Seis monopolios secretos que dominan tu vida sin que lo sepas

28 dic 2010 Hay quien usa caras gafas de diseño, procura estar a la última en gustos musicales, bebe cerveza de importación y pasea con orgullo su ordenador Mac para demostrar que es diferente. Sin embargo, a pesar de sus esfuerzos, quizá no sea tan original como se cree. Muchos de los productos de moda, alimentación y entretenimiento que tanto nos fascinan están fabricados por seis monopolios globales que dominan nuestras vidas y de los que hasta ahora no teníamos conocimiento.

Da igual que lleve puestas unas Oakley, Ray Ban, Revo, Vogue o DKNY, la mayoría de las principales marcas de gafas de sol están fabricadas por la misma compañía, Luxottica.
Incluso los exclusivos anteojos de Prada, Versace y BVLGARI forman parte del inmenso imperio del cristal ahumado de la compañía italiana, compuesto por 36 de las firmas más vendidas.

[Especial2010: ¿Qué cambió definitivamente en 2010?]

Luxottica, que comenzó comprando marcas durante la década de los 80, ha pasado a convertirse en el mayor fabricante del planeta, con una facturación anual de más de 3.100 millones de euros. Además, su posición dominante en el mercado no se queda en el diseño y ensamblaje de las gafas. La mayoría de los stand de venta en grandes superficies y centros comerciales son de su propiedad, al igual que la cadena Sunglass Hut, lo que les permite estar presentes en 140 países e ingresar casi 2.000 millones de euros extra de la venta directa al público.

El de Luxottica no es el único monopolio que ha pasado bajo el radar de los consumidores, con Quanta Computers sucede algo similar, aunque en el mundo de la informática. En las cadenas de montaje de sus factorías taiwanesas se fabrica el 33% de los ordenadores que se venden en el mundo, entre ellos los Dell, Hewlett Packard, Sony o Apple. De hecho, si está leyendo este texto en un portátil, hay un 90% de posibilidades de que su ordenador haya sido ensamblado en una de las siete compañías con base en Taiwán que casi nadie conoce pero que diseñan los ordenadores que comercializan las marcas más populares del mercado.

Pero, si ni siquiera consigue impresionar a sus amigos con el último modelo de Mac, olvídese de hacerlo pidiendo la cerveza más cool del bar. Da igual que busque rarezas como la Jelen Pivo serbia, la calidad de la Leffe belga o marcas de las de toda la vida como la Budweiser, todas están elaboradas por la multinacional InBev, propietaria de más de 200 etiquetas de cerveza. La compañía, creada en 2004 con la fusión de la belga Interbrew y la brasileña AmBev, comercializa sus bebidas en 130 países con unas ventas globales por encima de los 13.000 millones de euros.

Tampoco la comida de gatos, sector en el que la compañía canadiense Menu Foods tiene 150 marcas; el maíz, del que el 80% pertenece a la empresa Monsanto; o la música de moda se libran del monopolio. El escritor y productor musical sueco Max Martin es el responsable de la mayoría de los grandes hits del pop de los últimos 15 años. El reinado de Martin en las ondas comenzó en 1996 con el éxito de los Backstreet Boys Quit Playing Games (with my Heart), que vendió más de 4,4 millones de copias en todo el mundo. Desde entonces, sus 10 temas más escuchados han vendido más de 50 millones de unidades, además de colaborar con Britney Spears, Bon Jovi, Celine Dion o Kate Perry.

Novas vozes no Brasil

18/07/13.- A juventude, conectada nas redes sociais e com os dedos ágeis em seus celulares, tem saído às ruas para protestar em diversas regiões do mundo.

Parecia mais fácil explicar as razões de tais protestos quando eles aconteciam em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia em 2011, ou onde a crise econômica levou o desemprego juvenil a níveis assustadores, como na Espanha e na Grécia, por exemplo. Mas a chegada dessa onda a países com governos democráticos e populares, como o Brasil, quando temos as menores taxas de desemprego da nossa história e uma inédita expansão dos direitos econômicos e sociais, exige de todos nós, líderes políticos, uma reflexão mais profunda.

Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.

Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.

Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 1960 e 1970. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 1990, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.

Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.

A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.

A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes.

Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.

Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.

E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.

No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.

A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores.

Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República. Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.

Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de mais nada, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.

Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.

Muerte del G8 y nuevo orden mundial del G20

19 de octubre de 2009 Durante la tercera cumbre del G20 en Pittsburg, el presidente Obama sentenció el deceso oficial de un cadáver: el G8, que únicamente esperaba su liturgia funeral. Propiamente dicho, es más bien el G7 –que dominó al mundo occidental durante la etapa de la bipolaridad, ya no se diga que reinó imperturbablemente durante la fase unipolar debido a la disolución de la Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)– el que fenece en las manos del mandatario estadunidense.

El G8 representó una simulación, para no decir una humillación, que incorporó a Rusia en donde ésta ni tenía nada que hacer y siempre brilló por su ausencia, cuando no opacidad, debido a su inferioridad financiera frente a los siete actores mayúsculos que detentaban el control de las finanzas mundiales; en primer término la dupla anglosajona de Estados Unidos y Gran Bretaña –que ocupan los dos primeros lugares del Índice de Desarrollo Financiero del Foro Económico Mundial de Davos–, seguida por Alemania y Japón (dos plazas financieras relevantes), y luego por Francia y las plazas menores de Canadá e Italia.

En realidad, el G7, extensivo al G8 (con una Rusia emasculada financieramente), constituía prácticamente el predominio exclusivo de la anglósfera donde Wall Street y la City se despachaban con la cuchara grande. En un inicio, en el mundo occidental, desde su creación en 1976. Y luego, en el mundo entero gracias a la aplicación unilateral de la globalización financiera a partir de la disolución de la URSS desde 1991.

En sus 33 años de vida, el enfoque del G7, extensivo al G8, fue exageradamente financierista y su deceso simboliza y refleja extensamente el declive de la financiarización especulativa que llevó primordialmente a Wall Street y a la City a su debacle, quienes a su vez, desde su epicentro, arrastraron a la mayor parte dependiente del mundo a la peor crisis (que a penas entra a su segunda fase) desde la década de 1930.

Dicho en corto: se muere el G7 financierista sobrecargado de deudas, prácticamente sin ahorros y con crecimientos económicos menos que mediocres.

A nuestro juicio, detrás del deceso del G7 –dominado por la otrora superpotencia unipolar estadunidense y sus aliados europeos en la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN): Gran Bretaña, Francia, Alemania e Italia– se encuentra la doble derrota geoestratégica de Estados Unidos y de la propia OTAN en el Medio Oriente, tanto en Irak como en Afganistán, en paralelo a las tres derrotas de Israel en el “pequeño Medio Oriente”, que definieron la gestación y las coordenadas del nuevo orden multipolar mundial.

Israel, el aliado privilegiado de Estados Unidos y la OTAN en el “pequeño Medio Oriente”, sufrió tres derrotas consecutivas: dos, en las “guerras asimétricas”, tanto contra la guerrilla chiíta libanesa de Hezbolá como frente a la guerrilla sunnita palestina de Hamas (ambas aliadas de Irán), y una tercera poco publicitada en su alianza con el ejército aventurero de Georgia, humillado por Rusia en Osetia del Sur.

La debacle financiera de Wall Street y la City se encontraba escrita en el muro desde finales de la década de 1990 (ejemplo, la quiebra de Long-Term Capital Management), que orilló a sus países a optar por la vía militar para colmar sus faltantes en las arcas financieras mediante la captura del los hidrocarburos en el Medio Oriente, en particular en Irak.

La derrota catastrófica de Estados Unidos en Irak –descrita así por sus generales y la cual afloró un año después de la invasión anglosajona que no pudo someter a la guerrilla sunnita árabe– ahondó la decadencia financierista de la otrora superpotencia unipolar, la cual se tornó en crisis energética (por su alta dependencia de hidrocarburos) y en crisis propiamente económica.

Podemos atrevernos a emitir la hipótesis de que la muerte real del G7 se gestó un año después a la invasión anglosajona a Irak, en la primavera de 2004, concomitante a la captura fallida de los hidrocarburos, cuando los dos binomios del petróleo-gas y del oro-plata iniciaron su ascenso irresistible en relación inversamente proporcional al desplome del dólar.

Cuando unos ganan, otros pierden. Evidentemente que la decadencia de la dupla financierista anglosajona fue aprovechada estupendamente por el ascenso del BRIC (Brasil, Rusia, India y China), que hoy forman el núcleo duro de los países emergentes del G20 que arropó al moribundo G7.

A diferencia del decadente G7, el BRIC posee las mayores reservas de divisas del mundo: se encuentra en los primeros 10 lugares de la economía mundial. Se pudiera aducir, en el contexto del mundo desequilibrado que nos tocó vivir, que el G7 dilapida lo que el G20 ahorra.

En la superficie, el G20 exhibe una estructura de veneración hiperbólica por el Producto Interno Bruto (PIB), el pibismo, ya que sus integrantes poseen el 80 por ciento del PIB mundial y dejan huérfanos de representatividad a casi el 90 por ciento de los países miembros de la Organización de las Naciones Unidas (ONU). Si el G7 pecaba atrozmente de financierista, el G20 ofende cruelmente de economicista.

Así las cosas, asistimos a una hibridación contranatura en el seno del G20 que cobija tanto al decadente G7 financierista –que, dígase lo que se diga, siguió dictando la agenda en las tres conferencias realizadas hasta ahora–como al resplandeciente BRIC de corte economicista.

Hasta ahora el BRIC ha actuado prudentemente y le ha dejado la batuta de mando a la dupla anglosajona (no perder de vista que las tres primeras cumbres del G20 se celebraron en Washington, Londres y Pittsburg).

Con todo nuestro debido respeto, pero los del G20 son más bien 11, es decir, representan al viejo G7 más al cuatripartita BRIC. El restante de representados forma parte de la esfera geopolítica de influencia de los 11 que conforman su columna vertebral.

Tampoco se puede soslayar el poderío militar básicamente nuclear de tres países del viejo G7 (Estados Unidos, Gran Bretaña y Francia) y de otros tantos del BRIC: nítidamente Rusia, India y China (aunque Brasil en cualquier momento podría optar por una bomba atómica, como ha reclamado su vicepresidente José Alencar). Lo que deseamos expresar es que más allá del pibismo superficial existen otro tipo de amarres, como el nuclear y el geopolítico que conjugan la cohesión laxa del G20.

Para la grave fase de crisis multidimensional (financiera, económica, energética, alimentaria, climática y hasta civilizatoria) que vive dramáticamente el planeta, el G20 posee mejores herramientas para enfrentar la adversidad legada por la dupla anglosajona que el mismo G7 al que controlaba a su antojo.

El problema no son las agrupaciones, sino los formatos, los liderazgos y las agendas. Así las cosas, el G20, en su modalidad vigente, representa más bien los intereses nostálgicos de la fenecida unipolaridad estadunidense, con sus deletéreos atavismos financieristas militaristas, que pretende controlar los daños que provocó al mundo entero y, sobre todo, repartir migajas a los países emergentes, básicamente del BRIC, en la nueva configuración del Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial.

Hasta ahora, en sus tres primeras cumbres, pese a la intensidad del apremio global, el G20 ha hecho mucho ruido publicitario con sus pocas nueces y no ha resuelto lo esencial, ni siquiera sus promesas fallidas.

Si por sus actos los conoceréis, entonces pareciera que en el seno del formato del híbrido G20, extrañamente el caduco G7, básicamente la dupla anglosajona, desea conservar sus privilegios financieristas a expensas del resplandor economicista del BRIC, lo cual, al contrario de un deseable “nuevo orden multipolar mundial”, lleva irremediablemente a su colisión interna y deja a la deriva el futuro de los miembros permanentes del Consejo de Seguridad de la ONU, que también necesita urgentemente una cirugía reconstructiva de pies a cabeza.

¿Es el moribundo G7, específicamente la decadente dupla anglosajona, el Caballo de Troya del G20? En tal caso, regresaríamos por la puerta trasera al viejo orden unipolar estadunidense maquillado de “multilateralismo”, lo que difícilmente aceptaría el BRIC que aboga en forma realista por el nuevo orden multipolar mundial que pasa ineluctablemente por la multipolaridad de las divisas y el cese de la unipolaridad del dólar como única divisa de reserva global.

Si el G20 no consigue en forma ordenada algo parecido a la verdadera multipolaridad en sus próximas cumbres, entonces estará cavando su propia tumba y habrá que empezar a pensar creativamente en mejores formatos, liderazgos y agendas.

La campaña electoral y la militancia partidaria

En la actual campaña electoral, cada partido contendiente carece de una militancia cohesionada ideológica o políticamente. La membrecía de estos partidos se mueve alrededor de intereses diferentes y hasta confrontados, y aunque todos buscan una victoria electoral, y en cada partido buscan ganar el botín del aparato del Estado, resulta que esta meta tiene diferentes caminos de acceso. Como veremos, es posible que este aparato, una vez conquistado, tenga diferentes usos.

El partido ARENA ha sufrido la mayor quiebra filosófica, toda vez que depende teóricamente del imperio estadounidense y de ahí obtiene su pensamiento político, económico, su conducción y sostén. Así ha sido durante estos 20 años, después del fin de la guerra. Cuando se quiebra el neoliberalismo a nivel planetario, ARENA pierde su base teórica, y en ese momento pierde también el gobierno en las elecciones del 2009. Se inicia un proceso de debilitamiento que no es total, porque el nuevo gobierno no expulsa del aparato de Estado a toda la membrecía arenera, ni establece en el gobierno una política económica, educativa, internacional, diferente a la de ARENA. Así, ARENA conserva parte de ese aparato y también presencia en la filosofía de gobierno. Sin embargo, la derrota electoral abre grietas tan hondas que hace aparecer nuevas confrontaciones. Por ejemplo: por primera vez aparece el enfrentamiento entre una militancia de clase media y los tradicionales sectores oligárquicos, dueños del aparato del partido.

Esta es una confrontación nueva porque, para todo arenero, saber que los poderosos eran dueños de su partido funcionaba como seguridad y hasta garantía, pero, cuando sobreviene una derrota inesperada, aparece la inseguridad y la desconfianza. Esta no resulta ser la única confrontación, pero es la base para que surja otra más interna que expresa la lucha contra la cúpula, dueña real e inmediata del partido. Esta cúpula expresa los intereses de la mencionada oligarquía y es la encargada de administrar férreamente la vida partidaria, impidiendo toda disensión o diferencia en sus filas toda vez que garantizan a la militancia arenera el usufructo del aparato estatal. Se trata del más típico clientelismo electoral que convierte al aparato estatal en una verdadera empresa que ha sido exitosa para este partido, durante más de 20 años. Sus militantes han acatado y aceptado la voluntad de esa cúpula porque es la que asegura sus empleos y sus vidas.

Con el quiebre neoliberal en los Estados Unidos y la derrota electoral del partido, sobreviene un verdadero cataclismo cuando se decide la expulsión del ex presidente Antonio Saca, y por primera vez, este partido se escinde en dos, que tentativamente puede explicarse de la siguiente manera: un agrupamiento tradicional expresado en la cúpula partidaria y otro agrupamiento que se retira del partido, que expresa intereses y posiciones de clases medias, diferentes a la oligarquía tradicional. El ex presidente Saca parece expresar estos intereses, y a partir de este hecho, se inicia un periodo de turbulencia y confrontación que llega hasta nuestros días.

Esta situación explica la lucha intestina que ha significado las candidaturas presidenciales y las interminables fugas partidarias de funcionarios o de otros militantes. No todos los que abandonan a ARENA se incorporan a las filas de Antonio Saca, pero hasta ahora, todos lo hacen atacando a la actual cúpula dirigente.

El partido FMLN tiene una militancia más afectada política, ideológica y subjetivamente, en donde podemos distinguir los siguientes sectores: una parte de sus militantes no termina de entender la crisis de su país ni la conducta política real de la cúpula de su partido, y cree que las cosas son como se les dice, es decir, que el gobierno de Mauricio Funes es del FMLN, que es un gobierno de izquierda y que está realizando los cambios que el país necesita. Esta es una especie de base pétrea del partido que cree que la revolución consiste en darle leche a los niños y niñas de las escuelas y en los zapatos y uniformes que se les proporcionan, y con eso calman su conciencia y pueden seguirse moviendo en la sociedad como gente de izquierda.

Hay otro sector que logra darse cuenta que no se trata de ningún gobierno de izquierda, que no hay ningún proceso de cambio, que su cúpula es de ricos empresarios, pero de todo eso depende su actual empleo, su salario y su modo de vida, y decide, por eso, guardar silencio e ignorar la realidad. Este sector es parte del aparato gubernamental.

Un tercer sector logra darse cuenta que no existe ningún gobierno de izquierda y ningún proceso de cambio, ni tan siquiera capacidad gubernamental, pero entienden que no hay otro camino porque si el FMLN pierde las elecciones, regresa ARENA, y se trata, precisamente, de impedir que ARENA retorne, y para eso, hay que tragarse otros 5 años de este tipo de gobierno, con la esperanza de que los esperados cambios, aunque son lentos y mínimos, pueden ser acelerados.

Hay otro sector, realmente envilecido, porque llega a entender que no existe ningún proceso de cambio y, mucho menos, un gobierno de izquierda, pero el usufructo del aparato de Estado y las ventajas que el uso de este aparato proporcionan, es un fin en sí mismo, y todo aquel que se oponga al disfrute de este aparato es un enemigo que hay que eliminar de cualquier manera y a cualquier costo.

Otro agrupamiento es el de la cúpula. Aquí reside, en una especie de cohabitación, la empresa partidaria y la empresa ALBA Petróleos. ALBA es la que financia la campaña electoral y debe ser, con justa razón, la dueña del aparato partidario, pero esto, como se comprenderá, no resulta de tan fácil solución, y aquí tenemos con conflicto real que no siempre es captado así por los otros agrupamientos.

En el FMLN, la cúpula empresarial y partidaria usa beneficiosamente el miedo al retorno de ARENA, como un acicate para la lealtad partidaria, así como ARENA usa con sus militantes, el miedo al FMLN, aun cuando las cúpulas empresariales de ambos partidos estén en condiciones de adoptar acuerdos empresariales que no son captados siempre por sus militancias.

El Movimiento UNIDAD de Antonio Saca es, como su nombre lo indica, un movimiento político que siendo movimiento se enfrenta a la estructura partidaria que sustenta el ejercicio del poder en el país.

Aquí tenemos una especie de quiebre en el orden partidario existente, y el proceso largo, compendioso y accidentado de construcción de un movimiento político choca con los tiempos electorales que están diseñados para un partido y no para un movimiento. Hasta ahora, militantes del partido de Concertación Nacional, de la Democracia Cristiana y ex militantes de ARENA parecen integrar la base del Movimiento Unidad y es la figura del ex presidente Saca el motor y la imagen que logra mover el reconocimiento y respaldo de estos sectores partidarios.

Para otros sectores sociales, intelectuales, profesionistas, empresariales, la figura y el discurso de Antonio Saca se perfila como un camino de salida a la crisis, diferente a la de las grandes cúpulas empresariales, pero sigue pendiente un proyecto político que defina objetivos estratégicos y no solo electorales, que determine un viraje en el discurso político y una diferenciación de la tradicional política electorera y en la manera de relacionarse con la gente, viéndola como seres humanos y no solo como electores a los que hay que sacarles el voto a toda costa.

En definitiva, la lucha por capturar el aparato del Estado también define a las fuerzas porque este aparato puede ser un medio para transformar la realidad o un fin para usufructuarlo en beneficio de los que ganen la votación. Aquella fuerza que use ese aparato subversivamente podrá considerarse de izquierdas.

La izquierda revolucionaria y los nuevos tiempos

Hoy en día, nos resulta difícil a las izquierdas conformar una visión diáfana de la histórica lucha de clases, aunque ésta no haya desaparecido como atributo de la explotación; muchas izquierdas han perdido la indefectibilidad del socialismo y se nos plantea muy compleja y nebulosa la lucha contra la nueva y excluyente sobre-imposición del mercado, entre otros problemas. Sin embargo, la izquierda está en condiciones de crecer y ganar, atrayendo hacia nuestros planteamientos al espontáneo movimiento social progresista emergente, impregnándolo de forma y contenido políticos. Obreros, campesinos, agricultores, empresarios medios y pequeños, desempleados, estudiantes, movimientos por la igualdad de derechos, como la comunidad homosexual, las feministas, comunidades pobres y excluidas en su lucha diaria por una vida digna, movimientos ambientalistas, entre otros, nos muestran a diario una ferviente lucha emancipadora.

La izquierda requiere profundizar en su teoría y en el análisis de la realidad para proponer y realizar los cambios históricos necesarios, integrando en ello a estas nuevas formas de solidaridad y lucha, que actúan dispersas. No se trata de implantar nuestra hegemonía política e ideológica, sino orientarlos en un pensamiento que sintonice su carácter independiente de lucha, con proyectos transformadores a escala local y nacional.

Es la dialéctica de lo general y de lo particular, de lo abstracto y de lo concreto, que incluye un momento analítico de las luchas que nos descubre las realidades nacionales, políticas, culturales, inscritas en ellas, con sus fracciones de clase en cambio permanente, etc. También incluye a la vez un momento sintético que nos descubre las identidades de fondo de todas esas luchas, mostrándonos sus relaciones internas y enseñándonos las lecciones que se extraen de ellas.

La relación entre la estrategia y la táctica políticas ha sido siempre un problema que ha generado debates en la izquierda a través de la historia. Sin embargo, la historia misma ha demostrado que los movimientos políticos de izquierda exitosos como el nuestro, han logrado percibir los momentos tácticos en su relación dialéctica con el objetivo estratégico (sin nunca perderlo de vista); han tenido presente siempre la categoría de totalidad, a la hora de analizar las tareas políticas inmediatas; han distinguido, más allá de los fenómenos superficiales del momento, los aspectos generales de tendencia de una época, y se han preocupado en todos los casos por incentivar la iniciativa política directa del campo popular como motor de transformación revolucionaria.

En la práctica, sin embargo, muchos movimientos políticos se pierden en las tareas del día a día, caen en la rutina, tienden a desligarse de los movimientos sociales, y poco a poco se dejan arrastrar por el chantaje institucional.

Hoy día suele hacerse la diferencia entre izquierdas políticas e izquierdas sociales. Hay, sin dudas, un cierto retraso de las primeras en relación a las segundas. Para decirlo de otro modo: los planteos políticos de fuerzas partidarias a veces han quedado cortos en relación a la dinámica que van adquiriendo movimientos sociales. Muchas veces las reacciones, protestas, o simplemente la modalidad que, en forma espontánea, han tomado las mayorías, no siempre se ven correspondidas por proyectos políticos articulados provenientes de las organizaciones de izquierda. Con variaciones, con tiempos distintos, pero sin dudas como efecto generalizado apreciable en toda Latinoamérica, hay un desfase entre masas y vanguardias. Lo cierto es que desde hace algunos años la reacción de distintos movimientos sociales ha abierto frentes contra el neoliberalismo rampante que se extiende sin límites por toda la región. (Rebelión: 2011)

El aggiornamento ideológico, que implicauna evolución cultural como se asegura sociológicamente, empieza por razonar que la cultura es parte inherente del proceso vital de la sociedad, por lo que no se puede ver como asunto aparte. También, las izquierdas debemos entender que las ideologías no son procesos acabados y por lo tanto hemos de permitir el libre flujo de ideas. Así mismo, entender que el futuro no se puede planificar de manera absoluta y tajante, pues los problemas sociales no están estructurados y tienen su propia dinámica causal, interrelacionándose e influyéndose en un contexto determinado que a su vez es mutable. Debemos abrirnos totalmente, sin elitismos, a todo lo que viene de las masas, en su mayoría marginadas de las decisiones y beneficios del sistema imperante.

Nuestra idea central es cambiar el fundamento de progreso, para diferenciarlo del capitalismo, anteponiendo la igualdad y la justicia para que todos y todas podamos gozar de los réditos, rescatando al planeta de la voracidad sin límites del imperio monopólico. La izquierda revolucionaria tiene como desafíos plantearse estrategias capaces de construir auténticas alternativas de poder y recuperar la movilización de masas en decadencia. Esto pasa por reconocer, más allá de los triunfalismos, algo que ya hoy es evidente: el reflujo de la movilización social y el envalentonamiento de laderecha y el imperialismo.

En este contexto, la teoría crítica de Marx, vuelve a ser el centro de las controversias teóricas en el mundo actual, referente revolucionario, fundamento filosófico y epistémico de nuestros nuevos proyectos anticapitalistas, nacionales y planetarios. Esto nada tiene que ver con resabios dogmáticos, ni resacas ideologistas, es más bien, el movimiento creciente de toma de conciencia de la necesidad de la revolución, por parte de amplias masas de proletarios y pueblos del orbe como la única vía para enfrentar y vencer la barbarie capitalista.
Pero creer emocionalmente, que las izquierdas están renaciendo con fuerza imparable, además de erróneo, puede ser irresponsable. Si el “progresismo” actual puede llevar a plantear un “capitalismo humano”, eso no es más que un camino muerto, o sumamente peligroso, incluso para las grandes mayorías populares. Pero creer que todo está perdido, es más irresponsable aún. En ese sentido, entonces, la utopía de un mundo nuevo no ha muerto porque ni siquiera ha terminado de nacer (Colussi: 2012)
No podremos conseguirlo todo de golpe, pero sí podemos montar una infraestructura realmente democrática que posibilite el cambio social. De esto se trata fundamentalmente, de romper el dique para que el agua fluya por fin. No se romperá solo, no lo romperán quienes lo necesitan para perpetuar su dominio, lo deberemos romper los pueblos. No se romperá desde arriba, sólo podrá romperse desde abajo.
Sería ilusorio pensar que la tarea de las izquierdas hoy, debe limitarse simplemente al poder de convocatoria en campañas electorales y el logro de victorias que luego no se traduzcan en posibilidades reales de transformación significativa de las estructuras socioeconómicas hasta ahora imperantes. Uno de las cuestiones cruciales que puede diferenciar sustancialmente a las izquierdas en el poder, es el de las movilizaciones populares a favor de la radicalización de los procesos políticos.
La oligarquía y el neocolonialismo, hoy levantan la bandera de la democracia, una democracia que es excluyente, pues tiene a la base la “gobernabilidad” del mercado, por lo que, amplios sectores nacionales empiezan a reaccionar contra este modelo que se intenta consolidar.
Repensar y radicalizar la democracia son las tareas más inmediatas que debeasumir laizquierda.Sin embargo, no se debe perder de vista que esta lucha democrática tiene un doble carácter, uno burgués, si solo se trata de defender la Constitución liberal, y un carácter proletario, si caminamos en pos de construir una democracia popular, que no es posible sin cambios económico-sociales radicales y, por consiguiente, si la lucha democrática no adquiere un contenido de soberanía, autodeterminación, anti oligárquico y anti imperialista.

Mercosur, Unasur y la indecisión de Brasil

Las últimas semanas fueron pródigas en acontecimientos reveladores de los alcances de la contraofensiva desplegada por Washington a los efectos de dinamitar los diversos procesos integracionistas en marcha en Latinoamérica. Hoy por hoy el Mercosur y la Unasur son los blancos más obvios, pero la CELAC está también en la mira y en cuanto demuestre una mayor gravitación en los asuntos del hemisferio será también ella objeto de los más encarnizados ataques.

Una de las armas más recientemente pergeñadas por la Casa Blanca ha sido la Alianza del Pacífico, engendro típico de la superpotencia para movilizar a sus peones al sur del Río Bravo y utilizarlos como eficaces “caballos de Troya” para cumplir con los designios del imperio. Otra alianza, la “mal nacida” según el insigne historiador y periodista argentino Gregorio Selser, la inventó a comienzos de los sesentas del siglo pasado John F. Kennedy para destruir a la Revolución Cubana.

Aquella, la Alianza para el Progreso, que en su momento dio pábulo a algunos pesimistas pronósticos entre las fuerzas anti-imperialistas, fracasó estrepitosamente. La actual no parece destinada a correr mejor suerte. Pero derrotarla exigirá, al igual que ocurriera con su predecesora, de toda la firmeza e inteligencia de los movimientos sociales, las fuerzas políticas y los gobiernos opuestos –en diversos grados, como es evidente al observar el panorama regional- al imperialismo. Flaquezas y debilidades políticas y organizativas unidas a la credulidad ante las promesas de la Casa Blanca, o las absurdas ilusiones provocadas por los cantos de sirena de Washington, señalarían el camino de una fenomenal derrota para los pueblos de Nuestra América. (Clic abajo en Más Información para continuar)

En este sentido resulta más que preocupante la crónica indecisión de Brasilia en relación al papel que debe jugar en los proyectos integracionistas en curso en Nuestra América. Y esto por una razón bien fácil de comprender. Henry Kissinger, que a su condición de connotado criminal de guerra une la de ser un fino analista de la escena internacional, lo puso de manifiesto cuando satisfecho con el realineamiento de la dictadura militar brasileña luego del derrocamiento de Joao Goulart acuñó una frase que hizo historia. Sentenció que “hacia donde se incline Brasil se inclinará América Latina”. Esto ya no es tan cierto hoy, porque la marejada bolivariana ha cambiado el mapa sociopolítico regional para bien, pero aun así la gravitación de Brasil en el plano hemisférico sigue siendo muy importante. Si su gobierno impulsara con resolución los diversos procesos integracionistas (Mercosur, Unasur, CELAC) otra sería su historia. Pero Washington ha venido trabajando desde hace tiempo sobre la dirigencia política, diplomática y militar del Brasil para que modere su intervención en esos procesos, y se ha anotado algunos éxitos considerables.

Por ejemplo, explotando la ingenua credulidad de Itamaraty cuando desde Estados Unidos se les dice que va a garantizar para Brasil un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas, mientras la India y Pakistán, (dos potencias atómicas) o Indonesia (la mayor nación musulmana del mundo) y Egipto, Nigeria (el país más poblado de África) y Japón y Alemania, sin ir más lejos, tendrían que conformarse con mantener su status actual de transitorios miembros de ese organismo. Pero otra hipótesis dice que tal vez no se trate sólo de ingenuidad, porque la opción de asociarse íntimamente a Washington seduce a muchos en Brasilia. Prueba de ello es que pocos días después de asumir su cargo el actual canciller de Dilma Rousseff, Antonio Patriota, otorgó un extenso reportaje a Paulo Cesar Pereira, de la revista Veja. La primera pregunta que le formulara el periodista fue la siguiente: “En todos sus años como diplomático profesional, ¿qué imagen se formó de Estados Unidos?” La respuesta fue asombrosa, sobre todo por provenir de un hombre que se supone debe defender el interés nacional brasileño y, a través de las instituciones como el Mercosur, la Unasur y la CELAC, participar activamente en promover la autodeterminación de los países de los países del área: “Es difícil hablar de manera objetiva porque tengo una involucración emocional (¡sic!) con los Estados Unidos a través de mi familia, de mi mujer y de su familia. Existen aspectos de la sociedad americana que admiro mucho.”[1]

Lo razonable hubiera sido que se le pidiera de inmediato la renuncia por “incompatibilidad emocional” para el ejercicio de su cargo, para decirlo con delicadeza, cosa que no ocurrió. ¿Por qué? Porque es obvio que coexisten en el gobierno brasileño dos tendencias: una, moderadamente latinoamericanista, que prosperó como nunca antes bajo el gobierno de Lula; y otra que cree que el esplendor futuro del Brasil pasa por una íntima asociación con Estados Unidos y, en parte, con Europa, y que recomienda olvidarse de sus revoltosos vecinos. Esta corriente todavía no llega a ser hegemónica al interior del Palacio del Planalto pero sin duda que hoy día encuentra oídos mucho más receptivos que antes.

Este cambio en la relación de fuerzas entre ambas tendencias salió a luz en numerosas ocasiones en los últimos días. Pese a ser uno de los países espiados por Estados Unidos, y a que Brasilia dijera que el hecho era “extremadamente grave” tras cartón se hizo público que no se le asignaría asilo político a Edward Snowden, quien denunció la gravísima ofensa inferida al gigante sudamericano. Otro: la muy lenta reacción de la presidenta brasileña ante el secuestro del que fuera víctima Evo Morales la semana pasada: si los presidentes de Cuba, Ecuador, Venezuela y Argentina (amén del Secretario General de la Unasur, Alí Rodríguez) se tardaron apenas unos pocos minutos luego de conocida la noticia para expresar su repudio a lo ocurrido y su solidaridad con el presidente boliviano, Rousseff necesitó casi quince horas para hacerlo.

Después, inclusive, de las duras declaraciones del mismísimo Secretario General de la OEA, cuya condena se conoció casi en coincidencia con la de los primeros. Conflictos y tironeos al interior del gobierno que aduciendo un inverosímil pretexto (las masivas protestas populares de los días anteriores, ya por entonces apagadas) impidieron que la mandataria brasileña no asistiera al encuentro de presidentes que tuvo lugar en Cochabamba, una ciudad localizada a escasas dos horas y media de vuelo desde Brasilia, debilitando el impacto global de esa reunión y, en el plano objetivo, coordinándose con la estrategia de los gobiernos de la Alianza del Pacífico que, como lo sugiriera el presidente Rafael Correa, bloquearon lo que debió haber sido una cumbre extraordinaria de presidentes de la Unasur.

Para una América Latina emancipada de los grilletes neocoloniales es decisivo contar con Brasil. Pero ello no será posible sino a cuentagotas mientras no se resuelva a favor de América Latina el conflicto entre aquellos dos proyectos en pugna. Esto no sólo convierte a Brasil en un actor vacilante en iniciativas como el Mercosur o la Unasur, lo que incide negativamente sobre su gravitación internacional, sino que lo conduce a una peligrosa parálisis en cruciales cuestiones de orden doméstico. Por ejemplo, a no poder resolver desde el 2009 dónde adquirir los 36 aviones caza que necesita para controlar su inmenso territorio, y muy especialmente la gran cuenca amazónica y sub-amazónica, a pesar del riesgo que implica dilatar la adquisición de las aeronaves aptas para tan delicada tarea. Una parte del alto mando y la burocracia política y diplomática se inclina por un re-equipamiento con aviones estadounidenses, mientras que otra propone adquirirlos en Suecia, Francia o Rusia. Ni siquiera Lula pudo zanjar la discusión. Esta absurda parálisis se destrabaría fácilmente si los involucrados en la toma de decisión se formularan una simple pregunta: ¿cuántas bases militares tienen en la región cada uno de los países que nos ofertan sus aviones para vigilar nuestro territorio? Si lo hicieran la respuesta sería la siguiente: Rusia y Suecia no tienen ni una; Francia tiene una base aeroespacial en la Guayana francesa, administrada conjuntamente con la OTAN y con presencia de personal militar estadounidense; y Estados Unidos tiene, en cambio, 76 bases militares en la región, un puñado de ellas alquiladas a -o co-administradas con- terceros países como el Reino Unido, Francia y Holanda. Algún burócrata de Itamaraty o algún militar brasileño entrenado en West Point podría aducir que esas se encuentran en países lejanos, que están en el Caribe y que tienen como misión vigilar a la Venezuela bolivariana.

Pero se equivocan: la dura realidad es que mientras ésta es acechada por 13 bases militares norteamericanas instaladas en sus países limítrofes, Brasil se encuentra literalmente rodeado por 23, que se convierten en 25 si sumamos las dos bases británicas de ultramar con que cuenta Estados Unidos –vía la OTAN- en el Atlántico ecuatorial y meridional, en las Islas Ascensión y Malvinas respectivamente. De pura casualidad los grandes yacimientos submarinos de petróleo de Brasil en encuentran aproximadamente a mitad camino entre ambas instalaciones militares.[2] Ante esta inapelable evidencia, ¿cómo es posible que aún se esté dudando a quién no comprarle los aviones que el Brasil necesita? La única hipótesis realista de conflicto que tiene ese país (y toda América Latina, digámoslo de paso) es con Estados Unidos. En esta parte del mundo hay algunos que pronostican que el enfrentamiento será con China, ávida por acceder a los inmensos recursos naturales de la región. Pero mientras China invade la región con un sinnúmero de supermercados Washington, lo hace con toda la fuerza de su fenomenal músculo militar, pero rodeando principalmente a Brasil. Y, por si hiciera falta George W. Bush reactivó también la Cuarta Flota (¡en otras de esas grandes “casualidades” de la historia!) justo pocas semanas después que el presidente Lula anunciara el descubrimiento del gran yacimiento de petróleo en el litoral paulista. Pese a ello persiste la lamentable indefinición de Brasilia. ¿O es que ignoran sus dirigentes las enseñanzas de la historia? ¿No sabían que John Quincy Adams, el sexto presidente del país del Norte, dijo que “Estados Unidos no tiene amistades permanentes, sino intereses permanentes”? ¿Desconocen los funcionarios a cargo de estos temas que ni bien el presidente Hugo Chávez comenzó a tener sus primeros diferendos con Washington la Casa Blanca dispuso el embargo a todo envío de partes, repuestos y renovados sistemas de aeronavegación y combate para la flota de los F-16 que tenía Venezuela, misma que por eso mismo quedó inutilizada y tuvo que ser reemplazada? No hace falta demasiada inteligencia para imaginar lo que podría ocurrir en el para nada improbable caso de que se produjera un serio diferendo entre Brasil y Estados Unidos por la disputa del acceso a, por ejemplo, algunos minerales estratégicos que se encuentran en la Amazonía; o al petróleo del “pre-sal”; o, el escenario del “caso peor”, si Brasilia decidiera no acompañar a Washington en una aventura militar encaminada producir un “cambio de régimen” en algún país de América Latina y el Caribe, replicando el modelo utilizado en Libia o el que se está empleando a sangre y fuego en Siria. En ese caso, la represalia que merecería el “aliado desleal”, en ese hipotético caso el Brasil, que renuncia a cumplir con sus compromisos sería la misma que se le aplicara a Chávez, y Brasil quedaría indefenso. Ojalá que estas duras realidades pudieran comenzar a discutirse públicamente y que esa gran nación sudamericana pueda comenzar a discernir con claridad donde están sus amigos y quiénes son sus enemigos, por más que hoy se disfracen con una piel de oveja. Esto podría poner término a sus crónicas vacilaciones. Ojalá que la reunión de hoy del Mercosur en Montevideo y la próxima de la Unasur puedan convertirse en las ocasiones propicias para esta reorientación de la política exterior del Brasil.

Cómo perder la Casa Blanca en 2016

21 de Julio de 2013 Es facilísimo. No hay que romperse la cabeza. Lo único que tienen que hacer los republicanos en la Cámara de Representantes es votar en contra de la reforma migratoria o boicotear el proceso. Es todo. Con eso basta para que su candidato –el que sea– pierda las elecciones presidenciales en Estados Unidos en 2016.

A veces parecería que los congresistas republicanos están siguiendo al pie de la letra un plan ideado por su peor enemigo y que consiste en atacar e insultar al grupo político de más rápido crecimiento en el país: los hispanos. En lugar de aprovechar el enorme avance que lograron los republicanos en el Senado aprobando la legalización de la mayoría de los 11 millones de indocumentados, muchos miembros del Partido Republicano en la Cámara de Representantes se han dedicado en los últimos días a echarlo todo a perder.

A veces da la impresión de que algunos de ellos tienen un particular gusto por sonar como antiinmigrantes y prejuiciados. Quizás eso les da votos en las remotas partes del país donde no viven muchos extranjeros, pero es de una ceguera política impresionante. No se dan cuenta de que su odio puede ayudarles a ganar un distrito en Alabama, Arizona o Alaska, pero, al mismo tiempo, les garantiza una terrible derrota electoral nacional en tres años.

El propio expresidente George W. Bush rompió su voto de silencio en una entrevista para tratar de convencer a otros republicanos a que voten a favor de un camino a la ciudadanía para los indocumentados. “Es muy importante arreglar un sistema que está roto, tratar a la gente con respeto y tener confianza en nuestra capacidad de asimilar a más personas”, dijo a la cadena ABC.

Bush tiene razón en eso. Lástima que cuando él fue presidente no tenía esa misma urgencia para aprobar una reforma migratoria. Cuando la propuso en 2007 fue demasiado tarde y ya se había acabado todo su enorme capital político.

Bush también dijo en la entrevista que “la razón para pasar una reforma migratoria no es salvar al Partido Republicano”. Pero ahí W. peca de ingenuidad. A los republicanos les urge quitarse ese tema de encima. Mitt Romney perdió la pasada elección presidencial por su absurda y tonta idea de “autodeportar” a millones de indocumentados.

El líder de la Cámara de Representantes, John Boehner, no ha aprendido las lecciones de la historia reciente. Como decía un viejo sacerdote en mi escuela secundaria: “Ve la tempestad y no se hinca”.

Si Boehner, como amenazó recientemente, se rehúsa a llevar este tema a votación, estaría cometiendo un verdadero suicidio político para su partido.

Es muy desconcertante y desafortunado que Boehner, en un comunicado, haya llamado “equivocada” y “apurada” la propuesta migratoria del Senado. Parece estar desconectado de lo que quiere la mayoría del país, según las encuestas, después de casi tres décadas de espera. ¿De verdad Boehner quiere ser el nuevo villano de la comunidad hispana reemplazando al odiado sheriff Joe Arpaio? ¿En serio quiere ser parte del tristemente célebre grupo antiinmigrante conformado por Pete Wilson, Tom Tancredo, Jan Brewer y Ted Cruz? Ya lo veremos.

Mientras tanto, vamos a ponerle un poquito de aritmética e historia al argumento de que los republicanos perderán la Casa Blanca si boicotean la reforma migratoria.

En 2000 un pequeño grupo de votantes hispanos hizo que Bush ganara la Florida y la presidencia. En 2004 Bush sacó 44 por ciento del voto latino y repitió en la Casa Blanca. En 2008 un 67 por ciento de votantes hispanos ayudó a elegir al primer presidente afroamericano y en 2012 Obama arrasó con el apoyo de 71 de cada 100 votantes hispanos.

En 2016 los republicanos tienen la oportunidad histórica de compartir el crédito con los demócratas en el tema de la reforma migratoria y dejar atrás una maldición de años. Diez y seis millones de votantes latinos decidirán esa elección.

Pero si, a pesar de todo, los republicanos apelan a los instintos antiinmigrantes de los más extremistas, perderán la Casa Blanca en 2016 y se tardarán muchos años más en conseguir el perdón de los latinos. Como dice un sabio dicho mexicano: sobre advertencia no hay engaño.

El Salvador y la resistencia popular a los imperios

San Salvador, 21 de julio de 2013 El Salvador no puede aislarse del enfrentamiento global entre las resistencias populares y los imperios predominantes y emergentes. Esta es la característica más relevante del escenario internacional desde el derrumbe a finales del siglo pasado, de lo que se conoció como socialismo real. Nuestra inserción en este conflicto es ineludible además de urgente.

El conflicto mundial, con sus diferentes actores y escenarios, entre los que se encuentran los países del OCDE y del BRICS, así como los espacios de lo político, lo militar, lo financiero, las comunicaciones, lo tecnológico, y el control de los recursos naturales, influye, determina, y condiciona los límites y potencialidades de los procesos de cambio que se desarrollan en el mundo, incluyendo a El Salvador. A continuación se describen algunas facetas de esta amplísima pugna.

Rusia detiene en G-8 agresión contra Siria

La primera línea de enfrentamiento militar entre los imperios del atlántico norte y las resistencias del medio oriente está situada en las planicies de Siria, pero en este mundo globalizado fue en Irlanda del Norte, otro bastión de lucha antiimperialista, donde se postergó en la última reunión del Grupo G-8, el ataque imperial sobre este país árabe, que enfrenta una “guerra civil” prefabricada y la amenaza de una agresión imperial.

En el Medio Oriente, Siria es la antesala para atacar a Irán de la misma forma que en nuestro continente Venezuela es la antesala para golpear y controlar a Brasil y aislar a Cuba. Y la “guerra civil” emprendida contra el gobierno nacionalista sirio de Bashar Al Assad, está orientada a fortalecer el cerco contra Irán y avanzar así en la reconquista del Medio Oriente. En este panorama, Israel juega en aquella cancha el mismo papel subordinado que en la nuestra juega Colombia.

Ya los imperios del atlántico norte en este siglo XXI han avanzado en la reconstrucción del mundo colonial, al apoderarse de Irak (2001) y más recientemente de Libia (2012). Pero han fracasado en Afganistán. Y sus enemigos inmediatos a derrotar son Siria, Palestina (en particular la franja de Gaza) y el Hezbola libanés. La apuesta máxima es Irán. Y para esto cuentan con el apoyo de Arabia Saudita, Qatar, Turquía y hasta hace poco Egipto.

Aunque en el caso de Egipto, el derrocado gobierno de Morsi y los Hermanos Musulmanes, tuvieron que pagar caro el precio de su política entreguista frente a Israel y la OTAN y provocaron felizmente que de nuevo los sectores populares recuperaran la calle, creando una situación que momentáneamente debilita la estrategia de intervención militar hacia Siria.

El G-7 menos Rusia desean y sueñan invadir, ocupar, capturar, apoderarse de las riquezas de Siria. Y en su última reunión del G-8 en Irlanda del Norte, los representantes del mundo globalizador angloparlante Obama y Cameron, seguidos por los otros cinco gobernantes, de Japón, Canadá, Francia, Italia y Alemania, mostraron sus colmillos, pero felizmente el ruso Putin defendió enérgicamente el derecho a la independencia y a un arreglo negociado de la crisis en Siria.

Siria y El Salvador: Una historia compartida de lucha contra la opresión

Hay muchas diferencias entre nuestros dos países pero también semejanzas. Su capital es la milenaria Damasco y hablan árabe mientras nosotros hablamos español y nuestra capital es San Salvador. Son 20 millones de habitantes y nosotros somos 6. En su vecindario geográfico, al norte esta Turquía, al oriente esta Irak. Al sur esta Israel y Jordania. Al occidente el Líbano. Nosotros estamos en Centro América.

Son islámicos, y el grupo principal es el sunita mientras que nosotros somos cristianos y el grupo principal es el católico. Desde 1970 el país es dirigido por el Partido Baath Árabe Socialista y es un país productor de petróleo. En nuestro caso, desde el 2009 el país esta conducido por una coalición de centro-izquierda que incluye al Presidente Mauricio Funes y al FMLN.

Siria es la antigua Ugarit donde surgió el alfabeto y es el lugar donde también se descubrió el bronce. Son cinco mil años de historia antes de nuestra era. Son cinco mil años de luchas. Y en esta larguísima historia de resistencia del pueblo sirio aparecen las luchas en contra de la dominación de los sumerios, acadios, asirios y babilonios a partir del 2,260 a.n.e., después por los cananeos, fenicios, arameos, iniciando en el 1600 a.n.e., luego por los hititas a partir del 1430 a.n.e, hebreos, egipcios, persas, griegos, seleucidas, romanos, bizantinos, árabes en el siglo VII, francos en las cruzadas del siglo XII, mongoles en el siglo XIII, otomanos, del siglo XVI al XX y por último franceses, de 1922 a 1946.

En nuestro caso, son dos mil años de lucha y es una historia de resistencia que comprende otros imperios y naciones dominantes, incluyendo la olmeca, maya, azteca, del imperio español que va del 1524 al 1821, y coincide con la dominación otomana en Siria, luego la influencia inglesa en el siglo XIX, y la dominación norteamericana, que se vuelve hegemónica partir de 1941 y sigue vigente.
En 1922 la Liga de las Naciones, en una clásica postura imperial, al desaparecer el Imperio Otomano, repartió el dominio de la antigua Siria entre dos potencias: a Reino Unido le correspondió Transjordania y Palestina y a Francia, Siria y el Líbano.
Esto determinó que la última independencia fue lograda en 1946, después de la Segunda Guerra Mundial. En 1963 se instala el Concejo Nacional del Comando Revolucionario, cercano al Partido del Renacimiento Árabe Socialista , Baath. Cuatro años después, en 1967 se enfrenta la agresión militar de Israel que con el apoyo de las potencias occidentales, invade y se apodera de las Alturas del Golan. Hoy resiste exitosamente las embestidas imperiales de la OTAN y del gobierno de Estados Unidos.
La victoria de El Salvador sobre Australia
Ya que no logramos derrotar a los imperios en desarrollo económico, ni en ciencia y tecnología, ni en poderío militar, ellos nos permiten amablemente, de vez en cuando, que podamos derrotarlos en los estadios para que sepamos que este mundo es ancho y ajeno. Y también permiten bondadosamente que podamos vencerlos en espectáculos religiosos, deportivos y hasta musicales.
Pero cuidado con intentar superarlos en laboratorios de tecnología nuclear porque para los países emergentes como Brasil y los desahuciados como el nuestro, lo autorizado son los escenarios, las canchas y las iglesias. Y esto no significa que la victoria de la Sub-20 sobre Australia de 2 a 1 sea irrelevante sino que hay que colocarla en su justa dimensión al aplaudir a la “Azulita” y sin olvidar el “histórico” El Salvador 6 Italia 5 de nuestra Selecta de Playa en el 2011.
O nos veremos seducidos por la publicidad de los espectáculos y nos olvidaremos de las tareas de la resistencia popular global que hoy se expresa en Brasil, en Turquía, en Sudáfrica, en Egipto. Y que en nuestro país asume rasgos todavía débiles, borrosos, opacos, pero que puede estallar en cualquier momento como ha sucedido en el pasado. Hay que estar siempre a la expectativa.
Y no olvidemos que mientras los imperios imponen el silencio del temor, la resistencia popular asume la alegría de la palabra, consciente que el pan de la esperanza es el alimento de los que sueñan y luchan y que nunca debemos de aceptar el panem et circenses sino el ritual eterno del panem et pugnare.
Los pueblos duermen y despiertan, duermen y despiertan. Durante el sueño acumulan energías, aprenden, se fortalecen, se reconocen, se organizan. Y cuando se levantan, con la firmeza de sus pasos se construye el horizonte y con la profundidad de su mirada se levanta la dignidad del porvenir.
La lucha contra las minas, contra las bases militares, contra las represas, contra los asocios publico-privados, es parte de ese enfrentamiento global contra los imperios y sus corporaciones. Es una lucha global que se pelea en cada territorio y que se disputa en cada jirón de piel.
La lucha contra la opresión es también una pelea a muerte que transcurre al interior de nuestra mente. No podemos o no deberíamos pelear afuera sino hemos peleado adentro. La primera tarea y quizás la más difícil es desalojar, arrancar al opresor de nuestro cuerpo y de nuestra vida. Es detectar en nuestra cultura patriarcal y de clase, las raíces de la opresión y erradicarla. No es fácil, es cuesta arriba.
En nuestro caso como hombres, el desafío planteado es el combatir tanto el androcentrismo como la homofobia, así como la necesidad de construir una nueva masculinidad liberadora que nos permita nuevas relaciones con nuestras compañeras ( madres, esposas, hijas) y compañeros (amigos, compañeros de trabajo, vecinos) basadas en el respeto a la diversidad, la amistad sincera y la dignidad de todo ser viviente, que permita superar también la visión de dominación sobre la naturaleza por una visión de armonía, de comunidad, de respeto.
De no resolver estas cuestiones hic et nunc, vamos a llevar subidos en una carroza a la nueva sociedad los fantasmas autoritarios del viejo orden y estos se van apoderar de las banderas y van a definir las agendas de la militancia, como ya ha sucedido en el pasado. La experiencia de la URSS es aleccionadora.
Los puentes y los horizontes de la nueva sociedad se construyen hoy y se construirán mañana. Y deben de tener la solidez de los principios de la justicia social para evitar que la fuerza de los ríos de la política y la fuerza de los vientos del poder, los destrocen, como ha sucedido en otras experiencias históricas.
Los perdedores y ganadores de la nueva crisis intergubernamental
Nos encontramos a casi seis meses de las próximas elecciones presidenciales y por lo tanto, cada acción de las diversas fuerzas políticas y sociales en conflicto incide directamente en los resultados electorales, beneficia o perjudica a los tres principales candidatos. A continuación pasamos revista a tres de estas situaciones, a sus actores principales, intereses y posibles desenlaces. Y finalmente hacemos algunas consideraciones sobre la batalla electoral y el papel del movimiento popular, y algunas perspectivas.
Las temáticas seleccionadas son las del conflicto entre la Sala de lo Constitucional de la Corte Suprema de Justicia y la Asamblea Legislativa alrededor de la elección de magistrados de la Corte de Cuentas de la República, la controversial tregua entre pandillas y la prolongada crisis económica.
Sobre el conflicto entre la SC-CSJ y la AL. Es un conflicto inédito en el país. En el pasado la Corte Suprema de Justicia y la misma Asamblea Legislativa obedecía a la Presidencia. Así fue durante los 20 años de gobierno de ARENA (1989-1992). Durante los 5 años de gobierno de la Democracia Cristiana (1984-1989). Durante los 17 años de gobierno del PCN (1962-1979).
La existencia de este conflicto es el elemento central de la profunda reforma política que vive el país como resultado de la llegada de un gobierno de centro-izquierda en 2009 y será probablemente su herencia política histórica más destacada, incluso más que el elemento de lo social, que ya venía siendo cultivado por el ultimo gobierno arenero.
Lo interesante es que es la Embajada de Estados Unidos, la que hábilmente se coloca como principal impulsora de estos procesos así como la ANEP y el partido ARENA mientras que el Presidente Fuñes y el FMLN y hasta algunos sectores del movimiento popular, como sus adversarios.
Este conflicto es positivo y es un avance en la consolidación del proceso democrático iniciado a partir de los Acuerdos de Paz de 1992. Forma parte esencial de la sexta reforma política que vive nuestro país. La primera fue en 1841 con la fundación de la República; la segunda en 1886 con la Constitución liberal, la tercera en 1950 con la Constitución social; la cuarta en 1983, con el establecimiento del pluralismo político; la quinta con los Acuerdos de Paz de 1992 y la sexta es la reforma política iniciada en 2010 y todavía en marcha.
Lo paradójico de este proceso de reforma política es que sus principales iniciadores le han dado la espalda y se han colocado como detractores. Pero en la medida que esta reforma responde a la necesidad de modernizar el ejercicio democrático, puede avanzar incluso con la oposición de sus antiguos impulsores. Es una reforma política que comprende pero no se reduce a lo electoral. Y es una reforma política que despierta el apoyo de la población, la cual seguramente pasara la factura electoral a sus detractores. En esto el olfato de nuestro pueblo no se equivoca.
La tregua entre pandillas: peligros y oportunidades
En marzo de 2012 inicio un proceso novedoso y controversial. El Ministro de seguridad, Gral. Munguía Payés decidió realizar un viraje y modificar su enfoque inicial militarista de combate a las pandillas por un enfoque orientado a lograr una tregua. Y esto provocó una sustancial disminución de los niveles de homicidios, que andaban por la docena diaria. Asimismo generó un protagonismo de los “facilitadores” de la tregua así como de los principales dirigentes de las pandillas MS-13 y Barrio 18.
Por otra parte, la opinión pública y la mayoría de los sectores populares rechazaron esta tregua ya que el peso social de los sectores que han sido victimizados es inmenso y es un sector que se siente desprotegido y marginado del proceso. Y entonces existe la contradicción entre una medida que es positiva, ayuda, pero para la cual no existen las condiciones subjetivas en la población. La resolución de este dilema será la clave para el avance o retroceso de este complejo proceso de reconciliación nacional.
La crisis económica
La crisis económica afecta fuertemente la percepción ciudadana sobre el rumbo del país. El alto índice de desempleo sumado al creciente costo de la vida impacta sobre el estado de ánimo de la gente. Y a esto se suma la parálisis del crecimiento en la economía y el fuerte endeudamiento.
Por el momento la crisis empuja a nuestro pueblo a una actitud de resolver primero su sobrevivencia y luego refugiarse en la indiferencia y el desinterés político. Pero esto puede modificarse en cualquier momento. La realidad siempre se encarga de crear las motivaciones que golpean la conciencia de la gente y la impulsan a regresar a las calles para conseguir sus demandas. Así ha pasado en Egipto, y antes en Brasil, y en Turquía. Así pasará en El Salvador.
El movimiento popular y lo electoral
Lo fundamental es que habrá segunda vuelta. A ninguna de las tres fuerzas le alcanza la cobija para imponerse en el primer hervor. Esto modifica fuertemente el anterior esquema bipartidista vigente por casi veinte años. Y refleja la capacidad que tiene la derecha de renoverse y proyectarse.
Y si bien es cierto que el surgimiento de GANA divide a la derecha y la debilita, también lo es que abre el peligro real de que el FMLN pase a convertirse en una tercera fuerza, que es el sueño dorado de la derecha y de nuestros “aliados estratégicos” de Washington, desde los Acuerdos de Paz de 1992.
Estamos ya a casi seis meses de las elecciones presidenciales. Pronto iniciara la campaña electoral “legal” y pronto estaremos inundados por una propaganda superficial y escapista. Y el desafío del movimiento popular será el de exigir que el FMLN no continúe supeditando su agenda legislativa a las necesidades del partido GANA, como sucede con relación a la elección de magistrados de la Corte de Cuentas, PDDH, y la negativa al cumplimiento de resoluciones de la Sala de lo Constitucional de la CSJ.
Lo más preocupante es la actitud tanto de pragmatismo electoral como complaciente con los imperios que explica el apoyo “entusiasta” a la ley de Asocios Público Privado y últimamente al Acuerdo de Asociación con la Unión Europea, ADA. A esto hay que sumar la aparición pública con un sector de militares conducido por un cómplice del asesinato de los jesuitas.
Con esta última medida, el FMLN probablemente lograra atraer a sectores atrasados rurales de expatrulleros, pero seguramente perderá a sectores urbanos de las capas medias a los cuales les resulta inexplicable esta alianza con cómplices de atroces asesinatos, como fue el de los padres jesuitas. Si el movimiento popular y social no logra detener esta escalada del FMLN hacia el centro seguramente la derecha, en cualquiera de sus expresiones, lograra imponerse en el 2014,
Por lo tanto, el desafío principal para la izquierda social salvadoreña, organizada y no organizada, es el de evitar convertirse en espectador pasivo en la campaña electoral e insertarse en el debate con un claro programa antineoliberal – que incluye la desdolarización entre otra medidas- que permita mediante transformaciones antiimperialistas y antioligarquicas recuperar nuestra independencia y abrir el rumbo a un verdadero desarrollo social rechazando convertirnos en un país maquila, como parece ser el consenso alcanzado de los sectores dominantes locales e internacionales. El cumplimiento de esta tarea determinara nuestra incidencia real en el actual proceso electoral.
Perspectivas
Todo parece indicar que existe un consenso básico de la mayoría de fuerzas políticas, las cuales giran alrededor de entregar al país al capital internacional en sus diversas vertientes, tanto al que ya está aquí como al que está por llegar, confiando en que las “ventajas” de la inversión extranjera permita sacar a El Salvador de la profunda crisis en el que el modelo neoliberal lo ha hundido. Las diferencias radican en los ritmos y las modalidades de la entrega. Pero la decisión está tomada.
En este punto fundamental coinciden, con sus respectivos matices y discursos para justificarlo, desde el FMLN, pasando por el Presidente Funes, el poderoso Consejo para el Crecimiento –Bobby Murray Meza, Francisco de Sola, Francisco Calleja y Ricardo Poma-, Embajadas de EE.UU. y Unión Europea, ARENA, GANA, ANEP, FUSADES y hasta la UES en proceso de privatización.
Esto explica que las controversias electorales se desarrollen alrededor de nimiedades de los candidatos y no sobre plataformas programáticas. Es porque existe un consenso tácito y a veces explicito de caminar por esta vía.
Frente a esto como movimiento popular y en resistencia a los imperios, se precisa vincular la reforma política en marcha con la necesidad de impulsar la reforma económica, orientada a quebrar, romper el modelo neoliberal y fundamentada en la recuperación tanto de nuestra moneda mediante la desdolarización, como de nuestros recursos estratégicos, mediante la nacionalización de la energía, telecomunicaciones y fondos de pensiones, para empezar. El movimiento popular y social tiene la palabra…

La campaña electoral, fuerzas corrientes

Julio 15, 2013 Toda campaña electoral depende, en última instancia, de su contexto político, aunque el texto electoral pueda tener una relativa autonomía respecto a lo político; pero en pocas campañas aparece esta relación intensa como en la actual. En la coyuntura, es tan encendida la boda entre lo electoral y lo político, que lo prolongado de la misma no logra despegarse de la hondura y extensión de la crisis política e histórica que sacude al país.

Esta verdad aparece, casi gráficamente expuesta, en las tres fuerzas actuantes de manera fundamental. Hay que precisar antes que se trata de tres agrupamientos de derechas: uno, oligárquico, tradicional, que es ARENA, el otro, burgués oligárquico, que es el partido FMLN, y el agrupamiento de UNIDAD de Tony Saca, expresa una posición burguesa. Se trata de una campaña en la que no participan las izquierdas como partido político, pero sí en el contexto político.

La oligarquía tradicional expresada por ARENA es este sector que ha perdido el control del aparato del Estado; aunque una pequeña franja de esa oligarquía, donde se ubica gente como Ricardo Poma, los Simán, Murray, Callejas, integrantes del asocio para el crecimiento, son sectores con una cabeza política oligárquica muy atrasada, aunque con un capital vinculado a las poleas actuales del capital transnacional. Estos son los dueños de este partido. ARENA cuenta con el respaldo del gobierno estadounidense que prefiere a los más conocidos. Es cierto que este partido sufre una revuelta interna provocada, en primera instancia, por la resistencia al control partidario de estos sectores ya referidos, y además por visiones diferentes sobre la manera de construir alianzas y de hacer la economía en el país, es decir, la clase de país que se necesita.

El partido FMLN cuenta con una cúpula burguesa por el origen exógeno de su capital, por los nexos y sus vías de desarrollo. Por supuesto que los dos grandes sectores expresados por ALBA PETROLEOS y la empresa partidaria, son dos áreas que es necesario diferenciar para entender las correlaciones de fuerza volátiles y las alianzas inestables que el manejo requiere. Es evidente que estas empresas necesitan del control del aparato del Estado como cualquier empresa partidaria, porque la atención a su clientela electoral necesita repartir el botín de la cosa pública, pero sobre todo, usar el aparato del Estado en beneficio y al servicio de sus negocios e inversiones. Por cierto, esta es la historia inveterada del desarrollo del capitalismo. El control del Estado resulta ser un presupuesto del poder. Esta cúpula empresarial parece y aparece con un ejercicio del poder político oligárquico. Por un lado, por sus finanzas y su actividad económica puede entenderse como burguesía, pero en el terreno político se comporta como oligarquía, es decir, de manera primitiva y atrasada, muy atrás y muy lejos de lo que sería una democracia burguesa. Esto es lo que explica su confrontación inevitable con la Sala de lo Constitucional de la Corte Suprema de Justicia, porque su declarado propósito en el gobierno y con el aparato de Estado, todo lo que ARENA y la derecha hacen y han hecho, choca con la democracia constitucional – que es la posición de la Sala – que exige el sometimiento real a la Constitución.

Este es un puente que vincula a esta cúpula partidaria y empresarial con la cúpula de ARENA, que es también empresarial y partidaria. Por supuesto que el nexo entre estos dos sectores es la base para un eventual bipartidismo que resulta ser la mayor amenaza para el proceso político del país.

El agrupamiento de Tony Saca expresa una posición burguesa, no oligárquica, y su confrontación, hasta ahora no conciliable con ARENA, se alimenta de una historia de confrontación sobre la manera de relacionar el aparato del Estado con el mercado; así como sobre el sentido social, es decir, el compromiso público con la gente, y, en fin, con aspectos propios de la democracia burguesa.

La campaña electoral es el escenario en donde los sectores contendientes se enfrentan entre sí y con un pueblo lleno de dudas, temores y desconfianzas. En una atenta mirada, los tres sectores están diciendo lo mismo, evitando contaminar lo electoral con lo político, eludiendo hablar del país verdadero que vivimos, y evadiendo la presentación de proyectos políticos reales que determinen sus compromisos reales ante la gente real que decida votar. Las tres fuerzas han llegado a una meseta electoral cuya superación requerirá movimientos y alianzas más o menos audaces.

Egypt’s Sphinx casts eyes on Syria

Egypt’s Sphinx casts eyes on Syria
By M K Bhadrakumar

It looks increasingly that solving the Egyptian puzzle is going to take us all to Syria. How far the army’s coup in Egypt resets the geopolitics of the Middle East, or, conversely, whether the coup itself forms the commencement of a region-wide tectonic shift that is going to play out over time – this is the big question.

The cascading events this week indicate that the latter could well be the case. To be sure, even by the standards of the Middle East, the past week has been an extraordinary one.

There has been a strong expression of support from the United States and its Persian Gulf allies to the Egyptian military, which in turn is providing the political underpinning for a brutal crackdown

by the junta on the Muslim Brotherhood, which has implications for the “Arab Spring” as a whole.

Russia’s overture to the junta at such a point may come as quite a surprise but it is integral to the Russian strategy in Syria and the Russian skepticism of the “Arab Spring”.

The isolation of Qatar, Turkey and Iran on the regional chessboard has accentuated through the past week with the junta in Cairo ticking off these countries for their pretensions of being arbiters or opinion-makers in Egypt’s internal affairs. It so happens that these three countries have been deeply involved in the Syrian situation as well.

Meanwhile, Israel’s openness to accept Russian peacekeepers on the Golan Heights could not have surged to the surface this week without US acquiescence – or even approval – and the timing of the leadership changes both in Syria’s ruling Ba’ath Party and the Syrian National Coalition could be more than a coincidence.

There is a background to all this, lest it be forgotten amidst the cacophony of the coup in Egypt – Hassan Rouhani’s thumping victory in the Iranian presidential election and the promise of an impending thaw in the Saudi-Iranian relationship.

A seminal event
If a seminal event is to be identified in this torrential flow of events in regional politics, it must be the visit by the US Secretary of State John Kerry to Saudi Arabia on June 25, which was embedded within a regional tour of the Middle East and was a diplomatic initiative on Syria.

In hindsight it becomes apparent now that the slow-motion coup in Egypt was well under way by that time in end-June and the US was already in deep consultation with the military leadership in Cairo regarding a political transition in Egypt. Without doubt, Kerry’s talks with the Saudi leaders couldn’t have ignored the gathering storms in Egypt.

In the event, of course, Saudi Arabia’s King Abdullah became the first world leader to felicitate the overthrow of the Muslim Brotherhood government on July 2 – within hours of the coup unfolding – as if Riyadh had it all worked out in anticipation.

Again, the alacrity with which Saudi Arabia and the United Arab Emirates simultaneously announced on Wednesday a US$8 billion aid package for Egypt suggests that a blueprint was already prepared in consultation with the US.

Washington leaked to the press immediately thereafter that it too was going ahead with a planned supply of F-16 fighter aircraft to the Egyptian military, which means that despite the Obama administration’s posturing of prevarication, suspending military aid to Egypt is the last thing on its mind.

Curiously, another regional leader who promptly welcomed – alongside King Abdullah – the ouster of the Brotherhood from power in Egypt has been Syrian President Bashar al-Assad.

This wasn’t an isolated act, either. On Monday, Assad announced the replacement of the entire Ba’ath leadership, with all 16 members who have been in the high command since 2005, making way for new blood. A younger generation of leaders, including former diplomats, has been brought in as replacements. Parliament speaker Jihad al-Laham and Prime Minister Wael al-Halqi are among them.

In an interview with the Ba’ath party’s mouthpiece, Assad sought to explain that the leaders were removed from the high command because they made mistakes while in office. “When a leader does not solve a series of errors, this leader must be held accountable,” he said without elaborating. Of course, Assad continues as the party’s secretary-general, being the only top leader who didn’t make any mistakes.

In the same interview with the Ba’ath party’s organ, Assad also renewed his criticism of the Muslim Brotherhood, saying it “takes advantage of religion and uses it as a mask … and it thinks that if you don’t agree with it politically, that means you don’t stand by God.”

Assad strives to convey the message to the people that he is responsive to their grievances over social problems such as inflation and worsening public security. But the fact remains that he is strengthening his control of the ruling party at a time when the Syrian situation is evolving in political terms, given the military stalemate, and all protagonists – Syrian as well as outside powers – anticipate the inevitability of a political dialogue in the next several months.

Equally, what needs to be noted is that the Ba’ath Party purge coincides with a change of leadership of the opposition Syrian National Coalition (SNC). New SNC president Ahmad Jarba is a Saudi-US nominee and has the reputation of being a “secular-minded” tribal leader.

Following Jarba’s election, Ghassan Hitto, the prime minister and a businessman from America, who had enjoyed the backing of Qatar, Turkey and the US when he was appointed in last March, submitted his resignation.

In essence, the changes in the SNC signify – like in Egypt – an ascendancy of Saudi influence and the eclipse of the Qatari-Turkish axis. The Brotherhood’s clout within the SNC has also suffered a setback. Evidently, the US is backing the ascendancy of Saudi influence within the SNC – as is happening in Egypt.

Demise of Islamism
What is the Saudi-US game plan? Going by the Ramadan message by the Saudi King and the Crown Prince on Wednesday, Saudi Arabia “will not allow religion to be exploited by extremists who only work for their personal interests, and who harm the reputation of Islam.” The message said Saudi Arabia will “with God’s help, remain the defenders of Islam … and continue on our centrist, moderate approach.”

Evidently, these are barbs aimed at the Muslim Brotherhood in the prevailing context of both Egypt and Syria, and the movement’s principal backers in the region; namely, Qatar and Turkey.

On the other hand, Assad would find the Saudi King’s Ramadan message quite agreeable. He cannot but share the Saudi perspective (which the US and Russia also share) that the specter of radical Islamists haunting his country’s destiny is the core issue today.

Without doubt, these cross currents in regional politics have not gone unnoticed in Moscow, and they have prompted the Kremlin to lose no more time in making an overture to the Egyptian junta. Foreign Minister Sergey Lavrov said on Thursday,

We hope that all initiatives [by the junta], which are designed to launch the national dialogue, to stabilize the situation and hold free elections, will be successful.

Lavrov simply ignored that he was speaking while a violent crackdown on the Brotherhood by the Egyptian military was underway. He went on to propose that it could be business as usual between Russia and Egypt and, furthermore, that Russia’s priority lies in the impact of the developments in Egypt on regional stability and the politics of the Islamic world. Lavrov said,

As for cooperation projects [with Egypt], these projects are aimed at developing cooperation between the countries and peoples. Their implementation will benefit both the countries and the peoples.

We [Russia] want stability to be ensured in Egypt and in the entire region, which creates serious risks for international relations. Egypt is the region’s key country. The development of events in the region and in the Islamic world will depend on the situation in Egypt.

This is realpolitik at its best. Simply put, without drawing allegations of interfering in Egypt’s internal affairs, Lavrov has let it be known to the new leadership in Cairo, and an array of regional states – Saudi Arabia, Iran, Qatar, Turkey and Israel, in particular – and the “international community” as a whole that Russia is far from displeased with the turn of events in Egypt and its likely repercussions for regional security and stability.

Conceivably, Moscow, which never gave up its deep-rooted suspicions of the Muslim Brotherhood, may be feeling the winds of change to be quite conducive to the pursuit of its own interests and in harmony with its own assessments of the “Arab Spring”.

Meanwhile, the Saudi establishment daily Asarq Al-Awsat reported on Wednesday that there has been a meeting between Lavrov and Israel’s Justice Minister Tzipi Livni during which the latter indicated that Israel may allow Russian peacekeeping soldiers under the United Nations flag on the Golan Heights provided Moscow halted the transfer of advanced S-300 antiaircraft missiles to Syria.

President Vladimir Putin had proposed last month that Russia is ready to replace the 380-strong Austrian contingent in the 1,100-strong UN Disengagement Observer Force in Golan.

Neither Moscow nor Tel Aviv has contradicted the Saudi daily’s report. If it is true, as seems likely, it not only is in sync with the broad sweep of the above-mentioned developments but it unveils a tantalizingly new pattern of regional alignments involving Israel and Syria, with the US and Russia as the stakeholders – something unthinkable until now.

Clearly, the events in Egypt are increasingly finding the US, Saudi Arabia, Israel and Russia on the same page. All these four major protagonists are willing to wager that the controversial coup in Egypt might eventually stabilize the situation in that country and even strengthen democratic rule.

All these protagonists would agree that political Islam turned out to be the unwelcome beneficiary of the “Arab Spring.” Indeed, by the analogy of Egypt, as hinted in the Saudi King’s Ramadan message, big trouble seems to lie ahead for the Islamist movements in the region as whole, including the Syrian rebel groups.

As a former Israeli ambassador to the US, Zalman Shoval summed up in an article titled “New Dawn on the Nile” in Jerusalem Post,

All things considered, the possible demise of Islamism as the major political force in at least parts of the Arab world could eventually lead to a more secular, down-to-earth and less dogmatic and intolerant attitude on the part of our [Israel’s] neighbors.

All in all, the struggle that lies ahead in Egypt and the turns that the Syrian situation is poised to take in the coming months have not only some striking parallels, but could be inter-related.

Ambassador M K Bhadrakumar served as a career diplomat in the Indian Foreign Service for over 29 years, with postings including India’s ambassador to Uzbekistan (1995-1998) and to Turkey (1998-2001).