banco Azul navega en el mar del capitalismo salvadoreño. Roberto Pineda. 6 de julio de 2021

La decisión de los dueños del Banco Azul de comprar el guatemalteco Banco G &T El Salvador,  expresa la voluntad de un sector de la oligarquía salvadoreña por elevar su apuesta en el ranking bancario salvadoreño, dominado fuertemente por la banca colombiana[1]. Asimismo refleja una alianza entre grupos financieros guatemaltecos y salvadoreños.

Con esta compra el Banco Azul[2] pasa  a  manejar un capital de mil millones de dólares y pasa del octavo al séptimo lugar del ranking bancario nacional, desplazando al banco hondureño Atlántida y colocándose en disputa con el nicaragüense Promerica, con un capital de 1.3 mil millones de dólares.

Aunque todavía está muy lejos del Banco Agrícola, propiedad de Bancolombia[3], del grupo Sura, el rey del ranking, con activos que superan los cinco mil millones de dólares,  pero el esfuerzo es válido.

El Banco Azul surge en junio de 2015 como el único banco privado de capital nacional y representa los intereses de un conjunto de familias oligárquicas, entre estas las de Araujo Eserski,  Pacas Díaz, Rodríguez Harrison. Álvarez Belismelis, Álvarez Prunera, Imberton, Hill Dutriz, y Araujo de Sola.  

Su presidente, Carlos Enrique Araujo Eserski, expresidente de la ANEP y dueño de Summa Industrial (jabones, aceites, manteca y margarina) fue también directivo cuando el Banco Agrícola Comercial era salvadoreño. Con esta compra adquiere además dos aseguradoras y una casa Corredora de Bolsa, que operarán bajo las marcas del Grupo Azul.

Políticamente, Araujo Eserski apareció mencionado como donante[4] del partido de derecha, Alianza Republicana Nacionalista, ARENA, que gobernó  El Salvador durante veinte años, 1989-2009. 

En el caso del G &T este ocupa el tercer lugar del ranking bancario guatemalteco con activos que superan los ocho mil millones de dólares. Surge en 1962 y posee sucursales en Estados Unidos, Costa Rica, Panamá y en junio de 2006 adquiere el Banco Americano de El Salvador, y lo transforma en  Banco G&T Continental El Salvador. Con esta acción de venta de su sucursal salvadoreña,  se repliega a fortalecer su posición en el mercado bancario guatemalteco.

Los dueños de este banco y de este grupo financiero son las familias fundadoras (Mario) Granai Andrino y (Ernesto) Townson Pinto, mediante sus herederos Juan Francisco Mini Townson  y Mario Roberto Granai Fernández. 

En términos regionales incluyendo a Panamá, ninguno de estos dos bancos y grupos financieros, el salvadoreño Azul y el guatemalteco G&T, disputa los primeros lugares del ranking, sino que es la poderosa banca colombiana.

Grupo Aval y Grupo Bancolombia son los  líderes regionales

En los primeros lugares[5] de la región se encuentran los colombianos Grupo Aval y Grupo Bancolombia. En el caso del Grupo Aval sus activos ascienden a 31.7 mil millones de dólares, que incluye sus marcas Banco de América Central, BAC, que ocupa el cuarto lugar del ranking salvadoreño, pero está también presente en Guatemala, Honduras Nicaragua, Costa Rica y Panamá; así como en el Banco de Bogotá y Banco de Occidente, con operaciones en Panamá.

Con respecto al Grupo Bancolombia, sus activos ascendieron a  24.4 mil millones de dólares,  al sumar sus operaciones bancarias en Panamá, Guatemala y en el caso de El Salvador, ocupa mediante el Banco Agrícola, el primer lugar del ranking bancario, con 4.9 mil millones de dólares.   

Ocupa el tercer lugar en el ranking regional el Banco General de Panamá, con activos que suman  17.4 mil millones de dólares. En el cuarto lugar está el Banco Industrial de Guatemala, con 15.8 mil millones de dólares, ocupa la primera aposición en el ranking guatemalteco.  En el quinto lugar Banrural de Guatemala  con un capital de 10.6 mil millones de dólares.

En el sexto lugar se encuentra el guatemalteco G & T con 8.0 mil millones de dólares. En el séptimo lugar el nicaragüense Banco Promerica con 7.3 mil millones de dólares, mantiene el primer lugar en el ranking nicaragüense mediante Banpro.

En el octavo lugar el hondureño FICOHSA con 6.4 mil millones de dólares, ocupa el primer lugar en el ranking hondureño. En el noveno, el hondureño Banco Atlántida, con 4.9 mil millones de dólares. Banco Atlántida cuenta con presencia en nuestro país, ocupa el octavo lugar en el ranking bancario[6]. Y en el décimo, el nicaragüense LAFISE con 3.9 mil millones de dólares.


[1] Ocupan el primer (BA/Bancolombia), tercero (BAC/Banco de Bogotá)  y cuarto lugar (Davivienda) del ranking bancario.

[2] El hondureño Cuscatlán ocupara segunda posición de la banca salvadoreña Roberto Pineda 10 de septiembre de 2019. https://ecumenico.org/el-hondureno-cuscatlan-ocupara-segunda-posicion-de-la-banca-salvadorena-roberto-pineda-10-de-agosto-de-2019

[3] Mejores bancos Colombia 2021 https://www.rankia.co/blog/mejores-cdts/3449454-mejores-bancos-colombia-2021

[4] Seis familias acaparan las donaciones al partido Arena. https://elfaro.net/es/201607/el_salvador/18873/Seis-familias-acaparan-las-donaciones-al-partido-Arena.htm

[5] Top 6 de Grupos Financieros Internacionales que operan en Centroamérica en 2020

https://www.estrategiaynegocios.net/finanzas/1381380-330/top-6-de-grupos-financieros-internacionales-que-operan-en-centroam%C3%A9rica-en-2020

[6] Ver Ranking Bancario salvadoreño. https://abansa.net/storage/reports/June2021/21zdIjK2b93rQAxUEZP6.pdf